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Administração no Blog

Conteúdos de Administração e assuntos atuais.

25 de outubro de 2016

Imagens da Organização – A Politica e suas Influencias nas Organizações




O autor Gareth Morgan, do livro Imagens da organização nos relata no capítulo 6 casos onde a influência da política está presente nas organizações, seja pelo ponto de vista dos empregados ou do empregador. Não importa qual o lado, ela está presente. Isso ocorre porque o ser humano coloca suas filosofias em tudo aquilo que participa e não seria diferente nas organizações. A personalidade e desejos de cada um são aliados à filosofia da empresa, e onde elas divergem dá-se origem a uma “guerra” às vezes não declarada e, mas raro, bem acirrada.

É comum que essas situações sejam encontradas com mais facilidade nas empresas familiares, onde o proprietário coloca sua vontade acima de tudo, até mesmo dos interesses da organização na clássica frase: eu mando e quem tem juízo obedece. Gareth cita exemplos como a demissão de Lee Iacocca, um executivo muito bem sucedido da Ford, pelo seu presidente Henry Ford II por “divergências no modo de pensar”, porém cogita-se a possibilidade de Iacocca ter ficado “importante” demais, desviando os holofotes de Henry.

Porém, percebe-se durante a leitura desse texto que a política não é específica das empresas administradas pelos seus proprietários, isso porque ela também está presente nos sistemas de ‘cogestão’ - que é quando os empregados adquirem o poder através da aquisição de uma massa falida e resolvem, eles mesmos, fazer a administração - por vezes, com sucesso.




É fato que durante uma competição acirrada existe sempre a chance de acontecerem algumas atitudes pautadas em interesses pessoais. Os protagonistas usam de suas habilidades políticas, nem sempre tão éticas, para alcançar os objetivos. O Poder na política é quem resolve os conflitos, e assim, os interesses giram em torno dele, de presidentes a operários, todos fazem política a fim de sobreviverem e progredirem em suas atividades. 

O autor Gareth, cita o cientista político americano Robert Dahl, “sugerindo que o poder envolva habilidade para conseguir que outra pessoa faça alguma coisa que, de outra forma, não seria feita”. Daí surge várias fontes de poder, entre elas, a autoridade formal, a primeira e clara fonte de poder numa organização - por ser legitimado é respeitado e conhecido por aqueles com quem se interage. Segundo Weber, a legitimidade é uma forma de aprovação social essencial para estabilização das relações do poder.

Morgan também cita as organizações pluralistas: caracterizadas por tipos idealizados de democracias liberais em que, potencialmente, as tendências autoritárias são mantidas sob controle pelo livre jogo de grupos de interesses que têm alguma semelhança com governo político. Ou seja, a negociação é parte importante para criar uma unidade a partir da adversidade, como pregava Aristóteles, como ideal político.

Quando o administrador encontra a fonte do problema, cabe a ele reunir forças para resolvê-lo e para isso é preciso imbuir à equipe num só objetivo - trata-se de uma ideologia unicista de equipe, onde todos devem contribuir para não dar lugar aos conflitos.

Morgan cita os cinco estilos de resoluções de conflito:

·        Competitivo;
·        Colaborador;
·        Compreensivo;
·        Impeditivo e
·        Acomodador.

Existe uma grande tendência a associar a política com algo que seja ruim – isso deve acontecer por causa da visão negativa que ‘temos’ de alguns políticos, mas não é bem assim, a política não tem esse caráter tão medonho, são algumas pessoas que desvirtuam as verdadeiras características da política para alcançar os seus objetivos a qualquer preço. Atualmente é possível verificar que a política e a ética podem coabitar - tudo depende do caráter de quem faz e do meio em que se faz política.



De acordo com Nietzsche, os seres humanos têm o desejo de poder, de dominação e de controle, mas é obrigatório reconhecer que as tensões entre um indivíduo do setor particular e outro individuo do setor organizacional incentivam que os indivíduos ajam politicamente. Depois deste artigo talvez passemos a ver a política em todos os ambientes, inclusive nas organizações ou no particular - onde algum ato inocente como servir um café ao amigo pode ser visto como um ato político de alguém que quer tirar proveito dessa gentileza posteriormente, mas não é bem assim. Encerramos este, repensando sobre essa ultima ideia, de que uma competição acirrada é capaz de nos levar a pensar dessa forma negativa, porém, seria mais útil que pudéssemos ter uma visão mais ampla do que é a política e de como podemos utilizar esse mecanismo a nosso favor. Afinal, de todo conflito sempre é possível tirar algum ensinamento.















Fonte e Sítios Consultados

Morgan, Gareth, Imagens da Organização, Editora Atlas S. A. São Paulo, 1996





24 de outubro de 2016

Imagens da Organização - o Medo do Desconhecido




Este capítulo sete do Livro Imagens da organização é de grande utilidade para que todos aqueles interessados em administração possam compreender o subconsciente e os seus reflexos nas organizações - o autor neste capítulo cita Sócrates e seu discípulo Platão por meio da alegoria do “mito da caverna” para ilustrar como os seres humanos podem se tornar prisioneiros de seus medos e incertezas; como podem preferir viver num ambiente hostil e não se lançar ao desconhecido, que consideram mais assustador do que a realidade dura com a qual estão acostumados.

O pensamento é que se lhes fosse permitido sair e conhecer novos horizontes eles não aceitariam e, até consideraram maluco um dos membros que ousou sair e perceber que muito mais de vida havia fora da caverna do que eles poderiam imaginar e que aquelas condições eram sub-humanas, e eles poderiam viver de forma prazerosa, porém os que estavam na caverna não acreditaram e consideraram um absurdo aqueles relatos e hostilizaram aquele que antes era um parceiro.

Se alguém tivesse a ousadia de sair não poderia mais viver entre eles, pois, não conseguiria suportar aquela prisão sabendo do que poderia desfrutar lá fora, teria que escolher entre se aventurar e aproveitar o sabor do conhecimento com a liberdade que isso o trouxe ou então, voltar a viver prisioneiro de seus medos e apenas sonhar com o que poderia ter vivido do lado de fora da caverna. A simbologia dessa escolha nos mostra a filosofia, que é o amor ao saber, a procura inconstante por respostas que nunca são totalmente respondidas.



Estas são as escolhas que trazem renúncias e as renúncias que possibilitam vitórias. A diferença entre o ilusório, as aparências e o que é real, o conhecimento da verdade. Muitos preferem viver na ignorância para não se expor a situações das quais não se acham preparados para enfrentar. Nas organizações não é diferente, muitos indivíduos vivem das aparências, de usar máscaras para se proteger de suas reais atitudes e pensamentos. Deixam de galgar novos postos, novos cargos e novos horizontes por medo, sempre o medo do desconhecido falando mais alto do que a racionalidade do seu ser.

Gareth chega a citar o exemplo da indústria norte-americana que ficou prisioneira do seu próprio sucesso, não percebendo que as necessidades dos consumidores sempre mudam com o passar do tempo e isso fez com que os japoneses crescessem exatamente onde as empresas americanas não conseguiram enxergar, por causa da cegueira causada pelo sucesso.

Outro fato citado é quando Kennedy autorizou a mal fadada invasão a Cuba, que foi desde o seu princípio um erro, porém ninguém ousou ir a fundo e enxergar as fragilidades daqueles planos porque consideravam seus inventores acima de qualquer suspeita e isso fez com que fossem desconsideradas possíveis falhas.

Esse é o problema de um pensamento de grupo, onde todos enxergam da mesma forma e não percebem as nuances dos problemas, cabendo a alguém de fora lhes mostrar o quão equivocados pode estar. É o mesmo sentimento que um escritor tem de sua obra, ele a escreve, mas não percebe os erros de ortografia, gramática e etc. – e isso só acontece porque seus olhos leem o que está no subconsciente e não o que foi impresso, sendo imprescindível então, delegar essa revisão ortográfica a alguém que domine a língua. Não estamos dizendo que um escritor não saiba escrever corretamente, só estamos alertando que ele é passível de erros como qualquer outro ser humano, ainda mais quando a sua mente muitas vezes o condiciona a enxergar da forma que ele pensa e não da forma que foi escrita.

Ainda segundo Freud, o inconsciente se revela na medida em que reprimimos nossos desejos interiores e pensamentos secretos quando tentamos nos adaptar a vida em sociedade e seguir suas ideologias. Dizem que Freud e Jung acreditavam que o passado influenciava o presente através do inconsciente, e assim buscaram meios para que os seres humanos se liberassem, através de diferentes métodos de autocompreensão que indicam como nas suas trocas com o mundo exterior estes estão, na verdade, encarando dimensões ocultas deles mesmos.

O autor Gareth, ainda cita as neuroses de Taylor com a busca da forma perfeita de realizar qualquer atividade, desde uma simples brincadeira até chegar aos princípios da Administração Científica, da repressão da sexualidade que nos é imposta e a influência maléfica que isso causa. Cita também o historiador francês Michel Foucault que nos fala que o domínio e controle do corpo são fundamentais para controle da vida política e social.

Enfatiza como Frederico, o grande, transforma um grupo de bandidos em uma armada extremamente disciplinada. Já Becker nos diz que os seres humanos passam a vida toda negando que são mortais, remetendo para o inconsciente aquilo que considera mórbido. Essa ilusão que somos mais poderosos do que realmente somos é que se transforma em mola propulsora para encarar a vida e, em outros momentos, nos acorrentam.

Todas essas influências são levadas aos diversos meios em que vivemos: família, clubes e, também, as organizações onde trabalhamos. O Instituto Tavistock, representado aqui por Wilfred Bion, mostrou que grupos frequentemente regridem a padrões de comportamento infantil para se protegerem de aspectos desconfortáveis do mundo real. Adotando um dos três padrões de resposta: dependência; líder; emparelhamento. Também é citada a dependência do grupo em uma figura messiânica, salvadora, fuga e luta: a projeção dos seus medos em um inimigo imaginário (paranoia que não deixa enxergar com clareza as reais necessidades de agir e como agir).

Então chegamos até os dias atuais e as organizações modernas com suas lutas internas pela selvageria da competição existente - que se transformam em impulsos destrutivos capazes de se desencadear a partir do interior e criam uma cultura permeada de sadismo. A inveja de seus companheiros pode levar a um bloqueio na aceitação do sucesso deles, por temer não ser capaz de alcançar o mesmo sucesso. Este processo oculto pode minar a capacidade de desenvolver o espírito cooperativo do grupo. Segundo Winnicott criamos fetiches para nos dar conforto e segurança. Daí porque somos tão resistentes à mudança.

Morgan ainda cita Jung, Robert Denhardt e Weber para nos falar das armadilhas do subconsciente humano. Jung criou a interação dos contrários, esquema utilizado por Ian Mitroff e outros para analisar estilos gerenciais e de tomada de decisão e para desenvolver abordagens dialéticas no planejamento e na tomada de decisão que tentava conciliar os pontos de vista rivais. O mesmo esquema também foi utilizado por Ingalls como fundamento para uma ‘análise junguiana’ do uso e direção da energia humana em organizações e por Myers e Briggs para o desenvolvimento de um teste de personalidade que apresenta inúmeras aplicações gerenciais, dentre outras utilidades.



O fato é que sempre buscamos no passado uma inspiração para viver o presente - conforme Ian Mitroff disse, somos todos primitivos de coração, reproduzindo relações arquetípicas para dar sentido aos dilemas fundamentais da vida. Se para os filósofos a liberdade é a visão do conhecimento, para os psicanalistas a liberdade é o conhecimento do inconsciente para criar um mundo melhor e interagir de forma mais completa com o ambiente e transformá-lo em algo mais agradável e seguro aos nossos olhos.

Encerramos este com o pensamento de que talvez a filosofia não nos traga respostas conclusivas sobre as metáforas do inconsciente nas organizações, assim como também não nos traz explicações claras e nem controle sobre esse aspecto do ser humano tão presente e tão insondável – o melhor então é tentar conhecer mais esses aspectos no sentido de não tornarmos as organizações cegas.













Fonte e Sítios Consultados

Morgan, Gareth,  Imagens da Organização, Editora Atlas S. A. São Paulo, 1996

http://celiabuarque.blogspot.com.br


21 de outubro de 2016

Imagens da Organização - Influências das Culturas nas Organizações





Neste ponto do capítulo cinco (Criação da Realidade Social) - as Organizações vistas como culturas no Livro Imagens da organização, é possível verificar que o autor inicia fazendo um paradoxo entre a cultura organizacional americana que detinha a liderança nos anos 60 e se vê, a partir dos anos 70, ameaçada com a hegemonia do Japão (que ressurge das cinzas após a 2ª Guerra Mundial). O estilo de transformar o difícil no possível fez com que os japoneses pudessem dar um passo gigantesco na qualidade e confiabilidade dos seus produtos. A cultura e a forma de vida japonesa foram fatores preponderantes para essa ressurreição, tornando-se uma potência mundial, não inferior a qualquer outra.

E foi a partir desse período que muitos ‘teóricos e administradores’ passaram a dar mais ênfase a diversos estudos sobre cultura e organizações, cremos que para entender esse fenômeno chamado Japão. Metaforicamente a palavra cultura vem de cultivo, de plantar, no entanto refere-se ao padrão de ideologias, crenças, leis e ritos quotidianos, hoje em dia, cultura nos faz ver que diferentes grupos de pessoas têm diferentes estilos de vida.

Foi aí então, que Morgan citou o cientista político Robert Presthus - que nos fala da “Sociedade Organizacional”, onde grandes organizações podem interferir no dia-a-dia das pessoas de forma peculiar e bem diferentes, levando-se em conta o meio onde estão inseridas. Essas organizações têm rotinas e rituais que as identificam como uma vida cultural distinta quando comparada com aquela em sociedades mais tradicionais. Trabalhadores do Século XVIII têm culturas e rotinas diferentes dos trabalhadores do Século XIX, e assim por diante. Mudam-se os contextos, mudam-se as culturas.

                                                                          Professor e Autor Gareth Morgan

Não podemos esquecer que o sociólogo francês Emile Durkheim afirmou que o desenvolvimento das sociedades organizacionais era acompanhado por uma desintegração dos padrões tradicionais de ordem social, em termos de ideais comuns, crenças e valores, dando lugar a padrões fragmentados e diferenciados de crença e prática baseada na estrutura ocupacional da nossa sociedade. O sistema paternalista está enraizado nas organizações japonesas cujo conceito é de coletividade, ou seja, seus membros atuam como colaboradores do processo e desempenham suas funções com essa visão. Existe um total comprometimento entre as organizações e seus trabalhadores. 

Então, Morgan cita alguns teóricos, como:

Murray Soyle - um especialista australiano em Japão que acredita haver uma ligação entre os valores culturais dos campos de arroz com o espírito servil dos samurais;

Charles Hondy - um escritor que fala do antagonismo que ocorre frequentemente nas situações de trabalhadores britânicos onde predomina a ética protestante do trabalho (paternalista e condescendente), e dos americanos cuja ética é a do individualismo competitivo. 

Ezra Vogel - um especialista americano a respeito do Japão demonstra que as orientações são para jogar o jogo pra valer: com objetivos, responsabilidade, punindo ou premiando aqueles que o fizerem por merecer.

Gregory Bateson - um antropologista, fala sobre as diferenças nas relações entre pais e filhos. Para os americanos as crianças são incentivadas a “ser o número 1” já os ingleses orientam para que sejam “vistos, mas não ouvidos”. No primeiro caso estimula-se a independência e a força, no segundo, a serem expectadores e submissos.

Thomas Peterns e Robert Waterman defendiam o uso do reforço positivo (Skinner) nas organizações como forma de moldar o comportamento dos seus empregados, tal teoria que por nós já foi estuda é válida em momentos que requerem resultados rápidos, porém existem críticas a respeito dessa técnica uma vez que trabalha o empregado como se estivesse adestrando, o que levou a ser mais utilizado em animais.

A verdade é que a Cultura Organizacional é, segundo Gareth, um conjunto de indivíduos com diferenças de personalidades compartilhando de muitas causas comuns. Tais padrões de crenças ou significados compartilhados, fragmentados ou integrados, apoiados em várias normas operacionais e rituais, podem exercer influência decisiva na habilidade total da organização em lidar com os desafios que enfrenta.

Linda Smircich, essa professora disse em seu estudo que a cultura organizacional nem sempre é igual nos ambientes externos e internos, onde a organização publicamente tem uma cultura de total cooperação e no seu interior de total rivalidade entre seus membros e a organização. Várias abordagens foram explicitadas nesse capítulo, umas um tanto agressivas como a de Geneen que motiva as pessoas pelo terror, outras pelo exemplo como o caso da HP.

W. F. Whyte, esse sociólogo fala sobre os status que as funções têm dentro das organizações, muitas vezes fonte de conflitos. Harold Garfinkel demonstrou que as nossas habilidades são automáticas e que o caos se apresenta quando tentamos mudar o padrão. Percebesse que as diferenças são muito repudiadas nas sociedades e muitas vezes incompreendidas. O psicólogo organizacional Karl Weich reforçou que configuramos e estruturamos a nossa realidade como um processo de representação, e tantos outros...




Precisamos compreender que as organizações sofrem influência das culturas e subculturas que interagem com elas, de forma isolada e em conjunto. São influenciadas pelos contextos e pelas mudanças que sofrem as populações. Percebe-se que cada indivíduo tem suas próprias crenças e valores e isso interage com o meio onde vive, fazendo uso de seus raciocínios limitados atentos aquilo que assimilou durante sua vida, o que torna as culturas organizacionais ímpares, visto que são formadas pelos seus membros e suas peculiaridades.

Encerramos este reforçando a utilidade deste para todos os estudantes e administradores – sabendo que Gareth Morgan é reconhecido pela sua contribuição ao desenvolvimento das ciências sociais e também pelo fato deste ser um autor com numerosos artigos e obras, além de ser membro do conselho editorial de vários periódicos, conferencista e professor de Ciências da Administração na Universidade de York, em Toronto, Canadá. 












Fonte e Sítios Consultados

Morgan Gareth, Imagens da Organização, Editora Atlas S. A. São Paulo, 1996

http://celiabuarque.blogspot.com.br


18 de outubro de 2016

Condições socioeconômicas e qualidade de vida - saiba como avaliar


Todos sabem que a saúde é um direito universal, e isso independe de raça ou gênero. Juntamente com outros direitos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, como liberdade, educação, nacionalidade, dentre outros. Já é fato seu reconhecimento como um dos maiores e melhores recursos para o desenvolvimento pessoal e socioeconômico, assim como um dos mais relevantes fatores de qualidade de vida (este conceito de promoção nasceu em 1986, na primeira Conferência Internacional sobre Promoção de Saúde em Ottawa, Canadá).
Estes dois temas são muito próximos, algo que podemos relacionar com nosso cotidiano e que não apenas pesquisadores, mas cientistas também concordam plenamente.
De acordo com a Carta de Ottawa, a qual diz que paz, renda, habitação, educação, alimentação adequada, ambiente saudável, recursos sustentáveis, equidade e justiça social são recursos indispensáveis para se conseguir ter saúde - fica implícito então, que o fato da sua existência não é uma vitória individual, mas sim uma conquista de todas as nações, sendo estas de diferentes culturas e religiões. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (com sede em Genebra, na Suíça), diversos fatores (políticos, econômicos, sociais, culturais, ambientais, comportamentais e biológicos) podem tanto favorecer como prejudicar a saúde, o que reflete nas atuais condições precárias nas quais vivem países em desenvolvimento.
Para que seja possível se obter melhorias nas condições de saúde de uma população – um objetivo social fundamental em todas as sociedades – são necessárias políticas públicas eficientes e adequadas para determinada população, sempre nos três níveis: Municipal, Estadual e Federal. Por exemplo, campanhas de saúde têm diferentes focos no sudeste ou no norte do Brasil. Cada região tem suas prioridades, diferentemente também dos países desenvolvidos, que também têm seus problemas, como violência, doenças específicas, etc.
Além dos fatores citados, é importante salientar que a saúde também é decorrência dos fatores chamados comportamentais, isto é, de acordo com elementos culturais, as pessoas desenvolvem padrões alimentares, de comportamento sexual, de atividade física, de maior ou menor estresse, uso de drogas lícitas e/ou ilícitas, além de outros itens específicos de cada comunidade/país.

O Brasil é um país com extrema disparidade em relação ao item saúde.  Algumas regiões são mais privilegiadas devido à maior verba para programas de infraestrutura e de saúde, como novos hospitais e postos de saúde, o que já eleva em muito o nível de saúde do local.

Uma das principais ferramentas para se medir o padrão de qualidade de vida de um determinado local é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O cálculo é obtido a partir dos seguintes critérios avaliados: conhecimento (obtido por meio dos anos de estudo da população adulta e o número esperado de anos de estudos), saúde (medida pela esperança de vida ao nascer) e renda (Renda Nacional Bruta per capita).

Embora os números absolutos em relação à queda de doenças tenha sido significativo, o Brasil ainda está muito atrás de países desenvolvidos no que diz respeito a doenças infectocontagiosas consideradas inteiramente preveníveis.


Desemprego - O Brasil havia diminuído o seu nível de desemprego, mas, neste ano de 2016 alcançamos o número de mais de 12 milhões de desempregados, afinal, a soma da crise mundial mais a crise politica/econômica brasileira só agravaram ainda mais os problemas brasileiros. E mesmo sob um novo governo após o período do Impeachment de 2016, o crescimento econômico ainda não é 'palpável', e  isso afeta diretamente a milhões de desempregados espalhados pela população economicamente Ativa (PEA). Existe, ainda, uma boa formação educacional e qualificação profissional, fato comprovado pela sobra de vagas em inúmeras empresas. Muitos brasileiros optaram pelo emprego informal (sem carteira registrada), fator que não é positivo, pois deste modo não se possui acesso aos direitos trabalhistas.
Violência e criminalidade - A violência está todos os dias nos noticiários, seja em grande ou em pequenas cidades do Brasil inteiro. Infelizmente, os crimes estão cada vez mais presentes no cotidiano do país. Nos jornais, rádios e TVs, presenciamos cenas de assaltos, crimes e agressões físicas - no Brasil, a impunidade já existe há muito tempo, e o grande problema sempre foi a falta de rigor no cumprimento das leis, aliada às injustiças sociais também presentes no território brasileiro podem, em parte, explicar a intensificação destes problemas em nosso país.
Poluição - A poluição está ao redor de todos os brasileiros, seja ela sonora ou visual, e os seus males são enormes. Outro fator preocupante é que os rios das grandes metrópoles são constantemente poluídos pelo lixo doméstico e pelo despejo irregular dos dejetos industriais, aumentando incidência de doenças não só na cidade, mas também nas regiões ao redor. As queimas irresponsáveis e ilegais de lixo e combustíveis só agravam os problemas de saúde de toda essa população e cada vez mais trazem enfermidades como, intoxicação por monóxido de carbono, especialmente em crianças e idosos.

Educação - A educação no Brasil sempre foi e ainda continua sendo de baixo nível - o desempenho dos alunos, aliado aos baixos salários dos professores reflete nesse sucateado e pobre sistema de ensino brasileiro. São inúmeros os empecilhos: prédios mal conservados, falta de professores, poucos recursos didáticos, baixos salários, greves, violência dentro das escolas, entre outros. De algum modo, os responsáveis pela educação não parecem enxergá-la como prioridade para o presente e futuro do nosso país.
Desigualdade social - O Brasil é um país de imensa desigualdade social. A distribuição de renda é desigual, sendo que uma pequena parcela da sociedade é muito rica, enquanto a maioria vive na pobreza e miséria. Apesar da distribuição de renda ter sido mais igualitária nos últimos anos, mais de 90% da riqueza está concentrada na mão de, aproximadamente, 10% da população nacional.
Habitação - As condições de moradia no Brasil são extremamente pobres. Favelas e cortiços são comuns em grandes e médias cidades. Moradores de rua e trabalhadores com salários baixos vivem em precárias condições de vida, muitas vezes apelando para o furto/roubo como modo de se sustentar.






Fonte e sítios consultados

https://www3.uninove.br


16 de outubro de 2016

Monopólio na transmissão do Campeonato Brasileiro de Futebol




            Desde o início deste do ano de 2016 o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), iniciou um processo de investigação sobre um possível monopólio da Rede Globo nos direitos da transmissão de eventos esportivos - sabe-se também que outras emissoras de TVs abertas como a Record, o SBT e a RedeTV! já expuseram quais são os problemas no modelo de negociação que as impedem de concorrer com a Globo pelo Campeonato Brasileiro de Futebol da série A apesar de terem interesse na competição. A Band, que já foi parceira da Rede Globo, destacou alguns entraves, mas, mesmo assim apoia o formato atual. E tudo isso só ocorreu por conta de notícias de distorções nas negociações relacionadas aos direitos de TV fechada no Nacional, em disputa entre Sportv e o Esporte Interativo.
A investigação, no entanto, se tornou mais abrangente. No meio do ano, o CADE enviou ofícios às redes de TVs abertas para saber do seu interesse pelo Brasileiro. Todas revelaram ter interesse, mas se sentem impedidas por entraves, segundo respostas enviadas em junho de 2016.
A Record respondeu: ''À Record sempre interessa a possibilidade de participar da negociação justa e em termos razoáveis dos direitos de transmissão de campeonatos esportivos em geral e, em especial, do Campeonato Brasileiro de Futebol. ''
Uma das reclamações da emissora foi o fato de não haver uma regulamentação do uso dos direitos de imagem dos clubes em partidas entre dois deles. Ou seja, uma emissora pode comprar só de um time e não poder passar o jogo por não ter os direitos do outro. ''A negociação direta dos direitos de transmissão pelos clubes é um modelo interessante, todavia deve-se regulamentar os conflitos de direito de imagem na transmissão dos eventos'', completou. Assim, a emissora poderia comprar só os jogos em casa de um time, por exemplo.

O SBT também se mostrou interessado no Brasileiro e apontou cinco problemas principais no modelo de negociação de direitos da competição - vamos lista-los abaixo:
a) Falta de uma liga ou associação para negociar em bloco pelos clubes com o fim do Clube dos 13;
 b) Falta de regulação transparente no processo para definir a venda sem exclusividade;
 c) Negociação em bloco de todos os campeonatos, regionais, nacionais e sul-americanos;
 d) Ausência de proibição a pagamentos antecipados na hora da renovação de contratos, o que desestimula a entrada de TVs novas;
 e) Calendário dos jogos e horários de transmissão que não estimulam presença do público e deixam times dependentes de TVs.
''Fazer uma oferta para aquisição dos direitos de eventos/campeonatos de futebol, no modelo de negócio hoje praticado, que prevê 'exclusividade', torna-se inviável para o SBT, e, provavelmente para as demais redes de TV aberta e fechada'', completou a emissora.
A Band também apontou que, na maioria dos países, a negociação dos direitos de televisão é coletivo, embora existam exceções como o México -mas a emissora destacou que o modelo atual de transmissão é o mais eficiente - ''Cada rodada tem 10 jogos; 2 são selecionados para TV aberta sendo que para a cidade em que o jogo acontece não há transmissão nem por TV aberta nem por assinatura (exceto em pay-per-view); os jogos exibidos na TV por assinatura são transmitidos em horários não concorrentes e o pay-per-view transmite todos os jogos. Com isso, todos os interessados (emissoras, clubes, público e anunciantes) obtêm o melhor resultado possível'', descreveu.
Embora tenha escondido os motivos pelos quais deixou a parceria com a Rede Globo no Brasileiro, a Band deu a entender que foi por conta da queda das taxas de retorno do futebol. Segundo a emissora, o Nacional ''somente é interessante se houver boas perspectivas de retorno dos investimentos realizados, sendo que as taxas vêm caindo gradativamente no caso do futebol, em razão do aumento dos custos dos direitos de transmissão e da conjuntura econômica no Brasil, que evidentemente afeta os anunciantes''.
A RedeTV! foi outra que demonstrou interesse no Nacional, mas pediu uma rediscussão do modelo de negociação. A emissora, no entanto, não apontou quais os problemas - ''Para aumentar a concorrência pelos direitos de transmissão do campeonato em TV Aberta no Brasil, poderiam ser adotar novos modelos, a fim de permitir maior democratização do acesso do esporte ao público telespectador'', disse. ''Entendemos que o modelo atual necessita de uma discussão mais ampla entre todos os agentes''.
E para encerrar este, a Rede Globo já se manifestou sobre este processo defendendo o seu modelo de negociações por pacotes como o mais vantajoso para os clubes. Mas não é possível ler todas as suas posições porque foi requisitada confidencialidade em alguns deles. Publicamente, a emissora já disse que procura o melhor para o futebol brasileiro e que fez modificações em seu modelo ao alterar a divisão de cotas de televisão dos clubes.
  






Fonte e Sítios Consultados

http://rodrigomattos.blogosfera.uol.com.br/2016/10/16/emissoras-rivais-explicam-por-que-nao-concorrem-com-globo-pelo-brasileiro/?cmpid=fbesp-geral

10 de outubro de 2016

Erros de Português comuns no Mundo Corporativo



Sabemos que é desagradável encontrar erros em documentos corporativos, afinal, quem nunca recebeu um  E-mail, relatório, artigo ou apresentação com alguns erros de ortografia, sintaxe, regência, pontuação e conjugação verbal. E essa situação só piora quando notamos que isso ocorreu com pessoas de altos cargos, ou seja, esses “tropeços” são capazes de arranhar muito ‘uma’ boa imagem profissional – alguns até que 'tentam se defender’ dizendo que devido à falta de tempo ficou impossível de manter uma rotina de leitura e muito em razão disso, eles acabaram deixando de lado aquela importante etapa do dia – o ‘ultrapassado’ e sábio hábito da leitura de livros, jornais, revistas e sites, afinal, aquela revisão cuidadosa e paciente dos textos se perdeu nestes tempos digitais.
Vamos acompanhar alguns erros de linguagem (norma culta do português) comuns no mundo corporativo, confira a seguir:



1. "São suficientes" / "É suficiente"
Erro: Cento e cinquenta dólares são suficientes para as diárias no exterior.
Forma correta: 
Cento e cinquenta dólares é suficiente para as diárias no exterior.
Explicação: 
O verbo ser é invariável quando indicar quantidade, peso, medida ou preço.
 

2. "Em vez de" / "Ao invés de"
Erro: Ao invés de mandar um e-mail, resolvi telefonar.
Forma correta: 
Em vez de mandar um e-mail, resolvi telefonar.
Explicação:
 “Em vez de” é usado como substituição, enquanto a expressão “ao invés de” é usada como oposição.


3. "A nível de" / "Em nível de"
Erro: A nível de proposta, o assunto deve ser mais discutido”
Forma correta: 
Em relação à proposta, o assunto deve ser mais discutido.
Explicação: 
A expressão “a nível de” só está correta quando significar "à mesma altura". “Hoje, Santos acordou ao nível do mar”. Também podemos usar a expressão “em nível” sempre que houver “níveis”: “Esse problema só pode ser resolvido em nível de diretoria”.


4. "A meu ver" / "Ao meu ver"
Erro:Ao meu ver, o evento foi um sucesso”.
Forma correta: 
“ A meu ver, o evento foi um sucesso”.
Explicação: Não se deve usar artigo nessas expressões, em que o substantivo ver significa “opinião, juízo”: a meu ver, a seu ver, a nosso ver. Também não se usa artigo em estar a par: Estavam todos a par (e não ao par) dos últimos acontecimentos.
 

5. “Maiores informações” / “Mais informações”
Erro: Para maiores informações, entre em contato com a Central de Atendimento.
Forma correta: 
Para mais informações, entre em contato com a Central de Atendimento.
Explicação: 
“Maior” é comparativo, portanto não se aplica a esse caso.
 

6. “A” / “há”
Erro: Trabalho nesta empresa a dez anos.
Forma correta: 
Trabalho nesta empresa há dez anos.
Explicação: 
Para indicar tempo passado, usa-se “há”. O “a”, como expressão de tempo, é usado para indicar futuro ou distância. (A empresa fica a dez minutos do centro.)


7. "Acerca de” / “a cerca de”
Erro: Na reunião, discutiu-se a cerca de corte de gastos.
Forma correta:
 Na reunião, discutiu-se acerca de corte de gastos.
Explicação:
 “Acerca de” significa a respeito de. A cerca de indica aproximação. (Ex: A empresa fica a cerca de 5 km daqui.)


8. "Meio-dia e meio" / "Meio-dia e meia"
Erro: A reunião começará ao meio-dia e meio.
Forma correta:
 A reunião começará ao meio-dia e meia.
Explicação: 
Devemos utilizar a expressão meio-dia e meia sempre que quisermos referir a décima segunda hora do dia mais trinta minutos, ou seja, o meio-dia mais meia hora.


9. “Supérfluo” / “supérfulo”
Erro: Os gastos naquele setor foram supérfulos.
Forma correta: 
Os gastos naquele setor foram supérfluos.
Explicação:
 Supérfluo significa demais, desnecessário. Embora seja uma palavra que muitas vezes ouvimos, “supérfulo” não existe.


10. “Em mãos” / “em mão”
Erro: O motorista entregou a carta em mãos.
Forma correta: 
O motorista entregou a carta em mão.
Explicação:
 A segunda opção sempre foi considerada a correta, porém, atualmente, as duas formas são aceitas por alguns dicionários.

 
11. “Segmento” / “Seguimento”
Erro: O seguimento de mercado mostrou-se propício a investimentos.
Forma correta: 
O segmento de mercado mostrou-se propício a investimentos.
Explicação:
 Segmento é sinônimo de seção, parte. Seguimento é o ato de seguir. (Ex: O projeto de implantação da ciclovia não teve seguimento.)


12. “Por hora” / “Por ora”
Erro: O diretor afirmou que, por hora, não poderia responder.
Forma correta: 
O diretor afirmou que, por ora, não poderia responder.
Explicação: 
A expressão “por hora” refere-se a tempo. “Por ora” expressa o sentido de “por enquanto”.

 
13. “Meu óculos” / “meus óculos”
Erro: Ele havia esquecido seu óculos no restaurante.
Forma correta: 
Ele havia esquecido seus óculos no restaurante.
Explicação: 
As palavras ligadas ao substantivo “óculos” devem ser flexionadas para o plural.

 
14. “Onde” / “Em que”
Erro: Participei da reunião onde foram tomadas várias decisões sobre os benefícios dos trabalhadores.
Forma correta: 
Participei da reunião em que (ou na qual) foram tomadas várias decisões sobre os benefícios dos trabalhadores.
Explicação: 
A palavra onde é um advérbio de lugar e, portanto, só deve ser usada referindo-se a lugar. Em outros sentidos, utilize a expressão em que ou no/a qual.

 
15. "É proibido” / “É proibida”
Erro: É proibido a entrada de pessoas não autorizadas.
Forma correta: 
É proibida a entrada de pessoas não autorizadas. ou É proibido entrada de pessoas não autorizadas.
Explicação: 
Deve-se fazer a concordância somente quando o substantivo estiver acompanhado, por exemplo, de artigo, pronome demonstrativo, pronome possessivo.


16. “A prazo” / “À prazo”
Erro: Os produtos podem ser comprados à vista ou à prazo.
Forma correta: 
Os produtos podem ser comprados à vista ou a prazo.
Explicação: 
Não existe crase antes de palavra masculina. Portanto, deve-se escrever: a prazo, a pé, a cavalo, a bordo.

 
17. “Vem” / “veem”
Erro: Os gerentes vem ao setor todos os dias e vêem o desempenho dos colaboradores.
Forma correta: Os gerentes vêm ao setor todos os dias e veem o desempenho dos colaboradores.
Explicação: Vem corresponde ao verbo VIR e recebe acento na 3ª pessoa do plural do presente do Indicativo. Veem corresponde ao verbo VER e, segundo o Novo Acordo Ortográfico, não recebe mais acento na 3ª pessoa do plural do presente do Indicativo.


18. “Anexo” / “Anexa” / “Em anexo”
Erro: Encaminho anexo os documentos solicitados.
Forma correta: Encaminho anexos os documentos solicitados.
Explicação: Anexo é adjetivo e deve concordar em gênero e número com o substantivo a que se refere. Ex: Segue anexa a carta de apresentação. Obs: Muitos gramáticos condenam a locução “em anexo”; portanto, dê preferência à forma sem a preposição.


19. “Eminente” / “Iminente”
Erro: Pedro é uma figura iminente na empresa.
Forma correta: Pedro é uma figura eminente na empresa.
Explicação: Eminente quer dizer notável. Iminente significa prestes a acontecer.


20. “Seção” / “Sessão” / Cessão
Erro: A seção dos direitos autorais desta obra criou polêmica.
Forma correta: A cessão dos direitos autorais desta obra criou polêmica.
Explicação: Seção significa divisão de repartições públicas, parte de um todo, departamento. Sessão significa espaço de tempo de uma reunião deliberativa ou de um espetáculo. Cessão refere-se ao ato de ceder.


21. “Aspirar” / “Aspirar a”
Erro: Ele aspira o cargo de gerente nesta empresa.
Forma correta: Ele aspira ao cargo de gerente nesta empresa.
Explicação:
 O verbo aspirar no sentido de sorver não admite preposição em sua regência. Aspirar, no sentido de almejar, exige a preposição a.


22. “Online” ou “on-line”
Erro: Haverá um treinamento online para os colaboradores.
Forma correta: Haverá um treinamento on-line para os colaboradores.
Explicação: O “VOLP” – Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa – registra “on-line” com hífen.


23. "Curriculum" / Curriculo"
Erro: Os candidatos deverão entregar o curriculo no RH.
Forma correta: Os candidatos deverão entregar o curriculum (ou currículo) no RH.
Explicação: Curriculum vitae é uma expressão latina, mas já foi aportuguesada: currículo. Ambas formas estão corretas: curriculum vitae ou currículo (com acento).

 
24. “Porque” / “Por que”
Erro: Ninguém soube porque o diretor cancelou a reunião.
Forma correta: Ninguém soube por que o diretor cancelou a reunião.
Explicação: Porque é conjunção e tem a função de unir duas orações coordenadas. Por que é usado em frases interrogativas e, também, aparece nos casos em que puder ser substituído por “pelo qual” ou “por qual razão”.

 
25. "Este" / "Esse" / "Aquele"
Erro: Na reunião, serão discutidos esses itens a seguir:
Forma correta: Na reunião, serão discutidos estes itens a seguir:
Explicação: Observe a regra: “Estes itens.” (Você ainda irá citar); “Esses itens.” (Você já citou).

 
26. “Exceção” / “Excessão”
Erro: Para toda regra, há uma excessão.
Forma correta: Para toda regra, há uma exceção.
Explicação: O correto é exceção. Cuidado para não confundir com excesso.

 
27. “10 a 20 de março” / “10 à 20 de março”
Erro: O curso será de 10 à 20 de março.
Forma correta: O curso será de 10 a 20 de março.
Explicação: Observe que não há artigo combinado com a preposição de; portanto, também não haverá artigo no passo seguinte, estando correto “de tal dia a tal dia”, sem crase.


28. Crase na indicação de páginas
Erro: Os advogados fizeram a leitura da página 5 a 15 do acordo trabalhista.
Forma correta: Os advogados fizeram a leitura da página 5 à 15 do acordo trabalhista.
Explicação: A palavra “página” está implícita após o “à”, o que justifica o acento grave, que indica que há crase (fusão de “a” preposição + “a” artigo feminino).

 
29. “1,5 milhão” / “1,5 milhões”
Erro: Em 2016, foram gastos no país 1,5 milhões de cartuchos de impressora.
Forma correta: Em 2016, foram gastos no país 1,5 milhão de cartuchos de impressora.
Explicação: A unidade “milhão” só é flexionada para o plural a partir do segundo milhão, ou seja, 2 milhões. Portanto, deve-se observar o número que antecede a vírgula e lembrar que numerais como “milhão”, “bilhão” e “trilhão” devem concordar com esse número.


30. “A todos” / “À todos”
Erro: Bom dia à todos.
Forma correta: Bom dia a todos.
Explicação: Não há crase antes de pronomes indefinidos (muitos, poucos, nenhuma, todos, pouca, alguma).



31. “A partir” / “À partir”
Erro: À partir da próxima semana, não será permitida a entrada sem o crachá de identificação.
Forma correta: A partir da próxima semana, não será permitida a entrada sem o crachá de identificação.
Explicação: Não há crase antes de verbo.


32. “Obrigado” / “Obrigada”
Erro: Obrigado pela ajuda - disse Clara.
Forma correta: Obrigada pela ajuda - disse Clara.
Explicação: "Obrigado" é variável e concorda com a pessoa que fala. A mulher diz "obrigada". O homem, "obrigado". 

 
33. “Pagou o engenheiro” / “Pagou ao engenheiro”
Erro: Ao término da obra, a empresa pagou o engenheiro.
Forma correta: 
Ao término da obra, a empresa pagou ao engenheiro.
Explicação: 
O verbo “pagar” exige dois complementos – um deles acompanhado de preposição (pessoa) e o outro sem preposição (coisa). Assim: Paguei (o serviço) ao engenheiro.


34. “Houve” / “houveram”
Erro: Houveram dois problemas.
Forma correta: 
Houve dois problemas.
Explicação: 
O verbo “haver” no sentido de existir não tem sujeito, por isso fica sempre na terceira pessoa do singular. “Há dez problemas”, “houve dez problemas”. Vale a mesma regra quando os verbos “haver” e “fazer” indicam tempo: “Faz dois anos que nos encontramos”.


35. “Deve haver” / “Devem haver”
Erro: Devem haver muitas pessoas naquele auditório.
Forma correta: Deve haver muitas pessoas naquele auditório.
Explicação: O verbo haver, no sentido de existir, é impessoal, ou seja, só é usado no singular. Quando acompanhado de um verbo auxiliar, no caso, “deve”, este também se torna impessoal.


36. “Em baixo” / “Embaixo”
Erro: O documento caiu em baixo do móvel.
Forma correta: O documento caiu embaixo do móvel.
Explicação: Embaixo é advérbio de lugar. Em baixo é adjetivo. (Ex: Falavam em baixo tom.)


37. “Voo” / “Vôo”
Erro: Aquelas pessoas quase perderam o vôo.
Forma correta: Aquelas pessoas quase perderam o voo.
Explicação: O Acordo Ortográfico eliminou o acento circunflexo no primeiro “o” do hiato final “oo”. Assim: voo, zoo, perdoo, abençoo etc.


38. “Estender” / “Extender”
Erro: A reunião se extendeu além do tempo previsto.
Forma correta: A reunião se estendeu além do tempo previsto.
Explicação: O correto é estender, que significa prolongar, alongar, alargar. Extender não existe.


39. “Há dois anos” / “Há dois anos atrás”
Erro: Há dois anos atrás, o contrato foi assinado.
Forma correta: Há dois anos, o contrato foi assinado.
Explicação: É redundante dizer “Há dois anos atrás”, pois o “Há” já dá ideia de tempo decorrido.


40. “Bastante” / “Bastantes”
Erro: Há bastante motivos para a demissão daquele colaborador.
Forma correta: Há bastantes motivos para a demissão daquele colaborador.
Explicação: Bastante/Bastantes é pronome indefinido e deve concordar com o substantivo a que se refere. Na dúvida, faça a substituição por “muito/muitos”. Também pode ser advérbio, mas, nesse caso, permanecerá invariável.


41. “Zero hora” / “Zero horas”
Erro: A decisão entra em vigor a partir das zero horas de amanhã.
Forma correta: A decisão entra em vigor a partir da zero hora de amanhã.
Explicação: O substantivo “hora” concorda com o numeral “zero”.

 
42. “Horas extra” / “Horas extras”
Erro: O colaborador precisou fazer muitas horas extra.
Forma correta: O colaborador precisou fazer muitas horas extras.
Explicação: “Extra” é um adjetivo, portanto deve concordar com o substantivo a que se refere.

 
43. “Vir” / “Ver”
Erro: Quando você ver seu extrato, identificará o estorno do valor.
Forma correta: Quando você vir seu extrato, identificará o estorno do valor.
Explicação: Vir é a flexão do verbo VER na 3ª pessoa do singular do Futuro do Subjuntivo.


44. “Interviu” / “Interveio”
Erro: A diretora interviu na decisão.
Forma correta: A diretora interveio na decisão.
Explicação: Interveio é a flexão do verbo intervir na 3ª pessoa do singular do Pretérito Perfeito do Indicativo. Significa interferir, participar, interceder.

 
45. “Através” / “por meio”
Erro: O cliente soube da alteração através do e-mail.
Forma correta: O cliente soube da alteração por meio do e-mail.
Explicação: Por meio significa “por intermédio”. A locução através de expressa a ideia de atravessar. (Ex: Olhou através da janela.)

 
46. “Clipe” / “clipes”
Erro: Ele fixou os papéis com um clips.
Forma correta: Ele fixou os papéis com um clipe.
Explicação: Clipe é aquela peça de metal usada para prender folhas. Patenteado na Alemanha, é conhecido como clip (pl. clips) nos países de língua inglesa. No Brasil, deve ser chamado de clipe (pl. clipes).

47. “Responder o” / “Responde ao”
Erro: O gerente não respondeu o meu e-mail.
Forma correta: O gerente não respondeu ao meu e-mail.
Explicação: A regência do verbo responder, no sentido de dar a resposta a alguém, exige a preposição “a”.

48. Vírgula entre sujeito e verbo
Erro: O gerente de marketing, copiou as informações.
Forma correta: O gerente de marketing copiou as informações.
Explicação: A vírgula é um sinal de pontuação que marca uma pausa de curta duração. É usada para separar termos dentro de uma oração ou orações dentro de um período, mas nunca deve ser colocada entre o sujeito e o verbo.

49. "No aguardo de" / "Ao aguardo de"
Erro: Ficarei no aguardo de providências.
Forma correta: Ficarei ao aguardo de providências.
Explicação: Ficamos sempre ao aguardo ou à espera de, nunca no aguardo de ninguém ou na espera de alguma coisa.

50. “Mas” / “Mais”
Erro: Ele é dedicado, mais costuma se atrasar.
Forma correta: Ele é dedicado, mas costuma se atrasar.
Explicação: Mas é conjunção adversativa e significa “porém”. Mais é advérbio de intensidade.


51. “Obrigado” / “Obrigados”
Erro: Muito obrigado! – disseram os homens.
Forma correta: Muito obrigados! – disseram os homens.
Explicação: "Obrigado" deve vir no plural caso se refira a mais de uma pessoa.


52. “Imprimido” / “Impresso”
Erro: Ele havia impresso todos os documentos naquele dia.
Forma correta: 
Ele havia imprimido todos os documentos naquele dia.
Explicação: 
O verbo imprimir tem duas formas de particípio – impresso e imprimido. Com os verbos ter e haver, deve-se usar a forma “imprimido”, e com os verbos ser e estar, “impresso”. Ex: Os documentos foram impressos naquela máquina.


53. “Precisa-se” / “Precisam-se”
Erro: Precisam-se de motoristas.
Forma correta: 
Precisa-se de motoristas.
Explicação: 
Nesse caso, a partícula “se” tem a função de tornar o sujeito indeterminado. Quando isso ocorre, o verbo permanece no singular.

 
54. “Há pouco” / “A pouco”
Erro: Os gestores chegarão daqui há pouco.
Forma correta: Os gestores chegarão daqui a pouco.
Explicação: “Há pouco” indica tempo decorrido. “A pouco” dá ideia de uma ação futura.

 
55. “Chego” / “Chegado”
Erro: A secretária havia chego atrasada na reunião.
Forma correta: 
A secretária havia chegado atrasada na reunião.
Explicação: 
O particípio do verbo chegar é chegado. Chego é 1ª pessoa do Presente do Indicativo.(Ex: Eu chego na hora do almoço).


56. “Entre eu e você” / “Entre mim e você”
Erro: Entre eu e você, há uma sintonia de ideias.
Forma correta: Entre mim e você, há uma sintonia de ideias.
Explicação: Eu é pronome pessoal do caso reto e só pode ser usado na função de sujeito, ou seja, antes de um verbo no infinitivo, como no caso: “Não há nada entre eu pagar e você usufruir também.”

 
57. “Senão” / “Se não”
Erro: É melhor ele comparecer, se não irá perder a vaga.
Forma correta: É melhor ele comparecer, senão irá perder a vaga.
Explicação: Senão significa “caso contrário”. Se não é usado no sentido de condição. (Ex: Se não chover, poderemos sair.)


58. “Deu” / “Deram” tantas horas
Erro: Deu dez da noite e ele ainda não chegou.
Forma correta: Deram dez da noite e ele ainda não chegou.
Explicação: Os verbos dar, bater e soar concordam com as horas. Porém, se houver sujeito, deve-se fazer a concordância: “O sino bateu dez horas.”


59. “Chove” / “Chovem”
Erro: Chove reclamações quando há aumento no preço do combustível.
Forma correta: Chovem reclamações quando há aumento no preço do combustível.
Explicação: Quando indica um fenômeno natural, o verbo chover é impessoal e fica sempre no singular. No sentido figurado, faz-se a flexão verbal.

60. “Chegar em” / “Chegar a”
Erro: Os estagiários chegaram atrasados na reunião.
Forma correta: Os estagiários chegaram atrasados à reunião.
Explicação: Verbos de movimento exigem a preposição “a”.












Fonte e Sítios Consultados

http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/60-erros-de-portugues-muito-comuns-no-mundo-do-trabalho
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