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25 de outubro de 2016

Imagens da Organização – A Politica e suas Influencias nas Organizações




O autor Gareth Morgan, do livro Imagens da organização nos relata no capítulo 6 casos onde a influência da política está presente nas organizações, seja pelo ponto de vista dos empregados ou do empregador. Não importa qual o lado, ela está presente. Isso ocorre porque o ser humano coloca suas filosofias em tudo aquilo que participa e não seria diferente nas organizações. A personalidade e desejos de cada um são aliados à filosofia da empresa, e onde elas divergem dá-se origem a uma “guerra” às vezes não declarada e, mas raro, bem acirrada.

É comum que essas situações sejam encontradas com mais facilidade nas empresas familiares, onde o proprietário coloca sua vontade acima de tudo, até mesmo dos interesses da organização na clássica frase: eu mando e quem tem juízo obedece. Gareth cita exemplos como a demissão de Lee Iacocca, um executivo muito bem sucedido da Ford, pelo seu presidente Henry Ford II por “divergências no modo de pensar”, porém cogita-se a possibilidade de Iacocca ter ficado “importante” demais, desviando os holofotes de Henry.

Porém, percebe-se durante a leitura desse texto que a política não é específica das empresas administradas pelos seus proprietários, isso porque ela também está presente nos sistemas de ‘cogestão’ - que é quando os empregados adquirem o poder através da aquisição de uma massa falida e resolvem, eles mesmos, fazer a administração - por vezes, com sucesso.




É fato que durante uma competição acirrada existe sempre a chance de acontecerem algumas atitudes pautadas em interesses pessoais. Os protagonistas usam de suas habilidades políticas, nem sempre tão éticas, para alcançar os objetivos. O Poder na política é quem resolve os conflitos, e assim, os interesses giram em torno dele, de presidentes a operários, todos fazem política a fim de sobreviverem e progredirem em suas atividades. 

O autor Gareth, cita o cientista político americano Robert Dahl, “sugerindo que o poder envolva habilidade para conseguir que outra pessoa faça alguma coisa que, de outra forma, não seria feita”. Daí surge várias fontes de poder, entre elas, a autoridade formal, a primeira e clara fonte de poder numa organização - por ser legitimado é respeitado e conhecido por aqueles com quem se interage. Segundo Weber, a legitimidade é uma forma de aprovação social essencial para estabilização das relações do poder.

Morgan também cita as organizações pluralistas: caracterizadas por tipos idealizados de democracias liberais em que, potencialmente, as tendências autoritárias são mantidas sob controle pelo livre jogo de grupos de interesses que têm alguma semelhança com governo político. Ou seja, a negociação é parte importante para criar uma unidade a partir da adversidade, como pregava Aristóteles, como ideal político.

Quando o administrador encontra a fonte do problema, cabe a ele reunir forças para resolvê-lo e para isso é preciso imbuir à equipe num só objetivo - trata-se de uma ideologia unicista de equipe, onde todos devem contribuir para não dar lugar aos conflitos.

Morgan cita os cinco estilos de resoluções de conflito:

·        Competitivo;
·        Colaborador;
·        Compreensivo;
·        Impeditivo e
·        Acomodador.

Existe uma grande tendência a associar a política com algo que seja ruim – isso deve acontecer por causa da visão negativa que ‘temos’ de alguns políticos, mas não é bem assim, a política não tem esse caráter tão medonho, são algumas pessoas que desvirtuam as verdadeiras características da política para alcançar os seus objetivos a qualquer preço. Atualmente é possível verificar que a política e a ética podem coabitar - tudo depende do caráter de quem faz e do meio em que se faz política.



De acordo com Nietzsche, os seres humanos têm o desejo de poder, de dominação e de controle, mas é obrigatório reconhecer que as tensões entre um indivíduo do setor particular e outro individuo do setor organizacional incentivam que os indivíduos ajam politicamente. Depois deste artigo talvez passemos a ver a política em todos os ambientes, inclusive nas organizações ou no particular - onde algum ato inocente como servir um café ao amigo pode ser visto como um ato político de alguém que quer tirar proveito dessa gentileza posteriormente, mas não é bem assim. Encerramos este, repensando sobre essa ultima ideia, de que uma competição acirrada é capaz de nos levar a pensar dessa forma negativa, porém, seria mais útil que pudéssemos ter uma visão mais ampla do que é a política e de como podemos utilizar esse mecanismo a nosso favor. Afinal, de todo conflito sempre é possível tirar algum ensinamento.















Fonte e Sítios Consultados

Morgan, Gareth, Imagens da Organização, Editora Atlas S. A. São Paulo, 1996





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