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13 de julho de 2016

Empreendedorismo brasileiro - Por que existem tantos fracassos?





O Brasil é um país empreendedor e cada vez mais essa ideia ‘pulsa’ no pensamento dos brasileiros, afinal, quem nunca ouviu aquela frase: ‘em tempos de crise é que surgem as melhores oportunidades’ – e os números do ano de 2015 comprovam isso, afinal foram 52 milhões de brasileiros entre 18 e 64 anos envolvidos na criação ou na manutenção de um negócio – esse número corresponde a quase 40% da população nessa faixa etária, segundo o estudo Global Entrepreneurship Monitor de 2015.
Mas mesmo sendo um país com tantos empreendedores é importante saber que em média 25% das pequenas e médias empresas brasileiras tiveram as suas portas fechadas com apenas dois anos de atividade – e com cinco anos este índice só piora chegando a bater mais de 50%. Os principais motivos para todo esse fracasso estão fragmentados em alguns itens, são eles:
·        Falta de capital de giro,
·        Baixos lucros,
·        Alto endividamento e principalmente
·        Baixo nível de gestão empresarial.

É provável que existam vários motivos para a falta de capacitação dos empreendedores brasileiros, mas podemos citar um muito evidente, a falta de incentivo do empreendedorismo desde cedo - e a razão disso talvez seja que a escola brasileira não mantenha na sua grade de ensino escolar disciplinas ligadas a este assunto.


O fato é que os brasileiros não adquirem a capacidade de pensar em soluções desde cedo e o problema é que esse é um fator essencial para o desenvolvimento da sociedade, além do mais é preciso aliar outras competências, como: a de executar aquilo que ainda está apenas dentro de nossas mentes – isso corresponde a aprender a empreender, que basicamente nos ajuda a tirar grandes ideias do papel. “O empreender é determinado por sua capacidade de mobilizar pessoas e recursos em prol de um objetivo – ou seja, de colocar um negócio de pé. Ele forma pessoas protagonistas, que trazem autonomia e liderança”, isso é o que afirma Paula Sato, gerente de projetos da aceleradora Artemisia, que possui uma aula voltada para jovens em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).Essa capacitação, no final, beneficia não apenas os alunos, mas também a sociedade – afinal, os negócios a impactam e a transformam diretamente.”
O brasileiro também perde muito com a falta da cultura de inovação, isso em razão dos benefícios não adquiridos. Afinal, quando começamos a empreender na escola podemos contar com um ambiente seguro para errar, essa é a ideia do professor de Engenharia de Produção da Universidade de São Paulo (USP), André Fleury, que também auxilia o Núcleo de Empreendedorismo da USP (NEU), o qual é feito por alunos.

“O grande desafio de criar um negócio está nas primeiras etapas: descobrir o cliente e trabalhar seu produto ou serviço. Por isso, é preciso identificar os empreendedores, ajudá-los a desenvolver ideias, achar consumidores, refinar o que a empresa oferece e chegar até a primeira venda.”

O coordenador do MBA em empreendedorismo da FGV, Marcus Quintella defende: “É fundamental a criança e o adolescente entenderem o que é risco e aprenderem a conviver com ele. Assim, eles entendem que, apesar de tudo nascer de ideias, é preciso também consolidá-las em um plano e obter a aceitação do mercado”.


Os erros mais comuns dos empreendedores brasileiros
São muitos os erros que os empreendedores de primeira viagem cometem – então, antes de abrir um negócio é bom saber os principais erros cometidos pelos donos de negócios para não repeti-los:

·        Comprometer quase todo o dinheiro no início do negócio – é comum que quando um empreendedor visualiza algum sinal de sucesso em sua empresa, ele comece a assumir compromissos pensando nos lucros e que os tempos de bonança continuarão para sempre. Esse item não é para tornar ninguém um pessimista, mas simplesmente, para alertar sobre a necessidade de ser um duro realista, afinal, é bom saber que no Brasil, qualquer negócio pode quebrar amanhã, por isso administre seu dinheiro segundo esse pensamento.

·        Péssimas contratações - o time sempre será a parte mais importante de uma empresa, e péssimas contratações só irão ajudar a levar o seu negócio para o buraco. Por isso, na hora de contratar, procure por: habilidade, inteligência e tenacidade, afinal é muito fácil cair naquela armadilha de contratar pessoas que são apenas ‘boas o suficiente ou necessárias’ quando estamos no processo de tentar crescer rápido - isso pode ser fatal. Outro erro de contratação é sair só em busca de candidatos com muita de experiência sem ao menos olhar para todos que se inscreveram – as pessoas precisam estar aprendendo constantemente, então se possível é interessante mesclar essa habilidade de apreender com os anos de experiência.




·        Não pesquisar seu mercado o suficiente - saber mais sobre onde pretendemos atuar parece óbvio, mas é um erro comum de muitos empreendedores de primeira viagem e isso acontece quando eles enxergam uma oportunidade e logo abrem uma empresa, sem se preocupar de ver antes a concorrência existente e quem são os consumidores, por exemplo. É fundamental que todo empreendedor entenda que a pesquisa é a chave para saber se o negócio pode ser ou não um sucesso – é preciso usar o tempo para aprender mais sobre o mercado, encontrar os clientes, aprender e entender o que eles precisam, e outras informações desse tipo.

·        Ser apaixonado por uma ideia e ignorar as críticas – é sensacional gostar do nosso negócio, mas é preciso manter-se lúcido o suficiente para saber criticá-lo, quando preciso. Isso significa dizer que: a partir do momento que nos apegamos emocionalmente a uma ideia, é muito fácil perder a objetividade. Esse é o efeito conhecido como efeito bolha, por exemplo: quando pedimos feedbacks é fácil apenas ouvir os que estão apoiando a nossa ideia.

·      Acreditar que o preço baixo é a chave do sucesso - quando achamos que só a prática de preços baixos já é uma garantia de que vamos superar os concorrentes, esse é um sinal de que estamos totalmente enganados. Isso porque, existem preços que são baseados em valor* (o valor* que o produto representa para os clientes e não o valor da gondola) então, existe a possibilidade de se cobrar mais, e só  é possível isso, se focarmos nos tipos corretos de clientes e nas qualidades certas do nosso produto para atendê-los.

·        Acreditar em ganhos de dinheiro instantâneos – um erro comum dos empreendedores é não projetar que suas ideias podem demorar meses ou até anos para retornar aquilo que foi gasto – e mais ainda para gerar lucro. Por isso é preciso ter mais capital do que apenas o mínimo para cobrir custos de infraestrutura. Por isso é uma grande falha não dar importância para o fluxo de caixa – é preciso manter uma reserva de 10 a 13 semanas de capital de giro para sobreviver. Entenda mais sobre o que é e para que servem o fluxo de caixa e o capital de giro, além de saber quanto dinheiro deve ser guardado para o capital de giro.



·        Trabalhar até a exaustão e acumular mil e uma tarefas – Muitos empreendedores cometem o erro de acreditar que devem trabalhar mais de 100 horas por semana. Mas, pense bem se você não tirar um tempo para cuidar de você mesmo, ninguém irá, por isso é preciso que o empreendedor esteja bem para que possa dar atenção a tudo e a todos. Vamos pensar um pouco, será que o fundador de uma empresa recém-inaugurada precisa mesmo gastar seu tempo avaliando cada alternativa dentro da área de recursos humanos, por exemplo, no lugar de focar no produto e nos clientes.

·        Fazer tudo pela metade – Acabamos de verificar os malefícios de se trabalhar de forma absurda, porém, não dá para tocar uma ideia de negócio como se fosse apenas um 'projetinho' paralelo. É claro que nada é impossível, mas para transformar uma ideia em algo que possa atrair investimentos ou trazer lucros, é preciso tomar a decisão de trabalhar integralmente em algum momento.

·   Esperar o produto ficar perfeito para então lançar – assim que possível, entregue seu produto ou serviço na mão de potenciais consumidores, isso irá gerar um potencial retorno financeiro e também o tão esperado feedback. Quanto mais cedo testarmos o produto, mais cedo ele ficará melhor, lembre-se de que o dinheiro, um novo cliente e o feedback são capazes de superar aquela expectativa pela perfeição.



·        Excesso de leitura/mídias sociais e pouca execução – nem todos os conselhos são válidos, mas alguns são primordiais, como: toda leitura, assim como todo o tempo gasto nas redes sociais são importantes para que os empreendedores compreendam os 'insights' que foram aprendidos após muito esforço pela comunidade de negócios e tecnologia, porém, fazer nenhuma leitura pode ser tão ruim quanto ler demais. Pense sobre isso: o sucesso ou fracasso no mundo do empreendedorismo tem menos a ver com conhecimentos teóricos de negócios e mais com a forma de como serão resolvidos os problemas para um grupo específico de pessoas e o único meio de saber fazer isso é por meio de pesquisa direta, e não de segunda mão.

·    Não colocar ou manter a casa em ordem – não é novidade para ninguém a necessidade de organizar as diversas áreas do negócio – o que inclui manter toda a documentação e a contabilidade em dia. Não é impossível que a empresa cresça rapidamente e que algumas dessas obrigações fiquem para depois - então, se o objetivo é crescer de forma sólida, é melhor manter tudo arrumado agora do que ter de fazer isso às pressas mais tarde.









Fonte e Sítios Consultados

http://exame.abril.com.br
http://exame.abril.com.br/pme/noticias




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