O último relatório anual do Centro Mundial da Competitividade
(CMC) divulgado no dia 30/05/2016 evidenciou as dificuldades que a América Latina enfrenta para avançar
neste tema e expressou uma preocupação especial com o Brasil, que ocupa um dos
últimos lugares de seu ranking de países mais competitivos – afinal, dos 61 países que fazem parte desta classificação,
a liderança pertence a Hong Kong, o Chile é o único país latino-americano
que está entre os primeiros 40 colocados, em 36º - uma posição abaixo da que
havia conseguido no ano passado. Os outros seis países da região mencionados
neste documento estão nas últimas 20 posições.
O segundo país latino-americano melhor
colocado é o México, em 45º, seguido de Colômbia (51º), Peru (54º) e Argentina
(55º). O Brasil, que perdeu um
posto em relação ao ano passado, aparece
em 57º, e a Venezuela fecha a lista, em 61º - "o Brasil tem neste ano o pior governo do mundo, pior que o da
Venezuela, que o da Mongólia ou da Ucrânia", afirmou à Agência Efe o diretor do CMC, Arturo Bris, em referência à avaliação feita no relatório sobre a
eficiência dos governos - neste indicador, especificou Arturo Bris, "o Brasil está no último lugar entre todos os
países. Já estava no 58º posto em 2014, no 60º em 2015 e agora está em 61º, que
é o último".
"O Brasil está na lanterna em transparência, burocracia, corrupção, em barreiras à entrada de capitais, à criação de empresas, pelo número de dias para criar uma empresa. É um desastre institucional", criticou o responsável pelo CMC. Arturo Bris afirmou que o caso do Brasil mostra que o crescimento econômico "não é condição suficiente para a competitividade". E Arturo Bris ainda ressaltou, "É possível crescer, mas se o governo não faz seu trabalho, que é ter uma boa regulação e ser transparente, então o país fracassa”.
O Brasil levará "gerações" para
se recuperar, previu Arturo Bris,
ao detalhar que, além dos problemas relacionados com suas instituições,
enfrenta um déficit de infraestruturas físicas e carências graves em educação e
serviços de saúde. De acordo com análise que acompanha o ranking, os
setores públicos dos países latino-americanos em geral são um
"empecilho" para suas economias.
Ainda segundo o relatório, a América
Latina é uma região onde há carência das qualidades dos países que estão nas
primeiras 20 posições: uma legislação favorável para os negócios e os
investimentos, infraestruturas físicas e intangíveis (educação e sistemas de
saúde) e instituições inclusivas. "Atualmente,
nenhuma das economias latino-americanas está perto de possuir estas qualidades
da maneira necessária para progredir no ranking", comentou Arturo Bris.
O relatório
do CMC também abordou a questão da desigualdade, que considera em muitos
casos "o preço a pagar" pelos países que querem aumentar sua
competitividade. "É um dilema que
os países têm que resolver, já que, se não se quer pagar o preço da
desigualdade, então se é a Venezuela", concluiu Bris.
Fonte e Sítios Consultados
http://www.midiacon.com.br
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