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16 de maio de 2016

Crises Financeiras



As crises financeiras são normalmente desencadeadas quando há, em determinada nação, um maior número de agentes pessimistas em relação aos demais. Suas principais consequências são a desvalorização de ativos financeiros e a iliquidez de diversas instituições, ou seja, a confirmação e o agravamento dos motivos que geraram o pessimismo inicial.

Normalmente, a quantidade de agentes otimistas e dos pessimistas permanece em equilíbrio – afinal, são eles que definem o valor dos ativos através das operações de oferta e procura por cada um deles. Nesses períodos, o valor médio dos ativos tende a manter-se estável senão com gradativas elevações ao longo do tempo. Quando é chegada a crise, essa média tende a refletir uma desvalorização generalizada dos ativos financeiros.

É importante observar que a oferta e procura de cada ativo é sempre definida com base em expectativas futuras. Quando as expectativas são extremamente otimistas, além do que deveram ser, observamos o surgimento do período de boom ou de "bolha" especulativa. Tais períodos não podem ser explicados pelo comportamento da economia real e acredita-se que sua causa está no prazer que os seres humanos têm de correr riscos. Quando a "bolha" estoura é desencadeado uma profunda crise que chega a afetar a economia real. Nunca se sabe o momento em que acontecerá a conversão do boom em crise.

Por fim, a crise gera o conhecido "efeito dominó" no mercado financeiro que tende a causar grandes estragos nos agentes produtivos, a não ser que a autoridade monetária tome alguma providência.



Quando uma crise financeira não é contida a tempo, é fato que ela irá gerar danos às empresas da economia real e isso, tende a elevar o desemprego que induz a uma redução na demanda agregada. A partir daí, temos um espiral de redução na atividade econômica e do nível de emprego. Uma importante função da autoridade monetária é impedir a sobrevalorização dos ativos financeiros, ou seja, não permitir que o mundo financeiro "descole" do mundo real. Isso pode ser conseguido através políticas monetárias restritivas. A história mostra-nos que os governantes nem sempre estão interessados nesse tipo de política por lhes tirar a popularidade.

Nesta última década foi possível observar o desencadeamento de crises em muitas economias subdesenvolvidas como México, Argentina, Brasil além de diversos países do Sudeste Asiático - em todos os casos houve ajuda financeira do FMI, mediante aceite de um ajuste estrutural. Neste período também foi possível observar algumas nações desenvolvidas sendo atingidas por crises, como o Japão e muitos países da Europa, embora não se trate de aspecto financeiro e sim de demanda agregada.

Na economia real também existe certo grau de risco, devido à concorrência entre as empresas e da total liberdade que os capitalistas possuem para tomada de decisão. Na verdade, cada empreendedor tem que "especular" sobre seu mercado, seus concorrentes e demais fatores que formam o conjunto da economia. Considerando que os comportamentos desses fatores são relativamente ‘incertos’, incorre-se em riscos. Tanto o otimismo quanto o pessimismo dos proprietários dos meios de produção também afetam diretamente a economia real. Acontece que aqui o efeito é bem mais lendo do que no mundo financeiro, onde existe grande especulação desencadeando espiral de períodos de boom ou de crise.

Como as crises no mundo das finanças causam grandes estragos na economia real, alguns teóricos defendem a criação de um sistema financeiro internacional mais seguro. Esse sistema seria baseado na segmentação do espaço econômico em territórios nacionais - onde todas as transações deveriam ser realizadas em moeda local -, na inclusão de uma taxa sobre os fluxos internacionais de capitais e dos controles tanto desse fluxo quanto das flutuações cambiais.

No interior das economias observamos um sistema financeiro extremamente misto. A sugestão que tem sido feita é a da divisão desse sistema em dois: um voltado apenas a atividades de baixíssimo risco e outro ligado a operações detentora de alto grau de risco. Assim as pessoas que não estão dispostas a correrem riscos poderiam deixar suas economias nos agentes financeiros do primeiro sistema citado. Além disso, a autoridade monetária não necessitaria de gastar altos volumes de recursos para evitar o "efeito dominó" no mercado financeiro que só poderia ocorrer no segundo sistema.

Outra crítica que se faz aos sistemas financeiros que regem as nações é de que os bancos nasceram para atender grandes investidores e grandes demandadores de recursos e, com o passar do tempo, surgiram instituições financeiras voltadas aos agentes de médio porte, à "classe média". Acontece que nunca houve uma preocupação das instituições financeiras privadas em atender as classes mais baixas, simplesmente porque suas movimentações "não dão lucro" a essas instituições.

Uma alternativa nem um pouco nova é a formação de cooperativas de crédito onde, geralmente, todos os cooperados desempenham a mesma atividade econômica e, portanto, podem conhecer o risco de inadimplência com maior facilidade. Atualmente, temos visto cooperativas evoluindo ao estágio de bancos cooperativos de forma que possam financiar projetos coletivos que visem atender os interesses dos cooperados.

Outra organização financeira voltada às classes menos favorecidas é o "banco do povo" baseado no modelo de Bangladesh, lá denominado Grameen Bank, onde se observou que o financiamento com menores custos financeiros pode retirar indivíduos da linha de miséria.




A concepção tradicional da Dívida Pública

Com base nos modelos econômicos, podemos listar algumas consequências da elevação do déficit orçamentário através de redução de impostos:

·  Aumento na renda disponível provoca elevação do consumo e redução da poupança;

 ·    A redução da poupança eleva a taxa de juros e desestimula o investimento; 

 ·  Um menor nível de investimentos levará a um menor nível de produto/renda;

 ·   Com base no modelo IS-LM-BP, teremos elevação da demanda, do produto e do nível de emprego apenas no Curto Prazo;

 · No Longo Prazo, os efeitos serão apenas a elevação no nível geral de preços;


Com a redução da poupança, temos superávits na conta de capital e déficit na conta-corrente, implicando em endividamento da nação; ocorre ainda uma valorização da moeda nacional, desestimulando a importação e amenizando o efeito expansionista da política fiscal.

Com base nos itens expostos, a ação proposta seria condenável. Embora todas as afirmações acima estejam teoricamente corretas, os economistas denominados "ricardianos" chegam a conclusões totalmente opostas.


A concepção ricardiana da Dívida Pública

Na verdade, o que desestrutura o pensamento tradicional acima é a afirmação de que o consumo não se alterará diante de uma redução de impostos sem correspondente redução dos gastos.


"Em algum momento do futuro, o governo terá de aumentar os impostos para liquidar sua dívida e os juros acumulados. (...) esta política representa uma redução nos impostos no presente e um aumento no futuro." (N. Gregory Mankiw)


Parte-se das expectativas que os agentes têm de que a redução dos impostos será transitória, visto que o déficit gerado deverá ser coberto em algum momento no futuro. Com base na teoria do consumo de Milton Friedman, uma renda disponível transitória não é consumida e sim poupada.

É interessante notar que uma situação inversa também poderia ser tratada por essa teoria: uma simples redução nos gastos do governo geraria uma elevação no consumo, pois as pessoas formariam a expectativa de uma redução nos impostos no futuro para compensar o superávit gerado.















Fonte e Sítios Consultados


www.pralmeida.org



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