O
Brasil de 2016 ‘enfrenta’ a sua pior
crise de todos os tempos e como defendem
os economistas: ‘as crises financeiras
são inerentes ao capitalismo e estão associadas aos ciclos econômicos’. Tudo
bem que a crise brasileira teve o seu inicio pós-eleições de 2015,
então isso significa dizer que o quadro que aí está foi ocasionado em maior
grau por fatores políticos, que somados aos fatores da crise mundial acabaram
levando o Brasil a tomar o rumo do despenhadeiro abaixo – perdendo o grau de
investimento mundial, convivendo com uma gigantesca onda de desemprego/inflação
e com uma tremenda crise institucional de gestão.
A
pergunta que todos fazemos agora é: como vamos sair deste quadro de crise?
Bom,
a questão é a seguinte o Brasil precisa sair forte deste momento conturbado
para poder crescer e continuar crescendo - não podemos simplesmente colocar
panos quentes na ferida e não cura-la. Pensando nisso, vamos comentar alguns
caminhos e situações problemas que precisam ser enfrentadas pela equipe econômica do atual governo (maio/2016) do
Presidente ‘em exercício’ Michel
Temer.
Como sabemos, o Governo Michel Temer dispõe de pouco tempo, algo próximo de 100 dias, para trabalhar nesta lista dos problemas ‘urgentes brasileiros, vejamos essa lista:
· Recuperar a economia;
· Restaurar a relação com o Congresso;
· Equilibrar a relação entre
União e estado;
· Atuar para a mudança da
cultura política do país.
Muitos empresários pedem por urgência no enfrentamento dos
problemas brasileiros, porém 'sempre existe' aquela dúvida: fazer mudanças rápidas
com um tom pouco conservador ou partir para ações mais duradouras com
resultados lentos, como será que vai ser?
Confira os 'Pontos Chaves' dos problemas brasileiros:
Confira os 'Pontos Chaves' dos problemas brasileiros:
· Contas públicas,
· Impostos,
· Desemprego,
· Previdência,
· Programas sociais,
· Oposição do PT,
· Operação Lava Jato,
· Apoio do Congresso e etc.
· Apoio do Congresso e etc.
Vamos
pensar um pouco: se nosso sistema financeiro operar dentro de certos limites
previamente definidos, talvez seja possível estancar,
ou pelo menos atenuar esse processo de crise, porém os neoliberais argumentam que limitar as
operações financeiras pode desacelerar o crescimento econômico e diminuir, mais ainda a competitividade do país. Mediante
a isso, surge um acalorado debate: é melhor crescer mais rápido com
instabilidade, ou mais lentamente com estabilidade?
Antes
de tentar responder essa pergunta, é preciso saber que o funcionamento da
economia mundial deve ser entendido como produto das ações e decisões tomadas
racionalmente pelos agentes econômicos e que, através dos seus desdobramentos, é
possível definir o futuro do sistema financeiro. Nessa hora é interessante lembrar-se
da Grande Recessão do ano de 2008,
afinal ela foi à prova de que nas tomadas de decisões o interesse público continua muito abaixo quando comparado aos
interesses privados, e isso por si só torna evidente a necessidade de uma maior
comunicação entre o sistema financeiro e o sistema jurídico.
Sabemos
que a sociedade brasileira anseia por leis
‘mais’ justas, que possam efetivamente promover a dignidade da pessoa
humana e reduzir a desigualdade material. O grande desafio dos próximos anos
para os juristas é ajudar os brasileiros a chegarem até este fim e isso também irá contribuir para
que o sistema jurídico não fique desacreditado - é por essas razões que
o Direito deve se envolver no sistema financeiro, buscando defender a sociedade
de uma degradação causada pelos seus abusos. O ponto de tangência entre Direito
e Economia se dá na tentativa de se maximizar o bem comum em um mundo de
recursos escassos - é neste ponto que
surge a regulação do sistema financeiro. A melhor maneira de se compreender
uma crise econômica é superar as fronteiras da economia, abordando também as
perspectivas sociais, políticas e jurídicas que a circundam.
Falando em retomada do crescimento, algo que
o Brasil tanto necessita, é fato que a globalização financeira atual requer que as
nações tenham a habilidade de competir internacionalmente, e isso é uma
condição ‘sine qua non’ para que um
país possa ser considerado desenvolvido. Qualquer lógica econômica deveria
estar profundamente relacionada à globalização, de forma que esse é o único
caminho para alcançar o desenvolvimento. E é bom saber que a ‘financeirização’ segue esta mesma regra,
pois depende do intenso fluxo de capitais entre os países, ou seja, da
globalização financeira. A desregulação dos mercados financeiros, a
internacionalização do setor bancário e das decisões econômicas, a ‘transnacionalização’
dos capitais, e a dissociação entre economia real e economia financeira, são
fenômenos próprios desta fase da globalização.
Os
países em desenvolvimento, como o Brasil, acabam tendo isso como um grande
obstáculo, pois, para que possam concorrer no mercado internacional, se veem
obrigados a adotar políticas econômicas para as quais ainda não estão
preparados - políticas próprias dos países desenvolvidos. Como resultado deste
processo, vemos uma grande dificuldade do sistema político nacional e
convencional de estabelecer regras estáveis e consistentes para a atuação dos
agentes econômicos. Afinal, no âmbito econômico cada país hoje funciona como um
subsistema dentro de um sistema global, de tal modo que qualquer regulação da
economia financeira terá a sua efetividade condicionada à aceitação deste
sistema.
Encerramos
este alertando para o fato de que ‘qualquer
lei criada por uma nação, se for contrária ao raciocínio prevalecente no
restante do mundo, pode segregar esta nação do campo competitivo’. Isso
significa dizer que o Governo brasileiro precisa entender que a globalização exige
uma harmonização legislativa. Afinal a globalização, até o presente momento,
vem acompanhada de duas ideologias: neoliberalismo o ‘globalismo’. O neoliberalismo prega a ‘auto regulação’ dos mercados – o que explica a desregulação
ocorrida antes da crise de 2008; e o globalismo
defende a ideia central da interdependência dos Estados-nação, com uma perda
relativa da sua autonomia, visando a estar de acordo com padrões internacionais.
Fonte e Sítios Consultados
www.bresserpereira.org.br
http://oglobo.globo.com
www.teoriaedebate.org.br
http://www.bbc.com
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