Vamos falar sobre as commodities - essa palavra em inglês é o plural de commodity, que significa mercadoria. Ela é usada para descrever produtos de baixo valor agregado. As Commodities são artigos de comércio, bens que não sofrem processos de alteração (ou que são pouco diferenciados), como frutas, legumes, cereais e alguns metais. Exemplos de commodities: Commodities agrícolas: soja, suco de laranja congelado, trigo, algodão, borracha, café, etc. Commodities minerais: minério de ferro, alumínio, petróleo, ouro, níquel, prata, etc. Commodities financeiras: moedas negociadas em vários mercados, títulos públicos de governos federais, etc.
O que vem a ser uma Commoditie?
Commodities são produtos "in natura",
cultivados ou de extração mineral, que podem ser estocados por certo tempo sem
perda sensível de suas qualidades, como suco de laranja congelado, soja, trigo,
bauxita, prata ou ouro. Atualmente também são consideradas commodities produtos
de uso comum mundial como lotes de camisetas brancas básicas ou lotes de calças
jeans.
Para que
serve uma Commoditie?
As Commodities são uma forma de investimento, uma opção entre as
tantas opções de investimento no mercado, como poupança ou Fundos de
Investimento.
- Então uma saca de trigo é
uma Commoditie que posso negociar?
Não, para um dos produtos citados serem uma Commoditie, isto é, uma
forma de investimento, é necessário que exista uma estrutura de mercado onde
vendedores e compradores se encontram e onde se torna possível essa forma de
investimento.
Como
funciona um investimento em Commodities?
Um investimento em Commodities se faz através do Mercado Futuro,
que em linhas básicas funciona da seguinte maneira:
Você compra no mercado de futuros um contrato com um grande
produtor de laranjas, estipulando que ele se compromete a entregar daqui a sete
meses 400 toneladas de laranjas, pelas quais você se compromete a pagar R$140,00
por tonelada. Nessa transação você espera poder vender esse contrato de
laranjas para algum interessado, antes da sua data de vencimento, por um preço
maior por tonelada do que pagou, obtendo lucro na transação. Como qualquer tipo
de investimento, a opção de investir em Commodities será analisada por seu:
a)
Retorno: percentual sobre o capital investido que se espera ganhar em
comparação com outras formas de investimento.
b)
Risco: Incerteza quanto a investir em outra opção de investimento
Na análise quanto ao risco e retorno de um investimento, a escolha
varia de pessoa para pessoa, já que alguns aceitam riscos maiores em troca de
retornos maiores, enquanto outras pessoas preferem retornos menores, mas com
riscos também menores.
O que
fazer com tantas laranjas se eu não conseguir vendê-las?
Como investidor, ou melhor, dizendo, como especulador você não vai
ter nenhuma posse física das Commodities que negocia - você somente vai comprar
e vender contratos como outros tantos investidores antes da data de vencimento
dos contratos. Assim, pode ser que daqui a cinco dias você ache que o preço por
tonelada de laranjas está satisfatório em R$145,00 e o venda para outro
especulador. Pronto, vocês fez a operação no Mercado de Futuros e nem por isso
teve de se preocupar em onde colocar 400 toneladas de laranja.
Então
Commodities são iguais a ações da Bolsa de Valores?
Não, o Mercado de Ações e o Mercado
de Futuros (que
negocia as Commodities) têm diferenças. No Mercado
de Capitais (ações), se negocia tanto ações
"velhas", emitidas há vários anos, quanto às ações "novas",
emitidas por uma empresa nova, por exemplo. Neste mercado há a distribuição de
dividendos (como que
uma participação nos lucros das empresas a acionistas possuidores de ações
especiais que recebem estes dividendos).
No Mercado de Futuros somente se negocia produtos disponíveis para
consumo imediato ou futuro. Além disso, não há distribuição de dividendos.
Então no
Mercado de Futuros somente circulam especuladores atrás de lucros?
No Mercado de Futuros cerca de 90% dos negócios são feitos com
finalidade especulativa, mas também existem compradores que desejam o produto
final. Por exemplo, a Nestlé tem como matéria-prima básica para sua linha de
produção de chocolates o Cacau, e para manter um nível de produção regular ao
longo do tempo, a Nestlé compra no Mercado de Futuros contratos de Cacau a um preço
acertado que lhe permita manter também os custos e o preço final do produto.
Outra vantagem para os consumidores finais das Commodities é o ganho com a
eliminação dos custos de estocagem e manuseio da produção.
Mas e se
o produtor de uma Commoditie que faz um Contrato Futuro sofre uma quebra de
produção, não podendo mais honrar o contrato?
Neste caso, o produtor terá que comprar outro contrato no mercado
na mesma proporção que o seu, seja mais caro ou mais barato, de modo que quando
chegar à data de vencimento do seu contrato, também o contrato que comprou
vencerá e então cumprirá o contrato com a produção de outro produtor. O
produtor na verdade anula seu contrato. É por esse motivo que os produtores de
Commodities tratam com tanta discrição as informações sobre a produção, para
poderem realizar operações de anulação se necessário. Por exemplo, o relatório
sobre a produção de laranjas nos EUA tem data marcada para ser apresentado para
o público.
Mas o que
um especulador faz se o preço da Commoditie da qual tem um contrato começa a
cair.
Neste caso, se o especulador não acredita na alta de preços
daquela Commoditie ou se prefere anular o contrato naquele momento temendo
perdas maiores, então realiza um processo de anulação igual ao que o produtor
faria se houvesse quebra de sua produção, pagando a diferença entre os
contratos, sendo este seu prejuízo. Esse tipo de contrato é chamado de
"Short Position".
Também pode ocorrer do especulador acreditar que o preço da
Commoditie subirá antes do final do contrato que possui, então ou manterá o
contrato ou comprará de alguém que o está "passando para frente" como
um "Short Position", então esse será um contrato de "Long
Position" para este especulador.
Onde são
negociados esses Contratos Futuros?
Esses contratos são negociados nas Bolsas de Mercados e Futuros,
como a BM&F brasileira, as bolsas de Chicago, Londres, New York,...
É o
próprio especulador que faz os contratos com o produtor?
Não, como nas Bolsas de Valores, os negócios são realizados através
de corretoras que recebem remunerações em percentagem dos contratos, ou se os
ganhos em um contrato são grandes, ganham também participações no lucro.
Fonte e Sítios
Consultados
www.pralmeida.org
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