Votação do Facebook inclui mudança na regra de Publicidade
Termina na segunda-feira (10/12/12), às 18h,
a votação com o maior eleitorado já feita no planeta. O país chama-se Facebook.
Entre as propostas em votação estão mudanças profundas na política de governança
do site, inclusive uma que diz que, ao contrário do que acontece hoje, a
empresa poderá mudar suas políticas de governança sem consultar seus usuários.
As propostas incluem ainda
mudanças na política de privacidade. Não é, portanto, difícil saber qual opção
favorece os usuários. Há duas formas de as mudanças serem aprovadas: pelo apoio
da maioria dos que votam ou pela falta de quorum entre os que se opõem. E é
essa segunda forma que chama a atenção.
Se mais de 30% dos usuários
votarem, o resultado é definitivo e a empresa deve respeitá-lo, qualquer que
seja. Se menos de 30% votarem, o resultado torna-se só uma recomendação e a
empresa pode decidir como quiser.
Entre os que já votaram, 87% se
opõem às mudanças. Só que menos de 500 mil usuários votaram até agora. Algo
como 0,05% do total, bem abaixo dos 30% necessários para que o resultado seja
vinculante. Ainda que a maioria dos que se manifestaram seja contrária, como
poucos se manifestaram, a rede social poderá, ainda assim, mudar sua política
de governança.
Tampouco se pode alegar
desconhecimento: o site enviou e-mails para mais de 1 bilhão de usuários
cadastrados. Além disso, votar não custa nada e toma menos de cinco segundos do
início ao fim. Há três possibilidades
que justificam a apatia que leva 99,95% dos usuários a não se manifestar até
agora.
Ø Primeiro não leram. Somos soterrados diariamente por um número tão grande de mensagens que nos entorpecemos e nem sequer nos damos ao trabalho de lê-las.
Ø Segundo leram, mas não entenderam. O linguajar usado é convoluto e não é fácil compreender o que está sendo proposto.
Ambas são variações do mesmo tema: se não pode
vencê-los, confunda-os. Mas há uma terceira hipótese: os usuários leram,
entenderam, mas não se importam.
Paradoxalmente, essa terceira hipótese evidenciaria
a pouca importância que os usuários atribuem às redes sociais: não nos
importamos como tais redes são geridas porque elas não têm relevância em nossas
vidas reais.
Fonte: GUSTAVO ROMANO
ESPECIAL PARA FOLHA
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