Aula: 02/10/12
Teoria
da Contingência Estrutural
Ênfase no
ambiente e nas demandas ambientais.
A
palavra contingência significa algo incerto
que pode ou não ocorrer.
A abordagem contingencia saliente que não se atinge a
eficácia organizacional seguindo um único modelo organizacional. Não existe uma
forma que seja melhor para alcançar os objetivos variados em ambientes também
variados.
Conceito: Enfatiza que nada é absoluto
nas organizações, tudo é relativo. Tudo depende. Explica que existe uma relação
funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas
apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da organização.
A
otimização da estrutura organizacional variará de acordo com formas como:
estratégia, tamanho, tecnologia e incertezas nas tarefas.
Origem:
Nasceu
de uma série pesquisas feitas para verificar quais eram os modelos de estrutura
mais eficazes em determinados tipos de empresas constataram que não havia um
modelo único a ser seguido em uma estrutura organizacional que dependia da
relação entre o ambiente externo.
Premissa
contingencial: Tudo muda: tecnologia, ambiente, tarefas, logo as
situações administrativas são especificas e exigem tratamento personalizado.
Todos os modelos administrativos são ferramentas válidas; cabe ao administrador
usá-las e combina-las no momento
adequado, seguindo as características exigidas pelas situação.
Principais
contribuições:
A Pesquisa de Chandler
realizou investigações sobre as mudanças estruturais de 4 empresas (Du Pont,
GM, Sears e Standar Oil) relacionando-as com a estratégia de negócios. Concluiu
que na história industrial dos últimos 100 anos, a estrutura organizacional das
grandes empresas americanas foi sendo determinada pela estratégia
mercadológica.
A Pesquisa de Burns e Stalker.
Pesquisaram 20 indústrias inglesas para verificar a relação existente entre as
práticas administrativas e o ambiente externo dessas indústrias. Constataram
que os métodos e procedimentos administrativos eram diferentes e
classificaram estas industrias em 2
tipos: Organizações orgânicas e organizações mecânicas.
- Tarefas repetidas são passíveis de formalização
burocrática.
- Mais incertezas = menos burocracia e mais advocacia.
A Pesquisa de LAWRENCE
E LORSCH: A teoria Contingencial surgiu desta pesquisa. Compararam 10
empresas diferentes em busca de uma resposta à pergunta: Quais são as
características que uma empresa deve ter para enfrentar com eficiência as
diferentes condições externar, tecnológicas e de mercado?
Ø Um dos maiores problemas
dos administradores é a diferenciação e a integração os quais são determinados
pelas exigências do ambiente que estão inseridos. Na medida em que as
organizações crescem, suas partes diferenciam-se, mas de forma integrada,
buscando um perfeito ajuste entre elas.
As indústrias com elevado desempenho apresentam um perfeito
ajuste às necessidades do ambiente, definindo sua diferenciação e integração.
Obs. Teoria Contingencial: muda de acordo com a
mudança do ambiente. Ela muda a forma para atender a contingencia, tudo
depende.
Na Teoria Contingencial não existe uma receita de bolo:
1º. Passo: fazer um diagnóstico e depois escolher o modelo
específico.
= Relação funcional entre as condições do
ambiente e as técnicas apropriadas = Tem que analisar o ambiente junto com as
técnicas administrativas.
Ø Premissa Contingencial:
Tudo muda inclusive as situações personalizadas.
Ø Tarefas repetidas = Fica mais fácil de
controlar e barato de gerar processos.
Ø Tarefas incertas =
Adocracia = ela é menos formalizada, atua com incertezas.
-
Organizações Mecânicas: estrutura burocrática baseada:
- divisão do trabalho,
cargos ocupados por especialização, altamente centralizados pelos níveis
superiores, hierarquia rígida baseada no comando, sistemas de controle simples,
predomínio da interação vertical, maior confiança nas regras e procedimentos
formais, com ênfase nos princípios da Teoria cientifica e clássica.
- Organizações Orgânicas: estrutura com pouca divisão do trabalho e
cargos ocupados por generalistas:
- relativamente
descentralizada nos níveis inferiores, baseada no conhecimento dos empregados,
hierarquia flexível, sistemas complexos e flexíveis de controle, predomínio da
organização horizontal, maior confiança nas comunicações, ênfase na Teoria das
Relações Humanas.
Pesquisa
de Joan Woodward
Desenvolveu um estudo com
100 empresas e 100 empregados utilizando o sistema de produção operante nas
organizações.
· Tecnologia utilizada:
Habilidade manual ou operação de ferramentas, artesanato. Pouca padronização e
pouca automatização. Mão de obra intensiva e não especializada. Exemplo:
produção de navios, motores de grande porte, aviões comerciais, locomotivas.
· Resultado da produção: Produção
em unidades, pouca previsibilidade dos resultados e incerteza quanto a
incerteza das operações.
Produção em massa:
processo em larga escala com linha de montagem = mecânica.
· Tecnologia utilizada:
Máquinas agrupadas em baterias do mesmo tipo (seções ou departamentos). Mão de
obra intensiva e barata, utilizada com regularidade. Exemplo: Empresas
montadoras de automóveis
· Resultado da produção:
Produção em lotes e em quantidades regular conforme dada lote. Razoável
previsibilidade dos resultados. Certeza quanto á sequência das operações.
Produção
em processo: Produção continua e automática,
monitorada por poucos
empregados = mecânica/organizacional.
· Tecnologia utilizada:
Processamento contínuo por meio de máquinas especializadas e padronizadas,
dispostas linearmente. Padronização e automação. Tecnologia intensiva. Pessoal
especializado. Exemplo: produção nas refinarias de petróleo, produção química,
siderúrgicas.
· Resultado da produção:
Produção contínua e em grande quantidade. Forte previsibilidade dos resultados.
Certeza absoluta quanto a sequência das operações.
Em resumo: Há um
imperativo tecnológico, isto é, a tecnologia adotada pela empresa determina a
sua estrutura e comportamento organizacional.
Ø Constatou
que os princípios da administração não tinham a mesma validade para as
diferentes empresas pesquisadas.
·
CONCLUSÕES DAS PESQUISAS.
Em
lugar de propor um único e melhor modo de organizar-se a pesquisa sugere:
“Que a empresa deve se
concentrar na analise sistemática dos requisitos do ambiente e relaciona-los com as características ‘pela’ organização”.
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- Modelo
Teórico da contingência estrutural -
À medida que as empresas se diversificam de um único
produto ou serviço para múltiplos produtos/serviços, a estrutura funcional
original deixa de responder à complexidade das decisões. A estrutura
multidivicional reduz a complexidade à medida em que cada divisão passa a
decidir sobre seus produtos e mercados (estrutura material): consequências:
·
Aprimoramento das decisões.
·
Aumento da velocidade decisória
·
Concentração da alta administração nas
decisões estratégicas
·
Quanto maior a organização. Mais burocrático e mais descentralizado.
Estrutura funcional (combinações adequadas ou
inadequadas)
Desempenho
_________ Estrutura Divisional
·
Adequação ocorre antes do desempenho. Então,
a adequação é a causa e o desempenho é o efeito.
·
Adequação da estratégia e da estrutura afeta
o desempenho
-- Correlação entre mudança da contingencia e
mudança da estrutura.
Ø A
Teoria da Contingência sustenta que a contingência causa a estrutura a longo
prazo, pois a curto e médio prazos causa inadequação.
Ø Conduz
a mudanças de estrutura e a uma adequação.
Ø O
ciclo de adaptação estrutural é iniciado pela mudança na contingencia.
Ø Inadequação
causa mudança organizacional.
Ø Mudança
estrutural foi predominantemente adaptativa, ou seja, adotou-se uma estrutura
divisional para adequar a estrutura a uma estratégia corporativa e
diversificada.
Conclusão: A
Inadequação estrutural causa adaptação estrutural.
v Uma
organização inadequada pode sofrer queda de desempenho, mas esse fator pode ser
menor importância frente às demais causas de perda do desempenho. Ex.
monopólio, indústrias protegidas.
v Quando
a inadequação não é mais tolerável e é necessário restaurar a adequação, isto
pode ser feito mantendo-se a estrutura e alternando-se a contingencia de modo
que a estrutura se ajuste (rota alternativa de escolha estratégica).
v A
adaptação estrutural tende a ocorrer quando a organização tem baixo desempenho.
v Críticos
afirmam que, enquanto a Teoria da contingencia sugere que a organização
responde ao ambiente, por outro lado, a organização pode alternar o ambiente,
tornando-o mais favorável aos seus objetivos. Ex: barreiras de entrada.
-- -- -- -- -- -- -- -- -- Matéria de PO -- -- -- -- --
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Como o seu próprio nome sugere, a
estrutura organizacional é contingente as pressões e incertezas ambientais. O
nível de analise desta perspectiva está nos fatores ambientais que condicionam
as formas organizacionais. Muitos analistas observam que contingência
estrutural é uma maneira de combinar elementos importantes a cerca dos objetos,
conflitos e das restrições ambientais. Existem dois pressupostos a cerca da
perspectiva da contingência estrutural: não existe uma melhor forma de se
organizar e cada caminho da organização não é igualmente efetivo.
Segundo Chiavenato, é na teoria da
contingência que ocorre o deslocamento da visão do administrador de dentro para
fora da organização e este autor ainda fala que a contingência é conceituada
por ser algo incerto, que pode ou não acontecer, não há mais uma estrutura
organizacional eficaz para que todas as empresas sejam consideradas bem
sucedidas, acredita-se que tudo depende das circunstâncias. Para se chegar até
as conclusões úteis e positivas para o desenvolvimento da empresa é necessário
seguir-se um caminho estrutural, ou seja, é preciso analisar o mercado,
pesquisar os clientes, pesquisar a concorrência, pesquisar e dialogar com os
fornecedores, e só após isso, tomar qualquer decisão, pois é preciso muita
cautela para se concretizar isso. Afinal, a alteração de um modelo de sistema
organizacional, desde que ele siga os requisitos citados tem uma grande
possibilidade de chegar ao sucesso pretendido.
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Bibliografia
- Aula do 7º.semestre de TO.
- http://adm1acao.blogspot.com.br
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