INTRODUÇÃO
O livro Imagens da Organização,
Gareth Morgan fala a respeito de uma metáfora dentro de outra, ou seja, a
metáfora de se efetuar a “leitura da organização”.
Procura mostrar como muitas das ideias convencionais sobre
organizações e administração foram construídas sobre um pequeno número de
imagens tidas como certas, especialmente a mecânica e a biológica. Segundo,
explorando essas e um conjunto alternativo de imagens procura mostrar como se
podem criar novas maneiras de pensar sobre a organização. Em terceiro lugar,
procura mostrar como esse método geral de análise pode ser usado como um
instrumento prático de diagnóstico dos problemas organizacionais, bem como de
administração e planejamento das organizações de maneira mais ampla. E,
finalmente, procura também explorar as implicações levantadas por esse tipo de
análise.
A respeito de metáforas: existe
crescente literatura demonstrando o impacto da metáfora em relação ao modo pelo
qual se pensa, se fala em relação aos sistemas de conhecimento científico e
corriqueiro. Usar uma metáfora implica um modo de pensar e uma forma de ver que
permeia a maneira pela qual entendemos nosso mundo em geral.
1.
AS ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO MÁQUINA.
Dentro dessa
concepção, a forma mecânica de pensar, arraigada nas nossas mentes durante
tantas décadas, alicerçou o estilo
burocrático criando dificuldades para a entrada de novas percepções
organizacionais.
As organizações são propostas como ‘um fim em si mesmas.’ São instrumentos criados para se
atingirem outros fins. Isso é refletido pelas origens da palavra organização
que deriva do grego orgamon que
significa uma
ferramenta ou instrumento.
Durante o século XIX várias tentativas foram feitas para
codificar e promover as ideias que poderiam levar as organizações a uma gestão
eficiente no trabalho.
O autor justifica dizendo que, muitos teóricos em ciência social
observaram que vivemos em uma sociedade tecnológica, dominada pelas necessidades
das máquinas e por modelos mecânicos de raciocínio. Os elementos da teoria
mecanicista apareceram pela primeira vez nas ideias dos “atomistas” gregos,
tais como Demócrito e Leucipo, no período compreendido entre o século V e o I
a.C..
Acreditavam que o mundo era composto de partículas indivisíveis,
em movimento e dentro de um vácuo infinito e que todas as formas, movimentos e
mudança poderiam ser explicados em termos do tamanho, forma e movimento dos
átomos.
Esta visão mecânica influenciou o pensamento científico até o
século X e tem a sua mais completa e extensiva compreensão nas contribuições do
físico Sir Isaac Newton que desenvolveu uma teoria do universo enquanto maquina
celestial.
Dentro do campo da filosofia, as ideias mecanicistas têm
exercido influência poderosa em relação às teorias da mente humana e a respeito
da natureza e do conhecimento e da realidade.
O autor direciona-se ao filósofo francês René Descartes dizendo
que este, fixou importantes fundamentações para estes desenvolvimentos na sua
famosa obra
Discurso sobre o método, publicado em 1637 e na qual apresentava
argumentos justificando uma separação entre o corpo e mente e entre sujeito
e objeto, numa tentativa de colocar o processo de
raciocínio humano dentro de uma base tão sólida quanto possível.
Em ciência social, a ideia de que o homem é uma máquina exerceu
forte influência sobre a psicologia do comportamento, especialmente através da
ideia de que os seres humanos são produtos de forças ambientais.
Em relação às ligações entre a abordagem mecânica e a vida
quotidiana, é interessante observar como as pessoas chegaram a tratar os seus
corpos como máquinas. Isto se torna mais evidente em muitas das abordagens de
condicionamento físico nas quais o objetivo principal é “ficar em forma”,
desenvolvendo o corpo via jogging, calistenia* (Sistema de ginástica leve para dar vigor e beleza física), musculação e ginástica.
O autor cita o sociólogo Max Weber (1946,
1947) que discute os paralelos entre
mecanização e organização. Ao se tentar compreender o seu trabalho, é
importante perceber que Weber não estava interessado em estudar as organizações
formais enquanto fins em si mesmas. Ao contrário, estava preocupado em compreender o
processo de organização, processo este que assume diferentes formas em
diferentes contextos e em diferentes épocas, fazendo parte de um contexto
social mais amplo. Assim, a forma burocrática de organização foi vista como uma
sociedade como um todo, enfatizando a importância das relações meios fins.
As mudanças na estrutura organizacional visaram a uma operação
tão precisa quanto possível dentro dos padrões de autoridade, como por exemplo,
em termos das responsabilidades nos cargos e o direito de dar ordens e exigir
obediência.
Toda a crença, segundo o autor, da teoria da administração
clássica e a sua aplicação moderna é sugerir que as organizações podem ou devem
ser sistemas racionais que operam de maneira tão eficiente quanto possível.
Os princípios da Administração Científica foram estabelecidos por Taylor que
surge como um homem com visão obsessiva, sustentada por uma determinação de
implantá-la a qualquer custo. Taylor defendeu o
uso de estudos de tempos e movimentos como meio de analisar e padronizar as
atividades de trabalho.
O Impacto da Administração Cientifica na engenharia industrial,
psicologia industrial, moderna ergonomia e no estudo do trabalho pode ser
observado em praticamente todos os textos modernos de administração industrial.
2. A NATUREZA ENTRA EM
CENA – AS ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO ORGANISMOS
É possível pensar nas organizações como se fossem organismos. A
Biologia classifica os organismos em espécies, questiona a descrição
geográfica, a linha de decadência e as mudanças evolutivas.
O autor descreve a organizacional baseando-se na biologia, desde
os anos 50. O pensamento biológico tem influenciado a teoria organizacional e
social desde pelo menos o século XIX através dos trabalhos de Spencer (1873,
1876, 1884), Durkheim (1934, 1938, 1951) e Radcliffe-Brown (1952). Estes foram
os trabalhadores de base que influenciaram a poderosa escola de pensamento em
Sociologia denominada funcionalismo estrutural, trazida à notoriedade nos anos
50 e 60 por Talcott Parsons (1951).
O uso da metáfora orgânica focaliza as organizações como as
unidades chaves da análise. Discute-se como as organizações e os seus membros
podem ser vistos como tendo diferentes conjuntos de “necessidades” e examinando
como as organizações podem desenvolver padrões de relacionamento que permitam a
elas se adaptarem ao seu ambiente.
Os sistemas orgânicos, seja uma célula do organismo complexo,
seja uma população de organismos existem, num contínuo processo e
trocas com os seus ambientes. Essa troca é crucial para a manutenção da
vida e da forma de sistema, uma vez que a interações com o ambiente é
fundamental a automanutenção. Os sistemas vivos são “sistemas abertos”.
O conceito de “sistema aberto”
foi elaborado através do uso de princípios biológicos por Von Bertalanffy
(1950, 1968) e muitos outros.
Os desenvolvimentos mais recentes das teorias dos sistemas foram
bastante influenciados por perspectivas que enfatizam o equilíbrio e o homeostase* (Capacidade do corpo para manter um equilíbrio estável a despeito
das alterações exteriores; estabilidade fisiológica). Recentemente, entretanto, muito maior
atenção tem sido devotada à análise de instabilidade.
As organizações podem ser classificadas de acordo com o tipo de
arranjo estrutural, isto é, caso adotem estruturas burocrático-mecanicistas,
orgânicas, matriciais, ou departamentalizadas, conforme as bases de autoridade,
tamanho e resultados em diferentes escalas de medida.
Entre as classificações dos tipos de tecnologia, existem aquelas
que diferenciam entre produto em massa, processo, unidade, ou pequenos lotes
(Woodwrd, 1965), as que consideram a complexibilidade e o grau de análise dos
processos de trabalho (Perrow, 1967), as que levam em conta a tecnologia de
operações, conhecimentos e materiais utilizados (Hickson, Pugh e Pheysey, 1969)
e, por fim, aquelas que se baseiam na interdependência das tarefas (Thompson,
1967) e no próprio estágio de evolução tecnológica (Mckelvey e Aldrich, 1983).
As organizações, segundo Morgan, podem ser
classificadas de acordo com o tipo de relações que desenvolvem com os seus
empregados. Isto se acha ligado de maneira crucial com o tipo de motivação
ou uso de poder de empregados. Por exemplo, Etzioni (1961) faz a distinção
entre organizações coercitivas, utilitaristas e normativas (isto é, prisões,
empresas e igrejas) e que poderiam estar baseadas em envolvimento
alienante, calculado ou moral.
As organizações podem ser classificadas conforme a maneira pelo
qual diferentes variáveis se agrupam para formar configurações, padrões ou
arquétipos (Miller e Mintzberg, 1983). Um modo de identificar tais
configurações é conduzir estudos de casos ou pesquisas empíricas de tantas
organizações quanto possível, a fim de verificar quais padrões emergem.
3. A CAMINHO DA
AUTO-ORGANIZAÇÃO - AS ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO CÉREBROS.
Aqui o autor compara a
organização com um cérebro. O estudo do cérebro coloca um problema único de reflexividade* (Propriedade que, na relação entre os elementos de um conjunto, é
verdadeira quando relaciona um elemento consigo mesmo) e de construção de conhecimento, uma vez que utilizam cérebros
para compreender cérebros. Não é de surpreender, então, que o processo se tenha
baseado em vários diferentes tipos de metáforas, à medida que os cientistas
tenham procurado por imagens apropriadas para dar sentido a esta complexa parte
da anatomia.
Embora os administradores tenham há muito reconhecido a
importância de se desenvolverem bons sistemas de comunicação para a transmissão
de informações relevantes para onde isto se faz necessário, a ideia de utilizar
o cérebro como metáfora para a organização cria novas e excitantes
possibilidades. Comparado com a complexidade e o mistério da moderna pesquisa a
respeito do cérebro, o emprego da metáfora do cérebro na teoria organizacional
encontra-se em um estágio humilde de desenvolvimento.
A metáfora do cérebro auxilia na compreensão de que uma organização pode ser
vista como um sistema cognitivo, corporificando tanto uma estrutura
de pensamento, como um padrão de ações, enquanto que nas
teorias tradicionais de organização a atenção tem sido devotada ao modo pelo qual os
elos de comunicação são estabelecidos entre os diferentes componentes
organizacionais.
4. A CRIAÇÃO DA
REALIDADE SOCIAL – AS ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO CULTURAS
Este capítulo é dedicado à criação da realidade social partindo
da organização vista como cultura. Cultura, na língua inglesa, é um conceito
moderno, usado em um sentido antropológico e ligado às ciências sociais para
fazer referência ampla à “civilização” e à “herança social”, jamais antes de
1871. Este significado da palavra cultura não aparece em nenhum dicionário
inglês até os anos 20.
A interpretação da metáfora da cultura adotada nesse capítulo
reveste-se de um caráter amplo. Muitas das ideias discutidas formam um conjunto
de descobertas que, em princípio, poderiam ter sido desenvolvidas em si
próprias. Por exemplo, em vários pontos de discussão foram feitas referências a
ideias de que a atividade organizacional pode ser compreendida como linguagem,
participação em um jogo, drama, teatro, ou até mesmo um texto.
5. INTERESSES,
CONFLITOS E PODER – AS ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO SISTEMAS POLÍTICOS.
Os administradores frequentemente falam sobre autoridade, poder
e relações superior-subordinado.
Tentando entender as organizações como sistemas de governo e
tentando desvendar a detalhada política da vida organizacional é possível
compreender qualidades importantes da organização que são, frequentemente
encobertas ou ignoradas.
Qualquer discussão a respeito de política e de sistemas
políticos necessita fazer referência ao trabalho de Aristóteles. A sua ideia de que a
política é um modo de criar ordem é central em todo o pensamento político,
mostrando como a sociedade pode evitar uma degeneração no sentido daquilo que
Thomas Hobbes (1951) descreveu como uma guerra de todos contra todos.
A ideia de estabelecer os laços entre modelos organizacionais e
sistemas de regras políticas tem sido apreciada há bastante tempo por
cientistas políticos interessados em compreender o significado político da
organização e as relações entre organização e
6. EXPLORANDO A CAVERNA
DE PLATÃO – AS ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO PRISÕES PSÍQUICAS.
Observa-se que o objetivo inicial ao escrever este capítulo foi
explorar dois aspectos da prisão psíquica: um associado ao
inconsciente e o outro ligado ao papel da ideologia.
Esta metáfora combina a ideia de que as organizações são
fenômenos psíquicos, no sentido de que são processos conscientes e
inconscientes que as criam e as mantém como tais, com a noção de que as essas
podem tornar-se confinadas ou prisioneiros de imagens, ideias, pensamentos e
ações que esses processos podem gerar.
As ideias expressas nestes e em outros trabalhos caracterizam
uma longa história do pensamento social, iniciando-se como Platão. Fala sobre a
caverna subterrânea, cuja entrada se acha voltada para uma fogueira crepitante.
Dentro dela encontram-se pessoas acorrentadas de tal modo que não podem
mover-se. Os
moradores da caverna conseguem enxergar a parede à sua frente onde se projetam
sombras. Essas pessoas conversam com elas. Mas, segundo Sócrates, se um deles deixasse
a caverna veria que as sombras nada mais são do que reflexos escuros.
Os trabalhos de Freud, Jung e de vários “teóricos críticos”
desenvolveram novos ataques em relação ao problema básico, ligando a ideia de
que os humanos
caem em armadilhas preparadas pelas suas preocupações, imagens e
conceitos com a necessidade de critica radical desta situação. Enquanto os indivíduos
criam a sua realidade, frequentemente o fazem de formas confinadoras e
alienantes.
Na verdade, organização como ideologia poderia ser um grande
argumento a ser desenvolvido por si só. Isto iria requerer que uma tentativa
fosse feita no sentido de compreender como a vida organizacional reflete um
processo de construção da realidade baseada em poder, além de determinar como
as pessoas se tornam alvo de ideias que servem a conjuntos específicos
interesses.
7. REVELANDO A LÓGICA
DA MUDANÇA – AS ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO FLUXO E TRANSFORMAÇÃO
Este capítulo desenvolve uma visão que recebeu pouca atenção
dentro da teoria organizacional. Tem ponto de partida nas ideias de Heráclito
que, por sua vez, apresentam muito em comum com a milenar filosofia chinesa do
Taoísmo. Apesar da importante influência de Heráclito na evolução da ciência e
do pensamento ocidentais, as suas idéias só puderam ser compreendidas e lidas
através de fontes secundárias. Wheelwright (1959) fornece um excelente panorama.
Bohn usa metáforas para
expressar seu ponto de vista. Por exemplo, convida-se a enxergar o universo
como um conjunto de relações que se desdobram, assim como aquelas encontradas
em uma sinfonia musical, em que diferentes notas e instrumentos evoluem dentro
de uma relação para criar um som codificado na ordem implícita de pauta musical.
Ao se apreciar a teoria de Bohn,
é importante perceber que este coloca considerável ênfase na criatividade
inerente à ordem implícita. Na verdade, sugere que o seu reino pode ser o da
pura criatividade, um conjunto de potencialidades que se tornam explícitas de
maneira probabilística.
Enfatiza que as ordens explícita e implícita se encontram em
interação e podem produzir e reproduzir formas através de um ciclo de projeção,
injeção e reprojeção. As formas percebidas na ordem explícita permite-se certo
grau de autonomia e auto-regulagem, embora sejam sempre vistas como dependentes
de forças mais profundas dentro da ordem implícita para que possam existir. Sob
condições apropriadas, determinadas ordens explícitas tornam-se prováveis ou
possíveis, realizando a lógica do sistema.
A análise de Bohn é sugerir que a nossa realidade é moldada por
mecanismos geradores que vêem do domínio real e que os domínios do atual e do
empírico são, na verdade, tendências percebidas que emprestam forma especifica
a processos dentro do primeiro domínio. Este tipo de análise busca uma
explicação sobre a estrutura profunda da vida social e fornece um modo de
reinterpretar o papel e a importância do inconsciente, da cultura e de outras
forças sociais geradoras. Possuem muito mais em comum com teorias mais
materialistas que enfatizam como a sociedade “se expande” de acordo com algum
tipo de estrutura lógica.
8. A FACE REPUGNANTE – AS
ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO INSTRUMENTOS DE DOMINAÇÃO.
Relatos sobre dominação no mundo das corporações, especialmente
no que diz respeito a como as organizações
frequentemente exercem um impacto negativo junto a seres humanos e ambiente,
aparecem com regularidade na maioria dos jornais e revistas especializadas em
negócios.
A metáfora da organização traz para o centro de nossa atenção o lado avesso da
vida organizacional, convidando-nos a examinar a extensão na qual
representa um aspecto intrínseco* (Que está no interior de uma coisa e lhe é próprio ou essencial) do modo pelo qual decidimos organizar.
Na maioria das vezes, quando estas questões são tratadas na
teoria organizacional, as mesmas são vistas como infortúnios, ou então como
efeitos colaterais não intencionais, ou ainda como questões ligadas à ética da
organização e ao relacionamento entre esta e a sociedade.
Ao considerar a
metáfora da dominação como uma estrutura básica para a análise
organizacional, a discussão deste capítulo tenta colocar estas questões na via
principal, no sentido de que devem ser tratadas como dominantes nas
colocações sobre a natureza e sucesso das organizações na sociedade moderna.
Por exemplo, muitas empresas, sob outros aspectos excelentes, frequentemente
possuem registros bastante questionáveis no que diz respeito ao impacto que
causam no ambiente, na força de trabalho das fábricas e no Terceiro Mundo.
Embora tenha obtido uma condição desenvolvida e admirável em termos de certos
aspectos da prática gerencial interna, existe sempre um lado avesso desta
excelência que quase sempre é complemente ignorado.
O conceito de imaginação procura desenvolver uma atividade
proativa em relação ao modo pelo qual as organizações são e como elas poderiam
ser. Acredito que as pessoas podem mudar as organizações e a sociedade, mesmo
que a percepção e a verdade, ou as relações de poder verificadas através da
história
Este livro enfoca as maneiras diferenciadas de enxergar uma
organização, usando a metáfora que é crucial para a leitura e entendimento da
vida organizacional.
Observa-se que, o livro revela a lógica da mudança; as
organizações como instrumentos de dominação, fazendo com que olhemos a empresa
onde se trabalha de uma forma diferente. Nos leva a uma reflexão sobre as metas
e objetivos, observando que o trabalho pode não ser rotineiro e repetitivo.
Observa-se que uma organização que funciona como uma máquina,
que tem conflitos e jogo de interesses pode ser uma organização estruturada
como um sistema político.
Ao sugerir a comparação através de metáforas, o autor criou uma
forma diferenciada de se pensar às corporações. A ideia foi facilitar a
compreensão dos processos das empresas. A metáfora nos dá a oportunidade de
aprofundar nosso entendimento, permitindo-nos ver as coisas e agir de maneiras
novas.
Conclui-se que, nesta obra, Gareth Morgan detecta
várias novas metáforas organizacionais. Uma delas descreve a empresa como
cérebro cibernético auto-organizativo; outra, apresenta a organização como
prisão psíquica, povoada pelo inconsciente e seus fantasmas e representações de
morte e imortalidade, sexualidade, ansiedade, sombras e arquétipos.
O autor também apresenta a imagem da organização como fluxo e
transformação. Certamente a mais próxima representação da atual cena
organizacional, essa imagem está focada para as interações, para os círculos,
para contradição e a crise.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MORGAN, Gareth. Imagens da
organização: São Paulo: Atlas, 1996.
- Este estudo fez parte do Plano de aulas (2012) do
7o.Semestre do Curso de Administração de Empresas.
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