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Administração no Blog

Conteúdos de Administração e assuntos atuais.

25 de outubro de 2012

Finanças Empresariais - CMPC, VPL, Pay Back, TIR...



 

 (PAYBACK) -  PERÍODO DE RECUPERAÇÃO DO INVESTIMENTO


 
Em inglês, Payback quer dizer pagar de volta, e isso é exatamente o que o critério avalia:

o   o tempo que um investimento leva para pagar de volta ao seu dono o investimento inicial.
 
 
- DESCRIÇÃO e DEFINIÇÃO.

 O critério em somar os valores dos benefícios obtidos pela operação do projeto. O período Payback é o tempo necessário para que esses benefícios totalizem o valor do investimento feito.

 
o   Calcula-se o número de períodos que a empresa irá levar para recuperar o investimento.
 

- CRITÉRIO DECISÓRIO.

O período de Payback simples é quanto tempo um projeto demora para se pagar. Obtém-se essa medida simplesmente contando quantos períodos o projeto necessita para acumular um retorno igual ao do investimento realizado. Assim, o investidor deve comparar o Payback simples com a vida econômica útil do ativo sob análise. Quando se compara investimentos semelhantes, o critério é optar pelo que oferece menor período de Payback.

 
- VANTAGENS.

        A grande vantagem desse critério é sua simplicidade. Com o fluxo de caixa, mesmo sem o conhecimento de finanças pode-se determinar o valor do período de payback. Para investidores ansiosos pelo retorno do investimento inicial, ele dá uma ideia de quanto tempo terão de esperar para que isso aconteça.

 
- DESVANTAGENS.


Duas desvantagens comprometem a eficácia desse critério. A primeira é um problema conceitual grave: ele não considera o valor do dinheiro no tempo. A segunda é que ele não dá qualquer atenção ao fluxo de caixa que vem após o período de Payback.

Assim, um projeto pode retornar mais rapidamente o investimento inicial, mas não criar riqueza depois disso, enquanto outro pode demorar mais para reembolsar os valores investidos, mas trazer muita riqueza em seguida. Este último caso é típico de projetos de pesquisa e de alta tecnologia. Sua maturação é mais demorada, mas o volume de riquezas a receber costuma ser surpreendente.

 
- CONCLUSÃO.

          A conclusão que podemos tirar é que esse critério não deve, de forma alguma, nortear a decisão de realizar ou não um investimento. Por outro lado, pode ser usado para satisfazer a curiosidade do investidor, dando-lhe uma ideia aproximada do tempo de maturação do investimento.

 

(VPL)  - VALOR PRESENTE LIQUIDO ou VALOR ATUAL LIQUIDO

   O critério do valor presente líquido (VPL) é o mais utilizado em análise de investimento.

 =  Entretanto não existem critérios melhores do que outros.

  - Diferentes critérios medem diferentes aspectos de um projeto.

 *  O Payback mede o tempo que um projeto demora para dar lucro.

*  O VPL mede o lucro em termos absolutos.


*     A taxa interna de retorno (TIR) mede a taxa de retorno que um projeto fornece.

 

            DEFINIÇÃO e DESCRIÇÃO

            VPL é simplesmente a diferença entre o valor presente do projeto e o custo do um projeto na data atual. VPL positivo significa que o projeto vale mais do que custa, ou seja, é lucrativo. VPL negativo significa que o projeto custa mais do que vale, ou seja, se for implementado, trará prejuízo.

             O critério decisório diz que um projeto só deve ser realizado se o seu VPL for nulo ou positivo, jamais se for negativo. Mas o que exatamente significa isso? Para calcular o VPL, primeiro precisa-se de uma taxa de desconto adequada, também chamada de taxa mínima de atratividade do investimento, ou seja, a taxa mínima de rentabilidade que o projeto deve ter para que seja considerado rentável.

 
            VANTAGENS

            Uma delas é determinar o valor que é criado ou destruído quando se decide realizar um projeto. Outra vantagem é que o VPL pode ser calculado para diversas taxas mínimas de atratividade, para se fazer uma análise de sensibilidade em função de possíveis alterações nas taxas. Esse é o critério mais usado pelo mercado de capitais. Pode-se utilizar o VPL para comparar vários projetos, analisá-los e tomar as devidas decisões.

 

            DESVANTAGENS

             Como todo os demais critérios, ele exige que o fluxo de caixa futuro seja estimado. Exige também que a taxa a ser usada para o cálculo do VPL seja corretamente determinada.

 

            CONCLUSÃO

            O VPL é um critério internacionalmente aceito pelos profissionais de finanças. É conceitualmente correto e, em conjunto com outros critérios, leva a decisões financeiras adequadas.

 
 

 (TIR) - TAXA INTERNA DE RETORNO ou INTERNAL RATE OF RETURN (IRR)

    Esse é, de longe, o critério mais controvertido. A taxa interna de retorno foi por muitos anos o critério preferido de análise de investimento. Porém, estudos mostram que esse critério é extremamente perigoso, podendo levar a conclusões equivocadas. Ross, Westerfield e Jaffe (2001) advertem sobre as armadilhas em que se pode cair ao utilizar o critério de taxa interna de retorno.

 

DEFINIÇÕES e  DESCRIÇÕES

Para que se possa entender a descrição do critério, é preciso primeiramente definir a taxa interna de retorno (TIR). A TIR é a taxa que anula o VPL. Em outras palavras, a TIR é a taxa pela qual o VPL de um projeto é zero. Portanto, uma forma de obter a taxa interna de retorno e traçar o gráfico da variação do VPL em função de variações da taxa de desconto. A taxa de desconto que anula o VPL é, então, chamada de taxa interna de retorno. O problema é que não existe uma forma simples de se calcular a taxa interna de retorno. Para um ativo que apresente 'n' períodos de operação, teremos uma equação do grau 'n' para resolver. Serão obtidas na maioria dos casos, 'n' raízes. Se não houver mudanças no sinal dos fluxos de cais após t=0, teremos apenas uma raiz positiva: a TIR. Se houver mudanças no fluxo de caixa, provavelmente termos mais do que uma raiz positiva e não haverá uma solução única.

 

CRITÉRIO DECISÓRIO

Em um fluxo de caixa com apenas uma inversão de sinal, ou seja, com o investimento inicial negativo e todos os outros positivos a TIR tem como critério decisório manter a taxa maior que a taxa mínima de atratividade ou na pior das hipóteses igualar-se a ela.

 
     VANTAGENS

A grande vantagem é permitir que todo projeto se resuma a um único número: a sua rentabilidade intrínseca. Por isso o critério continua sendo tão usado. Outra vantagem é que, no mercado financeiro, quase todos os fluxos de caixa dos investimentos possuem uma única inversão de sinal.

 

DESVANTAGENS


A principal desvantagem é o risco de se usar o critério quando há mais de uma inversão de sinal. Nesse caso, pode-se encontrar várias TIRs positivas. Usando uma delas, você estará incorrendo em erro.

 

CONCLUSÃO

A taxa interna de retorno deve ser usada apenas por pessoas que conheçam todas as armadilhas e saibam como contorná-las, e, ainda assim, somente se o fluxo de caixa a ser analisado tiver uma única inversão de sinal.




ATIVIDADE


1)    A empresa Zaratustra S/A. pretende investir em um novo projeto. Para isso vai fazer um estudo de viabilidade financeira no prazo de cinco anos. O estudo compreende a captação de recursos de terceiros e próprio conforme abaixo. Após o calculo do custo médio ponderado de capital, que deve servir como custo de oportunidade, a empresa vai efetuar o estudo através do Pay Back, VPL e TIR. Utilize a alíquota de 40% de imposto de renda quando necessário.
 
Prn= 3% .………..Prêmio de Risco do Negócio                                
Prf=2% …….…… Prêmio de RIsco Financeiro                                            
Spread=4%
IR=40%

 
a)     Captação de Terceiro via Empréstimo: Selic a 10%, prêmio de risco do negócio de 3%, prêmio de risco financeiro de 2%, spread bancário de 4%.  

Ki = (Klr + Prn + Prf) x (1- T) 

           Ki = (0,10 + 0,03 +0,02 + 0,04) x (1 – T) =  x (1- 0,40) = 0,1900 x 0,60 = 0,1140 * 100 =  Ki 11,40
                             0,1900                                                  0,60 

Obs. sabendo que (1 – T) T é a alíquota de Imposto de Renda, no caso em questão = 40% / 100 = 0,40              

 --------------tt -----------------

 
b)    Captação via emissão de debêntures: Valor de face de cada título de R$ 1.050,00; período de 20 anos; juros anuais propostos de R$ 129,00; despesa de colocação de R$15,00 por título.

 
                                            B)        VN = 1.050,00
                                                      N = 20
                                                      J = R$ 120,00
                                                      Desp. De Colocação = R$ 15,00
 
                       1.050 – 1.035                    15,00        
         120,00 +          20        .         120 +    20              120 + 0,75      120,75  = 0,1158 * 0,60 = 0,07 * 100= 7%
Kd =                1.035 + 1.050                      2.085                 1.042,50    1.042,50
                               2                                  2

                                                                                                                                     Kd = 7%
Nd à........ (Nd = UM (1.050,00 – Desp. Colocação 15,00) = (1.050-15) = 1.035

 ----- --------- --------------

c)     Captação via ações preferenciais: A empresa pretende emitir ações preferenciais a R$ 140,00 cada uma, com dividendos anuais estabalecido em R$ 19,00, sendo que o custo da emissão será de R$ 5,00. 


    Dp = R$ 19,00..     
Vn = R$ 140,00
                              Ce = R$ 5,00....Custo de emissão
Kp = Dp ÷ (Vn – Ce)      19 ÷ (140-5)  19 ÷ 145 = 0,1407 * 100 =  Kp 14,07

 
----------------- -----------------

 d)    Captação via ações ordinárias: A taxa de crescimento dos dividendos da empresa nos últimos cinco anos foi de 5%% ao ano, o preço da ação ordinária foi cotado a R$80,00 e o dividendo esperado para o final do ao é de R$8,00 por ação: 
                                                             __________________________
                                                                       D1 = R$ 8,00
                                                                      Po ou Nn = R$ 80,00
                                                                       G = 5%
Kn = ( D1 ÷ Nn ) + g      Kn = (8 ÷ 80) + 0,05   Kn = (0,1500 * 100) =   Kn = 15%      

 
-----------------------
 
      - CMPC -


e)     Calcule o Custo Médio Ponderado de Capital da empresa com a estrutura de capital apresentada abaixo:

CMPC = Σ kj x Wj 

ESTRUTURA DE CAPITAL
VALOR
W
K
CMPC           
Empréstimo
 
1.000000
0,45
 Ki      11,40 %
(0,45*11,40%) =  5,13
 
Debêntures
 
600.000
0,27
Kd         7%
(0,27*7%) = 1,89
A. Preferenciais
 
500.000
0,23
Kp        14,07%
 
(0,23*14,07%) =
  3,24
A. Ordinárias
 
100.000
0,05
Kn        15%      
(0,05*15%) = 0,75
TOTAL
2.200.000
 
100
 
 11%
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 CMPC = 11%

------------------------
2)     Para esse projeto a empresa está projetando um fluxo de caixa incremental (fluxo de caixa adicional que a empresa espera receber acima do fluxo de caixa atual, após o projeto ser aceito) conforme os dados abaixo:

Aquisição de máquina por R$ 2.000.000,00
Custo da Mercadoria Vendida Incremental: 50% do faturamento
Despesas de Vendas e Adm.:20% do faturamento
Depreciação de10% ao ano
 

FLUXO DE CAIXA INCREMENTAL                                              =  VALORES INFORMADOS...

DRE
ANO 1
ANO 2
ANO 3
ANO 4
ANO 5
FATURAMENTO
4.000.000
5.000.000
6.000.000
7.000.000
8.000.000
CMV
2.000.000
2.500.000
3.000.000
3.500.000
4.000.000
DESP. VENDAS/ADM.
(800.000)
(1.000.000)
(1.200.000)
(1.400.000)
(1.600.000)
LAIR
1.200.000
1.500.000
1.800.000
2.100.000
2.400.000
IR (40%)
(480.000)
(600.000)
(720.000)
(840.000)
(960.000)
L.LIQUIDO
720.000
900.000
1.080.000
1.260.000
1.440.000
DEPRECIAÇÃO
200.000
200.000
200.000
200.000
200.000
TOTAIS DE ENTRADA
920.000
1.100.000
1.280.000
1.460.000
1.640.000
VALOR RESIDUAL
 
 
 
 
1.000.000
FLUXO LIQUIDO
920.000
1.100.000
1.280.000
1.460.000
2.640.000

 

-------------------

 A)   PAY BACK

ANO
FC NO PERIODO
FC ACUMULADO
0
(2.000.000)
(2.000.000)
1
920.000
(1.080.000)
2
1.100.000
20.000
3
1.280.000
1.300.000
4
1.460.000
2.760.000
5
2.640.000
5.400.000

PAY BACK DE 1 ano e 11 meses

 ------------------

 B)     VPL  VALOR PRESENTE LIQUIDO ( VPL = Σ FC ÷ (1 + i)^n – Io )
                                                   (cálculo na Hp)
ANO
FC NO PERIODO
CUSTO OPORTUNIDADE
VPL
0
(2.000.000)
2.000.000 CHS  ENT G  CFo
 
1
920.000
920.000 G  CFj
 
2
1.100.000
1.100.000 G  CFj
 
3
1.280.000
1.280.000 G  CFj
 
4
1.460.000
1.460.000 G  CFj
 
5
2.640.000
2.640.000 G  CFj
 
TOTAL
 
11 i  f  NPV =
 
 
 3.185,997
 

VPL =  3.185,997

-------------------

 C)    TIR  TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
                  (cálculo na Hp)
ANO
FC NO PERIODO
CO DE
VPL
0
2.000.000 CHS  ENT G  CFo
 
 
1
920.000 G  CFj
 
 
2
1.100.000 G  CFj
 
 
3
1.280.000 G  CFj
 
 
4
1.460.000 G  CFj
 
 
5
2.640.000 G  CFj
 
 
TOTAL
f   IRR = 53,29
 
 

 

TIR APROXIMADA = 53,29

 
Bibliografia


- Material utilizado em sala de aula do 7o.Semestre do Curso de Administração.

 

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