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8 de junho de 2011

Economia - Estudo

   Economia
                   Resumo do . Capítulo = Fundamentos de Economia  Ed. 2002


Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado

A Análise da Demanda ou da Procura está baseada no conceito de utilidade, ou seja, a utilidade representa o grau de satisfação que os consumidores atribuem aos bens e serviços que podem ser adquiridos no mercado. Isto que dizer que a utilidade é a qualidade que os bens econômicos possuem de satisfazer as necessidades humanas. E como ela é baseada em aspectos psicológicos ou preferências, a utilidade vai consequentemente ser diferente entre os consumidores. (uns preferem a cerveja, e outros já gostam do uísque).

Demanda de Mercado (conceito): A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de um determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo.
E essa procura depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor, e são elas: o preço do bem ou serviços, o preço dos outros bens, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo.

Lei Geral da Demanda: Há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço do bem, é a chamada Lei Geral da Demanda. Essa relação pode ser observada a partir dos conceitos de escala de procura, curva de procura o de função demanda.

A relação quantidade/preço procurada pode ser representada por uma escala de procura, veja a tabela:

Preços             Quantidade demandada
 1,00                           12.000
 3,00                             8.000
 6,00                             4.000
 8,00                             3.000
10.00                            2.000

Atenção sobre:

 Efeito substituição: se um bem possui um substituto, ou seja, outro bem similar que satisfaça a mesma necessidade, quando eu preço aumenta, o consumidor passa a adquirir o bem substituto, reduzindo assim sua demanda.
EX: Se o preço do isqueiro subir em demasia, os consumidores passarão a comprar fósforos, reduzindo assim a demanda por isqueiros.

Efeito Renda: Quando aumenta o preço de um bem, tudo o mais permanece constante (salários, os preços de outros bens), o consumidor perde poder aquisitivo, e a demanda por esse produto diminui. Isso quer dizer, embora seu salário monetário não tenha sofrido nenhuma alteração, seu salário real, em termos de poder de compra, foi corroído.

Bens inferiores: Existe uma classe de bens que são chamados de bens inferiores, exemplo, se o consumidor ficar mais rico, diminuirá o consumo de carne de segunda e aumentará o consumo de carne de primeira.

Distinção entre demanda e quantidade demandada

Por demanda entende-se toda a escala ou curva que relaciona os possíveis preços a determinadas quantidades.

Por quantidade demandada deve-se entender um ponto específico da curva relacionando um preço a uma quantidade.

Oferta de Mercado
Conceito: Conceituamos oferta como as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo.

Assim como a demanda, a oferta depende de vários fatores; dentre eles, de seu próprio preço, dos demais preços, do preço dos fatores de produção, das preferências do empresário e de tecnologia.

IMPORTANTE: Diferente da função demanda, a função oferta mostra uma correlação direta entre quantidade ofertada e nível de preços. É chamada Lei Geral da Oferta.
A relação direta entre a quantidade ofertada de um bem e o preço desse bem se deve ao fato de que um aumento do preço no mercado estimula as empresas a produzirem mais, aumentando assim a sua receita. Outra forma de leitura: os custos de produção aumentarão, e a empresa deverá elevar os seus preços para continuar produzindo o mesmo que antes.

Equilíbrio de Mercado
A interação das curvas de demanda e de oferta determinada o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço de um dado mercado

      P                          P                        O



           14 -                                         P.E. (Ponto de Equilibrio)


                                              I                  Quantidade
                                            188      

Interferência do Governo no equilíbrio de mercado
O Governo intervém na formatação de preços de mercado, a nível microeconômico, quando fixa impostos e subsídios, estabelece os critérios de reajuste do salário mínimo, fixa preços mínimos para produtos agrícolas, decreta tabelamentos ou, ainda, congelamento de preços e salários. É interessante observar o enfoque microeconômico da tributação (impostos), que ressalta a questão da incidência do tributo, ou seja, é sabido que quem recolhe a totalidade do tributo é a empresa, mas isso não quer dizer que é ela quem efetivamente o paga. Assim, saber sobre quem recai efetivamente o ônus do tributo é uma questão da maior importância na analise dos mercados.

Política de preços mínimos na agricultura
Trata-se de uma política que visa dar uma garantia de preços ao produtor agrícola, com o propósito de protegê-lo das flutuações dos preços no mercado.

Tabelamento – Refere-se à intervenção do Governo no sistema de preços de mercado visando com isso, coibir abusos por parte dos vendedores, controlar preços de bens de primeira necessidade ou então refrear o processo inflacionário. (Exemplo: Planos Cruzado, Bresser, etc.)

Conceito de Elasticidade
Como cada produto apresenta a sua própria sensibilidade em relação às variações dos preços e da renda, podemos medir essa sensibilidade ou reação através do conceito de elasticidade. Trata-se de um conceito econômico que pode ser objeto de cálculo a partir de dados do mundo real, permitindo-se desse modo, o confronto das proposições da Teoria Econômica com dados da realidade.

  • Elasticidade-preço da demanda – É a resposta relativa da quantidade demandada de um bem X às variações de seu preço, ou, de outra forma, é a variação percentual na quantidade procurada do bem X em relação a uma variação percentual em seu preço

ü  Demanda elástica – A variação da quantidade demandada supera a variação do preço. Exemplo: Os consumidores desse produto têm grande reação ou resposta, nas quantidades, a eventuais variações de preços. Em caso de aumentos de preços, diminuem drasticamente o consumo; quando há quedas do preço de mercado, aumentam o consumo, em uma vez e meia a variação do preço.

ü  Demanda InelásticaOcorre quando uma variação percentual no preço provoca uma variação percentual relativamente menor nas quantidades procuradas. Exemplo: Uma redução de 10% nos preços provoca um aumento de 5% nas quantidades procuradas. Os consumidores desse produto reagem pouco a variações de preços, isto é, possuem baixa sensibilidade ao que acontece com os preços de mercado.

Disponibilidade de bens substitutos – Quanto mais substitutos houver para um bem, mais elástica será sua demanda. Já que as pequenas variações em seu preço para cima, por exemplo, farão com que o consumidor passe a adquirir  o seu substituto, provocando com isso a queda em sua demanda.

Elasticidade-preço da Oferta O mesmo raciocínio utilizado para a demanda também se aplica para a oferta, observando-se, no entanto, que o resultado da elasticidade será positivo, pois a correlação entre preço e quantidade ofertada é direta. Quanto maior o preço, maior a quantidade que o empresário estará disposto a ofertar.     
  
          Questões para Revisão do Capítulo 5

1-    Conceitue a função demanda. Que diferenças entre demanda e quantidade demandada?
Resposta: A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de um determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo.
Na demanda entende-se toda a escala ou curva que relaciona os possíveis preços a determinadas quantidades. Já por quantidade demandada deve-se entender um ponto especifico da curva relacionando um preço a uma quantidade.

2-    Conceitue função oferta. De que variáveis depende a oferta de uma mercadoria?
Resposta: Conceituamos oferta como as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo. Assim como a demanda, a oferta depende de vários fatores; dentre eles, de seu próprio preço, dos demais preços, do preço dos fatores de produção, das preferências do empresário e de tecnologia.
3-    Por que o Governo costuma estabelecer preços mínimos (garantidos) para os produtos agrícolas?
Resposta: Trata-se de uma política que visa dar uma garantia de preços ao produtor agrícola, com o propósito de protegê-lo das flutuações dos preços no mercado.

4-    Sobre a elasticidade-preço da demanda?
a.    Quais os fatores que influenciam a elasticidade-preço da demanda?
Resposta:
b.    Por que a elasticidade-preço da demanda de sal é próxima de zero?
Resposta:
c.    Por que, quando a demanda é inelástica, aumentos do preço produto devem elevar a receita total dos vendedores?
Resposta:

       5 – Defina: elasticidade-renda, elasticidade-preço cruzada da demanda e elasticidade-preço de oferta.
Resposta:

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       Economia
                   Resumo do 10º. Capítulo = Fundamentos de Economia  Ed. 2002


DETERMINAÇÃO DA RENDA E DO PRODUTO NACIONAL:
O MERCADO DE BENS E SERVIÇOS

            Antes de iniciarmos esta parte do estudo, é oportuno destacar a diferença entre a abordagem da Contabilidade Social e a utilizada na Teoria Macroeconômica.
ü  A Contabilidade Social trabalha com informações efetivas, reais, que já se realizaram, e com essas informações são calculados os valores do produto nacional, do consumo, do investimento e dos demais agregados macroeconômicos.
ü  A Macroeconomia trata do problema da determinação do nível de renda e do emprego na economia como um todo.
*      Resumindo: A Contabilidade Social refere-se a valores (depois de ocorridos).
Enquanto a Macroeconomia preocupa-se com valores (antecipadamente), antes de ocorrerem.
                                        
- Equilíbrio Macroeconômico
- O objetivo de política econômica, no modelo keynesiano, é encontrar o equilíbrio a pleno emprego, ou seja, fazer o equilíbrio entre a oferta e demanda agregada coincidirem com a renda ou produto de pleno emprego. E como a oferta é fixada a curto prazo, a política econômica deve-se concentrar em elevar a demanda agregada, por meio de instrumentos que proporcionem aumento dos gastos em consumo, investimento, gastos do governo, elevação das exportações acima da importações, etc.
- Para o manejo de políticas macroeconômicas torna-se necessário tentar estabelecer relações funcionais, de causa e efeito, entre os grandes agregados, isto é, que fatores afetam seu comportamento. Se obtivermos êxito de conseguir estabelecer essas relações, as autoridades econômicas poderão ter uma melhor visão de como atuar sobre as mesmas, através da  aplicação dos instrumentos de política econômica.

- Consumo agregado: O consumo global de um país é influenciado por uma serie de fatores, como: renda nacional, estoque de riqueza ou patrimônio, taxa de juros de mercado, disponibilidade de crédito, expectativas sobre a renda futura, rentabilidade das aplicações financeiras, etc.

- Poupança Agregada: A poupança é a parte residual da renda nacional disponível, ou seja, a parcela da renda nacional que não é gasta em bens de consumo.

- Investimento Agregado – Investimento é o acréscimo ao estoque de capital que leva ao crescimento de capacidade produtiva (construções, instalações, máquinas, etc.) O investimento é a principal variável para explicar o crescimento da renda nacional de um País. Porém, apresenta uma grande instabilidade, pois seu comportamento é de difícil previsão, por depender de fatores não apenas econômicos, mas das expectativas quanto ao futuro. Em linhas gerais, podemos dizer que o investimento agregado é determinado por dois fatores básicos: a taxa de rentabilidade esperada e a taxa de juros de mercado.

- Política fiscal, inflação e desemprego: O modelo macroeconômico básico preocupa-se mais com a questão do desemprego de recursos, quando a economia está operando abaixo de seu potencial, ou pleno emprego. Essa situação é a insuficiência da demanda agregada em relação à produção de pleno emprego, e para sairmos dessa situação podem ser utilizados os seguintes instrumentos de policia fiscal:
a) aumento dos gastos público,
b) diminuição da carga tributária, estimulando as despesas de consumo e de investimento,
c) subsídios e estímulos às exportações, que elevam a demanda do setor externo por nossa produção,
d) tarifas e barreiras às importações, que elevam a demanda do setor externo,
e) O Governo também pode aumentar a demanda agregada e manter o orçamento público equilibrado.

- Economia com inflação – O hiato inflacionário ocorre quando a demanda agregada de bens e serviços supera a capacidade produtiva da economia. Isso quer dizer: a procura agregada está muito aquecida, e a oferta de bens e serviços não tem condições de acompanhá-la, o que leva a elevação dos preços. Neste caso, os instrumentos de política fiscal seriam:
a) diminuição dos gastos públicos,
b) elevação da carga tributária sobre bens de consumo, desestimulando os gastos em consumo,
c) elevação das importações, pela redução das tarifas e barreiras, o que aumentaria o grau de abertura da economia para produtos estrangeiros, aumentado a competitividade, o que inibiria elevações de preços internos.

- O aumento da carga tributária deve sempre preservar, na medida do possível, os investimentos e as exportações, mesmo numa conjuntura inflacionária, sob o risco de comprometer a produção futura e de perder mercados já conquistados.  No próximo e último capitulo, deste estudo da AV3, discutiremos como os instrumentos de política monetária podem ser utilizados para debelar* (vencer, dominar*) a inflação e o desemprego.

Questões para Revisão do Capítulo 10

1-    O que diferencia fundamentalmente a abordagem dada na Contabilidade social e aquela dada na Teoria Macroeconômica?
Resposta:

2-    Defina oferta agregada e demanda agregada de bens e serviços. Quais hipóteses cercam esses conceitos dentro do modelo Keynesiano básico?
Resposta:

3-    Do que depende a demanda de investimentos em bens de capital?
Resposta:

4-    Explique, através de um exemplo, como opera o multiplicador Keynesiano de gastos.
Resposta:

5-    Coloque-se na posição de uma autoridade governamental e dê um exemplo de uma medida de política fiscal para cada um dos casos a seguir:
a)    Desemprego de recursos produtivos,
Resposta:

b)    Inflação de demanda,
Resposta:

c)    Desigualdade na distribuição entre classes de renda.
Resposta:
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       Economia
                     Resumo do 11º. Capítulo = Fundamentos de Economia  Ed. 2002


                    DETERMINAÇÃO DA RENDA E DO PRODUTO NACIONAL:
O LADO MONETÁRIO

Conceito de Moeda:
- Moeda é um instrumento ou objeto que é aceito pela coletividade para intermediar as transações econômicas, para pagamento dos bens, serviços e fatores de produção. Essa aceitação é garantida por Lei, ou seja, a moeda tem “curso forçado”
- Antes da existência da moeda, o fluxo de trocas de bens e serviços na economia dava-se através do escambo, com trocas diretas de mercadorias por mercadorias (Economia de Trocas). Com a evolução da sociedade, certas mercadorias passaram a ser aceitas por todos, por suas características peculiares ou pelo próprio fato de serem escassas. Em Roma Antiga, a moeda mercadoria era utilizada e com isso ela constitui a forma mais primitiva de moeda na economia.
- Os metais preciosos passaram a assumir a função de moeda por diversas razões: são limitados na natureza, possuem durabilidade e resistência, são divisíveis em peso, etc. E para exercer o controle sobre os metais em circulação, foi implantada a “cunhagem” da moeda pelos governantes, o que deu origem a nossa atual moeda metálica.
- A origem do Papel Moeda – As pessoas de posse de ouro, por questão de segurança, o guardavam em casas especializadas (embrião dos atuais Bancos), onde os ourives – pessoas que trabalhavam o ouro e a prata – emitiam certificados de depósitos desses metais. E como o depositário (ourives) do metal merecia a confiança de todos, esses certificados eram aceitos por todos do local, já que possuíam lastro (crédito) e podiam ser convertidos a qualquer instante em ouro. Mais tarde, com a criação dos Estados nacionais apareceu o papel-moeda. E cada Estado passou a emitir o seu papel-moeda, sendo este lastreado em ouro (padrão-ouro). Devido à capacidade da emissão da moeda estar vinculada à quantidade de ouro existente, o padrão-ouro passou a apresentar um obstáculo à expansão da economia e do comércio. Dessa forma, a partir de 1920 o padrão-ouro foi abandonado, e a emissão de moeda passa a ser aceita por força de Lei, denominando-se moeda de curso forçado ou moeda fiduciária (de fidúcia, confiança), não sendo mais lastreada em metais preciosos.
- Funções da moeda e tipos de moeda
  • Instrumento ou meio de troca - Por ter aceitação geral, serve para intermediar o fluxo de bens, serviços e fatores de produção da economia.
  • Denominador de valor - Possibilita que sejam expressos em unidades monetárias os valores de todos os bens e serviços produzidos pelo sistema econômico. É um padrão de medida.
  • Reserva de valor – A posse da moeda representa liquidez imediata para quem a possui. Assim, pode ser acumulada para a aquisição de um bem ou um serviço no futuro. Está claro que o requisito básico para que a moeda funcione como reserva de valor é a sua estabilidade diante dos preços dos bens e serviços, já que a inflação corrói o poder de compra da moeda, e a deflação (queda de preços) a valoriza.

- Tipos de Moeda
  • Moedas metálicas: Emitidas pelo Banco Central, constituem pequena parcela da oferta monetária e visam facilitar as operações de pequeno valor e/ou com unidade monetária fracionada (troco).
  • Papel Moeda: Também emitido pelo Banco Central, representa parcela significativa da quantidade de dinheiro em poder do público.
O papel moeda e as moedas metálicas em poder do público (famílias e empresas) são denominadas moeda manual.
  • Moeda escritural: É representada pelos depósitos a vista (depósitos em conta corrente) nos bancos comerciais (é a moeda contábil, escriturada nos bancos comerciais)

- Oferta de Moeda
A oferta de moeda também chamada de meios de pagamento.
- Os Meios de Pagamento constituem o Total de Moeda à disposição do setor privado não bancário, de liquidez imediata, ou seja, que pode ser utilizada imediatamente para efetuar transações.  A liquidez da moeda é a capacidade que ela tem de ser um ativo prontamente disponível e aceito para as mais diversas transações.
- Os meios de pagamento em sua forma tradicional são dados pela soma da moeda em poder do público mais os depósitos a vista nos bancos comerciais. Ou seja, pela soma da moeda manual e da moeda escritural. Por isso os meios de pagamentos representam então, quanto a coletividade tem em moeda Física (metálica e papel) com o público ou no cofre das empresas somado a quanto ela tem em conta corrente nos Bancos.

Oferta de Moeda pelo Banco Central – O BC é o órgão responsável pela política monetária que tem como objetivo regular o montante de moeda e de crédito e as taxas de juros, de forma compatível com o nível de atividade econômica. Ou seja, o Banco Central deve procurar manter a liquidez da economia, atendendo às necessidades de transações do sistema econômico.
E compete ao Banco Central do Brasil (Bacen) cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas pela Legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional. O banco Central é o órgão executor da política monetária, além de exercer a regulamentação e a fiscalização de todas as atividades de intermediação financeira do País.

Funções do banco Central – Sabemos que o fluxo de caixa dos Bancos tanto pode apresentar insuficiência de recursos como excesso. No caso de insuficiência, precisam ser socorridos, e quem faz isso é o Banco Central. No caso de recursos em excesso, os bancos para não deixarem seus recursos ociosos, os depositam no Banco Central. Além disso, há necessidade de transferência de fundos entre os bancos comerciais, como resultado positivo ou negativo da câmara de compensação de cheques e outros papéis o que é feito através de suas contas no Banco Central.
ü  Banco do Governo: Grande parte dos recursos do Governo é depositada no Banco Central. Quando o governo necessita de recursos, saca junto ao Banco Central em contrapartida à entrega de títulos da dívida pública.

ü  Controle e regulamentação da oferta de moeda: que é uma função normativa: regula a moeda e crédito do sistema econômico.

ü  Controle dos capitais estrangeiro e das operações com moeda estrangeira.

ü  Fiscalização das instituições financeiras.

Para exercer essas funções, o Banco Central utiliza os instrumentos de política monetária.

- Instrumentos de política Monetária
O Banco Central controla por força de lei,o volume de moeda manual da economia, cabendo a ele as determinações das necessidades de novas emissões e respectivos volumes.
ü  Depósitos compulsórios ou Reservas Obrigatórias – Os Bancos comerciais, além de possuírem os chamados encaixes técnicos (o caixa dos bancos comerciais), são obrigados a depositar no Banco Central um percentual determinado por este sobre os depósitos a vista.

ü  Operações com Moeda Aberto (Open Market) – Consistem na compra e venda de títulos públicos ou obrigações pelo governo. Quando o governo coloca seus títulos junto ao público, o efeito é de reduzir os meios de pagamento (enxuga os meios de pagamento), já que parte da moeda em poder do público retorna ao governo como pagamento desses títulos.

ü  Política de Redesconto – Consiste na liberação de Recursos pelo Banco Central aos bancos comerciais, que podem ser empréstimos ou redesconto de títulos. Existem os redescontos de liquidez, que são empréstimos para os bancos comerciais cobrirem um eventual débito na compensação de cheques, e os redescontos especiais ou seletivos, que são empréstimos autorizados pelo Banco Central.

ü  Oferta de Moeda pelos Bancos Comerciais. O Multiplicador Monetário. – Os bancos comerciais também podem aumentar os meios de pagamento (isto é, aumentar a oferta de moeda) através da multiplicação da moeda escritural ou depósitos a vista.
ü  Demanda de Moeda – A demanda de moeda pela coletividade corresponde à quantidade de moeda que o setor privado não bancário retém, em média, seja com o público, seja no cofre das empresas, e em depósitos a vista nos bancos comerciais.
ü  Moeda e políticas de expansão do nível de atividade – Supondo que a economia esteja operando abaixo do pleno emprego de sua produção potencial, a estratégia adequada, a curto prazo, é estimular a demanda ou procura de bens e serviços de sorte que as empresas tenham compradores a sua produção, e como vimos a política fiscal de efeito mais rápido é o aumento dos gastos públicos. O Governo também pode reduzir a carga tributária das empresas.
ü  Eficácia das políticas monetária e fiscal – A eficácia das políticas monetária e fiscal pode ser avaliada a partir de sua velocidade de sua implementação, pelo grau de intervenção na economia e pela importância relativa das taxas de juros.
O Sistema Financeiro
            Para se avaliar o grau de desenvolvimento de um determinado país existem vários indicadores econômicos. Um deles é o tamanho e a diversificação de seu sistema financeiro. Um Sistema Financeiro forte e bem diversificado é uma das condições necessárias para atrair poupanças, sejam elas nacionais ou estrangeiras.
v  Os Segmentos do Sistema Financeiro: Referente as suas finalidades e sobre as instituições que as praticam, as operações do sistema financeiro podem ser agregadas em quatro grandes mercados:
*      Mercado Monetário – Neste segmento realiza-se as operações de curtíssimo prazo com a finalidade de suprir as necessidades de caixa dos diversos agentes econômicos, entre os quais se incluem as instituições financeiras. A oferta de liquidez nesse mercado é afetada pelas operações de mercado aberto, executadas pelo Banco Central. Exemplo: Fundo-ouro, open market, hot-money, CDI , etc.
*      Mercado de Crédito - Esse mercado atende as necessidades de recursos de curto, de médio e de longo prazo, principalmente oriundas da demanda de crédito para a aquisição de bens de consumo duráveis e da demanda de capital de giro das empresas.
*      Mercado de Capitais – Esse segmento supre as exigências de recursos de médio e de longo prazo, principalmente com vistas à realização de investimentos em capital. A geração de oferta, nesse mercado, é feita por instituições não bancárias, dentre as quais se destacam as bolsas de valores.
*      Mercado Cambial – Neste mercado são realizadas a compra e venda de moeda estrangeira, para atender a diversas finalidades, como a compra de câmbio, para a importação; a venda, por parte dos exportadores. As operações no mercado cambial são realizadas pelas instituições financeiras – bancos e casas de cambio – autorizadas pelo Banco do Brasil.

- Estrutura do Sistema Financeiro

Subsistema Normativo
·        CMN – Conselho Monetário Nacional
·        Bacen – Banco Central do Brasil
·        CVM – Comissão de Valores Mobiliários

Subsistema Operativo

Instituições Bancárias (Públicas e Privadas)
  • Bancos Comerciais
  • Caixas Econômicas

Instituições Não Bancarias (Públicas e Privadas)
  • Bancos de Investimentos
  • Bancos de desenvolvimento
  • Companhias de desenvolvimento
  • Sociedades de crédito, financiamento e investimento
  • Sociedades de crédito imobiliário
  • Associações de poupanças e empréstimo
  • Companhias seguradoras

Instituições Auxiliares (Públicas e Privadas)
  • Bolsas de Valores (de ações, futuros e commodities)
  • Sociedade corretoras
  • Sociedades distribuidoras
  • Agentes autônomos de investimentos
  • Outros (leasing, factoring, cobrança, analise e cadastro)

Agentes Especiais
  • Banco do Brasil (BB)
  • Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social


Questões para Revisão do Capítulo 11  

  1. Sobre o conceito de Moeda:
a)    Defina moeda e suas funções.
b)    Defina moeda fiduciária e moeda lastreada.

  1. Com relação aos meios de pagamento:
a)    Conceitue meios de pagamento.
b)    Defina M1, M2, M3 e M4...
c)    O que vêm a ser monetização e desmonetização? Qual a relação desses conceitos com a taxa de inflação?
d)    Dê dois exemplos de criação e dois exemplos de destruição de meios de pagamento.
e)    O saque de um cheque representa criação ou destruição de meios de pagamento?

  1. Sobre oferta e demanda de moeda:
a)    Quais as funções do Banco Central? Quais os instrumentos de que dispõe para operar a política monetária?
b)    O que são reservas ou depósitos compulsórios?  Qual o efeito de um aumento da taxa de reservas compulsórias sobre a oferta de moeda?
c)    Por que os bancos de investimentos, financeiras e outros intermediários financeiros não podem afetar a oferta de moeda e os bancos comerciais têm essa prerrogativa?


- Glossário -
MACROECONOMIA: é a parte da teoria econômica que estuda os agentes econômicos em seu conjunto. Tem como objetivo principal determinar os fatores que interferem no nível total da renda e do produto de uma economia.
CONTABILIDADE NACIONAL: é um método de mensuração e interpretação da atividade econômica realizada durante um determinado período de tempo.
Elementos Básicos dos Sistemas Econômicos
 - Estoques dos Recursos de Produção -
Terra
Capital
Trabalho
Tecnologia
Capacidade Empresarial

PRODUTO: é a soma dos valores monetários de todos os bens e serviços finais produzidos por um país num determinado período de tempo.
RENDA: é a soma das remunerações feitas aos fatores da produção empregados no processo produtivo durante um determinado período de tempo, ou seja, é o total dos salários, aluguéis, juros e lucros.
PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB:  é a soma dos valores monetários dos bens e serviços finais.
PRODUTO INTERNO BRUTO a preços de mercado - (PIBpm): é a soma dos valores monetários dos bens e serviços finais, computando-se os impostos indiretos e subtraindo-se os subsídios
PRODUTO INTERNO BRUTO a custos de fatores - (PIBcf):  é a soma dos valores monetários dos bens e serviços finais, subtraindo-se os impostos indiretos e somando-se os subsídios.
PRODUTO INTERNO LÍQUIDO:  é o Produto Bruto a custo de fatores menos a parcela correspondente à depreciação.
PRODUTO NACIONAL LÍQUIDO: é o Produto Interno Líquido a custo de fatores menos a renda enviada ao exterior. Também denominado Renda Nacional Líquida.
RENDA PESSOAL: é a Renda Nacional menos os lucros retidos pelas empresas, os impostos diretos das empresas (imposto de renda) e as contribuições feitas à previdência social, mais as transferências do governo, ou seja, as despesas com inativos, pensionistas, salário-família e outros benefícios pagos pela previdência social mais os juros pagos.
RENDA PESSOAL DISPONÍVEL: é a Renda Pessoal menos os impostos diretos pagos pelas pessoas,
RENDA PER CAPITA: é a renda de um país, por um período de tempo, dividida pelo número de
SERVIÇOS DE CONSUMO: são as despesas feitas pelas pessoas com serviços prestados por outras pessoas ou equipamentos, com vistas à satisfação de suas necessidades.
PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA: o nível do produto é determinado pela demanda.
AGENTES ECONÔMICOS: trabalhadores, empresários, governo e resto do mundo.
MOEDA: é todo objeto que serve para facilitar as trocas de bens e serviços numa economia.
OFERTA DE MOEDA: é a quantidade de moeda que o governo resolve emitir, num determinado período, através das autoridades monetárias.
MERCADO MONETÁRIO: é onde se encontram a oferta e a demanda por moeda e se determina a taxa de juros de equilíbrio.
CRÉDITO: é a troca de um bem, ou a concessão de uma quantia de moeda, pela promessa de pagamento futuro.
SISTEMA FINANCEIRO: é o conjunto de instituições privadas e públicas que transferem recursos dos agentes superavitários para os deficitários.
INFLAÇÃO: processo em que há um aumento contínuo e generalizado nos preços dos bens e serviços produzidos em uma economia.
POLÍTICA MONETÁRIA: são medidas adotadas pelo governo que visam reduzir a quantidade de moeda em circulação na economia.
SISTEMA MONETÁRIO INTERNACIONAL: é o conjunto de regras que define o padrão dos pagamentos internacionais.
TAXA FLUTUANTE DE CÂMBIO: taxa de câmbio que é determinada no mercado através da oferta e demanda de divisas.
MOEDA: Qualquer objeto que sirva como meio de troca em um sistema econômico;
MOEDA METÁLICA: moeda cunhada em metal precioso que trazia impresso o seu peso. Atualmente, são cunhadas em metal não precioso, trazendo impresso o seu valor.
PAPEL-MOEDA: surgiu com a emissão de recibos pelos cunhadores, e assegurava ao seu portador uma certa quantidade de ouro expressa no documento. Atualmente, é a moeda emitida pelos bancos centrais de cada país.
MOEDA-ESCRITURAL: Foi criada pelo sistema bancário. Emprestavam os valores acima do lastro do sistema bancário.
PRINCIPAIS FUNÇÕES DA MOEDA: Intermediário de trocas, medida de valor, reserva de Valor, liberatória, padrão de pagamentos diferidos, instrumento de poder.

Alguns Pontos dos Capítulos 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 do Livro (Fundamentos de Economia)

Economia é a Ciência que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem (escolhem) empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas. 
Essa definição contém vários conceitos importantes, que são a base e o objeto do estudo da Ciência Econômica:
·         ESCOLHA
·         ESCASSEZ
·         NECESSIDADES
·         RECURSOS
·         PRODUÇÃO
·         DISTRIBUIÇÃO

Os Recursos ou fatores de produção são escassos; contudo, as necessidades humanas são ilimitadas, e sempre se renovam. Isso obriga a sociedade a escolher entre alternativas de produção e de distribuição dos resultados da atividade produtiva aos vários grupos da sociedade.

Estoque de Recursos Produtivos ou Fatores de Produção: aqui se incluem Recursos Humanos (trabalho e capacidade empresarial), o capital, as reservas naturais e a tecnologia.

Complexo de Recursos de Produção: constituído pelas empresas.

Conjunto de Instituições Políticas, Econômicas e Sociais: que são à base da organização da Sociedade.

Os bens de capital são aqueles utilizados na fabricação de outros bens, mas que não se desgastam totalmente no processo produtivo. É o caso, por exemplo, de máquinas, equipamentos e instalações. São usualmente classificados no ativo fixo das empresas, e uma de suas características é contribuir para a melhoria da produtividade da mão de obra.
Os bens de consumo destinam-se diretamente ao atendimento das necessidades humanas. De acordo com sua durabilidade, podem ser classificados como duráveis (por exemplo, geladeiras, fogões, automóveis) ou como não duráveis (alimentos, produtos de limpeza, etc.).

Os bens intermediários são todos aqueles transformados ou agregados na produção de outros bens e que não são consumidos totalmente no processo produtivo (insumos, matérias primas e componentes). Diferenciam-se dos bens finais, que são vendidos para o consumo ou a utilização final. Os bens de capital, como são “consumidos” no processo produtivo, são também bens finais. Os fatores de produção, chamados recursos de produção da economia, são construídos pelos recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial), terra, capital e tecnologia.

O consumo nacional está diretamente relacionado com a renda nacional
“A quantidade demandada de um bem tem uma relação inversamente proporcional com seu preço, tudo o mais constante.”

- As exportações e as importações dependem da taxa de câmbio.

Microeconomia ou Teoria de Formação de Preços, essa área estuda a formação de preços em mercados específicos, ou seja, como consumidores e empresas interagem no mercado e como dividem os preços e a quantidade para satisfazer a ambos simultaneamente.

Macroeconomia é a que estuda a determinação e o comportamento dos grandes agregados nacionais, como interno bruto (PIB), investimento agregado, a poupança agregada, o nível geral de preços, entre outros, e o seu enfoque é basicamente de curto prazo (ou conjuntural*) (*conjuntura, oportunidade, momento, ocasião; naquela conjuntura o melhor era ir embora).

Economia Internacional, estuda as relações econômicas entre os residentes e não residentes do País, as quais envolvem transações com bens e serviços e transações financeiras.

Desenvolvimento Econômico é a área que se preocupa com a melhoria do padrão de vida da coletividade ao longo do tempo. O enfoque é também macroeconômico, mas centrado em questões estruturais e de longo prazo (progresso tecnológico, estratégias de crescimento etc).

Introdução à Microeconomia: A Microeconomia, ou a Teoria dos Preços, analisa a formação de preços no mercado, ou seja, como as empresas e os consumidores interagem e decidem qual o preço e a quantidade de um determinado bem ou serviço em mercados específicos. Isso quer dizer: enquanto a Macroeconomia enfoca o comportamento da Economia como um todo, considerando todas as variáveis globais como o consumo agregado, a renda nacional e os investimentos globais, as analises microeconômicas preocupam-se com a formação de preços de bens e serviços (soja, automóveis) e de fatores de produção (salários, aluguéis, lucros) em mercados específicos.

A Microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da demanda na formação do preço no mercado, isto é, o preço sendo obtido pela interação do conjunto de consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um dado bem ou serviço.

A Teoria Microeconômica não é um manual de técnicas para a tomada de decisões do seu dia-a-dia, mesmo assim ela representa uma ferramenta útil para estabelecer políticas e estratégias dentro de um planejamento, tanto por empresas, quanto na política econômica.

Nas empresas:

o   Política de preços
o   Previsões de demanda e de faturamento
o   Previsões e custos de produção
o   Avaliação e elaboração de projetos
o   Política de propaganda
o   Localização da empresa
o   Diferenciação de mercados

Na política econômica:

o   Efeitos de impostos (mercados específicos)
o   Política de subsídios
o   Controle de preços
o   Política salarial
o   Política de tarifas públicas (Luz, água, etc.)
o   Política de preços públicos (petróleo, aço, etc.)

Analise da Demanda: Esta teoria (Teoria da Demanda ou Procura) divise-se em Teoria do Consumidor (demanda individual) e Teoria da Demanda de Mercado.

Analise da Oferta: A Teoria da Oferta de um bem ou serviço também se subdivide em oferta da firma individual e oferta de mercado. Dentro dessa analise da oferta da firma são abordadas a Teoria da Produção, que analisa as relações entre quantidades físicas entre o produto e os fatores de produção, e a Teoria dos Custos de Produção, que incorporam, além das quantidades físicas, os preços dos insumos.

Analise das estruturas de mercado: A partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço. O preço e a quantidade, entretanto, dependerão da particular forma ou estrutura desse mercado, isso quer dizer: se ele é competitivo, com muitas empresas produzindo um único certo produto, ou concentrado em poucas ou em uma só empresa.

Nesta análise das estruturas de mercado se avalia os efeitos da oferta e da demanda, tanto no mercado de bens e serviços quanto no mercado de fatores de produção.

Estruturas do mercado de bens e serviços são:

a)    Concorrência Perfeita
b)    Concorrência Imperfeita ou Monopolista
c)    Monopólio
d)    Oligopólio

As estruturas do Mercado de Fatores de Produção são:

a)    Concorrência Perfeita
b)    Concorrência Imperfeita

Sabendo que no mercado de fatores de produção, a procura de fatores produtivos é chamada de demanda derivada, uma vez que a demanda por insumos (mão de obra, capital) está condicionada, ou deriva, da procura pelo produto da empresa no mercado de bens e serviços.

Demanda de Mercado: O Conceito – A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de um determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo. Essa procura depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor. São elas: o preço do bem ou serviço, o preço dos outros bens, a renda do consumidor e o gosto ou a preferência do indivíduo.

Efeito Substituição: Se um bem possuí um substituto, ou seja, outro bem similar que satisfaça a mesma necessidade, quando o seu preço aumentar, coeteris paribus, o consumidor passará a adquirir o bem substituto, reduzindo assim a sua demanda. Exemplo: Se o preço do isqueiro subir demasiadamente, os consumidores passarão a demandar caixa de fósforos, reduzindo assim a sua demanda por isqueiros.

Efeito Renda: Quando aumenta o preço de um bem, tudo o mais constante (renda do consumidor e preços de outros bens constantes), o consumidor perde poder aquisitivo, e a demanda por esse produto diminui. Assim, embora o seu salário monetário não tenha sofrido nenhuma alteração, o seu salário “real”, em termos de poder de compra, foi corroído.

Oferta de Mercado: Podemos conceituar oferta como as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo. Da mesma maneira que a demanda, a oferta depende de vários fatores, entre eles estão: o seu próprio preço, dos demais preços, do preço de fatores de produção, das preferências do empresário e da tecnologia. Diferente da função demanda, a função oferta mostra uma correlação direta entre quantidade ofertada e nível de preços. É a chamada Lei Geral da Oferta.
Equilíbrio de Mercado: A interação das curvas de demanda e de oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço de um dado mercado. Se a quantidade ofertada se encontrar abaixo daquela de equilíbrio, teremos uma situação de escassez do produto. Haverá uma competição entre os consumidores, pois as quantidades procuradas serão maiores que as ofertadas. Irão se formar filas, o que forçará a elevação dos preços, até atingir o equilíbrio o que fará com que as filas acabem. E se a quantidade ofertada se encontrar acima do ponto de equilíbrio, haverá um excesso de produção, um acúmulo de estoques não programado do produto, o que provocará uma competição entre os produtores, levando a uma redução dos preços, até que se atinja o ponto de equilíbrio.

- Como observamos, quando há competição tanto de consumidores quanto de ofertantes, há uma tendência natural no mercado para se chegar a uma situação de equilíbrio estacionário – sem filas e sem estoques imensos.

Conceito de Elasticidade: Cada produto tem a sua própria sensibilidade com relação às variações dos preços e da renda, e essa sensibilidade ou reação pode ser medida através do conceito de elasticidade, e há que se dizer que a elasticidade reflete o grau de reação de uma variável quando ocorrem alterações em outra variável.


E x e r c í c i o s


Num dado Mercado a Demanda e a Oferta de um Produto são dadas respectivamente pelas seguintes equações =  Qd 300 – 8P
                                       Qo  48 + 10P



300-8P = 38+10P                       Pensamentos:”  “(300-38)  - (8P+10P)”
252 = 18P 
P=252      
     18       à  P = 14


300 - 8P                            48 + 10P
300 - 8 x 14                       48 + 10 x 14
300 – 112                          48 + 140
D = 188                       O = 188




      P                          P                        O



           14 -                                         P.E. (Ponto de Equilibrio)


                                              I                  Q
                                            188      






+  1 Exercício


 - Num dado Mercado a Demanda e a Oferta de um Produto são dadas respectivamente pelas seguintes equações =   QD = 280 – 8P
                                                Qo = 20 + 2P
                    
                          280 – 8P = 20 + 2P     

                           260 = 10P

                        P = 260     = P = 26
                               10


280 – 8 P                                      20 + 2P
280 – 8 x 26                                  20 + 2 x 26
280 – 208                                      20 + 52
D = 72                                         O = 72

           
                                                    o
     P


     26 -                                           P.E. Ponto de Equilíbrio
                                                P

                                         I
                                        72                 Q







       Mais exercícios...
  

                          (Oferta)                        (Procura)
 
Preço                  Qtde “A”                 Qtde”B”

 10                          100                            700
 20                          200                            600       P > O
 30                          300                            500
 40                          400                            400 P.E. (Ponto de Equilíbrio)
 50                          500                            300
 60                          600                            200        O > P  
 70                          700                            100


A)   Em um mesmo gráfico traçar as quantidades “A” e “B”, indicando a Oferta, Procura e o Ponto de Equilíbrio.

B)   No nível de preço $30 existe um excesso de ....R:___

C)   Qual o excesso de quantidades Ofertadas no nível preço $70? R:___

D)   Em que nível de preço existe um excesso de 400 Unidades procuradas? R:___

E)   No nível de preço $60 existe um excesso de... R:___





     Preço        P (Procura)                                                 O (Oferta)
         70 -           o                    O > P                    o
           60 -                      o                                       o
           50 -                                o                  o

           40 -                                          o     .  P.E. (Ponto de Equilibrio)

           30 -                              o                     o

           20 -                  o             P > O             o

           10 -   O o                                                                  o
                      I        I        I        I        I        I        I       P
                        100       200    300     400      500     600      700
                                                                                                          Quantidade

Respostas: B= 200 Unid. Procuradas, C= 600 Unidades,  D= Nível 20, E= 400 Unid. Ofertadas


--------- ------------- ----------------- ------------- --------------------

                                                                                                      ∆ CTP
                                       CVT+CFT    CFT / Q.       CVT / Q.     CTP / Q       ∆ Q 1 - 0

Qtda.   CFT     CVT     CTP     CFMe       CVMe     CTMe      CMG Abaixo o Cálculo explicativo
0           55         0         55           0               0            0             0
1           55        40        95          55             40          95           40
2           55        55       110        27,5          27,5        55           15
3           55        95       150       18,3           31,7        50           40
4           55       135      190       13,8           33,8       47,5         40
5           55       180      235         11            36          47            45
6           55       240      295        9,2            40          49,2         60
7           55       330      385        7,9            47,1       55            90
                                                
  CFMe = O Custo Médio Fixo é sempre Decrescente
Mais um Exercício:  Acompanhe abaixo todos os Cálculos

                                                                                          ∆CTP              ∆RT
                                                                Preço x Q                ∆Q                        ∆Q                   L/P = RT - CTP
Qtde    Preço       CTP          RT           CMg        RMg           L/P
0                  *                 55                -                     0                  *                     -55
1                50                60                50                  5                 50                    -10
2                45                70                90                 10                40                     20
3                40                85              120                 15                30                     35
4               35                105             140                 20  .   =   .   20                     35
5               30                130             150                 25                10                     20
6               25                160             150                 30                 0                     -10
7               20                195             140                 35                -10                   -55
8               15                235             120                40                 -20                 -115




                                                                                                                                                        ∆CTP
                                                            CFT+CVT        CFT / Q             CVT / Q            CTP / Q              ∆Q
Qtde.      CFT     CVT     CTP    CFMe     CVMe     CTMe     CMg
 0                  35              *              35              *                 *                  *                 -
 2                  35              30           65            17,5             15              32,5              15
 4                  35             50            85              8,5            12,5           21,3               10
 6                  35             75          110              5,8            12,5          18,3               12,5
 8                  35            110         145             4,4             13,8          18,1               17,5
10                 35            160         195             3,5              16            19,5               25
12                 35            220         255             2,9             18,3          21,3               30
14                 35            290         325             2,5             20,7          23,2               35
16                35             370         405             2,2             23,1          25,3               40


Obs.  O Custo Fixo Médio é Sempre Decrescente

--- -------- ------- -------- --------- ---------- ------------









Estes são os Dados para o exercício:

1-    Exportações -> 36.800

2-    Transportes R  2.500
                     D 3.100

3-    Outros Mov. Cap. 4.200

4-    Transferência unilateral   R 2.600
                                       D 1.600
5-    Importação 35.800

6-    Investimento Direto Liq. 3.800

7-    Serviços Diversos  R 470
                               D 270

8-    Emp. M/L Prazo 2.450

9-    Seguros     R 890
                D 190

10- Empr. Curto Prazo 1.550

11-  Serviços Governamentais   R 2.720
                                            D 120
12- 12 Amortização (13.000)

13- Viagem Interna   R 2.600
                          D 1.500

14- Erros e Omissões (1000)

15- Rendas de Capitais     R 3.700     
                              D 9.600


Resolvendo: É só somar e subtrair...


1         Balança Comercial   1.000
Exp. 36.800
Imp. 35.800


2        Balança de serviços  (1.900)    
     2.1  Viagem Internacional  1.100
      R 2.600
      D 1.500

    2.2 Seguros  700
       R 890
       D 190

    2.3 Serviços Diversos  200
        R 470
        D 270

    2.4 Transportes    (600)
        R 2.500
        D 3.100
   
    2.5 Rendas de Capitais   (5.900)
        R 3.700
        D 9.600

     2.6 Serviços Governamentais    2.600
        R 2.720
        D  120

3.    Balança Mercadorias e Serviços     (900)
                     (1000-1900)      (1+2)

4.    Transferências Unilaterais    1.000
              R 2.600
              D 1.600

5.    Transações Correntes   100
                          (900-1000)       (3+4)


6.    Movimentações de Capitais  (1.000)
6.1  Amortizações  (13.000)
6.2  Emp. M/L Prazo 2.450
6.3  Outros Mov. Capitais 4.200
6.4  Inv. Diretos Liq. 3.800
6.5  Emp. Curto Prazo 1.550

7.    Erros e Omissões   (1.000)


8.    Resultado                  ( + ) Superavit
                                         ( -  ) Deficit    (1.900)
(5+6+7)

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