PSICOLOGIA na INTEGRADA
- 4º.Semestre -
OBJETO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA - Outros focos de estudo da psicologia:
÷ Indivíduos especiais (fora da média)
÷ Personalidade (diferenças individuais)
÷ Psicopatologia (desvios de padrões de comportamento)
÷ Grupos (dinâmica dos relacionamentos)
A PSICOLOGIA NAS ORGANIZAÇÕES
A psicologia pode ser vista como um instrumento à disposição do administrador para apoiá-lo na busca do contínuo aumento da eficácia dos processos organizacionais através das pessoas, promovendo melhoria na qualidade de vida, dos produtos e dos serviços proporcionados pela organização.
APLICAÇÕES PRÁTICAS DA PSICOLOGIA NAS ORGANIZAÇÕES
1. Seleção de pessoas.
2. Conciliação de perfis às especificidades das tarefas.
3. Desenvolvimento e aperfeiçoamento de capacidades (treinamento).
4. Acompanhamento de desempenho (mudanças de rotina).
5. Análise das condições de trabalho.
6. Administração das relações interpessoais (alteração de pessoal).
GESTALT
o Um dos pressupostos principais da teoria da Gestalt consiste no fato de que no processo de organização da percepção, o olho humano tende a agrupar as várias unidades de um campo visual para formar um todo.
o Este princípio conceitua a visão como uma experiência criativa, não como um simples ato de ver, ou ainda, como um processo mental ativo e não simplesmente receptivo.
Fundadores
o Max Wertheimer (1880-1943)
o Wolfgang Köhler (1887-1967)
o Kurt Koffka (1886-1941)
Estes cientistas iniciaram seus estudos por meio da sensação e percepção, tomando como base inicial a ilusão de ótica, na qual um estímulo físico é percebido pelo sujeito de uma forma distinta da que ele tem na realidade.
Sensação e Percepção
o A Gestalt enfatiza a importância da sensação e da percepção, vinculando-as de modo estreito.
o Tem como ponto de partida a percepção, que por sua vez é dependente da sensação.
o A sensação é o processo pelo qual um estímulo externo ou interno provoca uma reação específica, produzindo uma percepção.
Behaviorismo
Behaviorismo: comportamento, conduta, também designado de comportamentalismo, é o conjunto das teorias psicológicas que postulam o comportamento como o mais adequado objeto de estudo da Psicologia.
O termo Behaviorismo vem da palavra “behavior” que em inglês significa comportamento.
O Behaviorismo é também conhecido como Psicologia Comportamental ou Psicologia Experimental, porque visa à análise minuciosa do comportamento tendo como base a influência do ambiente.
O Behaviorismo surgiu a partir do artigo intitulado “Psicologia, como os behavioristas a vêem”, escrito por John B. Watson, publicado em 1913.
No entanto, como veremos a seguir, o representante mais importante desta escola é Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1994), psicólogo estadunidense.
Para Watson, o comportamento deveria ser estudado como função de certas variáveis do meio.
Os estímulos provocam os comportamentos.
O Behaviorismo não trabalha com o inconsciente e descarta qualquer tipo de explicação mental para o comportamento.
Expressões como: “fez porque quis”, “sento neste lugar porque gosto”, “fiz porque deu vontade”, não são consideradas.
Antes, importam as variáveis do meio como determinantes do comportamento.
O Reflexo Condicionado
Ivan Pavlov, fez uma grande descoberta para a Psicologia: o reflexo condicionado.
Pavlov elaborou um estudo em três fases para medir a salivação em cães.
A primeira fase consistia em apresentar pedaços de carne aos cães e medir a quantidade de saliva que era depositada em pequenos tubos de ensaio colocados na região da boca dos animais.
O cientista verificou que na ocasião em que o cão recebia alimento, a secreção salivar era abundante, um reflexo que é natural nesse animal.
Em uma segunda fase do experimento Pavlov utilizou uma ferramenta denominada: Método de Pareamento, que consistia em tocar uma campainha antes de oferecer o alimento ao animal.
Na terceira fase (final) do estudo, depois de parear várias vezes os estímulos (campainha–alimento), Pavlov passou a tocar apenas a campainha, sem a entrega do alimento ao cão.
Como resultado se percebeu que o cão também salivou abundantemente ao ouvir apenas o som da campainha. O cão relacionou (pareou) os dois estímulos (campainha e alimento) apresentando o que se denominou de reflexo condicionado.
O Comportamento Respondente
Os comportamentos respondentes são interações estímulo-resposta incondicionadas, nas quais certos eventos ambientais eliciam certas respostas do organismo que independem da aprendizagem.
Dito de outra forma: os comportamentos respondentes são interações em que emitimos um comportamento em resposta a determinado estímulo ambiental, e isto de maneira automática, como uma reação natural do organismo, sem qualquer relação com processos de aprendizagem.
Exemplos:
Contração das pupilas quando uma luz forte incide sobre os olhos;
Suor sob alta temperatura.
Reflexo patelar (leve martelada na patela).
O Comportamento Operante
Os comportamentos operantes incluem todos os movimentos de um organismo que têm efeito sobre algo no mundo em redor.
Ou seja, o comportamento operante opera alguma influência sobre o ambiente.
Mencionou-se no início desta apresentação a importância de Skinner para o movimento behaviorista.
A teoria de Skinner é conhecida como a teoria do condicionamento operante porque o comportamento opera uma transformação no meio e o meio opera uma transformação no comportamento, condicionando-o.
Exemplo:
Se cumprimento as demais pessoas com um aperto de mão firme, olhar nos olhos e um sorriso, provavelmente terei como resposta um cumprimento semelhante. Isto tenderá a me condicionar a adotar sempre esta modalidade de cumprimento.
Ou seja, atuei sobre o ambiente de determinada maneira (operei sobre o meio certa influência) e o meio atuou sobre mim (operou certa influência sobre mim).
Deste modo, o comportamento é controlável por suas consequências, as quais funcionarão como reforços dos comportamentos.
Explicitando mais uma vez:
Exerço (opero) uma influência no ambiente e, como consequência, o ambiente retorna sobre minha ação também exercendo (operando) uma influência sobre mim.
Dependendo do retorno que o ambiente me dá em razão de minha atuação sobre ele, meu comportamento passa a ser modelado, moldado.
Esta consequência, este retorno que o ambiente me dá se conhece por reforço.
É de interesse considerar, pois, que enquanto o comportamento respondente é controlado por seus antecedentes, o comportamento operante é controlado por suas consequências, pelos eventos que seguem o comportamento.
O Reforço
Reforço é qualquer evento ou estímulo que aumente a frequência de um comportamento, ou seja, aquilo que faz com que um comportamento continue a se repetir.
O Reforço deve ser apresentado logo após a emissão de um comportamento a fim de que aumente a probabilidade de emissão de determinada resposta.
Reforço Positivo: refere-se a qualquer evento ou estímulo (percebido como agradável) que, aplicado após a ocorrência de um comportamento, aumenta a frequência desse comportamento. Melhor exemplo: Comissões.
Exemplos: Elogios, sorrisos, salário, etc.
Reforço Negativo: é o estímulo que reduz ou elimina uma resposta, um comportamento.
Os reforços negativos são estímulos adversos e por este motivo os organismos tendem a fugir dele.
Os reforços positivos ou negativos regulam ou controlam comportamentos.
No entender de Skinner, é possível explicar a ocorrência de qualquer comportamento se houve um conhecimento suficiente dos reforços em jogo.
A pesquisa inicial de Skinner se deu com animais.
Os reforços por ele utilizados eram alimentos, água (positivos) ou choques de baixa intensidade (negativos). Skinner separou os reforços em:
Primários: Recompensas físicas, aquelas que atendem a necessidades básicas, como alimento e água.
Secundários: Inicialmente são neutros, não atendendo a nenhuma necessidade em si. Mas se ligam diretamente aos reforços primários passando a ser vistos então como recompensas. O exemplo clássico seria o dinheiro.
Skinner denomina de ficções explanatórias as explicações dadas pelos não-behavioristas para descrever o comportamento.
Segundo seu entendimento, conceitos como autonomia, liberdade e criatividade seriam dados por aqueles que desconhecem os reforços envolvidos no comportamento, os quais se investigados podem produzir o verdadeiro controle do comportamento.
Skinner não vê sentido na possibilidade de um comportamento se dar sem estar ligado aos estímulos que o antecederam e os reforços que os sucederam. Por isso não encontra sentido na discussão que envolva um homem autônomo. Para ele, todo comportamento terá relação com esta equação: estímulo-resposta-reforço.
Em relação à vontade, Skinner posiciona:
Vontade, livre-arbítrio, força de vontade são ficções explanatórias que se referem a processos não observáveis.
APLICAÇÕES
Para o Behaviorismo, ao invés de censurar e punir as pessoas quando apresentam comportamento desviante, pode ser mais útil modificar os reforços em seu ambiente.
Ou seja, a importância do meio externo é um fator preponderante em detrimento da dinâmica interna do indivíduo.
A utilização em excesso de um mesmo reforço pode fazer com ocorra a perda de sua eficácia.
O Reforço é qualquer evento ou estimulo que aumente a frequência de um comportamento.
O reforço deve ser APLICADO LOGO após a EMISSÃO de um comportamento.
Os reforços negativos reduzem ou eliminam uma resposta ou um comportamento.
Comportamento operante – é aquele comportamento que opera uma transformação no ambiente. Quando isso ocorre está acontecendo o comportamento operante.
Ivan Pavlov descobriu o reflexo condicionado, os organismos vivos são passiveis de serem condicionados.
FREUD E A PSICANÁLISE
- Freud percebe que os sintomas histéricos baseiam-se em cenas passadas ocasionadoras de grande impressão (trauma).
- Terapêutica via hipnose e recordação (catarse). Freud substitui a hipnose pela associação-livre.
- Freud faz uso do termo psicanálise pela primeira vez em 1896. Inicia sua autoanálise em 1897. Publica: A Interpretação dos Sonhos em 1900.
PRESSUPOSTOS BÁSICOS
- INCONSCIENTE
- ASSOCIAÇÃO-LIVRE (REGRA FUNDAMENTAL)
- TRANSFERÊNCIA
Para FREUD: CORPO É A BASE SUBJACENTE PARA TODA A EXPERIÊNCIA MENTAL.
FENÔMENOS MENTAIS = FISIOLOGIA DO CÉREBRO.
CONSCIENTE: Pequena parte da mente que inclui tudo o que estamos cientes em um dado momento.
PRÉ-CONSCIENTE: Porções de memória acessíveis. Lembranças que a consciência necessita para o desempenho de algumas de suas funções. Nomes, pessoas, cheiros, datas, eventos, etc.
INCONSCIENTE: Há elementos instintivos nunca acessíveis à consciência. Há material excluído da consciência, censurado, reprimido. Este material não é perdido. Simplesmente não lhe é permitido ser lembrado. Há conexões entre todos os eventos mentais. Se um pensamento ou sentimento não parece estar conectado àqueles que os precederam, as conexões estão no inconsciente. Se os elos são descobertos a aparente descontinuidade é resolvida.
PULSÕES E SEUS COMPONENTES
Fonte: necessidade. Finalidade: redução/eliminação de tensão. Pressão: energia acumulada/gasta para satisfação. Objeto: coisa, ação ou expressão garantidores da satisfação.
LIBIDO
Energia das pulsões. Fixa-se em alguns objetos, mas pode deslocar-se para outros objetos. Pode ser também sublimada, dirigida a um objeto não sexual: arte, literatura, ciência, etc.
COMPLEXO DE ÉDIPO
Conjunto organizado de desejos amorosos e hostis que a criança sente pelos pais. Desejo da morte do rival (do mesmo sexo) e desejo por aquele do sexo oposto. Pode apresentar-se de forma invertida. Acentuado temor de castração. Apogeu vivenciado entre os 3 e 5 anos (fase fálica). Revivido na puberdade por ocasião da escolha de objeto. Considerado o eixo principal de referência da psicopatologia.
ID
Desorganizado, caótico. Centro e base da estrutura da personalidade original. Contém tudo o que é herdado. Reservatório de energia do indivíduo. Sede das pulsões que se originam no corpo e que se manifestarão na psique. Impulsos contrários existem lado a lado sem que um anule o outro.
EGO
Instância em contato com a realidade externa. Desenvolve-se a partir do ID na medida em que o bebê toma consciência de sua própria identidade. Tem a tarefa de garantir a segurança e a sanidade do sujeito. Responsável pela conexão entre a percepção sensorial e a ação muscular; comanda o movimento voluntário. Evita estímulos excessivos. Aprende a modificar o ambiente em seu próprio benefício. Controla as exigências pulsionais do ID, decidindo se deverão ou não ser satisfeitas, e em que momento. O EGO se pauta pela busca do prazer (descarga de tensão) e pela fuga do desprazer (acúmulo de tensão).
SUPEREGO
Se desenvolve a partir do EGO atuando como um censor sobre pensamentos e atividades deste. Depósito dos códigos morais e modelos de conduta e dos construtos inibidores da personalidade.
FUNÇÕES DO SUPEREGO:
Consciência – restringe, proíbe ou julga a atividade consciente. (O SUPEREGO também agirá de forma inconsciente, as restrições aparecendo indiretamente como proibições ou compulsões).
Auto-observação – capacidade para avaliar atividades de forma independente das pulsões do ID para tensão-redução e também independente das atuações do ego (igualmente envolvido com a satisfação de necessidades).
Formação de ideias – O SUPEREGO é formado não segundo o modelo dos pais, mas do SUPEREGO dos pais. Torna-se o veículo das tradições, julgamentos e valores que se transmitem de geração a geração.
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