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Introdução à Economia -
Este
estudo é baseado nos capítulos 1, 3, 4, 5, 6 e 7 do Livro Fundamentos de Economia, de Vasconcellos e Garcia. O objetivo
deste estudo sobre a Ciência Econômica é o de realizar uma avaliação dos
problemas econômicos que nos possibilite formular algumas soluções para
resolvê-los de uma forma que isso contribua para a melhoria da nossa qualidade
de vida de muitos de nós. Para darmos início nesses conceitos da economia, há
que se falar que a palavra economia deriva do grego oikosnomos (oikos = Casa, e nomos = Lei), que significa a administração de uma Casa, ou
do Estado, e pode ser assim definida:
Economia é a Ciência que
estuda como o indivíduo e a sociedade
decidem (escolhem) empregar recursos
produtivos escassos na produção de bens e serviços de modo a distribuí-los
entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades
humanas.
- Essa definição contém
vários conceitos importantes, que são a base e o objeto do estudo da Ciência
Econômica:
· ESCOLHA
· ESCASSEZ
· NECESSIDADES
· RECURSOS
· PRODUÇÃO
· DISTRIBUIÇÃO
É
bom que se diga que em qualquer sociedade, os recursos ou fatores de produção
são escassos; contudo, as necessidades humanas são ilimitadas, e sempre se
renovam. Isso obriga a sociedade a escolher entre alternativas de produção e de
distribuição dos resultados da atividade produtiva aos vários grupos da sociedade.
Um
sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e
econômica pela qual está organizada uma sociedade. É um particular sistema de
organização da produção, distribuição e consumo de todo os bens e serviços que
as pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e bem-estar. Os
seus Elementos Básicos (do Sistema
Econômico) são:
· Estoque
de Recursos Produtivos ou Fatores
de Produção: aqui se incluem Recursos Humanos (trabalho e capacidade
empresarial), o capital, as reservas naturais e a tecnologia.
· Complexo
de Recursos de Produção: constituído pelas empresas.
· Conjunto
de Instituições Políticas, Econômicas e Sociais:
que são à base da organização da Sociedade.
- Os sistemas econômicos
podem ser classificados em:
· Sistema
Capitalista, ou Economia
de Mercado, é aquele regido pelas forças de mercado, predominando a livre
iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção.
Pelo
menos até o início do século XX, prevalecia nas economias ocidentais o sistema de
concorrência pura, onde não havia a intervenção do Estado na
atividade econômica. Era a filosofia do Liberalismo.
Os
Sistemas de Economia Mista passaram a predominar principalmente a partir de
1930, onde ainda prevalecem as forças de mercado, mas com a atuação do Estado,
tanto na alocação e distribuição de recursos como na própria produção de bens e
serviços, nas áreas de infraestrutura, energia, saneamento e telecomunicações.
· Sistema Socialista, ou
Economia Centralizada, ou ainda economia planificada, é aquele em que as
questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de
planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores de produção,
chamados nessas economias de meio de produção, englobando os bens e capital,
terra, prédios, bancos, matérias-primas.
Os
Problemas Econômicos Fundamentais
Da
escassez dos recursos ou fatores de produção, associadas às necessidades
ilimitadas do homem, originam-se os chamados problemas econômicos fundamentais:
O que e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir?
· O
que e quanto produzir. Dada a escassez de produção, a sociedade
terá de escolher, dentro do leque de possibilidades de produção, quais produtos
serão produzidos e as respectivas quantidades a serem fabricadas.
· Como
produzir. A sociedade terá de escolher ainda quais recursos de
produção serão utilizados para a produção de bens e serviços, dado o nível
tecnológico existente. A concorrência entre os diferentes produtores acaba
decidindo como vão ser produzidos os bens e serviços. Os produtores escolherão,
dentre os métodos mais eficientes, aquele que tiver o menor custo de produção
possível.
· Para
quem produzir. A sociedade terá também de decidir como
seus membros participarão da distribuição dos resultados de sua produção. A
distribuição da renda dependerá não só da oferta e da demanda nos mercados de
serviços produtivos, ou seja, da determinação dos salários, das rendas da
terra, dos juros e dos benefícios do capital, mas, também, da repartição
inicial da propriedade e da maneira como ela se transmite por herança.
Em
economias de mercado, esses problemas são resolvidos predominantemente pelo
mecanismo de preços por meio de oferta e da demanda. Nas economias
centralizadas, essas questões são decididas por um órgão central de
planejamento, a partir de um levantamento dos recursos de produção disponíveis
e das necessidades do País. Ou seja, a maioria dos preços dos bens e serviços,
salários e quotas de produção e de recursos são calculados nos computadores
desse órgão, e não pela oferta e demanda no mercado.
Curva
de Possibilidades de Produção
Há que se relatar também
sobre a Curva (ou fronteira) de Possibilidades de Produção (CPP) é um conceito teórico com o qual se ilustra como a questão da
escassez impõe um limite à capacidade produtiva de uma sociedade, que terá de
fazer escolhas entre alternativas de produção. E, devido à escassez de
recursos, a produção total de um País tem um limite máximo, uma produção potencial ou produto de pleno emprego, onde todos os
recursos disponíveis estão empregados (todos os trabalhadores que querem
trabalhar estão empregados, não há capacidade ociosa etc.). Suponha-se que uma
economia que só produza máquinas (bens de capital) e alimentos (bens de
consumo) e que as alternativas de produção de ambos sejam as seguintes:
A
25
0
B 20 30
C
15 45
D
10 60
E
0 70
Podemos
perceber que na primeira alternativa (A)
todos os fatores de produção seriam alocados para a produção de máquinas; já na
última (E) seriam alocados somente
para a produção de alimentos; e nas alternativas intermediárias (B, C
e D) os fatores de produção seriam
distribuídos na produção de um e de outro bem.
A
Curva ABCDE indica todas as
possibilidades de produção de máquinas e de alimentos nessa economia
hipotética. Qualquer ponto sobre a curva significa que a economia estará
operando no pleno emprego, ou seja, a plena capacidade, utilizando todos os
fatores de produção disponíveis, e uma vez que os fatores de produção e a
tecnologia de que a economia dispõe sejam insuficientes para se obter essas
quantidades desses bens é um sinal que esse ponto ultrapassou a capacidade de
produção potencial ou de pleno emprego dessa economia.
Conceito
de Custo de Oportunidade
A
transferência dos fatores de produção de um bem A para produzir um bem B
implica um custo de oportunidade que é igual ao sacrifício de se deixar de
produzir parte do bem A para se
produzir mai do bem B. O custo de
oportunidade também é chamado de custo alternativo, por representar o custo da
produção alternativa sacrificada, ou custo implícito. Por exemplo, no diagrama
anterior, para aumentar a produção de alimentos de 30 para 45 toneladas (passar
do ponto B para o C), o custo de oportunidade em termos
de máquinas é igual a 5 mil, que é a quantidade sacrificada desse bem para se
produzir mais 15 toneladas de alimentos. É de se esperar que os custos de
oportunidades sejam crescentes, já
que quando aumentamos a produção de um bem, os fatores de produção transferidos
dos outros produtos se tornam cada vez menos aptos para a nova finalidade, ou
seja, a transferência vai ficando cada vez mais difícil e onerosa, e o grau de
sacrifício vai aumentando. Esse fato justifica o formato côncavo da curva de
possibilidades de produção: acréscimos iguais na produção dos alimentos
implicam decréscimos cada vez maiores na produção de máquinas.
Deslocamentos
da Curva de Possibilidades de Produção
O
deslocamento da CPP para a direita indica que o País está crescendo. Isso pode
ocorrer fundamentalmente tanto em função do aumento da quantidade de física de
fatores de produção quanto em função de melhor aproveitamento dos recursos já
existentes, o que pode ocorrer com o progresso tecnológico, maior eficiência
produtiva e organizacional das empresas e melhoria no grau de qualificação da
mão de obra. Desse modo, a expansão dos recursos de produção e os avanços
tecnológicos, que caracterizam o crescimento econômico, mudam a curva de
possibilidades de produção para cima e para a direita, permitindo que a
economia obtenha maiores quantidades de ambos os bens.
-
Funcionamento
de uma Economia de Mercados:
Fluxos
Reais e Monetários
Para
facilitar
o nosso entendimento sobre o funcionamento do sistema econômico, vamos
trabalhar com o pensamento de: uma economia de mercado que não tenha
interferência do Governo e que não tenha transações com o exterior (economia
fechada). Os agentes econômicos são as famílias (unidades familiares) e as
empresas (unidades produtoras). As famílias são proprietárias dos fatores de
produção e os fornecem às unidades de produção (empresas) através do mercado dos fatores de produção. As
empresas, através da combinação dos fatores de produção, produzem bens e
serviços e os fornecem às famílias do mercado de bens e serviços.
FLUXO REAL DA ECONOMIA
Demanda Oferta
Famílias Empresas
Mercado de fatores de produção
As
famílias e empresas exercem um duplo papel. No mercado de bens e serviços, as
famílias demandam bens e serviços, enquanto as empresas os oferecem; no mercado
de fatores de produção, as famílias oferecem os serviços dos fatores de
produção (que são de sua propriedade), enquanto as empresas os demandam. No
entanto, o fluxo real da economia só se torna possível com a presença da moeda,
que é utilizada para remunerar os fatores de produção e para o pagamento dos
bens e serviços. Desse modo, paralelamente ao Fluxo Real teremos o Fluxo
Monetário da Economia.
Fluxo
Monetário da Economia
à Pagamento dos bens e serviços à
Famílias
Empresas
ß Remuneração dos Fatores de Produção ß
Em
cada um dos mercados atuam conjuntamente as forças da oferta e da demanda,
determinando o preço. Assim, no mercado de bens e serviços formam-se os preços dos bens e serviços, enquanto no
mercado de fatores de produção são determinados os preços dos fatores de produção (salários, juros, aluguéis, lucros,
royalties, etc.).
Definição
de Bens de Capital, Bens de Consumo, Bens Intermediários e Fatores de Produção
Os bens de capital são
aqueles utilizados na fabricação de outros bens, mas que não se desgastam
totalmente no processo produtivo. É o caso, por exemplo, de máquinas,
equipamentos e instalações. São usualmente classificados no ativo fixo das
empresas, e uma de suas características é contribuir para a melhoria da
produtividade da mão de obra.
Os bens de consumo destinam-se
diretamente ao atendimento das necessidades humanas. De acordo com sua
durabilidade, podem ser classificados como duráveis (por exemplo, geladeiras,
fogões, automóveis) ou como não duráveis (alimentos, produtos de limpeza, etc.).
Os
bens intermediários são todos aqueles transformados ou agregados na produção de
outros bens e que não são consumidos totalmente no processo produtivo (insumos,
matérias primas e componentes). Diferenciam-se dos bens finais, que são
vendidos para o consumo ou a utilização final. Os bens de capital, como são “consumidos” no processo produtivo, são
também bens finais. Os fatores de produção, chamados recursos de produção da
economia, são construídos pelos recursos humanos (trabalho e capacidade
empresarial), terra, capital e tecnologia.
A
cada fator de produção corresponde uma remuneração, veja:
Fator de produção Tipo de remuneração
Trabalho Salário
Capital Juro
Terra Aluguel
Tecnologia Royalty
Capacidade Empresarial Lucro
Como
se pode observar, em Economia considera-se o lucro também como remuneração a um
fator de produção, representado pela capacidade empresarial ou gerencial dos
proprietários da empresa.
Argumentos
Positivos versus Argumentos Normativos
A
Economia é uma ciência social e utiliza fundamentalmente uma análise positiva,
que deverá explicar os fatos da realidade. Os argumentos positivos estão contidos na análise que não envolve
juízo de valor, estando esta estritamente limitada a argumentos descritivos, ou
medições científicas. Ela se refere a proposições básicas, tipo se A,
então B, por exemplo, se o preço da gasolina aumentar em relação a todos
os outros preços, então a quantidade que as pessoas irão comprar de gasolina
cairá. É uma análise do que é. Nesse
aspecto, a Economia se aproxima da Física e da Química, que são ciências
consideradas virtualmente isentas de juízo de valor. Em Economia, entretanto,
defrontamo-nos com um problema diferente. Ela trata do comportamento de
pessoas, e não de moléculas, como na Química. Frequentemente nossos valores
interferem na análise do fato econômico. Nesse sentido, definimos também argumentos normativos, que é uma análise
que contém,explicita ou implicitamente, um juízo de valor sobre alguma medida
econômica. Por exemplo, na afirmação “o preço da gasolina não deve subir”
expressamos uma opinião ou juízo de valor, ou seja, se é uma coisa boa ou má. É uma análise do que
deveria ser. Suponha, por exemplo, que desejemos uma melhoria na
distribuição de renda do País. É um julgamento de valor em que acreditamos. O
Administrador de política econômica (policymaker)
dispõe de algumas opções para alcançar esse objetivo (aumentar salários,
combater a inflação, criar empregos, etc.). A Economia Positiva ajudará a escolher o instrumento político
econômico mais adequado. Se a economia está próxima da plena capacidade de
produção, aumentos de salários, por encarecerem o custo da mão de obra, podem
levar a um aumento de desemprego, isto é, o contrário do desejado quanto à
melhoria na distribuição de renda. Esse é um argumento positivo, indicando que
aumentos salariais, nessas circunstâncias, não constituem a política mais
adequada. Dessa forma, a Economia
Positiva pode ser utilizada como base para a escolha da política mais
apropriada, de forma a atender os objetivos individuais ou os objetivos da
Nação.
A Inter relação da Economia
com outras áreas do conhecimento.
Embora
a Economia tenha seu núcleo de análise e seu objetivo bem definidos, elas tem
intercorrências com outras Ciências. Afinal, todas estudam uma mesma realidade,
e evidentemente há muitos pontos de contato. Tentaremos estabelecer relações
entre a Economia e outras áreas do conhecimento. As inter-relações entre
Economia e Direito serão discutidas com mais profundidade futuramente. Iremos
agora ver as relações entre a Economia,
Física e Biologia. Sabemos que o início do estudo sistemático da Economia
coincidiu com os grandes avanços da técnica e das Ciências Físicas e Biológicas nos
séculos 18 e 19. A construção do núcleo científico inicial da Economia deu-se a
partir das chamadas concepções organicistas (biológicas) e mecanicistas (físicas).
Segundo o grupo organicista, a
Economia se comportaria como um Órgão vivo. Daí utilizou-se termos
como órgãos, funções, circulação e fluxos na Teoria Econômica. Segundo
o grupo mecanicista, as leis da Economia se comportariam como determinadas leis
da Física. Daí advém os termos como: estática, aceleração, velocidade, forças,
etc. Com o passar do tempo, predominou uma concepção Humanística, a qual coloca
em plano superior os móveis psicológicos da atividade humana. Afinal, a
Economia repousa sobre os atos humanos, e é por excelência uma ciência
social, pois objetiva a satisfação das necessidades humanas.
Agora,
veremos as relações entre a Economia,
Matemática e Estatística, apesar da Economia ser uma Ciência Social, ela
é limitada pelo meio físico, dado que os recursos são escassos, e se ocupa de
quantidades físicas e das relações entre essas quantidades, como a que se
estabelece entre a produção de bens e serviços e os fatores de produção
utilizados no processo produtivo. Daí surge a necessidade da utilização da
Matemática e da Estatística como ferramentas para estabelecer relações entre
variáveis econômicas. A Matemática nos permite escrever de forma resumida
importantes conceitos e relações de Economia, e permite análises econômicas sob
a forma de modelos analíticos, com
poucas variáveis estratégicas, que resumem os aspectos essenciais da questão em
estudo (Os modelos também podem ter
formulação verbal, como os exemplos históricos para fundamentar a análise
econômica).
O
consumo nacional está diretamente relacionado com a renda nacional
Essa relação pode ser
representada da seguinte forma:
C = f(RN) e ∆C > 0
∆RN
A
primeira expressão diz que o consumo (C)
é uma função (f) da renda nacional (RN). A segunda informa que, dada uma
variação na renda nacional (∆RN),
termos uma variação diretamente proporcional (na mesma direção) do consumo agregado (∆C).
Como as relações econômicas
não são exatas, mas probabilísticas, recorre-se à Estatística, como por
exemplo:
C
= 2πr
· A
partir desse momento, veremos como a Economia se inter relaciona com as outras
áreas.
Aqui
se pode perceber (C = 2πr), (onde C – comprimento da circunferência, π = letra grega PI e r = radianos) é uma relação matemática
exata qualquer que seja o comprimento da circunferência. Em Economia tratamos
de Leis probabilísticas. Por exemplo, na relação vista anteriormente (C = f
(RN)), conhecendo o valor da renda nacional num dado ano, não obtemos o valor
exato do consumo, mas sim uma estimativa aproximada, já que o consumo não
depende só da renda nacional, mas de outros fatores (condições de crédito, juros, patrimônio, etc.). Se a Economia
tivesse relações matemáticas, tudo seria previsível. Mas não existem no mundo
econômico regularidades como “C = 2πr”,
equivalência entre massa e energia, Leis de Newton, etc. Na Economia, o átomo
aprende: pensa, reage, projeta, finge, imagine como seria a Física e a Química
se o átomo aprendesse: aquelas belas regularidades desapareceriam. Os átomos
pensantes logo se agrupariam em classes para defender seus interesses: teríamos
uma “Física dos átomos proletários”,
“Física dos átomos burgueses”, etc.
Mas a Economia apresenta muitas regularidades, sendo que algumas relações são
invioláveis.
Por
exemplo:
· O
consumo nacional depende diretamente da renda nacional.
· A
quantidade demandada de um bem tem uma relação inversamente proporcional com
seu preço, tudo o mais constante.
· As
exportações e as importações dependem da taxa de câmbio.
A
área da Economia que está voltada para a quantificação dos modelos é a
Econometria, que combina Teoria Econômica, Matemática
e Estatística. Lembre-se, porém, de
que a Matemática e a Estatística são instrumentos, ferramentas de análise
necessárias para testar as proposições teóricas com os dados da realidade.
Permitem colocar à prova as hipóteses da Teoria Econômica, mas são meios, e não
fins em si mesmos. A questão da técnica deve nos auxiliar, mas não predominar
quando tratamos de fatos econômicos, pois estes sempre envolvem decisões que
afetam relações humanas.
A Política e a Economia são áreas
interligadas (MUITO),
tornando-se difícil estabelecer uma relação de causalidade (causa e efeito)
entre as duas. Sabemos que a Política fixa as instituições sobre as quais se
desenvolverão as atividades econômicas e neste sentido, a atividade econômica
se subordina à estrutura e ao regime político do País (se é um regime
Democrático ou autoritário). Porém, podemos perceber que por diversas ocasiões
a estrutura política se encontrava subordinada ao poder econômico, vejamos
alguns exemplos:
- Política do “café com
leite”, antes de 1930, naquele tempo Minas Gerais e São Paulo cominavam o
cenário político do País.
- Poder econômico dos
latifundiários
- Poder dos oligopólios* e
monopólios (*oligopólio, forma de
mercado em que um número muito reduzido de empresas tem o monopólio da oferta
de algum produto).
- Poder das corporações
estatais.
Também é verdade que a
pesquisa histórica é extremamente útil e necessária para a Economia, pois ela
facilita a compreensão do presente e ajuda nas previsões para o futuro com base
nos fatos do passado. As guerras e revoluções, por exemplo, alteraram o
comportamento e a evolução da Economia. Mas também os fatos econômicos afetaram
o desenrolar da História. Alguns
importantes períodos históricos são associados a fatores econômicos, como os
ciclos do ouro e da cana de açúcar na história do Brasil, e a Revolução
Industrial, a quebra da Bolsa de Nova York em 1929 e a crise do petróleo, etc.,
que revoluções têm por detrás motivações econômicas.
A Geografia não é somente um simples registro de acidentes geográficos
e climáticos, ela nos facilita avaliar fatores muito úteis à análise econômica,
como as condições geoeconômicas dos mercados, a concentração espacial dos
fatores produtivos, a localização de empresas e a composição setorial da
atividade econômica, inclusive, existem algumas áreas do estudo econômico que
estão relacionadas diretamente com a Geografia, como a Economia Regional, a
Economia Urbana, as Teorias de Localização Industrial e a Demografia Econômica.
Desde
a pré-economia, antes da Revolução Industrial do século 18, que corresponde ao
período da Idade Média, a atividade econômica era vista como parta integrante
da Filosofia, Moral e Ética. A
economia era orientada por princípios morais e de justiça, ainda não existia
nenhum estudo sistemático das Leis Econômicas, predominando princípios como a
LEI da Usura, o conceito de preço justo (discutidos, entre os filósofos, por
São Tomás de Aquino) etc. E ainda hoje, as encíclicas* papais refletem a
aplicação da filosofia moral às relações econômicas entre homens e nações. (*encíclica, documento pontifício
dirigido aos membros da igreja católica sobre matéria doutrinária).
Agora chegamos à divisão do
estudo econômico, sabemos que a análise econômica, para fins metodológicos e
didáticos, é normalmente dividida em quatro áreas, são elas:
- Microeconomia ou Teoria de
Formação de Preços, essa área estuda a formação de preços
em mercados específicos, ou seja, como consumidores e empresas interagem no
mercado e como dividem os preços e a quantidade para satisfazer a ambos
simultaneamente.
- Macroeconomia é a que estuda a
determinação e o comportamento dos grandes agregados nacionais, como interno
bruto (PIB), investimento agregado,
a poupança agregada, o nível geral de preços, entre outros, e o seu enfoque é basicamente
de curto prazo (ou conjuntural*) (*conjuntura, oportunidade, momento, ocasião;
naquela conjuntura o melhor era ir embora).
- Economia Internacional,
estuda as relações econômicas entre os residentes e não residentes do País, as
quais envolvem transações com bens e serviços e transações financeiras.
- Desenvolvimento
Econômico é a área que se preocupa com a melhoria do padrão de
vida da coletividade ao longo do tempo. O enfoque é também macroeconômico, mas
centrado em questões estruturais e de longo prazo (progresso tecnológico,
estratégias de crescimento etc).
Introdução à Microeconomia
A
Microeconomia, ou a Teoria dos Preços, analisa a formação de preços no mercado,
ou seja, como as empresas e os consumidores interagem e decidem qual o preço e
a quantidade de um determinado bem ou serviço em mercados específicos. Isso
quer dizer: enquanto a Macroeconomia enfoca o comportamento da Economia como um
todo, considerando todas as variáveis globais como o consumo agregado, a renda
nacional e os investimentos globais, as analises microeconômicas preocupam-se
com a formação de preços de bens e serviços (soja, automóveis) e de fatores de
produção (salários, aluguéis, lucros) em mercados específicos.
É
importante que não se confunda
a Teoria Microeconômica com a economia de empresas, pois são enfoques
distintos. A Microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da demanda na
formação do preço no mercado, isto é, o preço sendo obtido pela interação
do conjunto de consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um dado bem
ou serviço. Do ponto de vista da economia de empresas, onde se estuda uma
empresa específica, prevalece à visão contábil-financeira na formação do preço
de venda de seu produto, baseada principalmente nos custos de produção,
enquanto na Microeconomia prevalece a visão do mercado.
Sabendo-se
que os agentes da demanda – “Nós”, consumidores
– somos aqueles que se dirigem ao mercado com o intuito de adquirir um conjunto
de bens ou serviços que maximize a sua função de utilidade, e é bom sabermos
que o Direito utiliza a conceituação econômica para definir consumidor como:
pessoa natural ou jurídica que no mercado adquire bens ou contrata serviços como
destinatário final, visando atender a uma necessidade própria.
- Nota: o Código Brasileiro
de Defesa do Consumidor considera o consumidor como hipossuficiente, uma vez
que entre o fornecedor e o consumidor há um desequilíbrio que favorece o
primeiro.
-
Hipótese
“Coeteris paribus”
Para
analisarmos um mercado específico, a Microeconomia se vale da hipótese de que “tudo o mais permanece constante”. O
Foco do estudo é dirigido apenas àquele mercado, analisando-se o papel que a
oferta e a demanda nele exercem, supondo que outras variáveis interfiram muito
pouco, ou que não interfiram de maneira absoluta. Com essa hipótese se torna possível o estudo de um determinado mercado selecionando-se apenas as
variações que influenciam os agentes econômicos – consumidores e produtores –
nesse particular mercado, independente de outros fatores, que estão em outros
mercados. Sabemos, por exemplo, que a procura de uma mercadoria é normalmente
afetada pelo seu preço e pela renda dos consumidores; e para analisar o efeito
do preço sobre a procura, supomos que a renda permaneça constante (coeteris paribus); da mesma forma, para
avaliar a relação entre a procura e a renda dos consumidores, supomos que o
preço da mercadoria não varie.
Temos, assim, o efeito “PURO” ou “LÍQUIDO” de cada uma dessas variáveis
sobre a procura.
Vamos
relatar agora que na Análise Microeconômica são mais relevantes os preços relativos, mas o que é isso? Isso quer dizer: os preços de um bem em
relação aos demais. Exemplo: se o preço do guaraná cair em 10%, mas também
o preço da soda cair em 10%, nada deve acontecer com a demanda (procura) dos
dois bens (supondo as demais variáveis permaneçam constantes). Agora, tudo o
mais permanecendo constante, se cair apenas o preço do guaraná, permanecendo
inalterado o preço da soda, deve-se esperar um aumento na quantidade procurada
de guaraná, e uma queda na de soda. Embora não tenha ocorrido alteração no preço
absoluto da soda, o seu preço relativo aumentou,
“quando comparado” com o do guaraná.
Neste
momento dos fatos, é bom salientar que a Teoria Microeconômica não é um manual
de técnicas para a tomada de decisões do seu dia-a-dia, mesmo assim ela
representa uma ferramenta útil para estabelecer políticas e estratégias dentro
de um planejamento, tanto por empresas, quanto na política econômica.
Nas
empresas:
- Política de preços
- Previsões de demanda e de
faturamento
- Previsões e custos de
produção
- Avaliação e elaboração de
projetos
- Política de propaganda
- Localização da empresa
- Diferenciação de mercados
Na
política econômica:
- Efeitos de impostos
(mercados específicos)
- Política de subsídios
- Controle de preços
- Política salarial
- Política de tarifas públicas
(Luz, água, etc.)
- Política de preços públicos
(petróleo, aço, etc.)
Divisão do estudo
Microeconômico
-
Analise da Demanda
Esta
teoria (Teoria da Demanda ou Procura) divise-se em Teoria do Consumidor
(demanda individual) e Teoria da Demanda de Mercado.
-
Analise da Oferta
A
Teoria da Oferta de um bem ou serviço também se subdivide em oferta da firma
individual e oferta de mercado. Dentro dessa analise da oferta da firma são
abordadas a Teoria da Produção, que analisa as relações entre quantidades
físicas entre o produto e os fatores de produção, e a Teoria dos Custos de
Produção, que incorporam, além das quantidades físicas, os preços dos insumos.
-
Analise das estruturas de mercado
A
partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o preço e a
quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço. O preço e a quantidade,
entretanto, dependerão da particular forma ou estrutura desse mercado, isso
quer dizer: se ele é competitivo, com muitas empresas produzindo um único certo
produto, ou concentrado em poucas ou em uma só empresa.
Nesta
análise das estruturas de mercado se avalia os efeitos da oferta e da demanda,
tanto no mercado de bens e serviços quanto no mercado de fatores de produção.
As estruturas do mercado de
bens e serviços são:
a) Concorrência Perfeita
b) Concorrência Imperfeita ou
Monopolista
c) Monopólio
d) Oligopólio
As estruturas do Mercado de
Fatores de Produção são:
a) Concorrência Perfeita
b) Concorrência Imperfeita
Sabendo
que no mercado de fatores de produção, a procura de fatores produtivos é
chamada de demanda derivada, uma vez que a demanda por insumos (mão de obra,
capital) está condicionada, ou deriva, da procura pelo produto da empresa no
mercado de bens e serviços.
-
Teoria
do Equilíbrio Geral
Tanto
a Teoria do Equilíbrio Geral e do Bem-Estar como a Teoria do Consumidor são
fundamentalmente abstratas, e elas utilizam-se frequentemente de modelos
matemáticos de razoável grau de dificuldade, nós decidimos espontaneamente, que
não as discutiremos aqui, já que estes temas são normalmente abordados ao final
da disciplina de Teoria Microeconômica.
Equilíbrio de Mercado,
Oferta e Demanda
Não
é de hoje que os Fundamentos da Análise da Demanda ou Procura estão “concretados” no Conceito Subjetivo de
utilidade (utilidade = grau de
satisfação - que os consumidores atribuem aos bens e serviços que podem
adquirir no mercado)
A
Teoria do Valor-Utilidade vai contra a chamada Teoria do Valor-Trabalho,
desenvolvida pelos economistas clássicos, essa teoria do valor-utilidade
pressupõe que o valor de um bem se forma pela sua demanda, isto é, pela
satisfação que o bem representa para o consumidor. Isso a leva a ser subjetiva,
e considera que o valor nasce da relação do homem com os objetos (visão
utilitarista), onde vale a soberania do consumidor, que é o pilar do
capitalismo. Já a teoria do valor-trabalho considera que o valor de um bem se
forma do lado da oferta, através dos custos do trabalho incorporados ao bem.
Por esta visão o valor do bem surge da relação social entre os homens,
dependendo do tempo produtivo que eles incorporam ao bem. Sob este olhar, a
Teoria do Valor-Trabalho é objetiva (depende de custos).
- Utilidade Total e
Utilidade Marginal
Vamos
partir do ponto que a Utilidade Total
tende a aumentar quanto maior a quantidade consumida do bem ou do serviço, e na
Utilidade Marginal, é a satisfação
adicional (na margem) obtida pelo
consumo de mais uma unidade do bem, é decrescente, porque o consumidor vai
perdendo a capacidade de percepção da utilidade por ele proporcionada, chegando
à saturação.
Vamos
acompanhar o paradoxo da água e do diamante, para ilustrar a importância
do conceito de utilidade marginal. Por que a água, indispensável para a nossa vida, é tão barata, e o diamante, totalmente supérfluo, tem um preço
elevadíssimo? Neste momento vamos pensar: ocorre que a água tem grande
utilidade total, mas baixa utilidade marginal (é abundante), enquanto o
diamante, devido a sua escassez, tem grande utilidade marginal e total.
Demanda de Mercado
O Conceito – A
demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de um determinado bem ou
serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo.
Essa procura depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor. São
elas: o preço do bem ou serviço, o preço dos outros bens, a renda do consumidor
e o gosto ou a preferência do indivíduo. Para estudar as influencias dessas
variáveis utiliza-se a hipótese do “coeteris paribus”, ou seja,
consideram-se cada uma dessas variáveis afetando separadamente as decisões do
consumidor. - Sobre a Relação entre a
quantidade procurada e o preço do bem: Lei Geral da Demanda – Há uma
relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço do
bem, coeteris
paribus. É a chamada Lei Geral
da Demanda. Essa relação pode Sr observada a partir dos conceitos de
escala de procura, curva de procura ou função de demanda.
Perceba que na relação
abaixo, a relação quantidade/preço procurado pode ser representada por uma
escala de procura:
Preço
Quantidade demandada
1
12
3 8
6
4
8
3
10 2
Agora, matematicamente, a
relação entre a quantidade demandada e o preço de um bem ou serviços pode ser
expressa pela chamada função demanda ou equação da demanda:
Qd
= f(p)
Onde:
Qd
= Quantidade
procurada de um determinado bem ou serviço, num dado período de tempo.
P
=
preço do bem ou serviço.
Essa
expressão Qd = f(p) significa
que a quantidade demandada Qd
é uma função f do preço P, isto é, depende do Preço P.
Efeito
Substituição: Se um bem possuí um substituto, ou seja,
outro bem similar que satisfaça a mesma necessidade, quando o seu preço
aumentar, coeteris paribus, o
consumidor passará a adquirir o bem substituto, reduzindo assim a sua demanda.
Exemplo: Se o preço do isqueiro subir demasiadamente, os consumidores passarão
a demandar caixa de fósforos, reduzindo assim a sua demanda por isqueiros.
Efeito
Renda: Quando aumenta o preço de um bem, tudo o mais constante
(renda do consumidor e preços de outros bens constantes), o consumidor perde
poder aquisitivo, e a demanda por esse produto diminui. Assim, embora o seu
salário monetário não tenha sofrido nenhuma alteração, o seu salário “real”, em
termos de poder de compra, foi corroído.
A
procura de uma mercadoria não é influenciada apenas por seu preço. Existe uma
série de outras variáveis que também afetam a procura. Para a maioria dos
produtos, a procura será também afetada pela renda dos consumidores, pelo preço
dos bens substituídos (ou concorrentes), pelo preço dos bens dos complementares
e pelas preferências ou hábitos dos consumidores. Isso também pode ser visto
desta maneira: Se a renda dos consumidores aumentarem e a demanda do produto
também aumentar, teremos um bem normal. Porém, existe uma classe de bens que
são chamados Bens Inferiores, cuja demanda
varia em sentido inverso às variações de renda; exemplo: se o
consumidor ficar com mais Capital no bolso, ele automaticamente diminuirá o
consumo de carne de segunda e aumentará o consumo de carne de primeira.
A
demanda de um bem ou serviço também pode ser influenciada pelos preços de
outros bens e serviços. Quando há uma relação direta entre o preço de um bem e a
quantidade de outro, eles são chamados de bens substitutos ou concorrentes. Por
exemplo: quando aumenta o preço da carne vermelha deve elevar a demanda de
peixe, e tudo o mais constante. Quando há uma relação inversa entre o preço de
um bem e a demanda de outro, eles são chamados de bens complementares
(quantidade de automóveis e o preço da gasolina, quantidade de camisas sociais
e preço das gravatas, e muitos outros). E finalmente, a demanda também sofre a
influencia dos hábitos e preferências dos consumidores. Os gastos em
publicidade e propaganda tem o interesse justamente de aumentar a procura por
esse ou aquele bem ou serviço, influenciando as suas preferências e hábitos
caro leitor.
Oferta
de Mercado
Podemos conceituar oferta
como as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em
determinado período de tempo. Da mesma maneira que a demanda, a oferta depende
de vários fatores, entre eles estão: o seu próprio preço, dos demais preços, do
preço de fatores de produção, das preferências do empresário e da tecnologia.
Diferente da função demanda, a função oferta mostra uma correlação direta entre
quantidade ofertada e nível de preços, coeteris paribus. É a chamada Lei Geral da Oferta.
Equilíbrio
de Mercado
A interação das curvas de
demanda e de oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou
serviço de um dado mercado. Se a quantidade ofertada se encontrar abaixo
daquela de equilíbrio, teremos uma situação de escassez do produto. Haverá uma
competição entre os consumidores, pois as quantidades procuradas serão maiores
que as ofertadas. Irão se formar filas, o que forçará a elevação dos preços,
até atingir o equilíbrio o que fará com que as filas acabem. E se a quantidade
ofertada se encontrar acima do ponto de equilíbrio, haverá um excesso de
produção, um acúmulo de estoques não programado do produto, o que provocará uma
competição entre os produtores, levando a uma redução dos preços, até que se
atinja o ponto de equilíbrio.
- Como observamos, quando há
competição tanto de consumidores quanto de ofertantes, há uma tendência natural
no mercado para se chegar a uma situação de equilíbrio estacionário – sem filas
e sem estoques imensos.
Dessa
maneira, se não houver obstáculos para a livre movimentação dos preços, ou
seja, se o sistema é de concorrência pura ou perfeita, será observada essa
tendência natural de o preço e a quantidade atingirem um determinado nível
desejado tanto pelos consumidores quanto pelos ofertantes. E para que isso
ocorra é necessário que não exista interferência nem do Governo nem de forças
oligopólicas, que normalmente impedem quedas de preços dos bens e serviços.
As interferências do Governo
no equilíbrio de Mercado
Todos
nós sabemos que o Governo intervém na formação de preços de mercado, em nível
microeconômico, quando fixa impostos e subsídios, estabelece os critérios de
reajuste do salário mínimo, fixa preços mínimos para produtos agrícolas,
decreta tabelamentos ou, ainda, congelamento de preços e salários. É
interessante observar o enfoque microeconômico da tributação, que ressalta a
questão da incidência do tributo, ou seja, é sabido que quem recolhe a
totalidade do tributo é a empresa, mas isso não quer dizer que é ela quem
efetivamente o paga.
Conceito de Elasticidade
Cada
produto tem a sua própria sensibilidade com relação às variações dos preços e
da renda, e essa sensibilidade ou reação pode ser medida através do conceito de
elasticidade, e há que se dizer que a elasticidade reflete o grau de reação de
uma variável quando ocorrem alterações em outra variável, coeteris paribus. E trata-se de um conceito econômico que pode ser
objeto de cálculo a partir de dados do mundo real, permitindo-se, desse modo, o
conforto das proposições da Teoria Econômica com os dados da realidade. O Conceito da Elasticidade representa uma
informação bastante útil tanto para as empresas quanto para a administração
pública. Nas empresas a previsão de vendas é de extrema importância, pois
permite fazer uma estimativa da reação dos consumidores em face de alterações
de preços da empresa, dos concorrentes e em seus salários.
-
Elasticidade-preço
da Oferta
È
utilizado aqui o mesmo raciocínio da demanda, observando, no entanto, que o
resultado da elasticidade será positivo, pois a correlação entre o preço e
quantidade ofertada é direta. Quanto maior o preço, maior a quantidade que o
empresário estará disposto a ofertar, coeteris
paribus.
Epo = variação percentual da quantidade
ofertada
variação
percentual do preço do bem
-
Teoria
da Produção –
Esta
Teoria da produção e a Teoria dos Custos de Produção constituem a chamada
Teoria da Oferta da Firma Individual, sabendo que os princípios da Teoria da
Produção e da Teoria dos Custos de produção são peças fundamentais para a
análise dos preços e do emprego dos fatores, assim como de sua alocação entre
os diversos usos alternativos na economia. Isso quer dizer: a Teoria da
Produção e a Teoria dos Custos de Produção desempenham dois papéis extremamente
importantes:
a)
Servem de base para a análise das relações
existentes entre produção e custos de produção: numa economia moderna, cuja
tecnologia e processos produtivos evoluem diariamente, o relacionamento entre a
produção e os custos de produção é muito importante na análise da teoria da
Formação dos Preços.
b)
Eles também servem de apoio para a análise da
teoria da firma com relação aos fatores de produção que utiliza: para
produzirem bens, as empresas dependem da disponibilidade de fatores de
produção.
A Teoria da Produção
propriamente dita se preocupa com a relação técnica ou tecnológica entre a
quantidade física de produtos (outputs)
e de fatores de produção (imputs),
enquanto a Teoria dos Custos de Produção relaciona a quantidade física de
produtos com os preços dos fatores de produção. Ou seja, a Teoria da Produção trata apenas de relações físicas, enquanto a Teoria dos Custos de Produção envolve
também os preços dos insumos.
Fonte e Sítios Consultados
Bibliografia
VASCONCELLOS, Marco Antonio S. e GARCIA Manuel E. Fundamentos de Economia. São Paulo, Saraiva, 2002
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