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Administração no Blog

Conteúdos de Administração e assuntos atuais.

24 de maio de 2010

Empregado ou empresário?


   A figura do empreendedor já não é mais a mesma: criar uma empresa já não é mais visto como “a única opção”.



   O termo empreendedorismo possui uma série de significados. Geralmente só é empregado para designar o ato de iniciar e conduzir um negócio próprio. Mas deveria ser aplicado também para as atitudes de pessoas que promovem mudanças significativas em contextos específicos do negócio.





   Hoje existem designações sobre empreendedorismo para donas de casa, crianças e empregados, e esses termos têm em comum algumas características como inovação, receptividade a riscos, geração de valor, liderança, autonomia, persistência, pró-atividade, iniciativa, entre outros. Ao restringir o tema para a criação de novos negócios, podemos entender que empreender é um grande desafio, mas também é uma excelente perspectiva de futuro, diante do mundo de oportunidades que se abrem todos os dias e são acessíveis a qualquer um que se disponha a enfrentá-las.



   Todos os dias presenciamos como novos negócios que se proliferam por todo o País. Pesquisa realizada pela empresa de pesquisas Global Entrepreneurship Monitor com 43 países mostra o Brasil na 13ª colocação entre os países mais empreendedores do mundo, com a taxa de 12,02%, ou seja, de cada 100 brasileiros, 12 realizam alguma atividade empreendedora.



   Por outro lado, todos os dias têm empresas fechando as portas. Essa é a dura realidade. Para cada 100 novas empresas abertas, 27 não chegam a completar sequer o seu primeiro ano de vida, segundo estudo do SEBRAE-SP. Essa alta taxa de mortalidade se deve à má preparação dos tais “empreendedores”. A maioria até tem boas idéias, mas não sabe estruturá-las na forma de um plano de negócios abrangente, real e eficaz. Outros são bons geradores de idéias, mas péssimos administradores. Há ainda os que têm tudo para conduzir um bom negócio, mas carecem dos recursos financeiros para tal empreitada.



   As dificuldades de empreender



   Somente quem se “aventura” a iniciar um negócio próprio tem idéia das dificuldades que surgem no caminho. Problemas com empregados, conflitos com sócios, más decisões de investimento com base nas poucas informações ou informações não confiáveis, dilemas com fornecedores, falta de conhecimento do mercado que não atende suas expectativas, dificuldades financeiras e outros vários, na verdade os motivos são infindáveis.



   Já tive a oportunidade de conhecer alguns desses pequenos e médios empresários e ouvir seus testemunhos sobre esses e outros problemas. Posso assegurar que eles representam uma categoria de profissionais que podem ser considerados verdadeiros “heróis” por suas conquistas e determinação. Aliás, realização e persistência são duas das principais características que definem um verdadeiro empreendedor. Adiciona-se a isso a habilidade de estabelecer alianças, a capacidade de convencer as pessoas, a criatividade, a dedicação, a autoconfiança, o planejamento ideal e a visão do mercado.



Qual é seu perfil?



   E você, será que é um empreendedor e não sabe disso? Estaria você perdendo tempo como empregado quando poderia estar fazendo o que gosta e ainda ganhar dinheiro com isso? E se for? Estaria preparado para enfrentar as dificuldades mencionadas acima? Você estaria predisposto a enfrentar os riscos que o caminho empreendedor impõe e abrir mão da “segurança” de um emprego com carteira assinada?




   A decisão é fácil e tende a privilegiar o emprego quando você está bem empregado, mas se torna difícil quando você está desempregado e vai se tornando crítica à medida que vai se dando conta de sua efetiva empregabilidade com o passar do tempo na busca por uma recolocação. O medo de iniciar um negócio próprio vai aos poucos dando espaço ao medo de não ter uma atividade remunerada. Muitos negócios começam porque a pessoa simplesmente não tem opção e o negócio é iniciado com os poucos recursos que lhe sobram, sem muita convicção, visando sempre a uma atividade provisória até que surja uma oportunidade de voltar ao mercado de trabalho.



   Não é difícil imaginar o destino da maioria dos negócios que começam dessa forma. Eles são fechados ou vendidos, engrossando as estatísticas de mortalidade de empresas nascentes. O empreendedor por convicção encara o mundo com outros olhos. Para ele, o emprego formal é a situação provisória, um estágio de preparação e acúmulo de recursos para seu principal objetivo, empreender. Quando ele obtém as condições necessárias, se sente preparado e a oportunidade surge, o empreendedor abandona a segurança do seu emprego e parte para transformar o seu sonho na sua realidade.



Cai o mito do empreendedor



   A visão da atividade empreendedora mudou nos últimos anos. Aos poucos, a figura do empreendedor está sendo desmitificada. A carreira empreendedora já não é mais vista como a única opção para quem não gosta de estudar. Inúmeros exemplos demonstram a receptividade social do empreendedor no Brasil. Escolas de administração estão colocando o tema como matéria principal e obrigatória nos seus cursos. O mercado de capital de risco vem crescendo exponencialmente e as oportunidades nunca foram tão amplas e ricas. Governos e organizações reforçam a importância da atividade empreendedora no crescimento econômico.





   Por fim, a decisão de empreender envolve mais do que esses aspectos genéricos. Além do perfil pessoal e das competências de gestão, o futuro empreendedor deve contextualizar a situação a sua condição pessoal. Quer ele queira, quer não, a família é sócia nesse empreendimento. Ela será sacrificada em termos de dedicação do tempo do empreendedor e ganhos financeiros. Se a esposa ou marido não estiver comprometido com a aventura do empreendedor, toda a iniciativa pode fracassar - ou a família, se desintegrar.



   Estas são algumas vantagens e desvantagens de seguir a carreira empreendedora. As motivações, o perfil, as perspectivas, o histórico, a oportunidade, as competências e a identidade de cada um representam algumas das variáveis que, no conjunto, devem ser avaliadas nesta decisão. Uma coisa é certa, independentemente do caminho empreendedor ser bem sucedido ou não: a aventura vivenciada sempre será um dos mais valiosos aprendizados que alguém poderá adquirir nesta vida de negócios.



Veremos o que falta na maioria das vezes nas empresas de vida curta.

               

                             Plano de Negócios







Em pesquisa realizada pelo SEBRAE, verifica-se que os fatores de mortalidade das empresas nacionais indicam:



- Falta de planejamento

- Deficiência de Gestão




Assim, quando se fala em empreendedorismo, remete-se ao termo:



                Plano de Negócios ( Business Plan ).



   Sua principal utilização é prover uma ferramenta de gestão para o planejamento e desenvolvimento de qualquer empresa, em especial de um start-up.




         Estrutura de um Plano de Negócios



    - Capa
    - Sumário
    - Termo de confidencialidade
1  - Sumário executivo
2  - Descrição da Empresa
3  - Estrutura Legal
4  - Estrutura Organizacional
5  - Análise Mercado
6  - Produtos / Serviços
7  - Plano de Marketing
8  - Plano de Operação
9  - Plano Tecnológico
10 - Plano de Recursos Humanos
11 - Plano Financeiro
       Anexos


   Essa ferramenta de gestão pode e deve ser usada por qualquer empreendedor que busque analisar uma oportunidade numa base lógica e racional. Porém, apenas razão e raciocínio lógico não são suficientes para determinar o sucesso do negócio.


   Este documento que sintetiza e explora as potencialidades de um negócio, e os riscos inerentes a ele, também apresentará em seu desenvolvimento impressões que o empreendedor tenha do mercado de atuação do empreendedorismo.

   O Plano de negócios é um documento que não garante a lucratividade e o sucesso da empresa, todavia, se elaborado com informações de qualidade, contribui significamente para a melhor gestão do empreendedorismo. Uma tradição que deve ser rompida é achar que o Plano de Negócios deve ser elaborado uma única vez, e assim, esquecido. Este erro é comprometedor.



  A concorrência muda, o mercado muda, as pessoas mudam. O plano também.



   Plano de Negócios é uma ferramenta dinâmica, que deve ser atualizada constantemente, pois o ato de planejar é dinâmico e cíclico.



Afinal, o que é o Plano de Negócios?



   É um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa.



   Sua elaboração envolve um processo de aprendizagem, e ainda, permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios.

                    Com o Plano é possível:







- Entender e estabelecer diretrizes para o negócio,

- Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões corretas.

- Monitorar o dia a dia da empresa e tomar ações corretivas, quando necessário.

- Conseguir financiamento junto a bancos, governo, SEBRAE, investidores e etc.

- Identificar oportunidades e transformá-las em diferenciais competitivos.
- Estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer o público externo fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, etc)

- Testar a viabilidade de um conceito de negócio.
- Transmitir credibilidade

- Desenvolver a equipe de Gestão.

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