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É fácil encontrar no universo corporativo vários
nomes, conceitos e teorias incomuns daqueles utilizados no nosso dia a dia,
afinal, nesse ambiente competitivo é preciso perseguir a excelência e sempre
buscar por meios que possam aperfeiçoar os processos e possibilitar uma redução nos
custos, ampliar lucros e aumentar a satisfação dos clientes.
Seguindo neste contexto, vemos o planejamento
estratégico como uma obrigação, e para executá-lo com eficácia e de forma
contínua, os gestores podem utilizar uma metodologia conhecida como ciclo
PDCA - Mas o que é o ciclo PDCA? Como funciona e
para o que especificamente ele serve?
Conhecendo o Ciclo PDCA
O ciclo PDCA foi criado na década de 20 por Walter Andrew
Shewart, um físico norte-americano conhecido por ser pioneiro no
controle estatístico de qualidade – a intensão é facilitar a tomada de decisões
e o alcance de metas.
Porém, sabe-se que na década de 50 esse método foi
popularizado no mundo todo por outro americano, o professor William
Edwards Deming, conhecido como guru do gerenciamento de qualidade e
reconhecido por sua importância para a melhoria dos processos produtivos nos
EUA durante a segunda guerra e também por seu trabalho de consultoria com
executivos japoneses.
O ciclo
PDCA recebeu esse nome (inglês) juntando as etapas que o compõem:
· P:
do verbo “Plan”, ou planejar.
· D:
do verbo “Do”, fazer ou executar.
· C:
do verbo “Check”, checar, analisar ou verificar.
· A:
do verbo “Action”, agir de forma a corrigir eventuais erros ou falhas.
Essa metodologia PDCA pretende melhorar o nível de
gestão através do controle
eficiente de processos e atividades internas e externas –
isso quer dizer, com a padronização das informações e minimizando as chances de
erros na tomada de decisões importantes. Um fator importante é que uma vez
implantado, o ciclo PDCA deve tornar-se uma constante dentro
da empresa, um verdadeiro círculo virtuoso objetivando sempre a melhoria
contínua.
Breve explicação sobre cada um dos seus quatro
estágios:
Planejamento: Um
projeto bem elaborado é primordial para o ciclo PDCA, pois impede falhas
futuras e gera um enorme ganho de tempo. Paute o planejamento de acordo com a
missão, visão e os valores da empresa, estabelecendo metas e objetivos e
definindo o melhor caminho para atingi-los.
Execução: Após
fazer um planejamento cuidadoso, coloque-o em prática e à risca, ou seja,
procure não queimar etapas tampouco improvisar, para não comprometer todo o
ciclo PDCA. A fase da execução é subdividida em outras três etapas: treinamento
de todos os funcionários e gestores envolvidos no projeto, seguido da
realização propriamente dita e da “colheita” de dados para uma posterior
avaliação.
Checagem: É o
estágio do ciclo PDCA onde são identificadas possíveis brechas no projeto. As
metas alcançadas e resultados obtidos são mensurados através dos dados
coletados e do mapeamento de
processos ao final da execução. A checagem pode e deve ser
feita de duas maneiras: paralelamente à execução, de modo a ter certeza que o
trabalho está sendo bem feito, e ao final dela, para uma análise estatística
mais abrangente que permita os ajustes e acertos necessários.
Ação: A
“última” etapa, na qual são aplicadas ações corretivas de modo a estar sempre e
continuamente aperfeiçoando o projeto. É simultaneamente fim e começo, pois
após uma minuciosa apuração do que tenha causado erros anteriores, todo o ciclo
PDCA é refeito com novas diretrizes e parâmetros.
Utilizando o Ciclo PDCA:
Vamos
saber como é feito o processo do ciclo PDCA para
solucionar pequenos problemas no nosso cotidiano, sabendo que ele visa
solucionar qualquer problema de forma organizada e mais eficiente possível.
Quais são as soluções, como elas serão implantadas, quem supervisionará;
estas e outras muitas questões que serão respondidas ao longo da aplicação da
ferramenta.
Estudo de caso: ‘café in
the morning’.
Neste estudo em questão precisamos solucionar
o problema de como levar um bolo gelado para o
encontro das manhãs, por diversos fatores.
Vamos
utilizar o ciclo PDCA para solucionar algumas questões em
pauta, onde é preciso seguir alguns passos simples que exigem disciplina,
como todas as outras ferramentas da qualidade, está também visa uma maior
organização, ordenação, qualidade na solução, eficiência, entre outros ideais.
Antes, porém vamos relembrar as etapas do ciclo
PDCA:
· PLAN
- Planejar a execução do estudo de caso, utilizando técnicas como
o brainstorming para identificar os problemas em
questão e observar toda a sistêmica que origina o problema. Analisar as causas
principais do problema, todo o seu efeito contra a realização do estudo de caso
com sucesso e organizar as ideias para evitar tais obstáculos. Elaborar um
plano de ação, definir como agir e quando aplicá-lo. Sempre definir quais as
pessoas encarregadas na sua aplicação.
· DO
- Executar o plano de ação elaborado seguindo todas as etapas
disciplinadamente.
· CHECK
- Verificar a efetividade da ação. Acompanhar todo o procedimento
com relatórios e documentos gráficos para facilitar a instrução da equipe.
· ACTION
- Padronizar todas as etapas para que se tornem funções frequentes
e rotineiras no cotidiano da equipe. Concluir e revisar todas as ações,
seguindo a ideia de que sempre novas necessidades aparecem, o que pode
influenciar a adaptações no projeto.
Iniciamos: Estudo
de caso: ‘café in the morning’
Organizar
o brainstorming (PLAN) - é importante saber que neste
estudo de caso: ‘café in the morning’ existem
alguns problemas que dificultam aos seus integrantes de levarem bolo gelado ao
encontro – se utilizarmos um brainstorming, isso pode ajudar a
encontrar ideias necessárias e viáveis para a solução dessa questão. Em
um brainstorming ocorrem rotinas como em uma reunião, onde o
grupo terá uma descarga de ideias em debate, e cabe ao grupo avaliar a
necessidade da implantação da ideia e a viabilidade da mesma. O brainstorming é
uma prática rápida e dispensa formalidades. O intuito é que todos os envolvidos
citem ideias rápidas que parecem ser convenientes à solução do problema. A
citação das ideias e a avaliação das mesmas são etapas separadas, portanto, no
momento da citação as opiniões elas serão ilimitadas. Durante essa descarga
conseguimos focar o problema real, que terá de ser combatido, e suas soluções plausíveis
e viáveis. Neste estudo de caso concluiu-se que as diversidades que o grupo
enfrenta: como o tempo gasto para chegar ao encontro, o transporte utilizado e
o calor que se passará no dia do encontro. Algumas ideias foram delimitadas
como plausíveis e viáveis; como escolher pessoas que moram perto do local do
encontro, pois essas pessoas gastam menos tempo para chegar ao encontro;
escolher pessoas que utilizam meios de transporte mais favoráveis para a
locomoção do bolo gelado com cuidados maiores cuidados contra o calor; e usar
ingredientes que conservam mais o bolo.
Analisar
as causas principais (PLAN) - após encontrar o problema real
e as soluções a serem tomadas, é necessário analisar todas as causas principais
dos problemas e seus efeitos contra a resolução projeto. Toda essa etapa se faz
necessário para a tradução das soluções para as resoluções que a equipe
precisará realizar. Os problemas mais relevantes são as distâncias que cada
integrante do grupo mora em relação ao local de encontro. Este problema
causaria dificuldade na locomoção do bolo gelado e gastaria muito tempo para
chegar ao encontro, o que deixaria o bolo exposto a alta temperatura ambiente.
Sendo assim, uniremos o grupo e pesquisaremos as pessoas que moram mais perto e
que se dispõe a trazer o bolo com cuidados contra o calor. Foi pauta também a
seguinte tese, alguns ingredientes em bolos gelados suportariam mais o calor do
que outros. Exemplo: bolo com sorvete e chantili dificilmente aguentariam o
mínimo de tempo fora da geladeira, logo, melhor seria utilizar outros
ingredientes que apresentem melhor resistência à temperatura ambiente. Por
último, se faz necessário apenas estipular os cuidados devidos no momento da
locomoção do bolo gelado. Exemplo: separar uma bolsa térmica para manter uma
temperatura agradável ao bolo e outras técnicas de isolamento térmico.
Plano
de ação: o quê, como, quando e quem irá fazer? (PLAN) - com
o planejamento em mãos, é dada a hora de definir os responsáveis para executar
e acompanhar todo o procedimento do estudo de caso. É importante também definir
como será aplicada resolução e quem irá fazer. Toda a prática será definida em
um prazo de tempo. No grupo do trabalho, a Ana mora mais próxima do local de
encontro, por isso ela ficará encarregada de levar o bolo para o nosso ‘café in
the morning’. O bolo será feito em grupo e terá cuidado especial
na escolha dos ingredientes. Seguindo instruções, utilizaremos ingredientes que
fortaleçam mais o bolo, resistindo à adversidade térmica. Com o bolo pronto 2
dias de antecedência ao encontro, manteremos na geladeira e levaremos ao
encontro com o auxílio de isolamento térmico. O bolo ficará fora da geladeira
no máximo 10 minutos, durante a locomoção até o encontro e ele será mantido
dentro de um isopor.
Executar
o plano de ação (DO) - Toda a execução da resolução deverá ser
acompanhada para a conferência de sua eficácia. As etapas devem ser seguidas
com disciplina para que a conclusão tenha sucesso. Todas as etapas foram
demarcadas em um histórico e seguidas passo a passo com checagem constante. O
bolo foi programado para estar pronto 2 dias antes do encontro. Esse tempo foi
estipulado por prevenção, contra possíveis erros. Todas as etapas são
acompanhadas por checagem com histórico para garantir a resolução conforme
debatido.
Verificação
(CHECK) - Todas as verificações foram realizadas através de um
histórico montado pelas etapas que iremos realizar e por dados colhidos de
pessoas com mais experiência no ramo. Foram feitas perguntas para pessoas que
fazem bolos gelados, que nos informaram com relação ao tempo gasto,
ingredientes favoráveis com relação à resistência térmica, entre outras
informações relevantes. O acompanhamento é feito passo a passo, e geralmente
preenchido por reuniões curtas, semelhantes ao brainstorming realizado
no inicio do projeto. Dessa forma, se fosse necessário, poderíamos impor novas
mudanças e debateríamos como implantar. Como nesse ou em outros projetos,
percebemos como as soluções variam, assim como as necessidades. Pode acontecer
de um projeto onde o cliente inicia com uma exigência, que se altera no meio da
resolução. Com a checagem constante, nos permitimos ser mais flexíveis às novas
tomadas de decisão.
Padronização
(ACTION) - Após garantir a eficácia no projeto, toda a resolução será
padronizada para novos projetos seguintes. Serviria como um modelo para novas
requisições. Caso nossa metodologia tenha alcançado o sucesso, será exemplo
para novos encontros que necessitam de bolo gelado em que os integrantes do
encontro sofram do mesmo problema. Em nosso projeto ‘café in the
morning’ fica mais complicado enxergar tal explicação, mas
em empresas onde o ciclo PDCA foi utilizado para aperfeiçoar os processos
individuais que são realizados inúmeras vezes ao dia, é muito relevante
padronizar um modelo de exemplo para a resolução.
Revisão
(ACTION) - Finalmente padronizado, ainda faz-se necessário uma última
revisão para a conclusão do projeto. Fugindo do nosso projeto ‘cafe in
the morning’ e voltando ao processo de uma empresa que o
realiza inúmeras vezes ao dia, tal processo pode ter uma nova necessidade, um
novo problema pode surgir, então é necessário um novo brainstorming,
e readapta-lo às novas questões que surgiram. As revisões fazem parte do ciclo
já que constantemente acontece uma nova funcionalidade, um novo problema a ser
resolvido e outras tantas ocasiões que exigem nova formatação.
Fonte e Sítios Consultados
http://www.venki.com.br/blog/o-que-e-ciclo-pdca/
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