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15 de maio de 2020

Lockdown ao longo da história






A forma de isolamento, também conhecido como lockdown ou quarentena, não é nenhuma novidade no mundo e quanto a palavra quarentena, ela começou a ser usada na Itália do século XIV, durante a epidemia da peste bubônica no país, quando houve a suspeita de que havia uma pessoa infectada em um navio e a solução foi isolar a tripulação e os passageiros para fumigar a embarcação por 40 dias. Com essa medida, o barco não chegaria a terra firme até que não apresentasse mais risco para outras pessoas.

Essa mesma medida de prevenção também foi utilizada em 1884, por exemplo, durante a epidemia de cólera e quando em algumas regiões da Itália, como a Calábria, autoridades máximas instruíram a população a não entrar em estações de trem. Além disso, muito tempo antes, entre os anos de 1347 e 1348, cidades italianas criaram um sistema de saúde complexo contra a Peste Negra, que se tornou referência a outros países da Europa, envolvendo quarentenas, descontaminação de locais públicos, cordões sanitários (barreiras) e estações de isolamento.

Outro episódio aconteceu durante a Primeira Guerra Mundial com a Gripe Espanhola, em 1918, quando escolas, cinemas, teatros e outros pontos de encontro foram fechados na Itália, com a proibição de agrupamento de pessoas nas ruas, funerais e cerimônias religiosas, além de restaurantes funcionando com horários reduzidos. Algo muito semelhante ao momento no qual estamos vivendo.

A quarentena também fez história nos Estados Unidos no século XVIII, em 1793, logo depois de uma epidemia de febre amarela chegar à Filadélfia e matar cinco mil pessoas. Com o acontecimento, foi criada uma estação de quarentena de mais de 40 mil metros quadrados próxima ao lago Delaware. Quase 100 anos depois, com a epidemia voltando em 1878, o Congresso norte-americano criou a Lei Nacional de Quarentena (National Quarantine Act), envolvendo o governo federal com as leis dos estados. Com isso, em 1921, as estações de quarentena foram entregues ao governo de vez - algum tempo depois, no ano de 1967, o departamento de saúde dos Estados Unidos transferiu as responsabilidades de quarentena ao National Communicable Disease Center, hoje conhecido como Centers for Disease Control and Prevention, o CDC. Com um novo comando, estações de quarentenas começaram a aparecer em diversas às fronteiras aéreas e terrestres.

Lá nos anos 1970, foi preciso reduzir o número dessas estações de 55 para 8 pelo governo acreditar que doenças infecciosas eram "coisa do passado". Até que aconteceu a tragédia do 11 de setembro, em 2011, que criou um alerta ao governo sobre a possibilidade de bioterrorismo, aparecendo ainda, dois anos depois, o surto do SARS. Isso fez com que as estações de quarentena subissem a 20.

Também é fato que muitas pessoas sairão prejudicadas com o isolamento horizontal, sejam trabalhadores informais, empregados com CLT, comerciantes, micro e pequenos empresários, estudantes, entre outras atividades e profissões. Mas, neste momento, governos do mundo todo estão traçando estratégias para tentar controlar não só a propagação do vírus, como também discutir formas de fazer a economia continuar movimentando, com menos prejuízo possível e menos pessoas desempregadas.

Em 2020, é fato que o coronavírus se espalha com muita facilidade, como:
·        cumprimentos,
·        conversas próximas,
·        toques em objetos contaminados e ou
·         falta de higienização das mãos  e etc...


Então, é certo que quanto mais pessoas contraírem o novo coronavírus rapidamente mais gente doente coexistirá no mesmo intervalo de tempo, e com isso, os sistemas de saúde do mundo todo não terão suporte para abrigar todos os casos graves, nem será possível fazer exames em todos os pacientes que sentirem, ao menos, um dos sintomas. Pela COVID-19 se tratar de uma doença nova, nenhum local do mundo tem um tratamento 100% efetivo, pois não há medicação cientificamente comprovada como eficaz, muito menos uma vacina para a prevenção. Então, a maior arma existente no momento é a prevenção.







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