Todo administrador sabe que quando se consegue dar mais
agilidade aos processos isso acaba por melhorar a velocidade das conexões entre
as áreas internas e externas, como: fornecedores, clientes e parceiros – e é
importante que uma gerência intermediária tente unir todas essas pontas. Esse é um papel cada vez mais estratégico e para que isso possa
funcionar é preciso saber entender as imagens da organização que sempre estão
em movimento.
Para buscar entender as imagens* (*diversas formas de análise da organização) que se apresentam nas organizações é preciso estudar a obra do
autor Gareth Morgan (1996), Imagens da Organização, que mostra uma limitação da visão com relação à imagem
que temos da organização, para tanto, o autor utiliza-se de sete metáforas,
que são representadas por paradigmas imprescindíveis, com uma visão de mundo e
de ações pertencentes ao sistema social – ele ressalta que, visualizar a
organização por meio de metáforas, torna possível o entendimento das
organizações, contribuindo para o surgimento de novas ideias para a teoria das
organizações. Porém as metáforas podem auxiliar na compreensão parcial e
inexistente.
Segundo o autor, o conjunto dessas metáforas ajuda
a descobrir que existem situações importantes que até o momento presente não
são reconhecidas e integralizadas as organizações, porém Morgan (1996) informa
que o valor da metáfora não está no conteúdo, mas sim no processo capaz de
desenvolver situações eficientes para o entendimento da organização.
De acordo
com Morgan (1996), as principais metáforas veem as organizações como:
- máquinas
- organismos
- cérebros
- culturas
- sistemas políticos
- prisões psíquicas
- fluxo e transformação
- instrumentos de dominação
- cérebros
- culturas
- sistemas políticos
- prisões psíquicas
- fluxo e transformação
- instrumentos de dominação
A metáfora
de organizações como máquina, mostra que as empresas são planejadas e
organizadas como aparelho próprio para comunicar movimento ou aproveitar e por
em ação um agente natural, ou seja, como um instrumento ou utensílio. A
racionalidade absoluta é o conceito principal nesta metáfora para a conquista
dos objetivos almejados acerca da produtividade, eficiência e eficácia que são
valores fundamentais na metáfora da máquina.
No entanto, a metáfora
da organização como organismo, em que a empresa é vista como um organismo
vivo, diferente da máquina, as ações e inter-relações são valorizados no
ambiente de trabalho, entretanto, nesta metáfora existe uma abrangência maior
das teorias das organizações, ou seja, tem ligações fortes e diretas com as
teorias das organizações contemporâneas.
Já na metáfora
de organizações como cérebro, ela mostra que é possível divulgar e realizar
capacidades parecidas ao cérebro no aspecto geral da organização, abrangendo
inclusive teorias e trabalhos livres e flexíveis, fazendo parte do processo o
processamento de informações.
A metáfora
de organizações como cultura, exibe e faz menção aos aspectos simbólicos
acerca do modo de viver das organizações. Mostra o conjunto de hábitos,
costumes, linguagem, rituais, histórias e mitos que reflete na cultura da
empresa, e no modo da empresa ser reconhecida no mercado, que recebe influencia
devido à próxima metáfora intitulada: sistema
político, em que Morgan escreve que é extraordinário localizar organizações
possuidoras de apenas uma das categorias de regra política. Todavia o autor
lembra que não poderá se referir a política suja apenas, e sim, ter um olhar
crítico e questionador no que tange e se relaciona com as teorias convencionais
sobre as organizações acerca dos agentes envolvidos na organização.
Nesta metáfora, é demonstrada a normalidade das
pessoas fazerem parte de turma, ou grupos de afinidades baseados em
relacionamentos. Pessoas com desejos diferentes se unem por motivos de
conveniência, mas é fundamental fazer as coalizões. Contudo, as pessoas na
maioria das vezes, não são valorizadas pela sua competência técnica, e sim por
sua habilidade de respeitar e entender os outros, ser simpáticos e empáticos,
entretanto, é preciso saber lidar com conflitos e poder, procurando ter
conhecimento do que a organização pretende dos subalternos e estes dos seus
superiores.
De acordo com Morgan (1996), os interesses e
conflitos fazem parte da dinâmica das organizações acerca do incentivo da
competição e da colaboração, além disso, também colabora com a existência de
acordos. Deste modo, Morgan mostra que todos na organização fazem política,
sejam por meio de acordos, conflitos e outros métodos de relacionamentos. Essa
metáfora auxilia em conhecer e aceitar a realidade política das organizações e
conseguir mecanismos para a construção de novos procedimentos. Fornece
subsídios para entender a relação de interesses, conflitos e poder. Apaga o
mito da racionalidade organizacional baseada em interesses comuns voltada
apenas para uma pequena parcela da organização. Contudo o autor mostra que
existem também as limitações, como visualizar a política em tudo, mesmo quando
ela é inexistente, gerando desconfiança. Achar que algumas pessoas podem ter
mais poder do que outras.
Dizem que Morgan
inspirou-se nas obras de Aristóteles
para realizar essa metáfora, portanto, cita que a política oferece mecanismos
de organizar a sociedade por meio de formas e regras não autoritárias, não
obstante para ele, a política é o instrumento que consegue conciliar os desejos
e interesses individuais e coletivos, porém divergentes na busca de uma
harmonização através da negociação.
Os cárceres
psíquicos ou prisões psíquicas é a sexta metáfora em que Morgan evidencia
como parte negativa para os empregados, pois mede o cansaço advindo
da manipulação das mentes das pessoas que podem ser funcionários. Morgan
se baseou na obra de Platão, Mito da Caverna, em que é retratada a vida de uma
pessoa dentro da caverna, mas que tem contato apenas com o seu mundo por meio
de sombras e imagens, que se tornam realidade para o indivíduo que está nesse
ambiente. Apesar das partes negativas, essa metáfora mostra as perspectivas de
conhecer profundamente o que poderá existir por trás de algumas ações
praticadas nas organizações, inclusive a racionalização em excesso. Promove uma
grande ligação com a metáfora do sistema político, devido auxiliar no
reconhecimento do poder e dos conflitos. Auxilia nas inovações e mudanças
necessárias na organização, conhecendo o fluxo e transformações das atividades
realizadas.
*Quem quiser saber mais acesse o link abaixo:
Fonte e Sítios Consultados
http://www.unifai.edu.br
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