Este estudo baseia-se no primeiro
capítulo do Livro Fundamentos de Economia, de Vasconcellos e Garcia – o nosso
objetivo é realizar uma avaliação dos problemas econômicos que nos possibilite
formular algumas soluções para resolvê-los de forma que isso contribua para a
melhoria da nossa qualidade de vida. Para darmos inicio sobre
os conceitos da economia, há que se falar que a palavra economia deriva do
grego oikosnomos (oikos = Casa,
e nomos = Lei), que significa a administração de
uma Casa, ou do Estado, e pode ser assim definida:
Economia
é a Ciência que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem (escolhem)
empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços de modo a
distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de
satisfazer as necessidades humanas.
·
Escolha
·
Escassez
·
Necessidade
·
Recursos
·
Produção
·
Distribuição
Seria
interessante saber que independente da sociedade em questão - os recursos ou
fatores de produção são escassos; contudo, as necessidades humanas são
ilimitadas, e sempre se renovam. Isso obriga a sociedade a escolher alternativas
de produção e de distribuição dos resultados da atividade produtiva aos vários
grupos da sociedade.
Um
sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e
econômica pela qual está organizada uma sociedade. É um particular sistema de
organização da produção, distribuição e consumo de todo os bens e serviços que
as pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e bem-estar. Os
seus Elementos Básicos (do Sistema Econômico) são:
ü Estoque de Recursos Produtivos ou Fatores de Produção:
aqui se incluem Recursos Humanos (trabalho e capacidade empresarial), o
capital, as reservas naturais e a tecnologia.
ü Complexo de Recursos de Produção: constituído pelas
empresas.
ü Conjunto de Instituições Políticas, Econômicas e Sociais:
que são à base da organização da Sociedade.
Os sistemas econômicos
podem ser classificados em Sistema Capitalista, ou Economia de
Mercado - é aquele regido pelas forças de mercado, predominando a livre
iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção.
Pelo menos até o início do século XX passado, prevalecia nas economias ocidentais
o sistema de concorrência pura, onde não havia a intervenção do Estado na
atividade econômica. Era a filosofia do Liberalismo.
Os Sistemas de Economia Mista passaram a predominar
principalmente a partir de 1930, onde ainda prevalecem as forças de mercado,
mas com a atuação do Estado, tanto na alocação e distribuição de recursos como
na própria produção de bens e serviços, nas áreas de infraestrutura, energia,
saneamento e telecomunicações.
Sistema Socialista, ou Economia Centralizada, ou ainda economia planificada
- é aquele em que as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um
órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores
de produção, chamados nessas economias de meio de produção, englobando os bens
e capital, terra, prédios, bancos, matérias-primas.
Os Problemas Econômicos Fundamentais
Da escassez dos recursos ou fatores de
produção, associadas às necessidades ilimitadas do homem, originam-se os
chamados problemas econômicos fundamentais:
o O que e quanto produzir?
o Como produzir?
o Para quem produzir?
O que e quanto produzir - Dada à escassez de produção, a sociedade terá de
escolher, dentro do leque de possibilidades de produção, quais produtos serão
produzidos e as respectivas quantidades a serem fabricadas.
Como produzir - A sociedade terá de escolher ainda quais recursos
de produção serão utilizados para a produção de bens e serviços, dado o nível
tecnológico existente. A concorrência entre os diferentes produtores acaba
decidindo como vão ser produzidos os bens e serviços. Os produtores escolherão,
dentre os métodos mais eficientes, aquele que tiver o menor custo de produção
possível.
Para quem produzir - A sociedade terá também de decidir como seus
membros participarão da distribuição dos resultados de sua produção. A
distribuição da renda dependerá não só da oferta e da demanda nos mercados de
serviços produtivos, ou seja, da determinação dos salários, das rendas da
terra, dos juros e dos benefícios do capital, mas, também, da repartição
inicial da propriedade e da maneira como ela se transmite por herança.
Em economias de mercado, esses problemas
são resolvidos predominantemente pelo mecanismo de preços por meio de oferta e
da demanda. Nas economias centralizadas, essas questões são decididas por um
órgão central de planejamento, a partir de um levantamento dos recursos de
produção disponíveis e das necessidades do País. Ou seja, a maioria dos preços
dos bens e serviços, salários e quotas de produção e de recursos são calculados
nos computadores desse órgão, e não pela oferta e demanda no mercado.
Curva de Possibilidades de Produção
Há que se relatar também sobre a Curva (ou
fronteira) de Possibilidades de Produção (CPP) que é um
conceito teórico com o qual se ilustra como a questão da escassez impõe um
limite à capacidade produtiva de uma sociedade, que terá de fazer as suas
escolhas entre alternativas de produção. E, devido à escassez de recursos, a
produção total de um País tem um limite máximo, uma produção potencial ou produto
de pleno emprego, onde todos os recursos disponíveis estão empregados
(todos os trabalhadores que querem trabalhar estão empregados, não há
capacidade ociosa etc.). Suponha-se que uma economia que só produza máquinas
(bens de capital) e alimentos (bens de consumo) e que as alternativas de
produção de ambos sejam as seguintes:
Alternativas de
produção Máquinas
(milhares) Alimentos (toneladas)
A 25
0
B 20
30
C 15
45
D 10
60
E 0
70
Podemos perceber que na primeira
alternativa (A) todos os fatores de produção seriam alocados para a
produção de máquinas; já na última (E) seriam alocados somente para a
produção de alimentos; e nas alternativas intermediárias (B, C e D)
os fatores de produção seriam distribuídos na produção de um e de outro bem.
A Curva ABCDE indica
todas as possibilidades de produção de máquinas e de alimentos nessa economia
hipotética. Qualquer ponto sobre a curva significa que a economia estará
operando no pleno emprego, ou seja, a plena capacidade, utilizando todos os
fatores de produção disponíveis, e uma vez que os fatores de produção e a
tecnologia de que a economia dispõe sejam insuficientes para se obter essas
quantidades desses bens é um sinal que esse ponto ultrapassou a capacidade de
produção potencial ou de pleno emprego dessa economia.
Conceito de Custo de Oportunidade
A transferência dos fatores de produção
de um bem A para produzir um bem B implica um
custo de oportunidade que é igual ao sacrifício de se deixar de produzir parte
do bem A para se produzir mais do bem B. O custo
de oportunidade também é chamado de custo alternativo, por representar o custo
da produção alternativa sacrificada, ou custo implícito. Por exemplo, no
diagrama anterior, para aumentar a produção de alimentos de 30 para 45
toneladas (passar do ponto B para o C), o custo de
oportunidade em termos de máquinas é igual a 5 mil, que é a quantidade
sacrificada desse bem para se produzir mais 15 toneladas de alimentos. É de se
esperar que os custos de oportunidades sejam crescentes, já que
quando aumentamos a produção de um bem, os fatores de produção transferidos dos
outros produtos se tornam cada vez menos aptos para a nova finalidade, ou seja,
a transferência vai ficando cada vez mais difícil e onerosa, e o grau de
sacrifício vai aumentando. Esse fato justifica o formato côncavo da curva de
possibilidades de produção: acréscimos iguais na produção dos alimentos
implicam decréscimos cada vez maiores na produção de máquinas
Deslocamentos da Curva de Possibilidades de Produção
O deslocamento da CPP para a direita
indica que o País está crescendo. Isso pode ocorrer fundamentalmente tanto em
função do aumento da quantidade de física de fatores de produção quanto em
função de melhor aproveitamento dos recursos já existentes, o que pode ocorrer
com o progresso tecnológico, maior eficiência produtiva e organizacional das
empresas e melhoria no grau de qualificação da mão de obra. Desse modo, a
expansão dos recursos de produção e os avanços tecnológicos, que caracterizam o
crescimento econômico, mudam a curva de possibilidades de produção para cima e
para a direita, permitindo que a economia obtenha maiores quantidades de ambos
os bens.
Funcionamento de uma economia de mercados: Fluxos reais e monetários
Para que possamos entender o funcionamento
do sistema econômico, vãos supor uma economia de mercado que não tenha
interferência do Governo e não tenha transações com o exterior (economia
fechada). Os agentes econômicos são as famílias (unidades familiares) e as
empresas (unidades produtoras). As famílias são proprietárias dos fatores de
produção e os fornecem às unidades de produção (empresas) através do mercado
dos fatores de produção. As empresas, através da combinação dos fatores de
produção, produzem bens e serviços e os fornecem às famílias do mercado de bens
e serviços.
FLUXO REAL DA ECONOMIA
Mercado
de bens e serviços
Demanda
Oferta
Famílias Empresas
Oferta
Demanda
Mercado de fatores de produção
As famílias e empresas exercem um duplo
papel. No mercado de bens e serviços, as famílias demandam bens e serviços,
enquanto as empresas os oferecem; no mercado de fatores de produção, as
famílias oferecem os serviços dos fatores de produção (que são de sua
propriedade), enquanto as empresas os demandam. No entanto, o fluxo real da
economia só se torna possível com a presença da moeda, que é utilizada para
remunerar os fatores de produção e para o pagamento dos bens e serviços. Desse
modo, paralelamente ao Fluxo Real teremos o Fluxo Monetário da Economia.
Fluxo Monetário da Economia
Pagamento dos bens e serviços
Famílias Empresas
Em cada um dos mercados atuam
conjuntamente as forças da oferta e da demanda, determinando o preço. Assim, no
mercado de bens e serviços formam-se os preços dos bens e serviços,
enquanto no mercado de fatores de produção são determinados os preços
dos fatores de produção (salários, juros, aluguéis, lucros, royalties,
etc.).
Definição de Bens de Capital, Bens de Consumo, Bens
Intermediários e Fatores de Produção
Os bens
de capital são aqueles utilizados na
fabricação de outros bens, mas que não se desgastam totalmente no processo
produtivo. É o caso, por exemplo, de máquinas, equipamentos e instalações. São
usualmente classificados no ativo fixo das empresas, e uma de suas
características é contribuir para a melhoria da produtividade da mão de obra.
Os bens
de consumo destinam-se diretamente ao
atendimento das necessidades humanas. De acordo com sua durabilidade, podem ser
classificados como duráveis (por exemplo, geladeiras, fogões, automóveis) ou
como não duráveis (alimentos, produtos de limpeza, etc.).
Os bens
intermediários são todos aqueles transformados ou agregados na produção de
outros bens e que não são consumidos totalmente no processo produtivo (insumos,
matérias primas e componentes). Diferenciam-se dos bens finais, que são
vendidos para o consumo ou a utilização final. Os bens de capital, como são “consumidos” no
processo produtivo, são também bens finais. Os fatores de produção, chamados
recursos de produção da economia, são construídos pelos recursos humanos (trabalho
e capacidade empresarial), terra, capital e tecnologia.
A cada fator de produção corresponde uma
remuneração, veja:
Fator de
produção Tipo
de remuneração
Trabalho Salário
Capital Juro
Terra Aluguel
Tecnologia Royalty
Capacidade
Empresarial
Lucro
Como se
pode observar, em Economia considera-se o lucro também como remuneração a um
fator de produção, representado pela capacidade empresarial ou gerencial dos
proprietários da empresa.
Argumentos Positivos versus Argumentos Normativos
A
Economia é uma ciência social e utiliza fundamentalmente uma análise positiva,
que deverá explicar os fatos da realidade. Os argumentos positivos estão
contidos na análise que não envolve juízo de valor, estando esta estritamente
limitada a argumentos descritivos, ou medições científicas. Ela se
refere a proposições básicas, tipo se A, então B,
por exemplo, se o preço da gasolina aumentar em relação a todos os outros
preços, então a quantidade que as pessoas irão comprar de gasolina cairá. É uma
análise do que é. Nesse aspecto, a Economia se aproxima da
Física e da Química, que são ciências consideradas virtualmente isentas de
juízo de valor. Em Economia, entretanto, defrontamo-nos com um problema
diferente. Ela trata do comportamento de pessoas, e não de moléculas, como na
Química. Frequentemente nossos valores interferem na análise do fato econômico.
Nesse sentido, definimos também argumentos normativos, que é uma
análise que contém,explicita ou implicitamente, um juízo de valor sobre alguma
medida econômica. Por exemplo, na afirmação “o preço da gasolina não deve
subir” expressamos uma opinião ou juízo de valor, ou seja, se é uma coisa boa ou má.
É uma análise do que deveria ser. Suponha, por exemplo, que
desejemos uma melhoria na distribuição de renda do País. É um julgamento de
valor em que acreditamos. O Administrador de política econômica (policymaker)
dispõe de algumas opções para alcançar esse objetivo (aumentar salários,
combater a inflação, criar empregos, etc.). A Economia Positiva ajudará
a escolher o instrumento político econômico mais adequado. Se a economia está
próxima da plena capacidade de produção, aumentos de salários, por encarecerem
o custo da mão de obra, podem levar a um aumento de desemprego, isto é, o
contrário do desejado quanto à melhoria na distribuição de renda. Esse é um
argumento positivo, indicando que aumentos salariais, nessas circunstâncias,
não constituem a política mais adequada. Dessa forma, a Economia
Positiva pode ser utilizada como base para a escolha da política mais
apropriada, de forma a atender os objetivos individuais ou os objetivos da
Nação.
A Inter-relação da Economia com outras
áreas do conhecimento
Embora a
Economia tenha seu núcleo de análise e seu objetivo bem definidos, elas tem
intercorrências com outras Ciências. Afinal, todas estudam uma mesma realidade,
e evidentemente há muitos pontos de contato. Tentaremos estabelecer relações
entre a Economia e outras áreas do conhecimento. As inter-relações entre
Economia e Direito serão discutidas com mais profundidade futuramente. Iremos
agora ver as relações entre a Economia, Física e Biologia. Sabemos que o
início do estudo sistemático da Economia coincidiu com os grandes avanços da
técnica e das Ciências Físicas e Biológicas nos
séculos 18 e 19. A construção do núcleo científico inicial da Economia deu-se a
partir das chamadas concepções organicistas (biológicas) e mecanicistas
(físicas). Segundo o grupo organicista, a Economia se
comportaria como um Órgão vivo. Daí utilizou-se termos como
órgãos, funções, circulação e fluxos na Teoria Econômica.
Segundo o grupo mecanicista, as leis da Economia se comportariam como
determinadas leis da Física. Daí advém os termos como: estática, aceleração,
velocidade, forças, etc. Com o passar do tempo, predominou uma concepção
Humanística, a qual coloca em plano superior os móveis psicológicos da
atividade humana. Afinal, a Economia repousa sobre os atos humanos, e é por excelência
uma ciência social, pois objetiva a satisfação das
necessidades humanas.
Agora,
veremos as relações entre a Economia, Matemática e Estatística,
apesar da Economia ser uma Ciência Social, ela é
limitada pelo meio físico, dado que os recursos são escassos, e se ocupa de
quantidades físicas e das relações entre essas quantidades, como a que se
estabelece entre a produção de bens e serviços e os fatores de produção utilizados
no processo produtivo. Daí surge a necessidade da utilização da Matemática e da
Estatística como ferramentas para estabelecer relações entre variáveis
econômicas. A Matemática nos permite escrever de forma resumida importantes
conceitos e relações de Economia, e permite análises econômicas sob a forma de modelos
analíticos, com poucas variáveis estratégicas, que resumem os aspectos
essenciais da questão em estudo (Os modelos também podem ter formulação
verbal, como os exemplos históricos para fundamentar a análise econômica).
O consumo nacional está diretamente relacionado com a renda
nacional
Essa relação pode ser
representada da seguinte forma:
C = f(RN) e ∆C > 0
∆RN
A primeira expressão diz que o consumo (C) é
uma função (f) da renda nacional (RN). A segunda
informa que, dada uma variação na renda nacional (∆RN), termos uma
variação diretamente proporcional (na mesma direção) do consumo agregado
(∆C).
Como as
relações econômicas não são exatas, mas probabilísticas, recorre-se à
Estatística, como por exemplo:
C = 2πr
· A partir desse momento,
veremos como a Economia se inter-relaciona com as outras áreas.
Aqui se pode
perceber (C = 2πr), (onde C – comprimento da circunferência, π =
letra grega PI e r = radianos) é uma relação matemática exata qualquer que
seja o comprimento da circunferência. Em Economia tratamos de Leis
probabilísticas. Por exemplo, na relação vista anteriormente (C = f (RN)),
conhecendo o valor da renda nacional num dado ano, não obtemos o valor exato do
consumo, mas sim uma estimativa aproximada, já que o consumo não depende só da
renda nacional, mas de outros fatores (condições de crédito, juros,
patrimônio, etc.). Se a Economia tivesse relações matemáticas, tudo seria
previsível. Mas não existem no mundo econômico regularidades como “C = 2πr”,
equivalência entre massa e energia, Leis de Newton, etc. Na Economia, o átomo
aprende: pensa, reage, projeta, finge, imagine como seria a Física e a Química
se o átomo aprendesse: aquelas belas regularidades desapareceriam. Os átomos
pensantes logo se agrupariam em classes para defender seus interesses: teríamos
uma “Física dos átomos proletários”, “Física dos átomos burgueses”,
etc. Mas a Economia apresenta muitas regularidades, sendo que algumas relações
são invioláveis.
Por exemplo:
§ O consumo nacional depende diretamente da renda nacional.
§ A quantidade demandada de um bem tem uma relação inversamente
proporcional com seu preço, tudo o mais constante.
§ As exportações e as importações dependem da taxa de câmbio.
A área da
Economia que está voltada para a quantificação dos modelos é a Econometria, que
combina Teoria Econômica, Matemática e Estatística.
Lembre-se, porém, de que a Matemática e a Estatística são instrumentos,
ferramentas de análise necessárias para testar as proposições teóricas com os
dados da realidade. Permitem colocar à prova as hipóteses da Teoria Econômica,
mas são meios, e não fins em si mesmos. A questão da técnica deve
nos auxiliar, mas não predominar quando tratamos de fatos econômicos, pois
estes sempre envolvem decisões que afetam relações humanas.
A Política e
a Economia são áreas interligadas (MUITO),
tornando-se difícil estabelecer uma relação de causalidade (causa e efeito)
entre as duas. Sabemos que a Política fixa as instituições sobre as quais se
desenvolverão as atividades econômicas e neste sentido, a atividade econômica
se subordina à estrutura e ao regime político do País (se é um regime
Democrático ou autoritário). Porém, podemos perceber que por
diversas ocasiões a estrutura política se encontrava subordinada ao poder
econômico, vejamos alguns exemplos:
·
Política do “café com leite”, antes de
1930, naquele tempo Minas Gerais e São Paulo cominavam o cenário político do
País.
·
Poder econômico dos latifundiários.
·
Poder dos oligopólios* e monopólios (*oligopólio,
forma de mercado em que um número muito reduzido de empresas tem o monopólio da
oferta de algum produto).
·
Poder das corporações estatais.
Também é
verdade que a pesquisa histórica é extremamente útil e necessária para a
Economia, pois ela facilita a compreensão do presente e ajuda nas previsões
para o futuro com base nos fatos do passado. As guerras e revoluções, por
exemplo, alteraram o comportamento e a evolução da Economia. Mas também os
fatos econômicos afetaram o desenrolar da História. Alguns
importantes períodos históricos são associados a fatores econômicos, como os
ciclos do ouro e da cana de açúcar na história do Brasil, e a Revolução
Industrial, a quebra da Bolsa de Nova York em 1929 e a crise do petróleo, etc.,
que revoluções têm por detrás motivações econômicas.
A Geografia não
é somente um simples registro de acidentes geográficos e climáticos, ela nos
facilita avaliar fatores muito úteis à análise econômica, como as condições
geoeconômicas dos mercados, a concentração espacial dos fatores produtivos, a
localização de empresas e a composição setorial da atividade econômica,
inclusive, existem algumas áreas do estudo econômico que estão relacionadas
diretamente com a Geografia, como a Economia Regional, a Economia Urbana, as
Teorias de Localização Industrial e a Demografia Econômica.
Desde a
pré-economia, antes da Revolução Industrial do século 18, que corresponde ao período da Idade Média, a atividade
econômica era vista como parta integrante da Filosofia, Moral e Ética.
A economia era orientada por princípios morais e de justiça, ainda não existia
nenhum estudo sistemático das Leis Econômicas, predominando princípios como a
LEI da Usura, o conceito de preço justo (discutidos,
entre os filósofos, por São Tomás de Aquino) e etc. E ainda hoje, as encíclicas*
papais refletem a aplicação da filosofia moral às relações econômicas entre
homens e nações.
*encíclica: documento pontifício
dirigido aos membros da igreja católica sobre matéria doutrinária.
Agora
chegamos à divisão do estudo econômico, sabemos que a análise econômica, para
fins metodológicos e didáticos, é normalmente dividida em quatro áreas, são
elas:
·
Microeconomia ou Teoria de Formação de Preços é a área que estuda a formação de preços em mercados específicos, ou
seja, como consumidores e empresas interagem no mercado e como dividem os
preços e a quantidade para satisfazer a ambos simultaneamente.
·
Macroeconomia é a que estuda a determinação e o comportamento dos grandes agregados
nacionais, como interno bruto (PIB), investimento agregado, a poupança
agregada, o nível geral de preços, entre outros, e o seu enfoque é basicamente
de curto prazo (ou conjuntural*) (*conjuntura, oportunidade, momento,
ocasião; naquela conjuntura o melhor era ir embora).
· Economia Internacional estuda as relações econômicas entre os
residentes e não residentes do País, as quais envolvem transações com bens e
serviços e transações financeiras.
· Desenvolvimento Econômico é a área que se preocupa com a
melhoria do padrão de vida da coletividade ao longo do tempo. O enfoque é
também macroeconômico, mas centrado em questões estruturais e de longo prazo
(progresso tecnológico, estratégias de crescimento etc.).
Fonte e Sítios Consultados
Conteúdo de aula de Economia do 4º. Semestre
do Bacharelado em Administração
Bibliografia
VASCONCELLOS, Marco Antônio S. e GARCIA Manuel
E. Fundamentos de Economia. São Paulo, Saraiva, 2002
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