Kurt Lewin foi o psicólogo que contribuiu para a passagem
das relações Humanas para o próximo movimento das Ciências do Comportamento, quando orientou grande parte dos pesquisadores dedicados à Administração e à Psicologia Industrial de década de 1960 - com Gordon Allport, Lewin foi a maior influência para a introdução da Psicologia Gestalt nas universidades americanas.
Kurt Lewin, psicólogo alemão-americano, nascido em 1890 em
Mogilno; morreu em Newtonville, Massachusetts, Estados Unidos, em 1947. Formação: Universidade de Munique Ludwig-Maximilians, Universidade Humboldt de Berlim e Universidade de Friburgo.
Iniciou a sua carreira de pesquisador em 1921, quando Kurt
Lewin - consagrou ‘algo próximo’ a
oito dos vinte e cinco anos da sua vida universitária, de 1939 a 1946, à exploração psicológica dos fenômenos de
grupo. E estes oito anos constituem um marco decisivo na evolução da
psicologia social - de tal modo que, alguns anos após sua morte, a pesquisa em
psicologia social continuou inspirando-se, em grande parte, nas teorias e
descobertas de Kurt Lewin.
Conhecido pela sua modéstia
intelectual e bom senso - ele demonstrou grande capacidade de experimentação e de realismo
científico de experimentação, o que acabou conduzindo a psicologia social a um plano mais
realista. O estudo de pequenos grupos constituía para Lewin uma opção
estratégica que permitiria eventualmente, em um futuro imprevisível, esclarecer
e tornar inteligível a psicologia dos macro fenômenos de grupo. Foi neste
sentido que Kurt Lewin, pelo impulso e nova orientação que transformou a
psicologia social numa ciência experimental; autônoma.
Sua Trajetória:
Sua Trajetória:
·
09/09/1890 - Nasce Kurt Lewin na Prússia.
·
1914 - doutora-se em filosofia
Universidade de Berlim.
· 1926 - Primeira Obra A investigação em
psicologia sobre comportamento e emoção e tornou-se professor titular de
Psicologia da Universidade de Berlim.
· 1933 - Estatuto acadêmico tomado por
poder nazista, fugiu da Alemanha e passou pela Inglaterra e vai para EUA
convidado para ensinar na Universidade de Stanford (Califórnia).
· 1934 - Professor de Psicologia na
Universidade de Cornell –Nova York Cátedra de psicologia de da criança na
Universidade de Iowa direção de um Centro de Pesquisa ligado ao departamento de
Psicologia "Child welfare research center" Publicação de dois trabalhos
Ä dynamic theory of personality" e "Principles of topological
psycology".
· 1939 - Volta a Universidade de Stanford e
faz orientação das pesquisas alteram-se para psicologias dos grupos que seja
dinâmica e guestaltica.
·
1940 - Torna-se professor na Universidade
de Harvard.
· 1945 - Funda a pedido do MIT um centro de
pesquisas em dinâmica de grupo, que se torna o mais célebre nos EUA.
·
1947 (12 de fevereiro) – aos 56 anos morre Kurt Lewin.
Suas
contribuições:
§ Criação da Teoria de Campo;
§ Criação da Pesquisa Ação;
§ Considerado o fundador de Dinâmica de
Grupo;
A partir dele houve uma gradativa
diversificação das ciências sociais,
vejamos três ciências sociais:
vejamos três ciências sociais:
·
Sociologia,
·
Antropologia
cultural e
· Psicologia
social. Estabelecimento da distinção entre sócio grupo (grupo de tarefa)
e o ‘psico grupo’ (grupo estruturado, polarizado e
orientado em função dos próprios membros que constituem o grupo – grupo de
formação).
Kurt Lewin é citado como o "pai" da pesquisa ação. Ele tinha muito interesse na
relação da justiça social e a investigação rigorosa. (especialmente após perder sua família na Alemanha). Inicialmente ele
queria criar uma mudança social positiva.
Ele lutava contra o racismo, estudava a democracia e a
troca dos hábitos alimentares na guerra e desejava investigar algo que fosse
relevante para a realidade e imediatamente aplicável e útil – sabe-se que ele estava
interessado nas forças (valências como
chamava): o que instiga ou desanima alguém a ir para ação ou a ter
determinado comportamento.
Também tinha interesse nas formas como representamos
graficamente a realidade - como percebemos o que esta acontecendo ao redor de
nós e dentro de nós, ele queria desenvolver modelos úteis de investigação –
modelos úteis para fazer e responder perguntas.
Baseado em seus interesses e trabalho de investigações
prévias, conduziu com seus estudantes (1946) o desenvolvimento de uma
metodologia de investigação chamada pesquisa-ação. A pesquisa-ação tem enfoque
na informação, interação, colaboração. Constitui-se de múltiplos passos para
investigação e solução de problemas. É uma forma de comprovar as ideias na
prática como meio de melhorar e incrementar o conhecimento acerca de um tema.
Consiste em quatro passos: Planejamento, Ação, Observação e Reflexão. É um
processo colaborativo no qual os membros os membros de uma equipe de
pesquisa-ação trabalham juntos para solucionar um problema refletindo
criticamente sobre suas ações e suposições. Recompilam a informação acerca de
seus comportamentos, ações, resultados e julgamentos.
Os participantes são ao mesmo tempo sujeitos e objeto da
experiência. Seus experimentos demonstraram que as atitudes de liderança têm
correlação direta com a moral e produtividade dos funcionários. Essas descobertas
foram, no entanto, mais populares entre os funcionários que os empregadores.
Considerado o precursor da dinâmica de grupo, suas ideias são até hoje
estudadas e aplicadas como grandes forças propulsoras da administração. Seu
interesse centrou-se em pequenos grupos, analisando as variáveis de coesão,
padrões grupais, motivação, participação, processo decisório, produtividade,
preconceitos, tensões, pressões e formas de coordenar um grupo. Seu interesse
por esse campo é baseado na mesma teoria
de Chester Barnard de que a empresa é composta de pequenos grupos
estabelecidos formal e informalmente.
A dinâmica de grupo é o estudo das forças que agem no
seio dos grupos, suas origens, consequências e condições modificadoras do
comportamento do grupo. Sua importância para organização é a de que,
considerando os grupos responsáveis pelos atingimento dos objetivos
organizacionais, a variação no comportamento do grupo é de conhecimento vital
para o administrador. A formação do grupo fundamenta-se na ideia de consenso
nas relações interpessoais, ou seja, concordância comum sobre os objetivos e
sobre os meios de alcança-los, resultando a solidariedade grupal.
Esses fatores psicológicos possuem autonomia, uma vez que
o grupo não funciona num vácuo, mas é formado a partir de uma organização mais
ampla. Isso dá a ideia genérica de que um grupo pode estar representado por uma
empresa, governo, país, igreja. Outro fator que influencia a agregação de
grupos são suas condições de igualdade quer ‘sócio econômica’, de religião, cor, raça, quer mesmo de ideias.
Consequências da teoria motivação
A Teoria de Campo Lewin
Para Kurt Lewin "o comportamento é produto de um
campo de determinantes interdependentes (conhecidos
como espaço de vida ou campo social). As características estruturais desse
campo são representadas por conceitos extraídos da topologia e da teoria de
conjuntos e as características dinâmicas são representadas através de conceitos
de forças psicológicas e sociais" (ANTONELLO, PUJOL JUNIOR, SILVA, 2006),
Em 1935 Kurt Lewin já referia em suas pesquisas sobre o
comportamento social ao importante papel da motivação. Para melhor explicar a
motivação do comportamento, elaborou a teoria de campo que se baseia em duas
suposições fundamentais:
a) O comportamento
é derivado da totalidade de fatos coexistentes ao seu redor;
b) Esses
fatos têm caráter de um campo dinâmico, no qual cada parte do campo depende de
uma interação-relação com as demais outras partes.
O comportamento humano não depende somente do passado ou
do futuro, mas do campo dinâmico atual e presente. Esse campo dinâmico é o
"espaço de vida que contém a pessoa e seu ambiente psicológico".
A teoria de campo segundo a definição de Lewin, não é uma
teoria no sentido habitual, mas um método de análise das relações causais e de
elaboração dos construtos científicos. Está intimamente ligada à teoria da
Gestalt, sobre tudo no que se refere à interdependência das diferentes relações
causais entre o parcial e o global na experiência do comportamento. Entre os
conceitos de base da teoria de campo figuram:
a) Espaço de vida: todos os fatos que
existem para o indivíduo ou grupo num dado momento;
b) A tensão a energia, a necessidade, a
valência e o vetor, que constituem conceitos dinâmicos essenciais para analisar
o comportamento;
c)
Os
processos como a percepção, a ação e a recordação, meios pelos quais as tensões
de um sistema se igualam;
d) A aprendizagem que provoca mudanças
várias, por exemplo, da motivação (adquirir
novos gostos ou aversões), ou a mudança do grau de pertença ao grupo, por
exemplo, assimilar uma nova cultura.
- Lewin propõe a seguinte equação para explicar o
comportamento humano:
C = f (P,M)
|
Onde:
C é
função
f ou
resultado da interação entre a pessoa
P e o
meio ambiente
M que
a rodeia.
Ambiente
Psicológico: (ou
ambiente comportamental) é tal como é percebido e interpretado pela pessoa.
Ë relacionado com as atuais necessidades do indivíduo. Alguns objetos, pessoas
ou situações, podem adquirir valência no ambiente psicológico, determinando um
campo dinâmico de forcas psicológicas. Os objetos , pessoas ou situações
adquirem para o indivíduo uma valência positiva (quando podem ou prometem satisfazer
necessidades presentes do indivíduo) ou valência negativa (quando podem ou
prometem ocasionar algum prejuízo) Os objetos, pessoas ou situações de valência
positiva atraem o indivíduo e os de valência negativa o repelem. A
atração é a força ou vetor dirigido para o objeto, pessoa ou situação; a
repulsa é a força ou vetor que o leva a se afastar do objeto, pessoa ou
situação, tentando escapar.
Um vetor sempre tende a produzir locomoção em certa
direção. Quando dois ou mais vetores atuam sobre uma mesma pessoa ao mesmo
tempo, a locomoção é uma espécie de resultante de forças. Algumas vezes, a
locomoção produzida pelos vetores pode ser impedida ou completamente bloqueada
por uma barreira, que é algum impedimento ou de fuga ou repulsa em relação a um
objeto, pessoa ou situação. A barreira não tem valência por si mesma e não
exerce nenhuma força, ela oferece resistência sempre que alguma força ‘exercida
sobre ela. Quando a barreira é rígida, ela exige do indivíduo tentativas de
exploração de ultrapassá-la e, quando inultrapassável, adquire valência
negativa.
Para Lewin,
toda a necessidade cria um estado de tensão no indivíduo, uma predisposição à
ação sem nenhuma direção específica. Lewin utilizou uma combinação
de análise topológica (mapear o espaço
vital) e vetorial (para indicar a
força dos motivos no comportamento) desenvolveu uma série de experimentos
sobre a motivação, satisfação e a frustração, os efeitos da liderança
autocrática e democrática em grupos de trabalho, etc.
Fonte e Sítios Consultados
www.unisalesiano.edu.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário