Muitos jovens brasileiros deste século 21 desconhecem os perigos da AIDS e por essa razão não
se protegem da Síndrome da
imunodeficiência adquirida (a AIDS) – essa é uma doença do sistema imunológico humano. Na data de 30/11/2016 o Ministério da
Saúde havia divulgado dados sobre os casos de AIDS do ano de 2015, esses dados eram praticamente iguais aos
números de casos de infecções e mortes do ano de 2005, ou seja, mesmo
com todo o avanço cientifico que houve em 10 anos os brasileiros
continuam morrendo como no passado.
Os dados do Ministério da Saúde divulgados no dia
de 27 de novembro de 2018 demostraram uma redução de 16% dos casos e óbitos devido
a aids
no país nos últimos quatro anos. Ainda segundo esse dados, os fatores como
a garantia do tratamento para todos, a melhora do diagnóstico, a ampliação do
acesso à testagem e a redução do tempo entre o diagnóstico e o início do
tratamento contribuíram para a queda.
Os
números revelam que, de 1980 a junho de 2018, foram identificados 926.742 casos
de aids no Brasil – um registro anual de 40 mil novos casos. Em 2012, a taxa de
detecção da doença era de 21,7 casos para cada 100 mil habitantes enquanto, em
2017, o índice era de 18,3 casos. No mesmo período, a taxa de mortalidade por
aids passou de 5,7 óbitos para cada 100 habitantes para 4,8 óbitos. O boletim
também aponta redução significativa da transmissão vertical do HIV – quando o
bebê é infectado durante a gestação – entre 2007 e 2017. A taxa caiu 43%,
passando de 3,5 casos para cada 100 mil habitantes para 2 ‘dois’ casos.
Autoteste - o ministério anunciou que, a partir de janeiro de 2019, a rede pública
de saúde passa a oferecer o auto teste de HIV para populações-chave e pessoas
em uso de medicamento de pré-exposição ao HIV. A previsão é que sejam
distribuídas, ao todo, 400 mil unidades do teste, inicialmente nas cidades de
São Paulo, Santos, Piracicaba, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, São
Bernardo do Campo, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Salvador,
Porto Alegre, Belo Horizonte e Manaus.
Tratamento - Ainda de
acordo com o boletim epidemiológico, desde 2013, quando os antirretrovirais
passaram a ser distribuídos a todos os pacientes soropositivos,
independentemente da carga viral, até setembro deste ano, 585 mil pessoas com
HIV estavam em tratamento no Brasil. A maioria – 87% – faz uso do ‘dolutegravir’,
que aumenta em 42% a chance de supressão viral (diminuição da carga de HIV no
sangue) em relação ao tratamento anterior. A resposta, neste caso, também é
mais rápida: no terceiro mês, mais de 87% dos usuários já apresentam supressão
viral.
AIDS – descoberta e estudos
A AIDS só foi reconhecida no ano de 1981 pelo Centro de Controle e Prevenção de
Doenças (CDC) dos Estados Unidos, mas a sua causa (o HIV)
só foi identificado na primeira metade dessa década – sabe-se que desde a sua
descoberta até o ano de 2009, esse vírus causou a morte de aproximadamente 30 milhões de pessoas no mundo - pesquisas
genéticas apontam que o HIV surgiu
no centro-oeste da África no inicio do século XX e também sabemos que no ano de 2010 cerca de 34 milhões de pessoas no
mundo eram portadoras desse vírus, ou seja, a AIDS é considerada uma pandemia, um surto de doença que continua presente em
uma grande área e que continua se espalhando ativamente.
O grande problema no tratamento da AIDS vem do
comportamento da sociedade atual (contemporânea), isso porque muitos tratam a AIDS com discriminação. – existem
muitos equívocos sobre o HIV/AIDS, tais como
a crença de que ela pode ser transmitida pelo contato casual não sexual. A doença também se tornou sujeita
a muitas controvérsias envolvendo as religiões, além de ter atraído a atenção
médica e política internacional (e um
financiamento de larga escala) desde que foi identificada no ano de 1980.
Transmissão do Vírus HIV
O HIV é transmitido
principalmente através de relações sexuais sem o uso de proteção (preservativo/camisinha)
e isso inclui a relação anal e o sexo oral, também ocorre nas transfusões de sangue contaminado,
por agulhas hipodérmicas e de mãe para filho, durante a gravidez,
o parto ou amamentação.
O virus HIV não é transmitido através de fluidos corporais, como saliva e lágrimas.
Prenvenção
A melhor e mais eficaz prevenção
da contaminação pelo HIV se dá através
de programas de sexo seguro e
de troca de agulhas - essa é uma estratégia fundamental para controlar a
propagação da doença. Apesar de ainda não existir uma cura ou uma vacina, o
tratamento antirretroviral pode
retardar o desenvolvimento da doença e elevar a expectativa de vida do portador
do vírus. Enquanto o tratamento antirretroviral reduz o risco de morte e de
complicações da doença, estes medicamentos são caros e podem estar associados a
efeitos colaterais.
O problema é que mesmo
com todo esse conhecimento que temos atualmente, as taxas de mortalidade só crescem nas regiões Norte e Nordeste,
enquanto que no Sudeste elas caíram, entre 2005 e 2015 – com este quadro, a
estatística nacional permaneceu inalterada, continuam acontecendo 5,6 óbitos em um grupo com 100 mil
habitantes. De acordo com a diretora do departamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken, atribuiu o problema,
sobretudo a falhas de atendimento em determinadas regiões e ao diagnóstico
tardio. Atualmente, acredita-se que cerca de 112 mil pessoas no Brasil vivem com o HIV e desconhecem essa condição. Pelos cálculos do Ministério da
Saúde, outras 260 mil sabem que têm o vírus, mas não querem iniciar o
tratamento.
HIV em ação
Esse é outro problema, segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, “pessoas que resistem ao tratamento merecem
apoio psicológico e espiritual”. Ele afirmou haver ainda preconceito em
relação à doença. “Muitos jovens temem o bullying
dos colegas.” Segundo o coordenador de projetos da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia), Juan Raxach, o problema é fruto,
sobretudo das lacunas de informação relacionadas à aids. “Um exemplo emblemático é o Rio
Grande do Sul, que concentra dados epidemiológicos alarmantes. No Estado mais
afetado, praticamente não existem campanhas de conscientização, ações
educativas, distribuição de preservativos, nada.”
Homens com homens.
Um
dos pontos que mais provocam preocupação é o aumento de casos de AIDS entre a população
jovem masculina. Na faixa de 20 a 24 anos, a
taxa de detecção dobrou entre 2005 e 2015, passando de 16,2 casos por 100
mil habitantes para 33 casos por 100 mil. Entre homens, a redução de casos
novos ocorreu apenas na faixa etária entre 35 e 49 anos. No grupo feminino, a
tendência foi inversa, com redução do número de casos na faixa etária de 20 a
49 anos.
O maior avanço da doença ocorre entre homens que fazem sexo com homens -
esse é considerado como um dos grupos mais vulneráveis à infecção. O problema
não vem de hoje e há tempos vem sendo alvo de alertas por representantes de
organizações não governamentais e especialistas em HIV-Aids. Em 2015, a forma de contágio homossexual representava 22,6% dos casos novos da doença
identificados entre a população masculina. Esse porcentual subiu de forma expressiva
durante esse período - ano passado, essa forma de contágio representava 36,5%.
A
triste constatação desde, é que existe muita desinformação sobre este tema
atualmente e não adianta mais aquela história de ‘use camisinha e faça o teste’, isso não funciona nos dias atuais. As
novas gerações têm uma individualização das suas regras e normas - o fato é que
houve uma banalização da AIDS,
muitos acreditam que ela faz parte do passado e que com a descoberta de novos
remédios a AIDS tem cura, e isso não é verdade! Além do fato de muitos jovens
do século 21 acreditar que são super-heróis
e que não precisam se preocupar com a saúde.
Fonte e Sítios Consultados
http://saude.estadao.com.br
https://pt.wikipedia.org
http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/t/videos/v/mais-de-36-milhoes-de-pessoas-no-mundo-e-827-mil-no-brasil-tem-hiv/5486603/#utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_content=gnews
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2018/06/em-sp-1-a-cada-4-homens-que-transam-com-homens-tem-hiv-revela-estudo.shtml?utm_source=facebook&utm_medium=social-media&utm_campaign=noticias&utm_content=geral
https://istoe.com.br/aids-casos-e-obitos-caem-16-nos-ultimos-quatro-anos-no-brasil/?fbclid=IwAR1eL_EKaHtIGdyf9wpfAGaRyNd1ghBt0ddsT5TDtJEnaET4g0beVtt8_9s
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