A administração estratégica é um processo que
envolve todos os níveis de uma empresa para programar os objetivos e as
estratégias da organização em longo prazo. Envolve atividades de planejamento,
organização, direção, coordenação e controle. É um processo amplo e sistêmico.
As constantes mudanças no meio organizacional faz com que a empresa visualize
essas alterações e adote um posicionamento estratégico.
Planejamento Estratégico
O planejamento estratégico se
tornou uma das mais importantes ferramentas para a gestão das empresas no mundo
atual. É uma das principais funcionalidades da administração pelo qual o
administrador e sua equipe escolhem o padrão para o direcionamento da empresa,
execução das atividades e a liderança.
Esse planejamento é essencial para auxiliar na
tomada da decisão e adiantando possíveis situações conflituosas e mudanças no
mercado de atuação. A sorte pode ajudar muitas empresas, mas o que diferencia o
sucesso de uma organização é antecipar os problemas e conflitos, ou seja,
planejar. É necessário usar as ferramentas do planejamento de maneira
consciente para que elas se encaixem na situação da empresa.
“É dever do gestor
conhecer as etapas do planejamento, assim como as suas funções e conhecer as alterações
que estão ocorrendo no mundo competitivo - as quais serão importantíssimas para
a boa administração da empresa”.
Diagnóstico Estratégico
O diagnóstico estratégico é a primeira etapa
durante o planejamento e por ele a empresa irá estabelecer parâmetros para
direcionar sua estratégia. Esse diagnóstico mantém a empresa sempre informada
sobre o ambiente em que está inserido e problemas que influenciam no seu
desempenho. É esse diagnóstico que ajuda a empresa a se preparar para agir às
possíveis mudanças em seu ambiente.
Ambiente Geral e Ambiente de Negócio
É fato que as organizações privadas, estatais ou
pertencentes ao terceiro setor interagem com o meio ambiente o tempo todo
e isso acontece para que elas consigam produzir, as empresas necessitam de
recursos (trabalhadores, dinheiro e material), que são convertidos em bens e
serviços para repassar ao consumidor no intuito de atender as necessidades
dessas pessoas. Justamente por isso é muito importante que elas mantenham uma
relação harmoniosa com o ambiente externo.
Dessa forma, o ambiente organizacional é dividido
da seguinte forma: macro
ambiente e microambiente.
Macro ambiente
Ele é composto por situações que influenciam
indiretamente a organização. Podem-se citar exemplos de taxas e índices como a
inflação ou alguma medida governamental que influencie diretamente seu setor de
atuação. Ou seja, o macro ambiente contém diversos pontos que influenciam
organizações distintas, mas essa influencia diferencia de indústria para
indústria. O ambiente geral afeta da mesma forma as empresas, mas possui
aspectos que só atingem determinados setores econômicos.
Aspectos
do ambiente geral
· Aspectos
Socioculturais: estilo de vida,
idade e localização da população de interesse da empresa, cultura, escolhas,
grau de analfabetismo;
·
Aspectos
Legais: taxas do setor,
impostos, legislações;
· Aspectos
políticos/governamentais: políticas
de incentivo, influências governamentais no setor, etc.;
· Aspectos
Econômicos: taxa de
empregabilidade, índice de preços, inflação, juros, rendimento, câmbio;
· Aspectos
Tecnológicos: crescimento
da tecnologia e pesquisa e avanço da produção na área.
Microambiente
O meio industrial possui organizações com produtos
parecidos que disputam entre si. A área de atuação da empresa e a grandiosidade
do mercado onde a empresa atua pode interferir nessa definição. A empresa deve
analisar a situação em que está competindo.
De acordo com o livro Forças Competitivas, de Porter (1989), a competição é composta por cinco
forças competitivas:
· A competição entre
vendedores concorrentes nas organizações, que é influenciado pela quantidade de
concorrentes, o volume e a situação de competição (empresas integradas) procura
e meios utilizados para realizar a competição.
· Como as outras
organizações trabalham no mercado para adquirir novos clientes com produtos
substitutos. Esses produtos substitutos são aqueles que atendem uma mesma
demanda, mas que são produzidos por um mesmo segmento de indústria;
· A força do acesso
de novos concorrentes, que ocorre através da existência de possíveis barreiras
para entrar no mercado, bem como a possível resistência de outros concorrentes;
·
A capacidade dos
fornecedores de barganhar, que pode ser influenciado pela influência do
fornecedor, a qualidade do seu serviço ou bem e as vantagens que ele concede a
empresa cliente;
· A capacidade dos
compradores de barganhar seu produto, que cresce quando os consumidores podem
mudar as marcas e possuem mais opções para comprar, sem que isso influencie no
custo.
Os gestores devem compreender bem as forças
competitivas que estão em sua organização, pois isso irá influenciar
no lucro do setor. Ou seja, quanto mais fortes forem essas forças, mais
competitiva será a indústria e menos lucrativo será para as empresas
participantes. É importante analisar o macro e microambiente visando
analisar os aspectos positivos e negativos no decorrer da avaliação do ambiente
externo.
As oportunidades estão relacionadas ao macro
ambiente que se forem bem utilizadas poderão fornecer benefícios competitivos
para a empresa. Uma falha de um concorrente pode servir como lição para sua
empresa melhorar seu desempenho. As ameaças são aspectos que influenciam o
funcionamento da empresa, acarretando problemas no desempenho e na administração
da organização. As ameaças para uma empresa podem ser a redução da procura
por produtos, restrições tarifárias impostas pelo país em que a empresa atua e
concorrentes competindo no mesmo mercado.
O planejamento não pode ser realizado apenas com a
identificação das ameaças e oportunidades. É necessário que se faça uma
avaliação das ameaças e oportunidades mais importantes para sua empresa. Essa
avaliação deve dar preferência às vantagens do ambiente que a organização possa
programar com grandes possibilidades de êxito, ou seja, oportunidades em que a
empresa possui a capacidade necessária.
As ameaças devem ser escolhidas com base no caráter
de preocupação da gerência e são aquelas que influenciam diretamente a
organização e o mercado em que ela tua. A empresa deve avaliar de forma externa
e interna para identificar as qualidades e defeitos da empresa.
Análise interna e a cadeia de valor da organização
O ato de compreender os aspectos fortes e fracos de
uma empresa para auxiliar no planejamento é denominado análise interna.
Essa análise é muito importante, pois é ela que ajuda a entender quais são as fraquezas e recursos da instituição.
Para isso, o gestor deve estabelecer uma cadeia de valor verificando as
atividades realizadas na empresa.
Cada cargo na cadeia de valor da organização produz
custos para a instituição e a empresa deve analisar o desempenho de todas elas.
Só produzir um maravilhoso produto ou oferecer um ótimo serviço não é o
bastante para competir no mercado atual. A empresa deve reduzir os custos de
todas as etapas (cadeia de valor) para diminuir o preço final de seu produto.
Além disso, ela deve oferecer um diferencial no intuito de agregar valor para o
consumidor.
O valor de um produto depende também do
relacionamento da empresa com distribuidores e fornecedores. Deve-se perguntar,
minha matéria-prima está mais cara? Os custos valem a pena? É importante também
avaliar os aspectos positivos e negativos dos distribuidores para melhorar o
desempenho. Ou seja, a análise de cadeia de valor abrange o ambiente
interno e externo da empresa.
Após compreender os problemas internos de sua
empresa, é necessário comparar com outras organizações com a ajuda de um
processo chamado benchmarking. Através desse processo, você compara
suas realizações com outras empresas. Da mesma forma, o benchmarking auxilia a
empresa no desenvolvimento de novas ideias para aperfeiçoar os processos.
Elaborando um Benchmarking
Detectar fatores-chave de sucesso: trata-se de
listar as principais tarefas, procedimentos e indicadores que serão analisados
na outra instituição.
Eleger instituições para a análise: elas podem
pertencer ao mesmo setor ou serem de seções diferentes na empresa, desde que
sejam analisadas como excelentes naquele processo ou atividade que está sendo
avaliado.
Formação de uma equipe para benchmarking: essa
equipe deve conter gestores e técnicos relacionados com a área que está sendo
analisada.
Comparações com outras instituições.
Depois da análise interna, o gestor poderá analisar
com exatidão as vantagens competitivas e os aspectos negativos. Os dados da análise
interna e externa devem ser mesclados nessa parte. É analisando os
pontos fortes e fracos que os administradores poderão determinar as prioridades
dentro da empresa e conseguirão visualizar as ameaças e oportunidades contidas
nos ambientes externos. Sendo assim, ficará melhor para aproveitar as
vantagens, resolver os problemas identificados, enfrentar as ameaças e
aproveitar as oportunidades.
Definindo as Diretrizes Organizacionais
A análise
ambiental fornece informações elementares para que o administrador possa
decidir qual será o passo dado pela organização. O rumo a ser seguido é
explicado por meio das diretrizes organizacionais que são formadas pela visão,
objetivos e missão da empresa.
A missão
de uma organização é a explicação
para sua existência e caracteriza sua identidade. Apesar da missão ‘ser algo’ de extrema importância para
uma empresa, muitos administradores não conseguem determinar a missão por fazer
uma análise equivocada. Quando as empresas não conseguem analisar a importância
de sua missão, ela acaba se dedicando apenas à produção sem se atentar as
necessidades dos clientes, o que pode reduzir drasticamente a atuação
estratégica no mercado.
Entretanto, muitas organizações conseguem delimitar
sua missão e justamente por isso ficam bem posicionadas em relação a seus
concorrentes. Com isso essas empresas ficam mais funcionais para atender aos
pedidos dos clientes. É de extrema importância que ela defina sua missão para
que possa se posicionar de forma estratégica.
Para estabelecer sua missão, uma empresa deve ficar
atenta aos seguintes aspectos:
·
O que está
sendo oferecido ao seu consumidor,
·
Quem é o seu
cliente e
·
Como ele está
sendo atendido.
Quando as necessidades
dos clientes é o aspecto principal de sua empresa, a missão é estabelecida em
longo prazo. A missão de uma organização deve ser informada para todos os
funcionários e colaboradores no intuito de transformar essa ideia em
direcionamento para o público interno e externo. Elaborando uma missão de
qualidade ela passa a demonstrar suas qualidades e objetivos para seus
diferentes segmentos de atuação.
A visão de uma empresa é um objetivo de longo prazo que demonstra como a
organização pretende estar no futuro. A visão é um aspecto motivacional e ajuda
na criação de um ambiente agradável e ‘energizante’
na instituição. A visão é a junção de um componente racional, formado através
da análise ambiental, e o componente emocional, formado por meio da
criatividade e imaginação dos administradores. Ou seja, além dos dados obtidos
é necessário que a visão empreendedora e visionária de um administrador seja
levada em conta.
A princípio a escolha da visão não é definida
exclusivamente pelo alto escalão de uma empresa. Pode ser estabelecida de forma
individual ou de maneira coletiva. Porém, é importante que ela seja difundida.
Ou seja, é mais importante que uma empresa repasse sua visão para os diferentes
níveis hierárquicos da empresa fazendo com que os funcionários busquem
alcançá-las em longo prazo.
Após definir a visão
e a missão é necessário que a
organização defina os objetivos, que são os frutos do trabalho que a
organização pretende alcançar a curto, médio e longo prazo. Os objetivos da empresa ajudam a estabelecer o planejamento correto
de uma instituição. Uma empresa terá diversos objetivos nos diversos setores
como rentabilidade, posição e etc.
Os objetivos de uma empresa devem/podem ser:
·
Específicos;
·
Reais e com
possibilidade de serem executados;
·
Flexíveis;
·
Mensuráveis e com
prazos.
Mix Estratégico
Nesse ponto a empresa irá decidir por quais
caminhos irá alcançar seus objetivos. O autor Henry Mintzberg definiu 5
Ps de uma estratégia. Ou seja, a estratégia da organização pode ser
decidida de maneira deliberada ou emergente. No primeiro caso ela é conduzida
pela hierarquia mais alta da instituição e no segundo caso é estabelecida pelos
processos ocorridos na empresa.
1. Plano
Primeiramente se pensa na estratégia e depois a
ação é realizada e a estratégia é usada como um guia desenvolvido. Um plano de
ação que ajuda a organização a manter-se no mercado de maneira competitiva.
2. Padrão
A estratégia pode acontecer por meio de ações
cotidianas na empresa e podem ser intencionais ou não. Muitas empresas
trabalham dessa forma por acreditarem na confiabilidade de uma “rotina”.
3. Pretexto
A estratégia é utilizada como uma maneira de
enfraquecer a concorrência usando mecanismos para reduzir a competição do
mercado em que a sua instituição atua. Por exemplo, quando uma empresa anuncia
a grande produção de um produto sem necessariamente ter a intenção de fazê-lo.
4. Posição
Estratégia feita para definir um meio ambiente em
que a empresa irá depositar seus recursos para atuar de maneira competitiva. A
organização pode decidir a posição em comparação a seus concorrentes ou decidir
por uma posição única.
5. Perspectiva
Essa estratégia é baseada nos valores e
perspectivas compartilhados pelos diversos setores de uma empresa. A cultura da
organização é muito importante nessa etapa.
Executando uma Estratégia na Organização
A implantação de uma estratégia é um dos processos
mais essenciais durante o planejamento empresarial, uma vez que, é nesse
período que o planejamento será colocado em prática. O planejamento não é mais
definido apenas pela diretoria de uma empresa e passou a ser atribuída a todos
os níveis (estratégico, tático e operacional).
O planejamento é uma ação contínua das organizações
e o administrador deve gerenciar o processo preparando os diversos setores da
organização para esse aprendizado estratégico e para as possíveis novas
estratégias.
Planejamento Tático
O planejamento tático trabalha com
determinados setores de uma empresa em níveis organizacionais secundários. É a
maneira que a empresa tenta integrar o processo decisório e a estratégia para
alcançar os objetivos propostos. Sua finalidade é utilizar os recursos de
maneira coesa para alcançar objetivos previamente estabelecidos. Além disso, é
executado por profissionais da área gerencial.
É um planejamento que será executado de maneira
permanente, com metas mais definidas para as atividades da empresa, possui
prazos em médio prazo e realizado pelos setores intermediários da organização.
Esse tipo de planejamento tenta estabelecer uma relação entre o planejamento
estratégico e operacional.
Planejamento Operacional
É o planejamento que trabalha com as operações da
instituição - são tarefas de curto prazo relacionadas a atividades diárias,
manuais e rotinas de trabalho. São adotados planos que foram determinados pelo
planejamento tático e realizados junto aos funcionários não administrativos.
Fonte
e Sítios Consultados
http://www.okconcursos.com.br
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