A teoria de Frederick Herzberg - tradicionalmente conhecida como a teoria
dos dois fatores, higiênicos e motivacionais, que são determinantes
para avaliar o grau de satisfação e motivação de funcionários em uma empresa
será o tema desta postagem.
Sabe-se que Frederick Herzberg (1923-2000) professor
e psicólogo norte-americano elaborou uma teoria
da motivação chamada de teoria dos dois
fatores – e ao contrário de outros teóricos do campo motivacional, que
buscavam uma explicação geral dos mecanismos da motivação humana, Herzberg
concentrou seus estudos na análise das atitudes e motivações dos funcionários
dentro de uma empresa.
Esse trabalho foi publicado
inicialmente em 1959 no livro The
Motivation to Work (Motivação para o Trabalho) e podemos resumi-lo assim:
há duas classes distintas de fatores que condicionam o comportamento e o grau
de satisfação dos funcionários de uma empresa:
·
Primeira classe Herzberg é chamada
de fatores higiênicos;
·
A segunda ele chamou de fatores motivacionais.
Na administração, a teoria dos dois fatores é a teoria proposta por Frederick Herzberg que aborda a situação de motivação e satisfação
das pessoas. O objetivo era entender os fatores que
causariam insatisfação e aqueles que seriam os responsáveis pela satisfação no
ambiente de trabalho.
Fatores Higiênicos
Esses fatores estão
relacionados com o meio onde o funcionário atua, são determinados pela
organização e que fazem parte da cultura da empresa, ou seja, estão fora do
controle dos funcionários, são de responsabilidade exclusiva da empresa e de
seus respectivos administradores. Os fatores higiênicos servem para ajustar os
colaboradores a seu ambiente, porém não são determinantes para gerarem
motivação ou produtividade a longo prazo. São fatores relacionados às condições
de trabalho do funcionário, englobando as condições físicas e ambientais de
trabalho, como: o salário e os benefícios, a política da empresa, o tipo de
supervisão recebido, o clima de relações entre a direção e os funcionários, os
regulamentos internos, as oportunidades existentes, a estabilidade no cargo e
etc.
Ainda segundo Herzberg, os
fatores higiênicos são importantes para evitar a insatisfação dos funcionários,
mas sua presença não é suficiente para motivá-los de forma eficiente. Quando
esses fatores são ótimos, simplesmente evitam a insatisfação, uma vez que sua
influência sobre o comportamento tem baixo poder motivacional. Porém, quando
são precários, provocam insatisfação.
Fatores Motivacionais
Esses dizem respeito ao
trabalhador, e não à empresa. Frederick Herzberg chama de
fatores motivacionais tudo que tem relação com a execução das tarefas e os
deveres relacionados ao cargo em si, como: crescimento profissional,
desenvolvimento e aprimoramento de habilidades, responsabilidade do cargo
ocupado, ‘auto realização’ em cumprir as tarefas designadas e o reconhecimento
de seu trabalho. São os fatores motivacionais que produzem algum efeito
duradouro de satisfação e de aumento de produtividade em níveis de excelência,
isto é, acima dos níveis nominais. O termo motivação, para Herzberg, envolve
sentimentos de realização, de crescimento e de reconhecimento profissional,
manifestados por meio do exercício das tarefas e atividades que oferecem um
suficiente desafio e significado para o trabalhador.
Fatores que levam à
insatisfação
|
Política da Empresa
Condições do ambiente de Trabalho Relacionamento com outros funcionários Segurança Salário |
Fatores que levam à satisfação
|
Crescimento
Desenvolvimento Responsabilidade Reconhecimento Realização |
Resumindo, para que os
funcionários possam ser motivados de forma eficiente é necessário que estejam
presentes no ambiente de trabalho tanto fatores higiênicos quanto fatores
motivacionais.
Dinâmica do Enriquecimento das Tarefas
Para proporcionar
continuamente motivação no trabalho, Herzberg propõe uma dinâmica que ele chama
de enriquecimento das tarefas ou "enriquecimento do cargo",
que consiste em substituir as tarefas simples e elementares do cargo por
tarefas mais complexas. O enriquecimento de tarefas depende do desenvolvimento
de cada indivíduo e deve adequar-se às suas características individuais em
mudança.
O enriquecimento de
tarefas pode ser vertical (eliminação de tarefas mais simples e
acréscimo de tarefas mais complexas) ou horizontal (eliminação de tarefas
relacionadas com certas atividades e acréscimo de outras tarefas diferentes,
mas no mesmo nível de dificuldade).
Essa dinâmica de
enriquecimento de tarefas provoca efeitos desejáveis, como o aumento
da motivação, aumento da produtividade, redução do absenteísmo (faltas e
atrasos ao serviço) e redução da rotatividade do pessoal. Contudo, pode gerar
efeitos indesejáveis, como o aumento de ansiedade em face das tarefas novas e
diferentes quando o funcionário não é bem sucedido nas primeiras experiências,
aumento do conflito entre as expectativas pessoais e os resultados do trabalho
nas novas tarefas enriquecidas, sentimentos de exploração quando a empresa não
acompanha o enriquecimento de tarefas com o enriquecimento da remuneração,
redução das relações interpessoais devido à maior concentração nas tarefas
enriquecidas.
Existem defensores dos fatores
motivacionais ou satisfacientes estão relacionados
com as tarefas e os cargos preenchidos por uma pessoa, sendo que se forem
avaliados como ótimos, o indivíduo ficará satisfeito, motivo pelo qual são
chamados ‘satisfacientes’ e, se não forem assim considerados excelentes,
ficam insatisfeitos.
Como identificar Tipos Motivacionais - Estratégias
Outro aspecto de grande
interesse prático desse trabalho de Herzberg é o de poder distinguir as pessoas
em tipos ou estilos motivacionais diferentes. Para ele, há pessoas voltadas
essencialmente à procura da realização, da responsabilidade, do crescimento, da
promoção do próprio trabalho e do reconhecimento merecido - são as pessoas que
procuram motivação. A tarefa em si adquire grande significado para elas e
fatores ambientais pobres não lhes criam grandes dificuldades, pelo contrário,
elas são muito tolerantes para com eles.
É possível olhar por outro
lado - existem indivíduos cujo referencial ambiental adquire grande relevo,
centralizando sua atenção em elementos tais como o pagamento, vantagens
adicionais, competência da supervisão, condições de trabalho, segurança,
política administrativa da organização e os colegas de trabalho. A essas
pessoas, Herzberg chama de pessoas que procuram manutenção. Essa distinção
permite criar estratégias motivacionais mais eficientes para lidar com
diferentes tipos de pessoas.
Segundo Frederick Herzberg, criador da Teoria dos dois Fatores:
"Os
fatores envolvidos na produção da satisfação (e motivação) no trabalho são
separados e distintos dos fatores que levam à insatisfação no trabalho. Já que
é necessário considerar fatores separados, dependendo do fato de estarmos
examinando a satisfação ou insatisfação no trabalho, segue-se que esses dois
sentimentos não são antagônicos. O oposto de satisfação no trabalho não é
insatisfação no trabalho, mas sim a ausência de satisfação; e, da mesma forma,
o oposto de insatisfação no trabalho não é satisfação no trabalho, mas sim
ausência de satisfação."
Críticas a Teoria de Herzberg
Algumas das críticas feitas ao
modelo de Herzberg são de que ele não leva suficientemente em conta o nível de
subjetividade envolvido nos conceitos que aborda; as mesmas condições de um
ambiente de trabalho podem ser consideradas excelentes por uma pessoa e
completamente insatisfatórias por uma segunda pessoa.
Alguns autores também
consideram a satisfação de necessidades é uma ideia muito distinta da motivação
em si. Mas de maneira geral as ideias de Herzberg
tiveram grande acolhida no universo da Psicologia Comportamental e
Behaviorista, e sempre são referência obrigatória para reflexões sobre gestão
de pessoas, sobretudo quando relacionadas à Pirâmide de Necessidades de Maslow.
Fonte e Sítios Consultados
http://www.esoterikha.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário