Quem já utilizou os serviços de um Uber sabe como é um pagamento “automágico”
– é bem simples, chamamos um carro, inserimos no aplicativo o nosso destino,
ele nos leva até lá e, quando chegamos ao local, simplesmente agradecemos, nos
despedimos e saímos do carro. O valor da corrida será automaticamente debitado
no seu cartão de crédito, como se fosse uma mágica. Agora vamos tentar imaginar
uma situação
parecida ao sairmos de um supermercado ou de uma loja de roupas.
Essa
forma de se efetuar pagamentos ficou conhecida como pagamentos transparentes ou
pagamentos sem fricção. É uma forte tendência na indústria de pagamentos e num
futuro bem próximo veremos situações como essa do Uber em diversas situações do
nosso dia a dia - algumas já são uma realidade nos dias de hoje, como:
- Pagamentos de estacionamentos e
- Pedágios
utilizando o sistema Sem Parar ou
o Connect Car.
Pagamento Uber
Estes
mesmos tags, como são chamados
os dispositivos que colamos no para-brisa do carro, podem também ser usados em
outros pagamentos, como combustível no posto, o que também já é realidade em
alguns locais.
O
que está por trás deste movimento é tornar a experiência do usuário a mais
fluida possível. O pagamento é um momento delicado, onde o consumidor se dá
conta de que está fazendo aquele gasto e, mentalmente, isso significa fazer uma
opção: gastar neste produto ou serviço implica deixar de gastar em outro.
Este
“custo mental” é uma parte muito
importante neste processo e não é a toa que mais da metade dos usuários que
chegam ao carrinho de compras num site de e-commerce, desistem de fazer a
compra.
Pensando no
mundo real, a situação pode ser cômica: é como se você chegasse ao caixa do
supermercado, olhasse para o caixa que está lhe atendendo e dissesse: “Sinto
muito, mas não vou comprar nada!” e fosse embora.
Por
isso, uma empresa chamada Koin tem
tudo para mudar significativamente os números do e-commerce no Brasil. O
que ela faz é muito simples: quando você chega naquele momento de selecionar no site a forma de pagamento (e
aí inserir todos os seus dados), se você clicar no botão Koin - a sua compra está
feita e você não precisa fazer mais nada.
Isso significa que iremos receber, após a entrega da mercadoria, um boleto bancário para efetuar o
pagamento - ele não será automágico como o Uber
– isso porque teremos que pagar o boleto, mas é uma solução para eliminar aquele
momento de fricção e com isso correr o risco dos abandonos dos usuários.
Mas
como o mundo digital não para - alguns
especialistas já preveem uma nova onda, para quando os pagamentos transparentes
forem uma realidade. E essa onda prevê adicionar inteligência ao processo.
Imagine por exemplo, se o sistema escolhesse qual a melhor forma de você pagar
o seu Uber: débito em sua conta do
Banco A ou B, no cartão de crédito X ou Y ou mesmo enviando a conta para um
amigo que lhe deve um valor equivalente pagar. Complicou? Pois é, essa é a
tônica do mundo digital: a experiência do usuário fica cada vez mais simples e por
trás dela existe uma enorme complexidade. Os
produtos e serviços que você vai preferir - você nem irá perceber, é claro, mas
deverão seguir este modelo.
Fonte e Sítios Consultados
http://blogs.estadao.com.br/seu-bolso-na-era-digital
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