·
Ênfase nas pessoas que participam das
organizações
·
A prioridade para a preocupação com as
pessoas e os grupos sociais
·
Focos nos aspectos psicológicos e
sociológicos
A
Abordagem Humanística
·
Ocorre com a Teoria das Relações Humanas EUA,
na década de 1930
·
Desenvolvimento das ciências sociais =
Psicologia do Trabalho
Dois
assuntos básicos:
·
A análise do trabalho e adaptação do trabalhador
ao trabalho
·
A adaptação do trabalho ao trabalhador
- Psicologia industrial contribuiu para
demonstrar a parcialidade dos princípios de administração adotados pela Teoria
Clássica.
Panorama Mundial
·
1929 (Grande Depressão), a busca na
eficiência nas organizações.
Mudanças nos aspectos:
Ø Social
Ø Econômico
Ø Político
Ø Tecnológico
Teoria das Relações Humanas
Surgiu
nos EUA,
como consequência imediata das conclusões da experiência de Hawthorne,
desenvolvida por Elton Mayo – em contraponto a administração cientifica. Nasceu
da necessidade de corrigir a tendência a desumanizarão do trabalho
Origens da Teoria das
Relações Humanas
·
A necessidade de humanizar e democratizar a
administração
·
O desenvolvimento das ciências humanas
· As idéias da filosofia pragmática de John
Dewey e da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin
· As conclusões da Experiência de Hawthorne,
realizada entre 1927 e 1932.
A
experiência de Hawthorne
A experiência de
Hawthorne, que se tornou marco da Teoria das Relações Humanas, ocorreu em uma
fábrica da cidade de Hawthorne, a Western Eletric Company, que
fabricava equipamentos e componentes eletrônicos, em 1927.
Ø Verificou-se a existência de uma
organização informal por parte dos operários, como:
· Existência de padrão de produção dos
operários e que não eram ultrapassados por nenhum deles.
· O operário que sabotasse o trabalho ou excedesse
o padrão, era punido pelo grupo.
·
Existia uma liderança informal do grupo.
· Ocorrência de contentamentos e
descontentamentos com relação aos superiores.
COMO
CONCLUSÕES DA EXPERIÊNCIA VERIFICARAM QUE:
- O
nível de produção é resultante da integração social, a eficiência é dada
pelo trabalho em grupo.
- Comportamento
social dos empregados. O indivíduo se apóia no grupo, onde a amizade e o
comportamento do grupo são de extrema importância.
- Recompensas
e sanções sociais. O comportamento do grupo é condicionado a
normas e padrões sociais. Evidencia Teoria das Relações Humanas (RH) ao se
analisar que a motivação econômica é secundária,
- Grupos
informais. Ênfase nas crenças, atitudes e expectativas, além da motivação.
Escala de valores sociais que cada integrante vai assumindo em suas atitudes e
comportamentos.
- Relações
humanas. Trata do contato entre pessoas e grupos. Importância do conteúdo
do cargo. O conteúdo e a natureza do trabalho têm influencia sobre o moral do
trabalhador.
- Ênfase
nos aspectos emocionais. Os elementos emocionais não planejados e mesmo
irracionais do comportamento humano passam a merecer atenção especial da Teoria
das Relações Humanas.
A CIVILIZAÇÃO
INDUSTRIALIZADA E O HOMEM
Foto: homem
Segundo Mayo, os
métodos de trabalho visam à eficiência e não a cooperação entre as pessoas. Ele
defende que:
1. O
trabalho é uma atividade tipicamente grupal, ou seja, vai além dos
incentivos salariais.
2. O operário
não reage como individuo isolado, mas como membro de um grupo social, o
que vai de encontro às mudanças tecnológicas.
4. O ser
humano é motivado pela necessidade de estar junto, de ser reconhecido,
em contraponto à motivação salarial.
FUNÇÕES BÁSICAS DA ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL
Organização industrial tem
duas funções:
·
Função econômica -> produzir bens ou
serviços -> busca o equilíbrio externo.
·
Função social -> dar satisfações aos seus
participantes -> equilíbrio interno.
PRESSUPOSTOS
DA ESCOLA DE RELAÇÕES HUMANAS
(TEORIA
DAS RELAÇÕES HUMANAS)
Homem – social = o
homem é motivado fundamentalmente por necessidades psicossociais (aceitação, afeto, reconhecimento, prestigio,
etc.)
Compatibilidade de
interesses organizacionais e individuais = o conflito entre
indivíduo e organização é passível de ser eliminado se a organização souber
fazer uso dos incentivos psicossociais.
Comportamento grupal =
as pessoas não reagem às decisões da organização como indivíduos, mas como
membros do grupo, sendo, mesmo, mais sensíveis às forças sociais deste
(organização informal) do que as normas e recompensas da direção (organização
formal)
A ênfase deslocada para o
desenvolvimento de grupos sociais de trabalho =
consequentes mudanças no conteúdo, na natureza e no processo de execução das
atividades.
Decorrência
das Teorias das Relações Humanas
Com o advento da
Teoria das Relações Humanas, uma nova linguagem passa a dominar o repertório
administrativo: Fala-se agora em motivação, liderança, comunicação, organização
informal, dinâmica de grupo etc. Os princípios clássicos passam a ser duramente
contestados. O engenheiro e o técnico cedem lugar ao psicólogo e ao sociólogo.
O método e a máquina perdem a primazia em favor da dinâmica de grupo. A
felicidade humana passa a ser vista sob um ângulo completamente diferente, pois
o 'homo
economicus' cede lugar ao homem social. A ênfase nas tarefas e na
estrutura é substituída pela ênfase nas pessoas.
MOTIVAÇÃO
A teoria da motivação
procura explicar os porquês do comportamento das pessoas. Vimos na Teoria da
Administração Cientifica que a motivação era pela busca do dinheiro e das
recompensas salariais e materiais do trabalho.
A experiência de
Hawthorne veio demonstrar que o pagamento, ou recompensa salarial, não é o
único fator decisivo na satisfação do trabalhador. Elton Mayo e sua equipe
passaram a chamar atenção para o fato de que o homem é motivado por recompensas
sociais, simbólicas e não materiais
A compreensão da
motivação do comportamento exige o conhecimento das necessidades humanas. A
Teoria das Relações Humanas constatou a existência de certas necessidades
humanas fundamentais:
Ø Necessidades Fisiológicas –
São as chamadas necessidades vitais ou vegetativas, relacionadas com a sobrevivência
do indivíduo. Exigem satisfação periódica e cíclica. As principais necessidades
fisiológicas são as de alimentação, sono, atividade física, satisfação sexual,
abrigo e proteção contra os elementos e de segurança física contra os perigos.
A experiência de Hawthorne revelou que a Western Eletric desenvolvia uma
política com relação ao seu pessoal que atendia plenamente às necessidades mais
básicas dos empregados. Uma vez satisfeitas essas necessidades, elas passaram a
não mais influenciar o comportamento deles. Deste modo, o comportamento passou
a ser motivado por outras necessidades mais complexas: as necessidades
psicológicas.
Ø Necessidades Psicológicas –
São necessidades exclusivas do homem. São aprendidas e adquiridas no decorrer
da vida e representam um padrão mais elevado e complexo de necessidades. As
necessidades psicológicas são raramente satisfeitas em sua plenitude.
Ø Necessidade de auto realização –
São produto da educação e da cultura e também elas, como as necessidades
psicológicas, são raramente satisfeitas em sua plenitude, pois o homem vai
procurando gradativamente maiores satisfações e estabelecendo metas
crescentemente sofisticadas. A necessidade de auto-realização é a síntese de
todas as outras necessidades. É o impulso de cada um realizar o seu próprio
potencial, de estar em contínuo autodesenvolvimento no sentido mais elevado do
termo.
A partir da teoria
das relações humanas, todo o acervo de teorias psicológicas acerca da motivação
humana passou a ser aplicado dentro da empresa. Verificou-se que todo
comportamento humano é a tensão persistente que leva o indivíduo a alguma forma
de comportamento visando a satisfação de uma ou mais determinadas necessidades.
O
MORAL E A ATITUDE
A literatura sobre o
moral teve seu inicio com a Teoria das Relações Humanas. O moral é um conceito
abstrato, intangível, porém perfeitamente perceptível. O moral é uma
decorrência do estado motivacional, uma atitude mental provocada pela
satisfação ou não satisfação das necessidades dos indivíduos.
O moral elevado é
acompanhado de uma atitude de interesse, identificação, aceitação fácil,
entusiasmo e impulso em relação ao trabalho, em geral paralelamente a uma
diminuição dos problemas de supervisão e de disciplina. O moral elevado devolve
a colaboração.
LIDERANÇA
A Teoria Clássica não
se preocupou virtualmente com a liderança e suas implicações. Com a Teoria das
Relações Humanas, passou-se a constatar a enorme influência da liderança
informal sobre o comportamento das pessoas. A Experiência de Hawthorne teve o
mérito – entre outros – de demonstrar a existência de líderes informais que
encarnavam as normas e expectativas do grupo e que mantinham estrito controle
sobre o comportamento do grupo, ajudando os operários a atuarem como um grupo
social coeso e integrado.
Liderança é a
influência interpessoal exercida numa situação e dirigida através do processo
da comunicação humana à consecução de um ou de diversos objetivos específicos.
A liderança constitui
um dos temas administrativos mais pesquisados e estudados nos últimos cinqüenta
anos. As teorias sobre a liderança podem ser classificadas em três grandes
grupos:
·
Teorias
de traços de personalidade.
·
Teorias
sobre estilos de liderança.
·
Teorias
situacionais da liderança.
TEORIA DE TRAÇOS DE
PERSONALIDADE - são as teorias mais antigas a respeito da
liderança. Um traço é uma qualidade ou característica da personalidade. Segundo
esta teoria, o líder é aquele que possui alguns traços específicos de
personalidade que o distinguem das demais pessoas. Assim, o líder apresenta
características marcantes de personalidade através dos quais pode influenciar o
comportamento das demais pessoas. A teoria dos traços parte do pressuposto de
que certos indivíduos possuem uma combinação especial de traços de
personalidade que podem ser definidos e utilizados para identificar futuros
líderes potenciais.
Os
traços mais comumente apontados foram os seguintes:
1. Traços
físicos: energia, aparência e peso.
2. Traços
intelectuais: adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e autoconfiança.
3. Traços
sociais: cooperação, habilidades interpessoais e habilidade administrativa.
4.
Traços relacionados com a tarefa: impulso de realização, persistência e
iniciativa.
TEORIA SOBRE ESTILOS
DE LIDERANÇA - são as teorias que estudam a liderança em
termos de estilos de comportamento do líder em relação aos seus subordinados,
isto é, maneiras pelas quais o líder orienta sua conduta. Refere-se àquilo que
o líder faz, o seu estilo de comportamento para liderar. Há três estilos de
liderança: autoritária, liberal e democrática.
Ø Autocrática: A
ênfase é centrada no líder. O líder fixa as diretrizes, sem qualquer
participação do grupo, determina providências e as técnicas para execução das
tarefas
Ø Democrático: A
ênfase no líder e nos subordinados. As diretrizes são debatidas e decididas
pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. O próprio grupo esboça as
providências e as técnicas para atingir o alvo.
Ø Liberal:
Ênfase nos subordinados. Há liberdade completa para as decisões grupais ou
individuais, com participação mínima do líder.
TEORIAS SITUACIONAIS
DA LIDERANÇA - são as teorias que procuram explicar a
liderança dentro de um contexto bem mais amplo do que as teorias anteriormente
apresentadas. Partem do princípio de que não existe um único estilo ou característica
de liderança válida para toda e qualquer situação. Cada tipo de situação requer
um tipo de liderança diferente para alcançar a eficácia dos subordinados. As
teorias situacionais são mais atrativas ao gerente, uma vez que aumentam as
suas opções e suas possibilidades de mudar a situação para adequá-la a um
modelo de liderança, ou então mudar o modelo de liderança para adequá-lo à
situação. Para esta teoria o verdadeiro líder é aquele que é capaz de ajustar a
um grupo particular de pessoas sob condições extremamente variadas.
COMUNICAÇÕES
Com o desenrolar das
conseqüências das Experiências de Hawthorne e das experiências sobre liderança,
os pesquisadores passaram a concentrar sua atenção nas oportunidades de ouvir e
aprender em reuniões de grupo e notar os problemas das comunicações entre
grupos de empresas. Passou-se a identificar a necessidade de elevar a
competência dos administradores através do trato interpessoal, no sentido de
adquirirem condições de enfrentar com eficiência os complexos problemas de
comunicação, bem como de adquirir confiança e franqueza no seu relacionamento
humano.
Neste sentido, a
Teoria das Relações Humanas criou uma pressão sensível sobre a Administração no
sentido de modificar as habituais maneiras de dirigir as organizações. O
enfoque das relações humanas adquiriu certa imagem popular cujo efeito líquido
foi compelir os administradores a:
· Assegurar a participação dos escalões
inferiores na solução dos problemas da empresa.
·
Incentivar maior franqueza e confiança entre
os indivíduos e os grupos nas empresas.
A
comunicação é uma atividade administrativa que tem dois propósitos principais:
· Proporcionar informação e compreensão
necessárias para que as pessoas possam conduzir se nas suas tarefas.
· Proporcionar as atitudes necessárias que
promovam motivação, cooperação e satisfação no cargo.
Estes dois
propósitos, em conjunto, promovem um ambiente que conduz a um espírito de
equipe e um melhor desempenho nas tarefas.
Para a Teoria das
Relações Humanas, a comunicação é importante no relacionamento entre as
posições e no conhecimento e na explicação aos participantes inferiores das
razões das orientações Tomadas.
REDES
DE COMUNICAÇÃO
Os padrões ou cadeias
ou redes de comunicação têm sido extensamente pesquisados. Uma mensagem pode
ser enviada de uma pessoa a outra dentro de várias alternativas de padrões ou
canais de comunicação. O estudo das redes de comunicação tentou inicialmente
encontrar a melhor maneira de comunicar.
ORGANIZAÇÃO
INFORMAL
Existem padrões de
relações encontrados na empresa, mas que não aparecem no organograma.
Encontramos amizades e antagonismos, indivíduos que se identificam com outros,
grupos que se afastam de outros e uma grande variedade de relações no trabalho
ou fora dele e que constituem a chamada organização informal. Essa organização
informal desenvolveu-se a partir da interação imposta e determinada pela
organização formal.
Os padrões informais
de relações são extremamente diversos quanto à forma, conteúdo e duração e nos
mostram que nem sempre a organização social de uma empresa correspondente
exatamente ao seu organograma.
DINÂMICA DE GRUPO
Fundada por Kurt
Lewin a Escola da Dinâmica de grupo desenvolve uma proposição geral de que o
comportamento, as atitudes, as crenças e os valores do indivíduo baseiam-se
firmemente nos grupos aos quais pertence.
Dinâmica de grupo é a
soma de interesses dos componentes do grupo, que pode ser ativada através de
estímulos e motivações, no sentido de maior harmonia e aumento do
relacionamento. As relações existentes entre os membros de um grupo recebem o
nome de relações intrínsecas.
O chefe deve estar
atento às relações entre os componentes do grupo, deve procurar desenvolver o
sentido de equipe, estimulando os seus elementos ao respeito e à estima
recíprocos. As reuniões periódicas, as palestras, as conversas informais com os
componentes do grupo colaboram para que estes resultados sejam alcançados.
Segundo esta Escola
os grupos podem participar do processo de mudança em pelo menos três
perspectivas diferentes, a saber:
Ø O grupo como instrumento de
mudança, nesta perspectiva, o grupo
aparece como fonte de influência sobre seus membros. Os esforços para mudar o
comportamento podem encontrar apoio ou resistência do grupo sobre os seus
membros.
Ø O grupo como meta de mudança, nesta perspectiva, para
mudar o comportamento de indivíduos, pode-se tornar necessário mudar os padrões
do grupo, seu estilo de liderança, seu ambiente emotivo etc. Muito embora a
finalidade possa ser a mudança do comportamento de indivíduos, o grupo torna-se
a meta da mudança.
Ø O grupo como agente de
mudança. Certas mudanças de
comportamento podem ser provocadas somente através de esforços organizacionais
de grupos que atuem como agentes de mudança.
CRÍTICAS
Após o domínio da
Teoria das Relações humanas por cerca de mais de uma década, ao final dos anos
50, entrou em declínio, passando a ser intensamente criticada, a tal ponto que
suas concepções passaram a serem profundamente revistas e alteradas. Citamos a
seguir as principais críticas à teoria:
·
Oposição
cerrada à Teoria Clássica
· Inadequada
visualização dos problemas das relações industriais
·
Concepção
ingênua e romântica do operário
·
Limitação
do campo experimental
·
Parcialidade
das conclusões
·
Ênfase
nos grupos informais
·
Enfoque
manipulativo das relações humanas
Fonte
e Sítios Consultados
www.novosolhos.com.br
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