De acordo com a pesquisa da
TMF Group 2015 - índice que mede a complexidade Global
para se fazer negócios dentro de uma perspectiva de regulamentação e
conformidade - demonstrou que o Brasil subiu 15 posições na classificação em
relação a 2014, substituindo a Bolívia, que caiu para a terceira posição. A
Argentina se mantém no topo do ranking pelo segundo ano consecutivo, sendo que
os três primeiros lugares estão todos contabilizados pelos países
latino-americanos, que também representam metade das 20 primeiras posições do
índice.
Essa pesquisa
anual da TMF Group, um provedor
global, líder na prestação de serviços com alto valor para seus clientes que operam
e que investem globalmente. Este provedor se concentra na prestação de serviços
altamente especializados e críticos, como: negócios de recursos financeiros,
humanos, legais e administrativos que permitem aos clientes a operarem suas
estruturas corporativas, veículos de financiamento e fundos de investimento em
diferentes localizações geográficas. A TMF Group tem operações em mais de 80
países, nas Américas, Ásia-Pacífico, Europa e Oriente Médio. Revela que o Brasil é o décimo país mais complexo do mundo
para fazer negócios – para se chegar a esse resultado foi medida a complexidade
para as empresas multinacionais
cumprirem a regulamentação e legislação corporativa – este estudo contou com 95
países e é liderado pela Argentina, Indonésia e Colômbia. O país menos complexo
é a Irlanda.
E mesmo
com essa avaliação ruim, o Brasil melhorou bastante, afinal, na edição anterior
dessa mesma pesquisa ocupávamos o segundo lugar de mais complexo do mundo.
Segundo a TMF, o Brasil tem feito progressos no sentido de combater a corrupção
e melhorar o ambiente corporativo - embora ainda tenha muitos obstáculos
burocráticos e gargalos processuais. A consultoria conseguiu enxergar o esforço
do governo em aumentar a eficiência na arrecadação de imposto de renda
corporativo e da tributação sobre a folha de pagamento, incluindo a
informatização nessas áreas.
Já o lado negativo deste relatório aponta para
a inflação Brasileira está no maior nível em 12 anos e o dólar subiu quase 50%
ao longo do último ano. E o texto do relatório diz que: “Embora esses fatores não afetem
diretamente a conformidade, eles são um indicativo de que a economia está sob
pressão e, assim, é improvável que o governo seja capaz de implementar as
reformas necessárias para melhorar no ranking de complexidade no curto a médio
prazo".
É
importante ressaltar que o Índice desse estudo anual classifica 95 jurisdições em toda a Europa,
Oriente Médio, África, Ásia-Pacífico e Américas de acordo com a complexidade
para se fazer negócios dentro de uma perspectiva de regulação e conformidade. E o mais preocupante é que dos dez
países mais complexos do mundo, cinco são da América Latina. Segundo
a TMF, embora a região ofereça muitas oportunidades para as empresas
multinacionais, a complexidade é elevada em função dos altos níveis de
burocracia e investimento limitado nas estruturas reguladoras.
"O Brasil tem
tido uma das histórias de crescimento mais empolgantes da década passada, sendo
que a Copa do Mundo e as Olimpíadas só fortalecem a posição do país como um
mercado de destaque para investimentos globais", explica Ricardo
Aquino, Diretor Executivo da TMF
Group no Brasil. "No entanto, as reformas de suas leis e
regulamentações para a abertura e gestão de uma empresa não se adaptaram à taxa
com que a economia cresceu, apresentando muitos obstáculos para empresas do
exterior”.
"A
instabilidade política contínua também desempenha um papel importante, porque
tem atrasado significativamente algumas das peças-chave da legislação
destinadas a simplificar o ambiente de negócios em alguns destes países",
afirma o relatório. A consultoria diz que, embora seja difícil atribuir diretamente
a complexidade à instabilidade política, a maioria dos países com pior
desempenho no ranking atualmente enfrenta consideráveis turbulências nessa
área. "Isso afeta todos os aspectos de uma economia e a infraestrutura
legal de um país, impactando a criação e manutenção de um ambiente de
governança corporativa estável".
Os Especialistas da TMF Group pontuaram que a
burocracia corporativa no Brasil tem mostrado alguns sinais de melhora. Abrir uma empresa de capital estrangeiro no
estado de São Paulo, por exemplo, onde a maioria das empresas do país está
sediada, tornou-se mais fácil por meio da eliminação de várias etapas
burocráticas. A implantação do procedimento eletrônico também cortou pela
metade o tempo necessário para obter um visto de trabalho para estrangeiros.
Para algumas empresas locais, novas medidas foram implementadas para unificar
pedidos de diversas licenças operacionais em um único sistema, reduzindo o
tempo geral de 90 para 30 dias.
Também foram citados outros avanços que
incluem desde a recente instauração de processos acusando vários executivos de
alto nível e políticos por corrupção, bem como a introdução de uma lei
anticorrupção em 2013. Ao mesmo tempo, mais melhorias para reduzir os
obstáculos burocráticos ainda são necessárias. Um investimento pesado em mão de
obra e tempo muitas vezes é necessário para assegurar a conformidade com os
regulamentos locais, fazendo com que a maior economia da América Latina seja um
lugar difícil e caro para se fazer negócios.
A
América Latina
como um todo continua a ser a região mais complexa para as multinacionais
fazerem negócios do ponto de vista regulamentar e de conformidade. Enquanto a Argentina está no topo da tabela,
Colômbia (3º), México (6º) e Bolívia (7º) são os outros países da região entre
os 10 primeiros. Os países vizinhos que têm se saído melhor nos rankings são
Uruguai (55º), Equador (40º), Chile (37º) e Paraguai (29º). A próxima região
mais complexa para se fazer negócios é a Ásia, com três países entre os 10
principais, incluindo Indonésia (2º), China (5º) e Tailândia (9º). No outro
extremo do índice, a Irlanda (95º lugar), foi classificada como o lugar menos
complexo para se fazer negócios em relação à regulamentação e conformidade, em
grande parte devido à sua estrutura de common law (direito comum), ambiente
político estável, estrutura política sólida e atitude favorável aos negócios,
apontou o levantamento.
Fonte e Sítios Consultados
https://www.tmf-group.com/pt-br/media-centre/news-and-insights/january-2015/informacoes-para-a-imprensa
http://b2bmagazine.consumidormoderno.uol.com.br/index.php/negocios/item/6201-brasil-esta-entre-os-10-paises-mais-complexos-para-fazer-negocios
http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/brasil-e-o-10o-pais-mais-complexo-do-mundo-para-negocios
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