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21 de fevereiro de 2016

Brasil é 10º. na Lista dos Países mais Complexos para se fazer Negócios

De acordo com a pesquisa da TMF Group 2015 - índice que mede a complexidade Global para se fazer negócios dentro de uma perspectiva de regulamentação e conformidade - demonstrou que o Brasil subiu 15 posições na classificação em relação a 2014, substituindo a Bolívia, que caiu para a terceira posição. A Argentina se mantém no topo do ranking pelo segundo ano consecutivo, sendo que os três primeiros lugares estão todos contabilizados pelos países latino-americanos, que também representam metade das 20 primeiras posições do índice.

Essa pesquisa anual da TMF Group, um provedor global, líder na prestação de serviços com alto valor para seus clientes que operam e que investem globalmente. Este provedor se concentra na prestação de serviços altamente especializados e críticos, como: negócios de recursos financeiros, humanos, legais e administrativos que permitem aos clientes a operarem suas estruturas corporativas, veículos de financiamento e fundos de investimento em diferentes localizações geográficas. A TMF Group tem operações em mais de 80 países, nas Américas, Ásia-Pacífico, Europa e Oriente Médio. Revela que o Brasil é o décimo país mais complexo do mundo para fazer negócios – para se chegar a esse resultado foi medida a complexidade para as empresas multinacionais cumprirem a regulamentação e legislação corporativa – este estudo contou com 95 países e é liderado pela Argentina, Indonésia e Colômbia. O país menos complexo é a Irlanda.
E mesmo com essa avaliação ruim, o Brasil melhorou bastante, afinal, na edição anterior dessa mesma pesquisa ocupávamos o segundo lugar de mais complexo do mundo. Segundo a TMF, o Brasil tem feito progressos no sentido de combater a corrupção e melhorar o ambiente corporativo - embora ainda tenha muitos obstáculos burocráticos e gargalos processuais. A consultoria conseguiu enxergar o esforço do governo em aumentar a eficiência na arrecadação de imposto de renda corporativo e da tributação sobre a folha de pagamento, incluindo a informatização nessas áreas.
Já o lado negativo deste relatório aponta para a inflação Brasileira está no maior nível em 12 anos e o dólar subiu quase 50% ao longo do último ano. E o texto do relatório diz que: Embora esses fatores não afetem diretamente a conformidade, eles são um indicativo de que a economia está sob pressão e, assim, é improvável que o governo seja capaz de implementar as reformas necessárias para melhorar no ranking de complexidade no curto a médio prazo".

É importante ressaltar que o Índice desse estudo anual classifica 95 jurisdições em toda a Europa, Oriente Médio, África, Ásia-Pacífico e Américas de acordo com a complexidade para se fazer negócios dentro de uma perspectiva de regulação e conformidade. E o mais preocupante é que dos dez países mais complexos do mundo, cinco são da América Latina. Segundo a TMF, embora a região ofereça muitas oportunidades para as empresas multinacionais, a complexidade é elevada em função dos altos níveis de burocracia e investimento limitado nas estruturas reguladoras.
"O Brasil tem tido uma das histórias de crescimento mais empolgantes da década passada, sendo que a Copa do Mundo e as Olimpíadas só fortalecem a posição do país como um mercado de destaque para investimentos globais", explica Ricardo Aquino, Diretor Executivo da TMF Group no Brasil"No entanto, as reformas de suas leis e regulamentações para a abertura e gestão de uma empresa não se adaptaram à taxa com que a economia cresceu, apresentando muitos obstáculos para empresas do exterior”.


"A instabilidade política contínua também desempenha um papel importante, porque tem atrasado significativamente algumas das peças-chave da legislação destinadas a simplificar o ambiente de negócios em alguns destes países", afirma o relatório. A consultoria diz que, embora seja difícil atribuir diretamente a complexidade à instabilidade política, a maioria dos países com pior desempenho no ranking atualmente enfrenta consideráveis turbulências nessa área. "Isso afeta todos os aspectos de uma economia e a infraestrutura legal de um país, impactando a criação e manutenção de um ambiente de governança corporativa estável".
Os Especialistas da TMF Group pontuaram que a burocracia corporativa no Brasil tem mostrado alguns sinais de melhora. Abrir uma empresa de capital estrangeiro no estado de São Paulo, por exemplo, onde a maioria das empresas do país está sediada, tornou-se mais fácil por meio da eliminação de várias etapas burocráticas. A implantação do procedimento eletrônico também cortou pela metade o tempo necessário para obter um visto de trabalho para estrangeiros. Para algumas empresas locais, novas medidas foram implementadas para unificar pedidos de diversas licenças operacionais em um único sistema, reduzindo o tempo geral de 90 para 30 dias.

Também foram citados outros avanços que incluem desde a recente instauração de processos acusando vários executivos de alto nível e políticos por corrupção, bem como a introdução de uma lei anticorrupção em 2013. Ao mesmo tempo, mais melhorias para reduzir os obstáculos burocráticos ainda são necessárias. Um investimento pesado em mão de obra e tempo muitas vezes é necessário para assegurar a conformidade com os regulamentos locais, fazendo com que a maior economia da América Latina seja um lugar difícil e caro para se fazer negócios.



A América Latina como um todo continua a ser a região mais complexa para as multinacionais fazerem negócios do ponto de vista regulamentar e de conformidade. Enquanto a Argentina está no topo da tabela, Colômbia (3º), México (6º) e Bolívia (7º) são os outros países da região entre os 10 primeiros. Os países vizinhos que têm se saído melhor nos rankings são Uruguai (55º), Equador (40º), Chile (37º) e Paraguai (29º). A próxima região mais complexa para se fazer negócios é a Ásia, com três países entre os 10 principais, incluindo Indonésia (2º), China (5º) e Tailândia (9º). No outro extremo do índice, a Irlanda (95º lugar), foi classificada como o lugar menos complexo para se fazer negócios em relação à regulamentação e conformidade, em grande parte devido à sua estrutura de common law (direito comum), ambiente político estável, estrutura política sólida e atitude favorável aos negócios, apontou o levantamento.

Fonte e Sítios Consultados


https://www.tmf-group.com/pt-br/media-centre/news-and-insights/january-2015/informacoes-para-a-imprensa

http://b2bmagazine.consumidormoderno.uol.com.br/index.php/negocios/item/6201-brasil-esta-entre-os-10-paises-mais-complexos-para-fazer-negocios


http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/brasil-e-o-10o-pais-mais-complexo-do-mundo-para-negocios

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