Você deve saber que a matriz SWOT é uma ferramenta de gestão amplamente utilizada
nas empresas para a definição de uma estratégia - sabendo que o SWOT significa Forças – Strengths, Fraquezas – Weaknesses, Oportunidades
– Oportunities’ e Ameaças – Threats – e por conta
disso esta ferramenta é capaz de passar uma real situação interna e estabelecer
se a empresa se encontra FRACA ou FORTE
durante seu Horizonte de Planejamento. De maneira semelhante, ela deverá
encontrar na sua análise externa uma definição clara para o ambiente externo,
descobrindo se haverá mais AMEAÇAS ou OPORTUNIDADES.
Se quiser saber mais sobre Análise SWOT é só acessar este endereço: http://administracaonoblog.blogspot.com.br/2013/09/analise-swot.html
Dessa
forma, a empresa cairá dentro de um dos quadrantes da matriz, tendo assim o
indicativo de qual POSTURA ESTRATÉGICA
é a mais aconselhável para o horizonte de planejamento da empresa. Isso quer
dizer que toda matriz, gráfico ou tabela torna rígida a análise de fatos que
muitas vezes não são tão imutáveis na vida real. Por isso em situações de
indecisões deve-se utilizar o bom senso para uma tomada final do caminho a ser tomado
pela empresa.
Uma Postura de Sobrevivência só deve ser
adotada por um curto período de tempo e mesmo assim, sabendo que as consequências
podem não ser as esperadas. É importante saber que nesse atual mercado global de
mudanças rápidas uma postura de sobrevivência deve ser vista como uma situação
mínima e passageira visando atingir outros objetivos mais tangíveis no futuro,
como lucros maiores, vendas incrementadas e etc.
Na Postura
de Manutenção, deve-se observar que a empresa dispõe de recursos, mas o momento
do seu horizonte indica ameaças e, portanto, a empresa deverá investir
moderadamente, maximizando seus pontos fortes.
Na Postura
de Crescimento percebe-se que existe uma oportunidade para a empresa adquirir
resultados satisfatórios já que o ambiente externo está proporcionando formas e
oportunidades para consegui-los.
E em
uma Postura de Desenvolvimento é sugerido que a empresa leve as suas
estratégias bem próximo do limite, afinal a empresa precisa estar bem forte
junto com o ambiente de oportunidades para assumir essa postura – O importante
é saber dosar os passos da empresa nesta hora para que ela não aja de uma forma
muito ousada nessa situação, o que pode representar uma perda sensível para
ela.
Vamos
acompanhar algumas estratégias:
Redução de custos:
Estratégia
de negócios onde a empresa pretende conseguir os resultados através de uma redução
dos custos operacionais. Para isso, é necessário verificar os custos fixos como
fonte de redução. Outros custos possíveis são: redução de níveis de estoque,
diminuição de compras, efetuar leasing de equipamentos, melhorar a
produtividade, reduzir promoções. Deve também realizar a análise de Paretto
como um formato objetivo de encontrar quais despesas são altas e podem gerar
resultados com suas economias.
A
saber: Vilfrido Paretto foi um sociólogo italiano
que realizou pesquisas econométricas e com seu trabalho, conseguiu verificar um
fato que levou o nome de “Princípio de Paretto” – “Em toda relação de valores,
sempre existem poucos itens importantes e muitos triviais”. O uso dessa
análise se faz de uma forma simples, relacionando todos os valores em análise,
ordenando-os do maior para o menor e fazendo um gráfico dos valores x itens. A curva obtida mostrará a
incidência de poucos itens de alto valor e muitos com baixos valores, onde a
redução, geralmente indicada nas empresas, não será tão significativa.
A
partir deste princípio originou-se a “Curva
ABC” usada em administração de materiais.
Não
confundir essa estratégia de sobrevivência com campanhas de redução de água,
luz, telefone que algumas empresas usam, sem resultado significativo. É uma estratégia
de baixo investimento e baixo risco.
Desinvestimento:
Essa é uma estratégia de negócios onde
a empresa desativa uma parte da empresa ou linha de produtos, com a finalidade
de conseguir o resultado de sobrevivência. Ex.: empresa de microcomputadores
que passa a fabricar equipamentos de telecomunicações e chega um momento em que
a segunda linha não corresponde às expectativas de lucro, passando a
comprometer a empresa como um todo. Exige baixo investimento e pouco risco.
Liquidação:
Estratégia de negócios onde a empresa
encerra suas atividades por não obter os resultados desejados.
Estabilidade:
Estratégia de negócios onde a empresa
procura um equilíbrio entre finanças, produção e vendas, além de firmar o nome
no mercado. Aproveita-se que a empresa está forte e o ambiente é de ameaças,
sendo um momento propício para tomar fatias da concorrência. Baixos
investimentos e baixos riscos.
Nicho:
Estratégia de negócios onde a empresa
vai atender uma parcela restrita, especializada e exigente, de mercado. A
empresa fica concentrada em preservar suas vantagens adquiridas, não procura
expansão geográfica e corre riscos menores. Escolhe-se primeiro o nicho, ou
seja, quais as necessidades exigidas pelo nicho e depois se adequa o
produto. Ex.: carros para deficientes físicos. Em geral, poucos investimentos e baixos
riscos.
Especialização:
Estratégia de negócios onde a empresa
decide investir em tecnologia, marketing e design, para tornar seu produto
referência de mercado. Em geral se consegue redução de custos unitários pelo
processamento em massa e, consegue-se aumentar preços. Ex.: bolsa Victor Hugo,
Gillete. Abaixa custo e aumenta preço – lucro maior. Para ser referência, além
de diferenciar o produto, há que se fazer muito marketing para passar esta
diferenciação. Exige alto investimento em tecnologia e marketing, com baixos
riscos.
Inovação:
Estratégia de negócios onde a empresa
decide lançar de uma forma programada, periódica ou constante, modificações no
produto, com as finalidades de conseguir fatias de mercado e provocar a
concorrência. Ex.: Omo, Gillete. Não é qualquer inovação. A mudança de detalhes
nos carros, anualmente, para distinguir modelos, por exemplo, não é uma
estratégia de inovação, pois todos fazem no mesmo período. Estratégia que exige
alto investimento em pesquisa. Tem risco moderado.
Joint-Venture
(união para aventura)
Estratégia
de negócios onde duas ou mais empresas formam uma terceira, permanecendo as
empresas iniciantes, com suas características originais, para que a nova
empresa possa vencer uma barreira legal ou mercadológica. Ex.: Ford e VW formam
a Autolatina, Sadia e Perdigão formam uma trading para exportação. IBM e
Gerdau, na época do governo militar, fizeram uma empresa de computadores, pois
o governo proibia que empresas estrangeiras fabricassem micro no país. Essa
estratégia exige investimentos na formação da empresa. Os riscos são variados,
dependendo da atividade e das empresas conseguirem manter essa empresa livre a
concorrência que há entre as empresas formadoras da união.
Franchise
(franquia):
Estratégia de negócios onde a empresa
decide crescer, usando capital de terceiros, cedendo o uso da marca e o
Know-how, bem como controlando o processo. Ex.: McDonald’s, Boticário, Mundo
Verde, etc. No Brasil os números de franquias são altíssimos. Deve-se entender
essa estratégia mais do ponto de vista do franqueador, pois é ele que decide
abri-la e comanda o negócio como um todo. O franqueado segue regras e não
aparece no negócio e deve analisar sua estratégia ao decidir participar do
negócio e assinar contrato. Para o franqueador, são necessários baixos
investimentos e baixo risco. Para o franqueado, vai depender da inicialização
do projeto e de seus investimentos. Os riscos são moderados.
Expansão:
Estratégia de negócios onde a empresa aumenta
seu volume de vendas, finanças ou produção, sem alterar suas características.
Ou seja, a empresa cresce, sem alterações na sua identidade. É a estratégia
mais comum e mais simples. O risco é pequeno e o investimento depende do
tamanho da expansão.
Internacionalização:
Estratégia de negócios onde a empresa
passa a ter atividades num país diferente do seu atual. É uma estratégia de
desenvolvimento de mercado (ver abaixo), porém geralmente é tratada
separadamente por envolver a ideia de sair do país. Estratégia de alto risco e
de muito investimento, porém rentável. Há que se tomar cuidado com os problemas
culturais, hábitos, costumes e linguagem. É importante cumprir prazos e
detalhes contratuais. As formas de internacionalização são:
-
levar só o produto, sem
nome, para um representante distribuir com a marca dele;
-
levar o produto com a sua
marca para o representante distribuir;
-
montar a distribuição;
-
montar a empresa completa
(multinacionais)
Desenvolvimento
de produto:
Estratégia de negócios onde a empresa
lança um novo produto, diferente do seu atual, no mercado onde ela já domina
com seu produto, atua e conhece. Estratégia cara, pois exige investimento para
pesquisar, obter tecnologia para iniciar a produção e venda do novo produto.
Corre-se o risco de rejeição do novo produto pelo mercado, comprometendo as
vendas do atual. A vantagem é conhecer o mercado e ter um canal de
distribuição, caso sirva para o novo produto. Ex.: Empresa vende queijo e lança
doce de leite no mesmo mercado.
Desenvolvimento
de mercado:
Estratégia de negócios onde a empresa leva seu
produto atual para um novo mercado, diferente do seu atual, (ver
internacionalização). Estratégia de baixo risco e baixo investimento. A
vantagem é dominar o processo produtivo e caso haja rejeição no novo mercado,
volta-se para o mercado base. Ex.: Empresa de queijo em MG leva o produto para
São Paulo.
Desenvolvimento
misto:
Estratégia de negócios onde a empresa
lança um produto novo num mercado novo, diferente do seu mercado atual onde
domina com seu produto atual. Estratégia cara, pois exige recursos para o
desenvolvimento do novo produto e do novo mercado sendo também de alto risco. A
vantagem é não arriscar o produto novo, no mercado que ela domina e caso haja
sucesso no mercado novo, ela pode levar o produto atual para o novo mercado,
além de poder trazer o produto novo para o mercado atual. Ex.: Empresa de
queijo de MG lança doce de leite em São Paulo.
MATRIZ
DE ANSOFF:
DESENVOLVIMENTO
|
PRODUTO
NOVO
|
PRODUTO
ATUAL
|
MERCADO
NOVO
|
Misto
|
Desenvolvimento
de mercado
|
MERCADO
ATUAL
|
Desenvolvimento
de produto
|
Penetração
de mercado
|
Diversificação
horizontal:
Estratégia de negócios onde a empresa
passa a dominar outros tipos de negócios diferentes do seu atual, permanecendo
no mesmo nível de escala produtiva, usando os mesmos insumos, tecnologias e
clientes. Estratégia de baixo risco e relativo investimento. Ex.: Confecção de
camisetas passa a ter fábrica de meias, cuecas, camisas, etc.
Diversificação
vertical:
Estratégia de negócios onde a empresa
passa a dominar outros tipos de negócios diferentes do seu atual, incorporando
outros níveis de escala produtiva.
Quando assume nível anterior, (em
direção ao fornecedor) a estratégia se chama Backward integration e, no nível
posterior (em direção ao consumidor) chama-se Forward integration. Estratégia cara
e de alto risco. Provoca o engessamento dos negócios, pois a empresa vira
cliente dela mesma. Exige o domínio de diferentes tecnologias e muita
imobilização de capital. Deve ser usada quando a empresa tem dificuldades no
fornecimento de insumos. Nos mercados atuais, de grandes dimensões, fica
difícil para a empresa atender vários segmentos. Ex.: Confecção passa a ter
malharia, fiação, ou distribuição e lojas.
Diversificação
conglomerativa:
Estratégia de negócios onde a empresa passa
a dominar empresas de ramos diferentes do seu original formando o que se chama
de conglomerado de empresas. Diferencia-se da verticalização, pois uma empresa
não depende da outra. Estratégia cara e de alto risco, porém menos risco que a
verticalização.
O conglomerado exige uma Holding, ou seja, uma
empresa controladora do grupo cuja missão é maximizar os lucros do grupo de
empresas. Ex.: Bradesco: (bancos, seguradoras, financeiras, fazendas, gráficas,
eletrônica, informática, peças automotivas, inseminação artificial etc.);
Votorantim: (Cimento, zinco, alumínio, celulose, aço, banco, têxtil, citro
cultura, etc.); Rio Vermelho Participações; (são mais de 70 empresas do grupo
Camargo Correa como, por exemplo, construção civil de várias áreas, mineração,
energia elétrica, Alpargatas, Santista etc.); Rede Globo: (TV, rádios, jornais,
TV a cabo, editora, eletrônica etc.).
Fusão
de empresas:
Estratégia de negócios onde duas ou
mais empresas se unem numa só. Tem a vantagem de redução violenta de custos,
redução da administração, dos departamentos de vendas e financeiros, do canal
de distribuição e provocando um fortalecimento da empresa. Ex.: Ambev,
laboratórios farmacêuticos e bancos que recentemente se fundiram.
Observação:
No Brasil, a exemplo de vários outros países, principalmente os mais
desenvolvidos, existe um órgão de governo chamado CADE que regula, vigia e limita a participação no mercado na mão de
uma só empresa. Nesse caso deve-se verificar se tal fusão não irá ultrapassar
os limites em vigor.
Cartel:
Estratégia
de negócios onde a empresa decide combinar com outras empresas a definição de
regras de mercado que irão praticar, tais como: áreas de atuação, volume de
negócios, produção, tipos de produtos e preços. Isso é ilegal – desde que seja comprovado
– pois engana o mercado e frustra a livre concorrência.
Dumping:
Estratégia de negócios onde a empresa,
decide abaixar seus preços, por um longo período, às vezes abaixo do seu custo,
para prejudicar de forma irreversível, o concorrente. Isso também é ilegal e
imoral, já que visa frustrar a livre concorrência, e enganar os clientes.
Truste
(to trust = confiar):
Estratégia de negócios onde a empresa
entrega sua administração à outra, seguindo suas orientações. Ex.: banco de um
estado americano segue orientação de outro.
Circunstâncias
de Mercado:
1 – Monopólio:
circunstância de mercado em que uma única empresa atua com o seu produto.
2 – Oligopólio: circunstância de
mercado que poucas empresas dominam o mercado. Ex.: cimento, aço, geladeira,
etc.
3 – Monopsonia: circunstância de
mercado onde existem vários produtores para um só comprador. Ex.: uma
siderúrgica para várias mineradoras.
4 –Oligopsonia: circunstância de
mercado onde existem poucos compradores para vários produtores. Ex.: poucos
laticínios para muitos produtores de leite.
Observação:
Os quatro conceitos acima são situações de concorrência
imperfeita. Eles apresentam um desequilíbrio e prejudicam um lado ou outro,
dentro do mercado. Não são estratégias, pois não são decididas pela empresa, na
sua forma original. Uma empresa que quisesse ser monopolista, por exemplo, a
partir de um mercado já definido, teria que aplicar dumping, fusões ou demais
estratégias até se tornar única. Atentar para o fato de que nos oligopólios e
oligopsonias, existe, de uma forma natural, convergência de preços, fato já
analisados pelos economistas, sendo, portanto prudente não acusar previamente
empresas de praticar cartel ou outras irregularidades.
Fonte e Sítios Consultados
www.machadosobrinho.com.br
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