Harry Houdini - sua história
Ehrich Weisz
nasceu em Budapeste no dia 24 de março de 1874, mais conhecido como Harry Houdini, ("O Grande Houdini”), ele foi um dos
mais famosos escapologistas e ilusionistas da
história.
Sabe-se que a sua família emigrou para os Estados Unidos, quando
Houdini tinha quatro anos, em 3 de julho de 1878, a bordo do navio SS
Fresia. Teve uma infância muito pobre, o que o obrigou a trabalhar desde
cedo. Erik era judeu e filho de um rabino conhecido, o Rabino Mayer Samuel
Weisz, que, ao chegarem à América, tornou-se Rabino da Congregação Sionista.
Erik tinha sete irmãos e se considerava diferente deles, um pouco mais artista
laico do que religioso. Porém, Houdini nunca deixou de lembrar a sua origem e
do seu povo. Curioso citar que o sobrenome da família originalmente era Weisz,
modificado para Weiss, e Erik para Ehrich pela pronuncia alemã, pois no início
do século XX, já se pressentia levemente o que viria a ser uma perseguição ao
povo judeu. Foi perfurador de poços, fotógrafo, contorcionista, trapezista. Foi
também ferreiro e nesse ofício ele aprendeu os truques que mais tarde o
transformariam no maior mágico ilusionista do mundo.
Houve uma vez que o seu chefe encarregou-lhe de abrir um par de algemas
cuja chave um policial perdera. Após inúmeras tentativas usando serras, Houdini
teve a ideia de pinçar a fechadura para abri-la. Ele conseguiu e a maneira como
fez serviu de base para abrir todas as algemas que empregava em seus truques.
Erik começou sua carreira em Appleton, no estado do Wiscosin, e já com 9
anos era trapezista nos eventos que seu pai organizava para a congregação.
Gostava de ser chamado de “Ehrich, o príncipe do Ar”. Durante sua infância, a
situação financeira da família se deteriorava rapidamente, então, o jovem
Ehrich, começou a trabalhar. Fazia todo tipo de trabalho, mas entre idas e
vindas, nunca deixava de praticar sua paixão pelo trapézio, e logo ensaiava
alguns truques de mágica. Em pouco tempo, percebeu que era isso o que queria
fazer e foi dedicar-se para aprender seus ligeiros passos de mágica.
Seu pai era absolutamente contra, queria que Ehrich se dedicasse para a
congregação, mas logo em seguida aceitou a causa. Ehrich já não queria mais ser
conhecido como “Ehrich, o filho do rabino” e passou a utilizar o codinome de
“Harry Houdini”, em homenagem ao seu mestre (mesmo que à distância), Jean
Eugene Robert-Houdin. Em 1893 passou a apresentar-se com alguns de seus irmãos,
tendo criado um show com o nome de “The Houdini Brothers”. Durante uma
apresentação, Houdini conheceu Bess Rahner, uma jovem americana com quem se
casou, e passou a ser sua assistente de palco.
Reconhecimento
A grande virada de Houdini se deu em 1899, quando conheceu o empresário
Martin Beck que ficou impressionado com suas apresentações. E, assim, agregou
as apresentações de Houdini às dos grandes mágicos até o início do ano 1900,
quando Houdini voltou para a Europa. Dessa vez, em uma turnê exclusiva.
O grande ato de Houdini chamado “Handcuff Act” era ser preso totalmente
e livrar-se da caixa de prisão. Esse truque lhe valeu fama e fortuna. Passou em
turnê pela Inglaterra, Escócia, Holanda, Alemanha, França e Rússia. Em cada
cidade, a policia local gostava de testar Houdini, e prendia-o em suas celas.
Houdini sempre conseguia escapar.
Durante os anos de 1907 e 1910, Houdini fez grande sucesso na América.
Saía de jaulas, e é claro, sempre fazia seu grande número, o “Handcuff act”,
causando enorme empolgação da plateia. Em 1912, Houdini chegou ao seu ápice.
Conseguiu superar todos seus concorrentes com um ato chamado “Chinese Water
Torture Cell”, na qual ele era suspenso pelas pernas dentro de um “aquário” de
vidro cheio de água, preso, amarrado e imobilizado. E em instantes deveria
soltar-se, o que fazia com grande êxito. Na verdade, Houdini tinha 3 minutos
para sair, se não conseguisse, sua esposa-assistente deveria quebrar o aquário
e retirá-lo.
Desde então passou a se apresentar como mágico, fazendo números nos
quais se libertava não só de algemas, mas também de correntes e cadeados,
dentro de caixas, dentro de tanques fechados; dentro e fora d'água, de todo o
jeito. Fez um sucesso enorme e ninguém até hoje conseguiu desvendar seus
truques por completo, mesmo depois dele ter escrito boa parte dos segredos em
livro.
Houdini tinha habilidades impressionantes, ele era capaz, por exemplo,
de ficar vários minutos dentro de água sem respirar. E foi numa destas
demonstrações de suas habilidades - a "incrível resistência torácica"
- que ele morreu. Após apresentar o número para uma platéia de estudantes em
Montreal, no Canadá, enquanto ele ainda exibia o "super" tórax, um
dos estudantes, boxeador amador, invadiu os bastidores e sem dar tempo para que
Houdini preparasse os músculos, golpeou-lhe o abdômen com dois socos. Os
violentos golpes romperam-lhe o apêndice, e quase uma semana depois ele morreu
num hospital de Detroit. Era o fim de Harry Houdini, considerado até hoje o
maior mágico que já existiu.
Houdini também atuou como um desenganador, tentando desmascarar
determinadas pessoas que segundo ele eram charlatões disfarçados de
paranormais.
Morte
Harry Houdini morreu de peritonite secundária, devido ao apêndice
rompido, ocasionado por traumas abdominais múltiplos, provocados por um
estudante da Universidade McGill em Montreal.
As testemunhas oculares foram os estudantes Jacques e Sam Smilovitz. De
acordo com a descrição dos eventos, Houdini estava reclinando em sua poltrona
após um número, tendo um estudante de Artes o confrontado. Quando o estudante
Whitehead adentrou e perguntou se era verdade que Houdini suportava pancadas de
todo o tipo no estômago e ele respondeu afirmativamente. O ilusionista foi
batido três vezes, antes que pudesse se preparar para tal. Whitehead continuou
lhe golpeando diversas vezes mais tarde, segundo rumores. Houdini manifestou
dores. Embora com sérias dores, Houdini inobstante continuou a viajar sem
procurar ajuda médica. Sofrendo de uma provável apendicite por dias e tendo
recusado o tratamento médico, seu apêndice provavelmente estouraria por si,
mesmo sem o trauma.
Quando Houdini chegou ao Teatro Garrick em Detroit, Michigan, em 24 de
outubro de 1926, para o que seria a sua última apresentação pública, estava com
febre de 40º C. E havia suspeita de apendicite. Ele não se importou e foi
entrar em cena. Para ele, seu público era sua vida. Durante a apresentação do
“Chinese Water Torture”, Houdini não saiu em 3 minutos. Sua esposa-assistente
quebrou o vidro e Houdini estava desacordado. Levado até o hospital Detroit’s
Grace Hospital, foi atendido por um jovem residente chamado J. Gordon. Houdini
faleceu neste dia, de peritonite, devido à ruptura do apêndice.
Após terem sido feitos exames de corpo delito e post mortem, a companhia
de seguro de Houdini concluiu que a morte se deu devido ao incidente com o estudante
e seu seguro de vida foi pago em dobro.
Funeral
O funeral de Houdini realizou-se em 4 de novembro de 1926 em Nova York,
com mais de 2.000 pessoas presentes. Membros da sociedade de mágicos americanos
compareceram a seu enterro no Cemitério Judaico de Machpelah no bairro do
Queens. Em sua lápide foi afixada a insígnia da sociedade dos mágicos. No dia
do aniversário de Houdini, essa sociedade mágica realiza a Cerimônia da Varinha
Mágica Quebrada, em sua lembrança. A esposa de Houdini, Bess, morreu em 1943 e
não pôde ser enterrada com ele por não ser de origem judaica.
Fonte
e Sítios Consultados
https://pt.wikipedia.org/wiki/Harry_Houdini
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