O mosquito Aedes
aegypti transmissor de doenças como a dengue, a
febre amarela, a febre chikungunya e o vírus Zika é originário do Egito, na
África, e desde o século 16 ele vem
se espalhando pelas regiões tropicais e subtropicais do planeta – aqui no
Brasil, como veremos abaixo, esse vetor chegou ainda no período colonial
trazido pelos navios com os escravos.
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Quando Oswaldo Cruz
assumiu a direção do Departamento Nacional de Saúde Pública no Brasil, já estávamos
muito doentes. E a região que mais sofria no Brasil, era o Rio de Janeiro e
estamos falando do final do século XIX. E,
eram duas as doenças que tiravam o sono das autoridades e de toda a
população: a febre amarela e a varíola.
Sempre que o assunto é sobre as epidemias
na história do Brasil, logo a primeira a ser lembrada é a febre amarela. E desde aquele tempo
ela já era transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti –
mosquito esse que chegou aqui no Brasil no século XVII a bordo dos navios que vieram da África. Os primeiros
relatos dos casos são da data de 1685, no Recife, e em 1692, na cidade de
Salvador.
De
acordo com o Instituto Oswaldo Cruz, o Aedes
aegypti foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, porém ele
só obteve o seu nome em definitivo no ano de 1818 após a descrição do gênero Aedes.
Algo muito interessante, é que durante
o século XVIII não foram relatados
casos dessa doença no Brasil – e ela só retornou entre 1849 e 1850 na forma
de uma grande epidemia que assolou quase que o Brasil todo, e uma das cidades
mais atacadas o Rio de Janeiro. E esse surto epidêmico fez com que o Império agisse
tomando medidas que puderam ser consideradas de saúde pública, afinal o governo
daquela época, por meio de um decreto, tentou limpar as cidades purificando o
ar. Mas, mesmo assim, a febre amarela continuou a atacar e ainda não se
imaginava que a causa da doença era um mosquito e a partir do ano de 1850 ela
se tornou endêmica no
Rio de Janeiro. O número de vítimas passou a aumentar assustadoramente e
entre os anos de 1880 e 1889 foram registrados 9.376 casos.
E foi só no final do século XIX que a solução para a febre amarela surgiu, afinal, até essa época as teorias sobre a
doença eram inúmeras. Muitos, aqui no Brasil acreditavam que o clima, o solo
e o ar poderiam ser propícios para o seu surgimento; por isso aquela ideia de
limpar o ar. E foi quando um cientista cubano descobriu que a febre amarela
era transmitida pelo mosquito Aedes
aegypti – e como Oswaldo Cruz já tinha conhecimento do trabalho
desenvolvido em Cuba ele então iniciou a sua luta para acabar com a febre
amarela na cidade do Rio de Janeiro, recebeu amplo apoio do presidente
Rodrigues Alves, que havia perdido um dos filhos por causa dessa doença.
E
o apoio político foi muito importante para que a ação do sanitarista obtivesse
resultados positivos, pois, nos meios científicos, muitos médicos não
acreditavam que um ‘simples’ mosquito poderia ser o transmissor da febre
amarela. Para combater a doença e o mosquito, Oswaldo Cruz dividiu a cidade
em distritos e organizou as chamadas “brigadas mata–mosquitos”. Conta-se que
as “brigadas” tinham o poder de invadir e isolar qualquer residência suspeita
de abrigar focos do mosquito.
E já naquele tempo ficaram conhecidas como
as medidas de profilaxia de Oswaldo Cruz: que tiveram a característica de uma
campanha militar, já que os doentes eram isolados e a cidade ficou sob a
constante vigilância das autoridades policiais e sanitárias – é importante saber
que houve uma imposição de normas de higiene e vigilância sobre a cidade e os
hábitos da população, o que acabou caracterizando isso como uma prática autoritária.
Mas, o fato é que contra a febre amarela Oswaldo Cruz obteve sucesso.
Só que depois foi preciso enfrentar a
varíola, e para quem ainda não sabe, a varíola
é uma das doenças mais antiga e responsável pela perda de muitas vidas ao
longo da história que se tem notícia – sabe-se que ela é causada pelo vírus, Orthopoxvirus
variolae, ela tirou muitas vidas ao longo da
história. A sua presença marcou importantes períodos, como a Idade Média,
época em que recebeu inúmeras denominações, como “pequena
pústula” e até mesmo o nome usado até hoje, “varíola”.
O fato é que atualmente, depois de um rápido
levantamento dos índices para o Aedes aegypti
(LIRAa) - que se baseia em dados de outubro
e novembro de 2015 e acumulam informações de 1.792 cidades – esses dados
mostram um total de 199 municípios brasileiros em situação de risco de surto
de dengue, chikungunya e vírus Zika
devido à presença significativa do Aedes aegypti. Essa classificação foi
feita com base nos dados reunidos pelo Ministério da Saúde levando em conta o
fato de que em mais de 4% das casas
visitadas nesses locais foram encontradas larvas desse mosquito.
Fonte e Sítios Consultados
http://agenciabrasil.ebc.com.br
http://www.aprendebrasil.com.br
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16 de janeiro de 2016
Aedes aegypti frequenta o Brasil desde o século 17
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