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24 de julho de 2015

TURNING POINT e o Brasil do Amanhã



Infelizmente, a nossa história reforça a ideia de que os fantasmas das crises parecem ser uma constante aqui no Brasil - em outras palavras isso significa admitir que o brasileiro já nasce marcado para ser uma vítima de vários momentos 'terríveisiguais aos que estamos vivenciando desde o ano de 2015, essa tremenda crise nacional de falta de caráter que alguns fazem questão de não enxergar, talvez pelo fato de saberem que as crises sempre trazem a reboque algumas ideias de transformações súbitas, de perturbação coletiva, de dificuldades sem precedentes e até talvez, de um momento de fim para muitos de nós.

Talvez o alerta de ‘turning point’ já esteja ligado há algum tempo, afinal, a situação pela qual o Brasil vem é de particular gravidade, com pouquíssimas chances de uma recuperação total.



 Mesmo que muitos insistam que se trata de só mais uma crise econômica e para reforçar isso, vivem repetindo que é só mais uma fase de desemprego... - já o senso comum do brasileiro, mesmo dos mais humildes, já é capaz de registrar a existência de uma crise na ruptura nos padrões pessoais e da coletividade tidos como normais. Alguns estudiosos utilizam palavras ‘obscuras’ para qualificar quando alguma situação é capaz de afetar a ordem social colaborando para a quebra dos padrões tradicionais de uma organização social e automaticamente comprometendo toda a ordem social de um povo. Em outras palavras o Brasil vive uma tremenda crise de consciência, a qual é capaz de criar uma grande inquietação popular, que por si só vem multiplicando cada vez mais a existência de problemas éticos na nossa sociedade.

É de relevante importância que os brasileiros entendam este momento dramático do nosso País e ao mesmo tempo, percebam que as crises funcionam como remédios capazes de nos levar a um renascimento, onde os nossos erros cometidos no passado, no presente e os que ainda iremos cometer no futuro se transformem num ponto "crítico" que demarque toda a nossa insatisfação em relação ao que estamos vivenciando nos últimos tempos. Mas é importante que isso não fique apenas nos discursos de protestos ou num bater de panelas, é preciso que transformemos toda essa insatisfação no nosso combustível para criarmos condições de vivermos melhor num futuro que está logo aí. 



O fato é o seguinte, não é porque uma relação está em crise que seremos capazes de dizer que ela perdeu totalmente o sentido, mas sim, que é preciso existir algumas ações básicas e um melhor acabamento no seu andamento. Assim como uma crise de governo não é capaz de decretar o seu fim - mas ela serve sim, para apontar uma nova direção, novas soluções e condutas para que essas mudanças de rumo sejam capazes de sustentar tal Governo. Talvez o grande problema dos Brasileiros seja que ainda não aprendemos a enterrar o nosso passado, já que por muitas vezes o Brasil do presente é guiado por resquícios de um passado que ainda fazemos questão de mantê-lo vivo e por diversas vezes, o utilizamos como um ‘gps’ para nos guiar em direção ao futuro.

A história sempre demonstrou que a maioria das transformações só fez o mundo evoluir e isso deveria funcionar também com os projetos e as convicções das pessoas, dos governantes e das organizações brasileiras. O fato de se fechar para as transformações do mundo é o mesmo que aceitar a perda da nossa capacidade de continuar vivendo em uma realidade que não para de mudar e o pior, é verificar que estamos abrindo mão de um futuro melhor. 



Não podemos ignorar que nos momentos de crise sempre vêm à tona as misérias, vários tipos de mesquinharias, assim como surgem algumas grandezas humanas, ou seja, as desigualdades sociais aparecem ao mesmo tempo em que surgem autênticos líderes: talvez seja este o grande problema dos brasileiros no século 21. Afinal, quem são os nossos verdadeiros líderes? Será que eles existem atualmente? Essa pergunta parece não ter uma resposta e o mais preocupante é que quando tais ‘líderes’ são chamados a liderar um povo, e não o fazem, é sinal de que todos estarão fadados a ser engolidos pelas crises. 

Encerrando este, seria importante que os brasileiros percebessem a dimensão desta crise de 2016 e não desperdiçassem a sua energia e o seu tempo com discussões sobre partidos políticos a ou be isso tem uma razão muito simples, todos eles são feitos da mesma coisa! Os brasileiros deveriam aproveitar este momento para criar iniciativas e processos capazes de ampliar as margens de controle do nosso país e é claro, isso só será possível se houver uma perspectiva política que venha a interagir com todo o interesse de uma nação, visando à preparação das nossas instituições para o futuro. 


Fonte e Sítios Consultados

http://www.artnet.com.br




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