No Brasil
é comum ouvirmos muitas opiniões sobre os erros da administração pública
brasileira, sobre o sucesso de alguns administradores do setor privado e mais
recentemente, o assunto que tomou conta de todas as manchetes dos noticiários foi
o fato do Brasil conviver com vários administradores corruptos. Por todos estes
motivos, resolvemos identificar os efeitos
do poder e da política existentes na rotina dos administradores da
contemporaneidade. Vamos iniciar enfatizando que o curso de administração é
recomendado para quem deseja participar da realização de coisas, isso em razão desta
área dar ênfase especial aos métodos e processos que visam assegurar uma ação
positiva e ao mesmo tempo, promover uma ação concatenada por parte de um grupo
de indivíduos.
Estamos em uma
época de complexidades que nunca foram vivenciadas pelas organizações mundo
afora, e isso tem exigido novas habilidades e competências dos administradores.
Neste novo cenário, os administradores têm um papel fundamental e um grande
desafio imposto a eles, que é o de serem agentes transformadores totalmente
adaptados a essa nossa realidade atual. E tem mais, a articulação política é
uma tarefa importante dos Administradores atuais, isso porque até 15 anos atrás,
essa tarefa só seria desenvolvida por este profissional após algum tempo de
dedicação e empenho em funções diretivas que só auxiliariam nas tomadas de
decisão.
As
organizações buscam por profissionais que saibam conciliar o interesse pessoal
com os da organização - e é exatamente neste momento que entra o administrador com ética, com responsabilidade e competência. Isso em razão de ser ele o responsável por decisões
estratégicas trabalhadas no campo das crenças/valores organizacionais ou na
forma de apostas em termos de resultados, que, com limites, são definidos pelas
preferências pessoais de quem tem o poder de decisão.
Talvez os
casos de corrupção aconteçam nas empresas a partir de alguns fatos, isso porque
desde muito tempo, as organizações são descritas como entidades políticas nas
quais os processos decisórios operam os “espaços”
em que os indivíduos competem para satisfazer seus interesses pessoais. E,
embora alguns desses indivíduos possam ter alguns objetivos comuns como o
sucesso da empresa, a percepção básica é de que os objetivos ou pontos de vista
individuais estão acima dos organizacionais. Isso acontecendo, a consequência é
o surgimento de conflitos.
Neste
século 21 não existe nada mais valioso do que a informação, e esse fator é
primordial para as decisões políticas, afinal elas podem ser afetadas pelo
controle de como e quais informações são disponibilizadas. Embora a primeira
impressão possa ser negativa, em determinados ambientes organizacionais de
contexto coletivo, pode ser que a abordagem política seja a melhor maneira para
se chegar a uma decisão satisfatória.
Existe
uma classificação de dois níveis possíveis de políticas e conflitos:
1º. Nível - estão
as políticas e conflitos presentes, mas não dominantes;
2º. Nível - a
política é o sistema dominante, com forte conflito, que fragiliza os outros
sistemas de influência ou se origina da fragilidade desses.
A
política organizacional, não deve ser encarada como uma simples disputa dos
opostos pelo poder, afinal ela tem a função de equilibrar as forças dos
sistemas da organização, podendo aumentar ou enfraquecer determinado sistema –
mas sempre com a intensão de fortalecer a organização.
Também é
necessário saber que toda articulação de políticas tem custos importantes. Dentre eles, podemos destacar:
A - o temor
da perda de poder (controle
de meios imateriais, jurisdição, competência e orçamento);
B - perda de
influência nos níveis superiores por conta da horizontalidade dos novos
processos;
C - oposição
à hierarquização histórica;
D - necessidade
de mudanças institucionais com possível aumento da desconfiança e decorrentes
acirramentos burocráticos;
E - estabelecimento
de relações com organizações com baixo nível de controle (como, por exemplo, ONGs)
F - e, por
último, gastos não previstos no orçamento.
Afinal,
com a democracia, os efeitos da globalização e com as ondas constantes das inovações
tecnológicas, tudo isso vem provocando mudanças drásticas nas organizações
privadas e públicas, impondo-lhes uma tomada de decisão crucial: ou se adaptam
e evoluem para os padrões mundiais de produção de bens e serviços, ou simplesmente
continuam a vivenciar o isolamento dos seus mercados/nações e a sofrer com os
riscos dos concorrentes locais.
Não há
dúvidas dos benefícios das articulações políticas serem significativos. Entre todos
os benefícios, podemos destacar:
A - o
aproveitamento das capacidades mais adequadas de cada instituição participante;
B - o desvio
de duplicações de esforços com, pelo menos, a moderação de seus efeitos
indesejáveis;
C - a
redução dos riscos de se deixar alguma área desatendida;
D - a minimização
de esforços contraditórios e, sobretudo, a maximização de resultados e a
redução de custos.
Além
desses benefícios gerais vistos acima, é preciso enfatizar que a articulação
política reforça o valor de cada colaborador, e para isso basta algumas atitudes
simples, como:
A - Melhorar a supervisão e reduzir
a corrupção;
B - Reforçar o sentido de pertença dos membros de cada
uma das
organizações a entidades maiores;
C - Capacitar recursos humanos no curso da
experiência
D - Oferecer oportunidade de comparação e “abrir” as
mentes dos
funcionários.
Todo Administrador precisa de competências
para lidar com pessoas (gerenciar
conflitos), criatividade nas tomadas de decisão (saber
negociar e lidar com imprevistos) e, principalmente, saber da sua responsabilidade
em cumprir com as obrigações da organização obtendo sempre o melhor resultado possível.
Fonte e Sítios Consultados
http://www.cfa.org.br
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