O tema felicidade no
trabalho se tornou uma febre entre os muitos veículos especializados em
assuntos corporativos. E olha, já faz tempo que os empregadores sabem
que gerar valor para o funcionário não é algo que se limita apenas à questão
salarial. No século passado (há alguns anos atrás), as grandes
empresas começaram a utilizar pesquisas para avaliar o moral do empregado e seu
grau de satisfação no trabalho. Mas, será que é possível medir o nível de
acerto desses estudos e/ou pesquisas?
Vamos verificar a seguinte situação, circulou
neste final de semana (05/04/2015) no
caderno Carreiras da Folha de São Paulo o conteúdo com a pesquisa da ‘International
Stress Management Association’ do ano de 2014 revelando que 72% dos entrevistados estavam insatisfeitos
com o trabalho. Após a leitura da pesquisa citada acima, é possível encontrar
no mesmo veículo a opinião de estudiosos da psicologia positiva (vertente
que estuda a felicidade em vez dos traumas e das doenças mentais) sobre
este assunto, e eles dizem que a felicidade tem mais a ver com uma visão de
mundo do que com um objetivo a ser alcançado. Ou seja, se os seres humanos olharem
para os eventos do cotidiano com mais otimismo, eles terão mais chances de
serem felizes na vida, e isso inclui o trabalho também.
Em um período recente aqui no Brasil, era certo que os trabalhadores de qualquer atividade, que tivessem recebendo bons salários,
bônus, benefícios adicionais e outras formas diretas de motivação acreditavam
cegamente que eles estavam satisfeitos e felizes no seu trabalho,
porém, neste século essa satisfação passou
a ser medida através de uma série de fatores de motivação de caráter mais
intrínseco. Entre eles, o sentimento de orgulho pelo trabalho e pelas
realizações alcançadas, o apoio dos colegas, uma percepção de entrosamento,
oportunidades de crescimento, responsabilidade pelas funções exercidas e
autoridade sobre elas, uma ideia objetiva de missão ou propósito e o reconhecimento
por ter atingido os objetivos propostos.
E então, passamos a utilizar o termo "comprometido",
que hoje é amplamente utilizado para descrever profissionais motivados e que em
grande parte das definições, é aquele que demonstra um entusiasmo que vai além
das exigências e dos deveres das suas atividades regulares. É aquele que respira
e dá o sangue pelo que faz, sempre procurando produzir as coisas de um jeito
melhor, mais rapidamente ou de uma forma mais econômica.
Voltando a satisfação no trabalho, nós sabemos que
o ambiente laboral é o fator crucial para a realização profissional. Logo, ter afinidade
com os colegas de trabalho, uma convivência amigável e afetuosa ajudam nos
níveis de satisfação do trabalho. Mas, como conseguir manter esse nível
amistoso no trabalho se as empresas pregam que devemos ser mais produtivos que
os outros?
Com certeza esse processo de disputa no trabalho faz
lembrar o que o psicanalista Sigmund
Freud, autor de “O Mal-Estar na Civilização” disse, “a grande maioria das pessoas só
trabalha sob a pressão da necessidade”.
Isso se traduz hoje em dia, afinal, no mundo corporativo existe
a certeza daquela regra geral de individualismo: cada um procura fazer a sua parte
melhor, para assim, se destacar e conseguir alcançar as suas metas.
Para finalizarmos este, se faz necessário dizer que
o comprometimento do funcionário está mais importante do que nunca hoje em dia,
devido ao contexto atual de rápida transformação dos negócios e ao fato das
empresas precisarem de pessoas que busquem continuamente soluções para
problemas não previstos. Sendo assim, por mais que existam pesquisas sobre a
satisfação e felicidade no trabalho, nada é mais assertivo do que gestores
capazes de manter um ambiente produtivo, alegre e acolhedor para os profissionais,
mesmo vivendo neste tão mundo competitivo.
Fonte e
Sítios Consultados
http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,ERT22735-16648,00.html
Caderno Carreiras negócio e empregos
do Jornal a Folha de São Paulo de 05
de abril de 2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário