O novo padrão se alinha aos conceitos
regulatórios mais recentes definidos pela CVM
e a práticas internacionais
A
indústria brasileira de fundos de investimento passará a ter um novo
modelo de classificação a partir de julho/2015, foi o que anunciou a
entidade que representa e autorregula as instituições financeiras, a ANBIMA, que é a principal
entidade certificadora dos profissionais do mercado financeiro e de capitais
brasileiro. O Programa de Certificação Continuada tem por finalidade aumentar a
capacitação e elevar os padrões éticos dos profissionais que atuam nesses
mercados na comercialização de produtos de investimento.
A
classificação ANBIMA busca agrupar fundos de investimento com as mesmas
características, identificando suas estratégias e fatores de risco para
facilitar a comparação de performance entre os produtos. Sua estrutura foi
construída com os objetivos de facilitar o processo de decisão de investimento
e contribuir para aumentar a transparência do mercado.
O
novo modelo conta com três níveis de detalhamento, que buscam refletir a lógica
do processo de investimento. Com isso, promove-se o fácil entendimento, sem
perda de profundidade técnica, com clareza dos fatores de riscos e estratégias.
Inspirada nos padrões internacionais preserva as características da indústria
local.
De acordo
com a instituição, o novo padrão se alinha aos conceitos regulatórios mais
recentes definidos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a práticas internacionais, ao mesmo tempo em que tenta
simplificar a classificação para o investidor. Esse novo modelo, que entrará em
vigor em 1º de julho, é desenhado de forma a classificar os fundos em três
etapas:
O primeiro nível
obedece à classificação definida na Instrução nº555 da CVM, que regula a
indústria de fundos. Isto é, conta com as classes renda fixa, multimercados,
ações e cambial. Em outras palavras, se define a classe de ativos: renda fixa, ações,
multimercados, cambial.
O segundo nível, chamado de tipos de gestão e riscos,
procura classificar os fundos de acordo os estilos de gestão ativo ou indexado
(passivo) e, nos casos das carteiras com mais de 40% alocados em papéis
internacionais, adquiridos no exterior. Essa é a hora que se escolhe
o tipo de gestão (ativa ou passiva),
os prazos e se quer ter ativos estrangeiros.
No terceiro nível estão as principais
estratégias, que oferecem um maior detalhamento das estratégias
dos gestores. Num
exemplo prático, o investidor opta por um fundo de ações, em
seguida ele pode eleger uma carteira indexada ao Ibovespa. Por último, ele decide
se quer foco em dividendos, small caps etc.
Embora um
dos objetivos da nova classificação, que levou três anos para ser concluída,
seja o de facilitar a compreensão pelos investidores, o número de categorias de
fundos não vai diminuir. Na verdade, subirá das atuais 29 para 38. "A ideia foi compartimentar. O que mais
ajuda a entender os fundos é mais a metodologia", disse Carlos Massaru
Takahashi, também vice-presidente da Anbima.
Essa iniciativa
acontece num momento em que a indústria, com cerca de 2,7 trilhões de reais sob
gestão no fim de março, tem perdido força para outros produtos que gozam de
incentivos fiscais, como debêntures de infraestrutura e letras de crédito do
agronegócio (LCA) e imobiliário (LCI). Em 2014, ano passado, a indústria
brasileira de fundos teve resgate líquido de 1,1 bilhão de reais, o pior
resultado do setor em seis anos.
Importante, todas
as instituições participantes do Código de Fundos de Investimento responsáveis
pela gestão da carteira do fundo devem observar, no momento da aquisição da
carteira e durante todo o período investido, se a classificação e o regulamento
do fundo investido são compatíveis com o tipo ANBIMA do fundo investidor.
Fonte e Sítios
Consultados
http://portal.anbima.com.br/fundos-de-investimento/nova-classificacao-de-fundos/Pages/default.aspx
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