Iniciamos este post
com a seguinte indagação: Os jovens do século
21 estariam prontos para ocupar a cadeira do chefe? Afinal, sabemos que existe
uma imensa ansiedade em muitos profissionais, de todas as faixas etárias em
ocupar tal posto, dizem até que existe uma grande fantasia em alcançar essa
posição de destaque nas corporações.
Talvez isso
seja só uma atração pelo poder? Para Jill
Geisler, autora do livro “Como se tornar um ótimo chefe”
(Editora Sextante), não é só isso não!
Ela diz que muitos sonham com essa posição porque eles acreditam que essa será
a sua chance de melhorar o mundo. "A geração Y cresceu conectada às
mídias que sempre mostraram histórias sobre heróis e a importância de causas
para a sociedade”, afirma Jill, que é professora do Poynter
Institute. "São pessoas ambiciosas, mas também
idealistas".
Talvez esses dados citados acima expliquem a pressa
que eles têm em chegar até o posto de liderança, e não a simples "vontade de mandar”, mas também um
interesse genuíno de transformar as empresas e o mundo - e o quanto antes,
melhor. Porém, esses objetivos grandiosos acabam se chocando com a realidade do
trabalho. "Quando se depara com orçamentos, burocracia, e a própria natureza
humana, que teme mudanças, o jovem percebe que ser chefe não é o trono
mágico que ele imaginava", explica Jill.
Será que
sabemos o que é ser chefe?
Segundo a professora Jill Geisler, essa resposta passa por uma discussão bastante
antiga: a distinção conceitual entre
gestor e líder.
- O Gestor é aquele
que contrata, treina, cobra, avalia e disciplina subordinados. Sua função
também é controlar orçamentos e processos para garantir a qualidade de produtos
e serviços. Essa é a ideia tradicional que se faz do chefe.
- O líder, por
outro lado, exerce um poder mais natural e informal. "Gestores são seguidos porque
foram designados pela empresa; líderes são seguidos porque foram escolhidos
pela equipe", afirma Jill. São pessoas que conquistam influência
sobre as demais, sobretudo porque demonstram preocupação com o sucesso do
grupo.
Já os chefes
devem ser gestores e líderes ao mesmo tempo. "É a combinação que traz mais resultados para eles próprios e suas
equipes", diz a especialista.
E o que é não ser chefe?
É verdade que muitos sonham com o comando, mas
sequer sabem o que ele pressupõe. Para a professora, a falta de consciência
sobre as “dores” da chefia é o sinal
mais claro de que um profissional ainda não está pronto para a função. O erro
mais comum é acreditar que a posição implica em muitos privilégios. Você acha
que será mais livre do que os demais para controlar o seu tempo e a sua agenda?
Ou que terá licença para escolher o que vai fazer? E é nesta hora que a
professora Jill recomenda, é melhor
reavaliar suas ideias.
Outro fator importante que faz com que muitos se
equivoquem - e talvez demonstre um despreparado para a função – são os que pensam na chefia como
uma questão de poder ou autoridade. Na verdade, diz a professora, trata-se
de um difícil exercício de influência sobre outras pessoas. "Seu foco jamais estará nos produtos ou
serviços, mas nos recursos humanos", afirma ela.
Outro sinal de imaturidade é acreditar que tudo
dará certo se você contratar funcionários iguais a você. Segundo Jill, o
sucesso advém justamente das diferenças - e
depende da habilidade do chefe em explorá-las de forma produtiva.
A preparação para chegar lá
É preciso ter uma visão menos ingênua do mundo da
chefia, esse com certeza é o primeiro passo no caminho para ela. Muito pode se
aprender pela observação atenta do dia a dia no trabalho. “Analise o comportamento das pessoas e se pergunte: ‘Que atitudes e escolhas levaram àquele
resultado tão positivo?’”, aconselha Jill.
Da inteligência emocional à forma de fazer
negócios, a ideia é desconstruir os bons exemplos à sua volta. “Aja como um estudante da sua profissão e do
comportamento humano”, afirma. Também vale fazer exercícios de imaginação.
Se você fosse o chefe, como lidaria com as diferentes personalidades e
temperamentos que existem no seu escritório? Como adaptaria sua comunicação e
estilo de liderar no caso de cada funcionário?
A professora Jill recomenda que se for possível
trazer algumas dessas reflexões para a prática, tanto melhor. "Procure se oferecer para cada vez mais
responsabilidades, mesmo se as novas tarefas pareçam grandes e assustadoras”.
Por mais que falemos a respeito deste tema, é muito dificil não dizer que
somente a prática das tarefas de chefia é que trarão toda a confiança e competência
necessária para exercer tal função.
Sítios Consultados
http://exame.abril.com.br
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