Como
a taxa Selic atinge o seu bolso
Quem
acompanha o noticiário econômico sabe que a cada 45 dias o Comitê de Política
Monetária do Banco Central, o Copom,
se reúne e decide se essa taxa básica da economia irá subir cair ou se manter
estável. Sabendo que a taxa Selic representa a taxa de financiamento no mercado interbancário para as operações de
um dia, ou seja, o velho conhecido overnight, e esses financiamentos possuem
lastro em títulos públicos federais, títulos estes que são listados e
negociados no sistema especial de liquidação e custódia, ou Selic.
Resumindo, essa taxa é usada para as
operações de curtíssimo prazo entre os bancos e servem de lastro para as operações
e o prazo é o mais curto possível, basicamente de apenas um dia e para isso
ocorrer com segurança os bancos oferecem títulos públicos como lastro, visando
reduzir o risco e automaticamente, a remuneração da transação. Isso significa dizer
que o risco final da transação acaba sendo efetivamente do governo, pois sãos
os seus títulos que servem de lastro para as operações e no final ela serve de
referencia para todas as demais taxas de juros da economia. É bom saber que essa
taxa não é fixa, ela praticamente varia todos os dias, mas sempre dentro de um
intervalo pequeno, afinal, em grande parte das vezes ela tende a se aproximar da
meta da Selic, que foi determinada pelo
Copom.
Em tempos de reajuste na economia brasileira é importante sabermos que a taxa
básica de juros da economia subiu para 13,75%
na data de (03/06/2015),
puxando a Selic para o maior patamar
desde o ano de 2006.
Por ser se curtíssimo prazo e por refletir
o risco do governo, a Selic acaba
servindo de referencia para todas as demais taxas da economia. Em uma situação
normal a Selic deveria ser a taxa
mais baixa, o que nem sempre ocorre
por essas terras Brasileiras. De uma forma geral, quanto maior o prazo,
maior será o risco, ou seja, maior taxa.
Agora, quando o governo adota uma política monetária restritiva, como esta de janeiro de 2015 – que tem o objetivo
de conter a inflação, neste caso a taxa será maior do que as taxas de longo
prazo, o que indica que o mercado acredita que a política econômica adotada
será capaz de reduzir a inflação e levará a queda dos juros de longo prazo.
O efeito
no bolso das pessoas no dia-a-dia acaba sendo direto, mesmo que
muitos digam que não, claro, isso vai depender muito do perfil financeiro de
cada um. Os efeitos imediatos serão sentidos por quem investe em fundos DI, já que boa parte da carteira
destes fundos é investida em papéis pós-fixados, ou seja, que seguem a rentabilidade
da Selic, isso quer dizer, um corte
na Selic irá automaticamente reduzir
a rentabilidade destes investimentos. Agora, para quem tomou dinheiro
emprestado é indireto e geralmente ocorre lentamente. Isso em razão da redução da Selic, geralmente, levar a
uma queda nas taxas de captação dos bancos e demais instituições financeiras, já
que elas teriam condições de cobrar menos pelos seus empréstimos.
O importante é saber que existem outras
variáveis que estão envolvidas na determinação das taxas de empréstimos, como:
as taxas de inadimplência, a margem de lucro dos bancos, a carga de impostos
sobre operações financeiras e outros, de forma que as alterações acabarão sendo
sentidas no médio e longo prazo.
Fonte e Sítios Consultados
http://www.infomoney.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário