Já faz tempo que o governo brasileiro
tornou-se perito em criar operações, medidas, todo tipo de ação para fazer um remendo
na economia que traga algum crescimento ao PIB. Na verdade, todo esse esforço deveria
acontecer para melhorar a eficiência dos gastos e, ao mesmo tempo, evitar o
aumento da dívida pública, mas, ao que parece é mais fácil empreender tempo em
encontrar atalhos para o registro das contas. A economia que deveria ser feita
para pagar os juros da dívida, o superávit primário, é tipo um cheque especial.
Quando se utiliza este crédito automático, muitas vezes para complementar o
salário, o cidadão precisa se preparar para pagar o valor integral utilizado e
os juros cobrados pelos bancos.
Quando existe a emissão dos
títulos da dívida pública, significa que o governo está usando um crédito
concedido pelos investidores. Enquanto o título não vence, ele vai pagando os
juros que incidem sobre o valor principal. O superávit primário serve para
pagar esta conta – a dos juros. Imagine se você não consegue pagar os juros do
cheque especial? Sua dívida só aumenta a cada mês, não é verdade?
Quando um país com estabilidade
frágil e muitas reformas estruturais a serem feitas começa a deixar de pagar “os juros do cheque especial”, o
investidor se preocupa e escolhe uma de duas saídas: ou para de dar crédito ao
país ou cobra mais caro por ele. E na ponta do lápis, como muitos brasileiros
controlam seus gastos, já faz algum tempo que o governo vem pagando os juros
com dinheiro de “vento”. Basicamente, antecipando o que deveria receber no ano
seguinte (dividendos da Petrobras,
BNDES, CEF) e atrasa o que deveria pagar agora (transferências para estados e municípios, benefícios). Como mágica,
o dinheiro surge no caixa, sem esforço.
Vamos
entender o que é a dívida pública
O que é a
dívida pública?
Dívida
pública é quanto o governo deve para entidades e para a sociedade. O governo
toma dinheiro emprestado para financiar parte dos seus gastos que não são
cobertos com a arrecadação de impostos, ou para a gestão financeira – para
alcançar controlar o nível de atividade, o crédito ou o consumo ou para captar
dólares no exterior.
Para quem o governo deve?
A dívida
do governo pode ser interna (quando o
credor está dentro do país), ou externa (fora do país) para bancos públicos ou privados, investidores privados,
instituições financeiras internacionais e governos de outros países.
Existe limite aceitável para a dívida pública?
Os
credores da dívida, que compram os títulos, se preocupam com a capacidade
estimada do governo em pagar os seus compromissos. Quanto maior for à
capacidade do governo de pagar a dívida, menor serão os juros pagos pelo
governo. Uma das formas de avaliar o risco da dívida é compará-la ao PIB
(Produto Interno Bruto). A previsão da relação
dívida líquida/PIB deve chegar a 37,4%
no fim deste ano de 2015. A previsão, conforme nota divulgada pelo Ministério
do Planejamento, é que essa proporção se mantenha em 37,4% em 2016 e feche 2017 em 37,1%.
Quem são os credores da dívida brasileira?
Os
maiores credores da dívida pública são os bancos brasileiros, que têm suas
carteiras compostas por títulos da dívida. Investidores individuais, que têm o
dinheiro em fundos de investimentos, também são credores do governo. Além
disso, organismos internacionais como o FMI (Fundo Monetário Internacional) o BID (Banco Interamericano de
Desenvolvimento) e Banco Mundial, além de fundos de pensão.
Qual a relação da dívida com os juros?
As taxas
utilizadas para remunerar os investidores dos títulos da dívida pública variam
de acordo com cada papel, assim como os prazos para o pagamento da dívida. Mas
mais da metade dos títulos públicos estão atrelados à taxa básica de juros da
economia brasileira, a Selic Por
isso, sempre que o Copom (Comitê de
Política Monetária do Banco Central) eleva a Selic, crescem os juros pagos aos investidores que compraram esses
títulos.
Fonte e Sítios Consultados
http://g1.globo.com/economia
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