Para alguns o Storytelling é só um
método que utiliza palavras ou recursos audiovisuais para transmitir uma
história. Essa história pode ser contada de improviso ou pode ser uma
história mais elaborada. Também é muito utilizada no contexto da aprendizagem,
sendo uma importante forma de transmissão de elementos culturais como regras e
valores éticos, afinal, nos tempos da Universidade quando o assunto era
sobre ética, logo alguém contava a história daquele filme ‘a Escolha de Sopia’.
O fato é que o Storytelling é a maneira
mais antiga de se passar conhecimento através de gerações, é uma forma de Conhecimento
tácito, que é aquele conhecimento adquirido pelo individuo ao longo da vida,
pela experiência. É difícil indicar uma data precisa da criação do storytelling,
mas é fato que isso já vem de milhares de anos, afinal, contar histórias sempre
foi uma característica do ser humano mesmo antes de existir a linguagem escrita.
Em campanhas políticas é possível perceber quando uma boa
história é apresentada de forma autêntica e criativa, e assim foi, essa
história conseguiu fazer uma conexão emocional e pessoal com o público em
questão o que acabou inspirando ações que levaram os eleitores a uma jornada
de mudanças, transformações e até mesmo a partir para uma defesa ‘cega’ dos
seus escolhidos. Isso só veio a confirmar o seguinte pensamento: as pessoas
que contam e acreditam em histórias iguais as suas possuem valores semelhantes.
A visão de mundo que temos, é simplesmente, uma coleção de histórias sobre
fatos que acreditamos. Logo, uma boa história é fundamental para criar uma
sensação de “nós”, e esse recurso é
muito explorado em campanhas publicitárias e políticas.
E olha
que são várias histórias compartilhadas diariamente na Internet, na verdade,
tudo isso não passa de valores compartilhados, visões de mundo compartilhadas,
sejam elas iguais ou diferentes. A ideia de pertencer a um grupo
específico, uma tribo. Sem uma história, não há conflito, porque não é
possível existir “nós” se não houver “eles”.
Quem
nunca ouviu aquela música “Eduardo e Mônica” da Legião urbana?
Pois é, anos atrás alguns publicitários
tiveram a grande sacada de dar uma nova dimensão para uma história que já
existia no imaginário do público. Essa campanha não se limitou a contar a
história de Eduardo e Mônica, mas a história de Eduardo e Mônica com celulares,
o que fez toda a diferença. Acredita-se que a razão das campanhas publicitárias
baseadas em storytelling fazerem tanto sucesso é que as histórias provocam
emoções genuínas nas pessoas. Afinal, emoção é uma coisa que a gente guarda
muito bem guardado. Se a sua história for capaz de trazer à tona um sentimento
importante para as pessoas – seja alegria, saudade, medo, excitação,
curiosidade, raiva, o que for – elas irão se lembrar de algo. Seja uma pessoa
física ou a marca de algum produto.
Receita
para um storytelling perfeito
A primeira coisa – e a mais
difícil – é criar uma história capaz de dialogar tanto com o público quanto com
a marca. É preciso olhar para a infinidade de mídias à disposição e se questionar:
Como
usar isso tudo para contar essa história? Ao responder essa pergunta,
já começamos a criar histórias sobre a sua história. Ou seja, um universo narrativo.
Quanto mais rico for o este universo, mais rica será a campanha.
Muitas
empresas aproveitam o final de ano para recontar a sua história, elas utilizam
este caminho para vender seus produtos, defender seus conceitos e aproximar a sua
marca do seu público-alvo, usando estruturas narrativas com personagens,
lugares e enredo.
É
verdade que existe uma enxurrada disso em todos os meios de comunicação, já que
vivemos em uma época de “obesidade da informação”. Recebemos
muita informação ao mesmo tempo, sem aprofundamento, e sofremos um certo ‘anestesiamento’ de sentidos, em que nada
mais nos impacta.
A
dificuldade atual é nos dividirmos em mídias sociais e dispositivos móveis – ou
seja, estamos conectados uns aos outros como jamais estivemos. Hoje somos não
mais simples consumidores passivos de informação, mas também criadores e
editores de conteúdo em uma variedade de aparelhos digitais e mídias. Nesse
cenário fragmentado e competitivo, são as marcas que tem a obrigação de conquistar a atenção do público e porque
não por meio de uma boa história?
Vamos verificar abaixo as cinco práticas testadas e
aprovadas de storytelling para integrar estratégias de comunicação
corporativa:
Entendendo as etapas do storytelling
Na hora
de contar uma boa história é necessário entender suas etapas: ouvir, aprender, descobrir, explorar, criar,
comunicar e encantar. Ouça as histórias da empresa, dos funcionários e,
principalmente, dos clientes. Aprender com essas histórias, descobrir e
explorar novas. Criar as próprias narrativas e por fim, comunica-las, conta-las
para o público e fazer com que essa história conquiste e encante esse público.
Saber com quem você quer se comunicar
Como gostaríamos de ser percebido
pelo público? É preciso utilizar essas informações para criar histórias que
cheguem até os clientes. É imprescindível entender quem são os nossos
clientes, seus problemas as suas necessidades e expectativas. Conhecer a
fundo o público só aumentará as chances de encurtar a distância entre eles e a marca.
Uma narrativa empolgante
Criar uma
história sólida da empresa e comunicar essa história. A Lego, por exemplo, em
seu aniversário de 80 anos criou um vídeo em animação contando a origem do brinquedo, as
tentativas, erros e acertos da família Christiansen. Falar dos bastidores, de
forma real ou fictícia, como fez a Coca-Cola no ano de 2007 – ano do
lançamento da campanha "Máquina da Felicidade", em que se contou a suposta história de
como era fabricada uma garrafa do refrigerante. A sua marca precisa além de um
objetivo estabelecido, contar histórias reais que sejam exclusivas e
verdadeiras. Tenha em mente que não adianta contar uma história que não seja
aderente a promessa de entrega de sua marca.
Os clientes gostam de ouvir histórias sobre outros clientes
Os
clientes são a maior ferramenta de comunicação que podemos ter. Por isso, é
preciso apurar as histórias de sucesso que consigam mostrar o impacto positivo
do produto ou serviço na rotina de outras empresas e pessoas. Utilizar uma
estrutura simples, em três atos, apresentando o problema do cliente no início
ao contratar a solução, o desenvolvimento do projeto e, por fim, a resolução.
Uma matéria contando o caso de um cliente que tenha atingido uma economia de
escala em seus processos ao utilizar o sistema da nossa empresa, por exemplo,
ganhará mais credibilidade ao falar da oferta do que um ‘press release’ disparado
aleatoriamente para a imprensa falando sobre o mesmo tema.
Demonstrar como a marca tem feito à diferença na vida das pessoas
Compartilhar
depoimentos dos clientes falando da empresa. A Vanish, por exemplo, lançou uma campanha com depoimentos de clientes contando a experiência ao usar o produto. Em 30
segundos, a marca conseguiu demonstrar de uma forma humana e persuasiva como ela
fazia parte do dia-a-dia de seus consumidores.
As
pessoas tendem a assimilar melhor uma ideia ao ouvirem uma boa história. É por
isso que investir em uma narrativa humana e verdadeira sempre fará bem ao seu
negócio. A marca de qualquer empresa
é o seu principal ativo, e quanto
mais relevante à história que ela tem para contar, mais sólida e coerente ela
será.
Fonte e Sítios Consultados
http://www.vogg.com.br
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