O Fôlego do Crowdfunding
Crowdfunding é uma espécie
de financiamento colaborativo, ou seja, é uma maneira de conseguir fundos
por meio de doações como alternativa para financiar projetos. Mesmo já não
sendo mais nenhuma novidade, este modelo de incentivo financeiro está obtendo
interesse por parte dos empreendedores brasileiros que pretendem conseguir
doações para o desenvolvimento dos seus projetos. Nós já tratamos aqui
neste
blog deste tema, porém, não podemos esquecer que estamos no Brasil, e isso significa
que até hoje não existe nenhuma regulamentação fiscal sobre este fato. Ou seja,
será que é preciso emitir algum documento fiscal durante a operação? E quem
emite? Quem doou? A empresa que fez a transição da doação? Ou o destinatário
final da doação? Bom, como aqui é Brasil, isso ainda vai demorar um pouco,
então vamos continuar.
A princípio o Crowdfunding
é um processo bem simples. Os donos de uma ideia qualquer, já sabendo o quanto
de capital precisam para desenvolver este projeto, procuram uma plataforma
online e apresentam o projeto. Através deste sistema, qualquer indivíduo
interessado em apoiar pode fazer a sua doação - funciona assim: cada indivíduo doa o que quer. Como recompensa pelo
apoio, o dono do projeto pode dar um brinde para este apoiador – pode ser desde
uma camiseta, um chaveiro ou até mesmo uma cópia gratuita de um game ou de um
filme em primeira mão, claro, se o projeto anunciado for um filme.
Alguns Sites
Kickstarter - existe
desde 2009 e já financiou mais de 80 projetos de jogos. O que ainda é pouco, se
levarmos em conta que o total de projetos financiados é quase 100 x maior. Ele
cobra entre 8% a 10% como taxa de serviço e as pessoas podem contribuir via
serviço de pagamento da Amazon.
IndieGoGo – existe desde 2008, porém até 2010 só
financiava projetos de filmes. Cobra 7% se o projeto atingir a meta, caso
contrário cobra 12% e aceita doações com PayPal.
RocketHub – ele é recente, já financiou uns 12 projetos de jogos e
também tem custo variável. Cobra 8% para projetos que atingem a meta e 12% para
os que não atingem. Aceita apenas cartões de crédito.
Ulule - criado
em 2010 ele é o que busca oferecer os menores custos e a maior facilidade, já financiou
um total de 160 projetos até agora, dos quais 4 foram jogos. Cobra 3% e aceita
PayPal.
Já o Vakinha permite
que qualquer internauta cadastre seu objeto de desejo no site e peça doações
aos amigos para poder comprá-lo. No ar desde 2009, está plataforma já teve mais
de 30 mil “vaquinhas” cadastradas e permitiu que pelo menos 10% dos projetos pudessem
ser viabilizados – desde festas de casamento e churrascos até pedidos de ajuda
para animais e crianças doentes, passando por operações de implante de silicone
e tatuagens.
Mas não são apenas projetos
pessoais que têm vez na plataforma. Muitas bandas usam a ferramenta para
financiar seus discos e ‘blogueiros’
pedem ajuda para manter seus sites no ar – sinal de que o modelo tem potencial
para se tornar uma fonte interessante de financiamento para os empreendedores
no Brasil.
Se vale a
pena?
Vale sim, mas sempre é importante
fazer direito. A escolha do modelo é importante – por um lado pode parecer mais
fácil conseguir alguma coisa no modelo “fique com tudo”, mas se seu projeto é
bom e você está seguro do seu plano de marketing e relacionamento com os
possíveis doadores, talvez a credibilidade do “tudo ou nada” seja a garantia do
projeto financiado.
Lembre-se sempre: nada é de graça. No crowdfunding,
além da taxa do site, é preciso pensar na recompensa para os doadores – na
realidade não são apenas doações, são investimentos no seu projeto, esperando
obter algum retorno no final. A recompensa mais comum é uma cópia do jogo,
quando se trata do desenvolvimento de jogos, é claro! A produção de conteúdo
durante a campanha de levantamento de fundos também é importante: material como
trailers, ilustrações conceituais e uma newsletter ou blog informando os
avanços no desenvolvimento (no caso de ter).
É importante é aparecer, seja um
vídeo ou qualquer outro tipo de comunicação, onde as pessoas possam conhecer
pelo menos sua voz. As estatísticas dos sites mostram que conhecer os
responsáveis por trás de um projeto motiva as pessoas a contribuírem. É preciso
que todos saibam que o projeto está vivo.
Fonte e Sítios Consultados
http://exame.abril.com.br
http://abrindoojogo.com.br
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