Google Onipresente
Já
vem de tempos os relatos sobre espionagens internacionais - antigamente muito
se falava sobre a KGB e a CIA, mas, hoje em dia convivemos com os
espiões online. Segundo o fundador do Wikileaks,
Julian Assange “a vigilância
em massa funciona como religião. Há uma entidade que tudo vê, é invisível e
influi em sua vida, à qual você não pode enganar”. E ele tem
nome, é o gigante das buscas, o Google, segundo Assange,
“ele tem mais poder do que a Igreja
jamais teve”. “Espera-se que o Google
tenha um papel muito importante nas eleições de 2016 nos Estados Unidos”.
Essa declaração ácida foi proferida pelo fundador do Wikileaks, Julian
Assange, em coletiva de imprensa concedida nesta última semana de novembro/2014 em que
ele divulgava o seu novo livro “Quando Google encontrou o Wikileaks”.
Este mesmo jornalista e ‘ciberativista’
disse ainda que a empresa trabalha para o governo dos Estados Unidos, como uma agência de inteligência, concretamente
para o Departamento de Estado, que dirige a política externa do país.
Também é verdade que Assange
estudou a trajetória e atividades dos executivos mais importantes do Google:
Eric Schmidt, presidente da empresa, e Jared Cohen, diretor do Google Ideias. O
resultado foi divulgado no dia 04/12/14 durante a videoconferência
concedida da embaixada do Equador em Londres, onde recebe asilo político há
mais de dois anos. O livro estará disponível no Brasil em fevereiro de 2015.
Schmidt e Cohen conversaram longamente com Assange em junho de 2011, em sua casa
de campo, na Inglaterra, onde cumpria prisão domiciliar. Os executivos foram
acompanhados por Lisa Shields e Scott Malcomson, que depois revelaram ser
assessores da diplomacia de Washington. “A delegação que me visitou era ¼ do
Google e ¾ de representantes do Departamento de política exterior dos Estados
Unidos”, disse.
Assange comparou o Vaticano
e a Igreja Católica para expressar o poderio que a empresa possui
atualmente. “A vigilância em massa
funciona como uma religião: dizemos que há uma entidade que tudo vê e é
invisível e influi em sua vida, à qual não pode enganar; o mesmo que tem sido
dito pelas curas durante milhares de anos sobre um Deus onipresente e
onipotente”, afirmou.
“Sabemos que o domínio do Vaticano se expressava através de franquias
locais e não era fácil que o centro controlasse a periferia, tudo tinha que ser
filtrado através de muitos indivíduos e interesses distintos. Não é assim com o
Google, onde tudo passa pelo mesmo centro de controle. É como se só existisse
um Vaticano com um confessionário direto”, afirmou.
Ainda de acordo com o escritor, o
“Google é uma isca para atrair os
usuários. Ele analisa o uso que os usuários fazem e gera perfis com os quais a NSA (agência de inteligência dos EUA) prevê comportamentos”. A
coleta de dados não é feita somente para segmentar a publicidade, como também é
vendida ao governo dos Estados Unidos, garantiu.
“O Google
será um fator muito importante nas eleições Americanas de 2016”. De
acordo com Assange, “há uma
relação muito estreita e contínua com Washington tanto em nível tecnológico,
como ideológico”. E mencionou que muita gente que trabalha na
empresa hoje trabalhou anteriormente na equipe da ex-secretária de Estado (2009-2013) e possível candidata pelo partido Democrata à
presidência em 2016, Hillary Clinton.
A assessoria do Google
Brasil disse que "não tem nada a comentar" sobre
este caso quando foi questionada a respeito das declarações de Assange pela
reportagem de Opera Mundi.
De acordo com Assange, o “Google permite que a NSA e o FBI leiam e-mails.
Inclusive em uma maçante delegacia de polícia ou em um juizado, é possível ter
acesso a esses e-mails sem ordem judicial”, afirmou.
Ele diz ainda que Schmidt não
somente é um “gênio da engenharia”,
como também é “presidente e fundador da New American Foundation, um think tank
(centro de estudos) centrista, agressivo e liberal de Washington”. Cohen, por
sua vez, viajou o mundo promovendo os interesses políticos e militares dos EUA.
Assange fala ainda que a conexão
entre o Google e o governo dos Estados Unidos remonta ao “próprio nascimento do Google [em 1996], já que ele
foi fundado com o dinheiro das bolsas do departamento de Defesa e desde então
há uma relação mais ou menos contínua com o Departamento de Estado”.
Fonte
e Sítios Consultados
http://operamundi.uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário