Fazendo Projeções Financeiras Confiáveis
Os microempresários brasileiros
estão acostumados a passarem por apertos financeiros vez ou outra, ainda mais nos
dias de hoje, meados do mês de outubro de 2014, quando está sendo decidido o 2º.
Turno das eleições a Presidência do Brasil.
Voltando aos microempresários, são muitos os compromissos assumidos, como: reajuste
de aluguel, telefone, internet, contador, transportes, impostos, água, luz, aumentos de
salário dos funcionários, mudanças nas taxas de câmbio e a incidência de juros
sobre produtos. São estes e outros fatores que fogem ao controle dos empresários,
mas, que os afetam diretamente. No entanto, existem ferramentas e estratégias
para lidar com todos esses itens, bem como, prever a quantidade de dinheiro disponível
ao final de um período e assim, cuidar da saúde financeira do seu negócio.
É quase que uma regra entre os pequenos
empreendedores, muitas vezes eles ficam focados somente na parte técnica do
negócio e não dão muita importância à projeção das finanças. Com isso, é quase
certeza que irão surgir problemas causados por projeções incertas e muito
distantes da realidade do negócio. E isso pode causar vários tipos de dificuldades,
como o estouro da conta corrente ou a falta de dinheiro para pagar algum
fornecedor; mas saiba, é possível evitar todos estes problemas com um simples
planejamento.
“Se traçar custos e gastos com
antecedência, o empresário consegue negociar prazos de pagamento e criar uma
menor dependência de recursos de terceiros. Além disso, é possível tomar decisões
sobre estratégias de cabeça fria, sem pressa”, é o que destacam os consultores
da Blue
Numbers consultoria empresarial.
Os consultores do Sebrae-SP ressaltam
que a projeção funciona como uma bússola que guia o caminho da empresa e, por isso,
deve ser feita de forma confiável. “O planejamento indica como vai vender, atender o
cliente e qual o prazo que vai dar para pagamento e entrega. Toda a
funcionalidade da empresa estará atrelada a essa projeção e evita que o
empresário fique à mercê dos acontecimentos”, dizem
os consultores.
Ou seja, fazer uma previsão
financeira o mais próxima possível da realidade é fundamental para minimizar
riscos de falência, além de reduzir a incerteza com relação às tomadas de
decisão.
A principal recomendação é ser
criterioso e ter bom-senso. É importante saber que toda projeção é um número
incerto, essa projeção é baseada no histórico e validada em função da percepção
do mercado, mas que deve estimular o trabalho para ser atingida. Além
disso, é essencial ser sincero no momento de prever os custos e também as
vendas. Caso possível, pode-se, inclusive fazer uma projeção
favorável e outra direcionada para um cenário um pouco pior e, mais uma,
projetando uma estabilidade.
Planejando
De acordo com os consultores, o fluxo de
caixa é um método que funciona como uma previsão
detalhada e se baseia em definir as entradas e saídas que a empresa terá. “Com base em itens como faturamento passado, o que
ainda se tem para receber e gastos fixos, é possível se projetar se teremos
dinheiro ou não”.
Todo empresário deve levar em
consideração a previsão de vendas, compras e gastos fixos. “Essa é
uma forma de iniciar a projeção, pensando toda a empresa num período futuro”. O
empreendedor junta o que vai receber de vendas nos próximos meses ou
quinzenas (isso depende do porte da empresa) com o
que já fez de compras e precisa pagar. “Uma atenção especial à inadimplência dos clientes.
É bom calcular a média de atraso nos pagamentos para se programar também em
função disso”.
Além das vendas e das compras a
realizar, o empreendedor deve considerar os custos fixos, como: estoque, funcionários, impostos, seguros,
entre outros. É necessário planejar investimentos como troca de equipamentos de
produção, veículos ou equipamentos de informática, claro, tudo isso deve
ser pensado levando em conta a capacidade da empresa, do que ela pode assumir
de dívida e em quanto tempo terá que financiar para pagar.
Depois do fluxo de caixa montado,
deve-se levar em consideração o histórico do negócio, e assim ir fazendo uma
projeção dos próximos meses. É um pouco menos detalhado que o fluxo de caixa,
porque não considera todas as receitas e despesas diárias, mas o período inteiro.
Talvez a grande dica para se construir
uma projeção assertiva esteja na importância de se fazer projeções realistas. Se
o ritmo de vendas está em declínio, não é para se projetar diminuições, mas,
pensar em soluções para resolver isso. Outro ponto que ajuda a tornar o planejamento
mais real é considerar o cenário do segmento em que a empresa atua.
Fonte e
Sítios Consultados
http://exame.abril.com.br
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