Total de visualizações de página

Powered By Blogger
Administração no Blog

Conteúdos de Administração e assuntos atuais.

1 de outubro de 2014

Dormir pouco encolhe o cérebro?


Sabia que dormir pouco encolhe o cérebro?


A verdade é que o tempo é cruel com os seres humanos, já que as mudanças que acontecem no nosso corpo são visíveis e mais do que isso, elas são irreversíveis. Agora, que os nossos cérebros encolhem conforme envelhecemos talvez você não soubesse disso, certo? Isso foi o que mostrou um surpreendente estudo sobre o sono – ou como a falta dele – pode afetar a velocidade desse encolhimento, especialmente em pessoas com mais de 60 anos.





Problemas no sono (dificuldade para adormecer, acordar durante a noite ou despertar antes da hora) estão associados a um aumento na taxa de declínio do volume cerebral ao longo de 3 a 5 anos”, foi o que disse Claire Sexton, da Universidade de Oxford. “Muitos fatores já foram relacionados às mudanças no volume cerebral – incluindo atividade física, pressão sanguínea e níveis de colesterol. Nosso estudo indica que o sono também é um fator importante.


Este estudo foi publicado revista Neurology e é associativo, ou seja, ele não afirma se o sono causa uma aceleração do encolhimento do cérebro ou se um cérebro que está encolhendo leva a um mau sono. Ainda assim, Sexton acredita que futuras pesquisas baseadas em seu trabalho incentivem as pessoas a levar o sono mais a sério.


No futuro, gostaríamos de investigar se uma melhora do sono pode desacelerar o declínio no volume cerebral”, diz Sexton.Se isso se confirmar, podemos ter uma nova e importante maneira de melhorar a saúde do cérebro.”


Esse estudo avaliou 147 adultos entre 20 e 84 anos. Todos foram submetidos a dois exames de ressonância magnética, com um intervalo de três anos e meio entre eles. Os participantes também responderam a um questionário sobre a qualidade de seu sono. Entre os participantes, 35% tinham sono ruim (considerando o tempo que se leva para pegar no sono e o uso de remédios, entre outros fatores). Sexton descobriu que as imagens dos exames de ressonância mostraram uma diminuição mais rápida nas partes frontal, temporal e parietal do cérebro.


Os lobos frontais regulam as tomadas de decisões, as emoções e os movimentos, enquanto o lobo parietal é responsável por combinar letras e palavras para formar pensamentos, segundo o National Institutes of Health. O lobo temporal está associado à memória e ao aprendizado.


A pesquisa da Sexton está ecoando outros estudos recentes sobre o sono e o envelhecimento cerebral. Um estudo da Duke-NUS Graduate Medical School Singapore publicado em julho/14 mostrou que os cérebros das pessoas que dormem menos horas envelhecem mais rápido (neste estudo, isso foi demonstrado com o aumento do ventrículo cerebral, um marcador do declínio cognitivo).


Outro estudo, do Beth Israel Deaconess Medical Center, de Nova York, apontou que o declínio de ‘um certo’ agrupamento de neurônios está associado a níveis mais elevados de sono interrompido entre adultos com mais de 65 anos. O efeito foi ainda mais pronunciado nos participantes que sofrem de mal de Alzheimer.


Louis Ptacek, professor de neurologia e especialista em sono da Universidade da Califórnia em San Francisco, elogiou o estudo de Sexton por controlar fatores como índice de massa corporal e atividade física, que têm efeitos conhecidos sobre o sono. Mas ele disse que, apesar de interessantes, os resultados não são surpreendentes. “Sabemos, por exemplo, que em muitas doenças neurodegenerativas você tem todo tipo de problemas de sono”, disse ele ao HuffPost. “Não é 100% uniforme, mas sabemos que pacientes de Alzheimer, demência e Parkinson têm diferentes tipos de sono.”


Não surpreende que os problemas do sono estejam associados a um menor tamanho ou a uma atrofia de diferentes partes do cérebro – “na realidade, eu teria previsto isso”, diz Ptacek. “Mas, é claro, esses investigadores realizaram o estudo e comprovaram” a teoria.


O professor Ptacek espera que, com mais pesquisas sobre a importância do sono, o público comece a priorizá-lo como um aspecto de saúde, em vez de considerá-lo apenas mais uma inconveniência ou algo que possa ser desprezado. Há um longo caminho pela frente, tanto no reconhecimento da importância vital do sono para o bem-estar como para o direcionamento de mais recursos para pesquisas que esclareçam seus mecanismos, diz ele.

“Passamos um terço das nossas vidas dormindo e, ainda assim, nossa compreensão da importância de uma boa noite de sono está no mesmo ponto do nosso conhecimento sobre o cigarro 40 anos atrás”, diz Ptacek. “Não sabemos quase nada sobre o sono num nível mecânico básico: o que é o sono, afinal, e por que dormimos?”


O fato é que mesmo estando em 2016 “ninguém, tem a menor ideia de como responder estas perguntas”, afirma o professor Ptacek.













Fonte e Sítios Consultados

http://www.brasilpost.com.br/2014/09/30/dormir-mal-maleficios_n_5910606.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Powered By Blogger

Administração no Blog

Blog Universitário, voltado para temas sobre a Administração Global.

Seguidores

Arquivo do blog

Renato Mariano

Minha foto
São Paulo, São Paulo, Brazil

Pesquisar este blog