É verdade que sempre estamos procurando utilizar uma
rede wi-fi sem senha, já que existem muitas delas espalhadas pelo nosso país facilitando
o nosso acesso à internet, porém, quando mal usadas elas representam um grande perigo
à privacidade e ao bolso dos usuários.
Quando a internet móvel cai e estamos precisando
acessar um app de mapas para traçar
uma rota, o nosso instinto natural, como de qualquer usuário de smartphone é ligar o Wi-Fi e sair na captura de uma rede
aberta. Porém, essa pesquisa inocente, pode acabar em cilada. É por meio
dessas redes sem senha que crackers roubam informações
pessoais, como senhas de banco e, eventualmente, até fotos comprometedoras
armazenadas no celular ou em serviços na nuvem, como Google Drive, OneDrive,
iCloud ou Dropbox. Para evitar problemas futuros é preciso ficar atento às
fraudes.
Segundo a Kaspersky, desenvolvedora de softwares de segurança, 70% dos donos de
tablets e 53% dos usuários de smartphones, nos Estados Unidos, afirmaram se
conectar a pontos de acesso (hotspots) públicos. No Brasil não é diferente. Em
pesquisa recente, a Symantec, companhia de segurança digital, afirmou que mais
de 61% dos brasileiros se conectaram a redes abertas no país em 2013. "As
pessoas precisam saber que em um Wi-Fi aberto a navegação na internet requer
cautelas", explica o especialista em segurança da companhia.
Uma rede aberta pode ser acessada por
qualquer usuário e é aí que está o perigo. Se o Wi-Fi não for bem
configurado pelo dono do hotspot, um cracker, que possui profundos
conhecimentos de tecnologia, pode aproveitar o tráfego intenso de informações
para roubar as informações que lhe convém. "Um criminoso pode explorar vulnerabilidades e ter acesso a senhas de
e-mail e dados bancários", afirma o coordenador do curso de engenharia
da computação da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap).
Para garantir a sua segurança, o usuário deve
desconfiar sempre das redes abertas. Em alguns casos, até os nomes são forjados
para enganar as pessoas. Criminosos podem criar hotspots falsos usando o
nome de um restaurante ou museu no intuito de "fisgar" vítimas. Ao acessar essas redes, a atividade do
usuário passa a ser monitorada por um terceiro. "O criminoso pode até ter acesso aos arquivos do smartphone ou tablet
conectado à rede", explica o acadêmico.
É verdade que a oferta de Wi-Fi aberto e gratuito
não para de crescer no país. Em São Paulo, por exemplo, a Prefeitura anunciou recentemente
que ônibus que passarão a oferecer o benefício aos passageiros. Outro
projeto chamado Wi-Fi Livre SP pretende conectar 120 praças e locais públicos,
como museus, em 96 distritos da capital. O acesso já está operando em 37
lugares da cidade. O investimento no serviço foi de 27,6 milhões de reais.
Confira na lista a seguir como explorar esses
recursos sem comprometer a privacidade e, é claro, o bolso:
Tenha
muita atenção - As redes de Wi-Fi abertas são gratuitas, porém inseguras. Muita
cautela na hora de escolher o hotspot. Todos os dispositivos conectados ao
Wi-Fi aberto, como notebooks, smartphones e tablets, são suscetíveis a ataques
através de redes sem fio.
Redes
Wi-Fi suspeitas - Nem sempre uma rede Wi-Fi é legítima. Alguns
criminosos criam conexões falsas usando nomes de restaurantes, museus ou
lugares públicos para enganar os usuários. Esse hotspot, no geral, aparece com
ótimo sinal e permite a conexão à internet. O problema é que toda informação
trocada a partir desse Wi-Fi é monitorada e roubada. Trata-se de um risco
especialmente para senhas de e-mail e bancárias e também para transações
financeiras com cartões de crédito.
A
rede é legítima? - Na dúvida, pergunte ao dono do local se aquela rede
realmente pertence a ele. Além de nome do Wi-Fi,
confirme também o seu endereço de IP. Você tem acesso a essa informação ao
clicar sobre o hotspot no smartphone, tablet ou notebook. Em
alguns casos, as redes abertas exigem um cadastro prévio. Confirme a página do
formulário e se certifique de que ela é segura (TTPS
no endereço e cadeado no navegador).
Sites
perigosos - Ao se conectar a uma rede Wi-Fi aberta, os especialistas sugerem que o usuário evite acessar
sites através dos quais os criminosos possam roubar dados pessoais e senhas. É
o caso, por exemplo, de redes sociais, sites de bancos, serviços corporativos e
sites que armazenam o número do cartão de crédito.
Use
a rede 3G/4G - Se for imprescindível realizar alguma transação
financeira ou acessar serviços que exijam autenticação com e-mail/usuário e
senha, o recomendado é que a rede 3G/4G seja usada ao invés da conexão pública.
Segurança dos dispositivos - Tenha certeza de que todos os seus gadgets - smartphones, tablets e notebooks - estão protegidos com antivírus. É importante que o software seja atualizado com frequência.
Fonte e Sítios Consultados
http://veja.abril.com.br
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