Quem nunca passou por uma
situação semelhante a esta que jogue a primeira pedra. Amanhece mais uma
segunda-feira e precisamos levantar da cama para ir até aquele trabalho que não
gostamos, mas é preciso, afinal, temos que pagar as despesas da nossa casa e outras
tantas. Mas, pode existir algo ainda pior. É o fato de todos os dias serem
sempre assim, há anos, mesmo que mudemos de emprego, de sala, de colegas de
trabalho, mas na essência nós só conseguimos enxergar uma tremenda insatisfação.
A Insatisfação não é porque trabalhamos fazendo aquilo que não
gostamos ou porque nos sentimos prisioneiros de algumas circunstâncias, mas
porque sabemos, no nosso interior, que somos capazes de realizar muito mais
coisas do que viver esta vidinha monótona de despertador-trabalho e vice-versa.
E não é difícil nos pegar, hora ou outra, navegando na internet há
procura de maneiras de nos libertar desta rotina maquiavélica e quem sabe,
encontrar uma possibilidade de empreender na nossa salvação. Enfim, enxergar a
possibilidade de trabalhar no que gostamos, ganhando um bom dinheiro e poder
conduzir a nossa vida de uma forma menos estressante com a nossa família, com
certeza, este é um sonho de muitos nós.
Mas como evitar que percamos tudo aquilo que já conquistamos
investindo em uma ideia de negócio?
É sempre importante estudar maneiras de diminuir o risco de falir
no próprio negócio, já dizia Winston Churchill: “O
sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo”.
O fato é que precisamos saber quais são as causas mais comuns de
fracasso nos negócios, segundo o professor Chiavenato, um
autor nacional da área de Administração de Empresas e Recursos Humanos, em seu
livro Empreendedorismo: Dando Asas ao Espírito Empreendedor são
quatro as causas mais comuns de fracasso das novas empresas:
·
72% fracassam devido à
inexperiência: Incompetência do
empreendedor, falta de experiência de campo, falta de experiência profissional
e experiência desequilibrada.
·
20% fracassam devido a
fatores econômicos: Lucros insuficientes, juros
elevados, perda de mercado, mercado consumidor restrito e nenhuma viabilidade
futura.
·
11% fracassam devido a
vendas insuficientes: Fraca competitividade,
recessão econômica, vendas insuficientes e dificuldade de gerenciar estoques.
·
8% fracassam devido a
despesas excessivas: Dividas e cargas demasiadas
e despesas operacionais elevadas.
·
3% fracassam devido a outras
causas: Negligencia capital insuficiente,
clientes insatisfeitos, fraudes e ativos insuficientes.
* Algumas empresas fracassam devido a problemas em duas ou mais
áreas. Por isso a soma do percentual é maior que 100%.
Se
observarmos com mais atenção, iremos perceber que a maioria das empresas não
fracassa por causa da situação econômica do país, do mundo ou outra causa
externa à empresa. A grande maioria dos empreendedores fracassa por falta de
experiência, incompetência ou pela falta de planejamento - E é por isso que
vamos estudar mais a fundo estes três principais pontos.
·
Vamos começar pelo este último.
É possível vencer a
falta de planejamento? Talvez o desejo de vermos livres da rotina
de sacrifícios seja tão grande que a nossa vontade seja mesmo de jogar tudo
para o alto, pedir as contas e usar o dinheiro da demissão para abrir
um negócio próprio.
Acredito que com
isso não estaremos dando atenção para o fato de que talvez a nossa mentalidade
esteja forjada para ser
empregado e que a falta de dinheiro nos trará tanta
insegurança e ansiedade que acabaremos consumindo todas as nossas reservas
financeiras e emocionais. Afinal, um empreendedor não nasce do dia para a
noite, ele precisa de um preparo que requer estudo, disciplina, pesquisa e
expertise na área pretendida.
Talvez
seja melhor planejar e ir trabalhar todos os dias naquele lugar, mesmo que não
gostemos disso, mas com certeza estaremos dando um passo a mais na direção da
porta de saída e assim estaremos mais próximos da entrada para a porta da nossa
própria empresa.
É importante
pensar que vencer a falta de planejamento é preciso, afinal, uma das principais
causas para o fracasso dos novos empreendedores é invariavelmente um péssimo
planejamento ou a falta dele. E sabemos que sempre será preciso planejar no mínimo
os seis primeiros meses de despesas, fazer cortes no orçamento doméstico e a
necessidade de acumular receita para investir no empreendimento sem precisar
tocar no capital de reserva.
Pense nisso: Como é
possível estabelecer metas sem se preocupar com o nicho onde a empresa irá
atuar? Como podemos não nos preocupar em saber até qual data teremos um ‘x’ de
recursos reservados ou mesmo quando conseguiremos concluir a formação deste
montante?
Planejar é como programar uma viagem. Nós
sabemos onde queremos chegar, imaginamos qual caminho pegar e onde estarão as
paradas para reabastecimento, assim como sugere Miguel Monteiro, “se acha que a
competência custa caro, experimente a incompetência”.
É possível vencer a incompetência? A incompetência e a falta de experiência poderiam ser
colocadas abaixo de um mesmo tópico porque uma razão tem forte relação com a
outra, entretanto vamos definir incompetência como a falta de conhecimento (e não experiência) em
realizar algo. Se tivermos a incompetência para escrever, significa que
precisamos estudar mais sobre a ortografia, gramática e redação para
escrevermos melhor, certo? Agora, se apesar de ter talento para escrever, ou
seja, ser algo natural, que nos possibilite sentar e escrever algumas linhas e
mesmo assim ainda continuaremos sendo incompetentes neste assunto, com certeza
isso só irá trazer problemas para o nosso negócio que basicamente se trata de
escrever.
É importante localizar os nossos
pontos negativos, ou seja, é preciso localizar as nossas
incompetências e tomar uma dessas três decisões:
Abandonar a área onde somos
incompetentes;
Buscar adquirir o conhecimento
necessário em tal área; ou
Conquistar um parceiro de negócios para somar
e nos ajudar nela.
Quem
nunca ouviu alguma história de alguém que foi dono de uma empresa e que
fracassou devido à falta de competência para gerenciar projetos ou gerar
negócios? Como os casos de fracasso se dão por várias razões e as mais comuns
são: não era uma área para qual o empreendedor tinha talento ou um mínimo
gostava tanto, o que o fez abandonar tanto a área como a empresa, encerrando
assim as suas atividades.
Então, quando pedimos para que tentemos
localizar no que somos incompetentes, isso é para que façamos uma autoanálise
enxergando as nossas deficiências para assim, evitar um fracasso eminente à
frente do nosso futuro negócio como foi descrito no item anteriormente.
Se não sabemos vender e o negócio precisa
vender. É interessante buscar aprender a vender ou encontrar um parceiro que
saiba fazer isso. De forma alguma temos que nos empenhar em fazer algo que não
seja natural ou que não somos capacitados para fazer. Afinal, é preferível
chamar ‘um salva vidas’ na
praia para salvar alguém que está se afogando do que entrarmos no
mar para fazer um salvamento sem saber nadar?
Como vencer a falta de
experiência?
A última principal razão para o fracasso das
empresas é também a mais fácil de vencer, apesar de contar com a presença de um
bravo inimigo: a ansiedade.
Para vencer a falta de experiência à frente de qualquer negócio tudo o que
precisamos fazer é diminuir o tamanho do risco e da ansiedade em tê-lo
funcionando por completo.
Vamos pensar um pouco: Se pretendêssemos abrir uma loja de roupas, que tal se ao invés
de alugar um
ponto comercial, contratar um
contador, investir em
um contrato social, maquinário e estoque; antes de tudo isso, por
exemplo, montássemos uma barraca em um local com uma boa circulação de pessoas (uma
festa junina, igreja, praça central de uma cidade, corredor de um shopping,
etc.) para vender roupas que foram pegas em consignação de algumas
marcas. Isso é como pensar: que ao invés de contratar um programador para criar
um site para a nossa empresa, podemos antes vender os produtos no Mercado Livre
ou outro site similar e repare que em ambas as situações diminuíram-se os riscos
reduzindo o tamanho do negócio do negócio inicial. E se ele der certo
“pequeno”, poderemos ir melhorando-o na medida em que iremos aprendendo mais
sobre os negócios e a nossa mentalidade irá se transformando em uma mentalidade
de empreendedor.
Descompressão mental -
Não adianta querer largar uma vida de cinco anos como empregado indo e voltando
para os mesmos tipos de lugares e recebendo um salário no final do mês de uma
para outra sem antes passar por uma descompressão mental. Quando saímos de
um emprego para abrir a própria empresa, acabamos transformando a nossa empresa
em um emprego porque
a nossa mentalidade ainda não mudou. É muito comum que tornemos a
vender a nossa liberdade por um pagamento no final do mês.
É fato que mesmo que tenhamos dez ou
vinte clientes, vamos acabar deixando que o nosso modelo de negócio acabe
refletindo o modelo mental de
empregado e isto será péssimo para nós e para a nossa carreira. O
nosso primeiro dever, portanto, para não fracassar, é transformar a nossa
mentalidade, investindo tempo e trabalho neste processo.
- Qual outra razão
para o fracasso você acha que faltou nessa lista?
Leon Tolstoi já dizia, “Todo
mundo pensa em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo” .
Fonte e Sítios consultados
http://insistimento.com.br
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