Qual de nós nunca deixou alguma tarefa do trabalho que consideramos ser mais
complicada para depois?
É preciso que todos saibam que o ato de adiar algo é
comum aos seres humanos. Mesmo assim, fazer isso é seguir na direção contrária
das exigências do mercado de trabalho atual, onde a produtividade é tudo, sempre
na busca de uma sensação ilusória de segurança.
“O
procrastinador típico recua diante do que é complexo, intrincado, longo ou
simplesmente desinteressante para ele”, afirmam os especialistas em
administração do tempo.
De acordo com alguns consultores e professores dos
MBAs da FIA e da FAAP, os pretextos para esta fuga são diversos. No entanto,
normalmente recaem sobre uma suposta falta de tempo do profissional ou falta de
receptividade dos outros. Eles explicam que o profissional se sente
emocionalmente recompensado ao culpar a realidade externa e descartar sua
própria participação num problema que não se resolve.
Mas o preço a ser pago por essa atitude é bastante
alto. Ainda segundo os consultores, os malefícios da procrastinação excessiva
vão desde prejuízos à imagem profissional até problemas de saúde trazidos pelo
estresse, como dores e aumento de peso. Isso porque a sensação de alívio
causada pelo adiamento é falsa. “Funciona como uma auto sabotagem: o projeto, o
relatório e o trabalho continuam lá, esperando a resolução e a entrega”, dizem
os especialistas.
O "fura-prazos" - Os professores lembram que, à medida que alguém deixa sistematicamente
de respeitar as datas de entregas, a sua imagem começa a ser associada à
daquele que sempre fura os prazos. “Isso
pode trazer consequências tanto para os indicadores da sua área, como para a
decisão de manter ou não a pessoa na empresa”, afirmam os professores.
E ainda não acabaram as más notícias para os
procrastinadores. A competência de planejar em longo prazo e antever soluções é
vista como fundamental pelos empregadores. “O
mercado quer profissionais que pensem mais nos resultados e menos nas
pendências, mais nas soluções e menos nas justificativas”, dizem os professores.
As máximas - Com a ajuda dos dois especialistas, EXAME.com
listou alguns “lemas” típicos de um procrastinador.
Se você se identifica com algum (ou alguns!) deles, talvez seja hora de reavaliar
sua postura:
“Não estou num bom dia hoje.”
“Não mereço me sacrificar tanto.”
“Meus problemas pessoais não me permitem pensar em trabalho hoje.”
“Este prazo é simplesmente inviável.”
“Sou muito perfeccionista e ainda não estou satisfeito com o resultado.”
“Estou esperando meu chefe validar o material que enviei e ele está
fora.”
“Sou interrompido o tempo todo por ligações, e-mails e reuniões.”
“É difícil se concentrar aqui no escritório com todas essas baias
abertas... se eu tivesse uma sala própria, já teria terminado.”
“Não adianta fazer entregas sob pressão, preciso de tempo para trabalhar
com qualidade.”
“Sumiu o e-mail que falava sobre essa tarefa; deve ser algum problema
técnico com o meu provedor.”
Fonte
e Sítios Consultados
http://exame.abril.com.br
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