Veja as séries de etapas da administração estratégica
As etapas básicas incluem:
Etapa 1 - Execução de uma
análise do ambiente: O processo de
administração estratégica tem início com a análise do ambiente, isto é, com o
processo de monitorar o ambiente organizacional para identificar os riscos e as
oportunidades presentes e futuras. Nesse contexto, o ambiente organizacional
encerra todos os fatores, tanto internos como externos à organização, que podem
influenciar o progresso obtido através da realização de objetivos da
organização. Os administradores devem compreender o propósito da análise do
ambiente, reconhecer os vários níveis existentes no ambiente organizacional e
entender as recomendações das normas para realizar uma análise do ambiente.
Etapa
2 - Estabelecimento de uma diretriz organizacional: A
segunda etapa do processo de administração estratégica é o estabelecimento da a
diretriz organizacional ou determinação da meta da organização. Há dois
indicadores principais de direção para os quais uma organização é levada: a
missão e os objetivos organizacionais. A missão organizacional é a finalidade
de uma organização ou a razão de sua existência. Os objetivos são as metas das
organizações. Há outros dois indicadores de direção que, atualmente, as empresas
estabelecem: a visão, que é o que as empresas aspiram a ser ou se tornar, e os
valores, que expressam a filosofia que norteia a empresa e a que a diferencia
das outras.
Etapa
3 - Formulação de uma estratégia organizacional: A
terceira etapa do processo é a formulação da estratégia. Esta é definida como
um curso de ação com vistas a garantir que a organização alcance seus
objetivos. Formular estratégias é projetar e selecionar estratégias que levem à
realização dos objetivos organizacionais. O enfoque central está em como lidar
satisfatoriamente com a concorrência. Assim que o ambiente tenha sido analisado
e a diretriz organizacional estipulada, a administração é capaz de traçar
cursos alternativos de ação em um esforço conhecido para assegurar o sucesso da
organização.
Etapa
4 – A implementação da estratégia organizacional: Nesta
quarta etapa colocam-se em ação as estratégias desenvolvidas logicamente que
emergiram de etapas anteriores ao processo de administração estratégica. Sem a
implementação efetiva da estratégia, as organizações são incapazes de obter os
benefícios da realização de uma análise organizacional, do estabelecimento de
uma diretriz organizacional e da formulação da estratégia organizacional.
Etapa
5 - Controle estratégico: O controle estratégico é um
tipo especial de controle organizacional que se concentra na monitoração e
avaliação do processo de administração estratégica no sentido de melhorá-lo e
assegurar um funcionamento adequado.
Questões Especiais na Administração
Estratégica
Duas outras questões
têm recebido especial atenção especial nos últimos anos e os administradores
devem considerá-las cuidadosamente para determinar como a administração
estratégica deve ser praticada dentro de uma organização em particular.
Trata-se
das operações internacionais e da responsabilidade social.
Durante os últimos
anos, os negócios tenderam a se envolver com atividades internacionais. Espera-se
que esta tendência continue cada vez mais aumentando e assim as organizações
terão questões internacionais a considerar no futuro como parte de seu processo
de administração estratégica.
A responsabilidade
social, por sua vez, é a obrigação administrativa de tomar atitudes que
protejam e promovam os interesses da organização e o bem-estar da sociedade
como um todo - reconhecer que tais
obrigações existem tem, necessariamente, um impacto sobre o processo de
administração estratégica.
Este texto procurou destacar a importância do processo de Administração Estratégica sabendo
que ela é uma ferramenta importante na gestão das organizações. Foram descritos
alguns conceitos importantes sobre administração estratégica, visão e gestão
estratégica que em muito podem contribuir para a reflexão dos administradores,
e que estão diretamente relacionados ao processo de Planejamento Estratégico.
O Planejamento
Estratégico, mais que um documento estático, deve ser visto como um instrumento
dinâmico de gestão, que contém decisões antecipadas sobre a linha de atuação a
ser seguida pela organização no cumprimento de sua missão.
Importante saber o
pensamento do Prof. Derek F. Abell, do International Institute for Management
Development (IMD) de Lausanne, Suíça. Num dos seus artigos, intitulado “Duplo
Planejamento” (1990), ele lembra que até pouco tempo atrás a maioria das
organizações conseguia gerir e mudar seus negócios empregando uma única
estratégia. Desde que a concorrência fosse estável e a mudança moderada, essa
abordagem era adequada. E, de fato, foi utilizada pela grande maioria das
empresas durante o longo período de expansão que durou desde o final da Segunda
Guerra Mundial até o início dos anos 70.
Mas, à medida que a
concorrência por mercados se intensificava e a mudança se difundia, uma única
estratégia, englobando presente e futuro, não oferecia mais a base para uma
gestão eficaz das empresas no presente, muito menos para administrar a mudança.
Muitas empresas
continuaram a criar sistemas de planejamento estratégico sem fazer nenhuma
diferenciação entre presente e futuro. De fato, com frequência elas adotam
abordagens ineficazes que funcionam como “abrigos de transição” entre os dois e
deixam de atender às necessidades de excelência de curto prazo e às de mudança
de longo prazo. O onipresente plano de três anos geralmente cai nessa
armadilha.
A capacidade das
empresas de ter hoje um desempenho eficaz depende de decisões que foram tomadas
no passado; as decisões que são tomadas hoje de seguir nessa ou naquela direção
modelam suas opções no futuro. Vale citar um antigo ditado: “O
passado está no presente, e o presente contém o futuro”.
Assim, a proposta do Prof. Derek F. Abell é a
adoção do duplo planejamento. A diferença fundamental entre o planejamento para
o presente (“hoje para hoje”) e o
planejamento para o futuro (“hoje para
amanhã”) não corresponde à diferença comum entre curto e longo prazos, na
qual o plano de curto prazo não passa de um mero exercício detalhado sobre
operações e orçamento feito no contexto de uma posição de mercado esperada para
longo prazo.
O planejamento para o
presente requer uma estratégia própria – uma visão de como a empresa precisa
funcionar hoje (dadas
suas competências e seus mercados-alvo) e do papel de cada função
chave. E o planejamento para o futuro é feito com base em uma visão do futuro –
e, mais importante ainda, em uma estratégia para chegar lá.
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