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21 de junho de 2014

Moral, Ética Empresarial e Dilemas Morais




Quando o assunto está relacionado com o tema acima acredita-se que a formulação de uma resposta (que dependerá sempre das circunstâncias concretas de cada caso) deve levar em conta que a integridade de uma organização depende da aplicação tão imparcial quanto possível de princípios de responsabilização.



Em outras palavras, salvaguardar a integridade da organização depende de garantir que exista uma adequada responsabilização de quem gera problemas (e isso constitui uma responsabilização “adequada” que depende dos problemas gerados, da conduta que os gerou e das suas condições). Esse elemento pode (e deve) ser ponderado com outros (pelo que não existe neste tipo de problemas uma solução aplicável independentemente das circunstâncias específicas) mas tem necessariamente de estar presente. Não é tanto um dilema entre dois critérios, mas antes uma questão sobre qual a resposta que melhor serve o conjunto dos vários valores em confronto.  

Essa questão foi capaz de reviver lembranças de algumas discussões dos tempos da Universidade sobre a “utilidade” prática e da necessidade de refletirmos sobre a ética empresarial e, num plano mais abrangente, filosofia moral. Isso é necessário já que todo profissional, em algum momento da sua trajetória profissional, poderá “topar” com um dilema ético. Para isso ser mais eficaz vamos verificar uma Pesquisa da ICTS que investigou como 3.211 pessoas de 45 empresas privadas do Brasil iriam reagir em sete casos do nosso tema.


Vamos verificar como a maioria deles agiria em cada um dos casos:


Denunciar um ato antiético cometido por um colega

Quando a falta de ética vive na baia ao lado, 56% dos profissionais disseram que somente denunciariam os colegas se fossem incentivados pela empresa. 

Na divisão por gênero e hierarquia, a pesquisa mostra que mais da metade das mulheres (61%) e dos funcionários (60%) de níveis operacionais hesitariam em delatar o colega antiético.


Conviver com atos antiéticos

Pouco mais da metade dos participantes da pesquisa disse não ter restrições à convivência com a falta de ética na empresa. O índice sobe para 55% e 59% quando se trata de profissionais sem curso superior que recebem até R$ 3 mil e de funcionários operacionais, respectivamente.


 Adoção de “atalho” antiético para atingir metas

A pressão por metas pode levar 48% dos participantes do levantamento a escolherem o caminho mais curto e que fuja ao código de ética para cumprir os objetivos estabelecidos. Entre os homens, metade revelou que escolheria o atalho antiético, assim como 53% dos maiores de 34 anos.

Furto

Homens (24%) e não graduados (25%) são mais propensos a furtar valores ou bens materiais consideráveis das organizações. Mas no geral, apenas 18% dos entrevistados admitiram que poderiam fazer isso.


Aceitar suborno

Dependendo da circunstância, quase metade dos homens adultos e não graduados - 43% - aceitariam suborno para dar vantagem a um fornecedor. Levando-se em consideração as respostas de todos os entrevistados, o índice cai para 38%.


Receber presentes

De acordo com a pesquisa, 40% admitiram que favorecessem a um fornecedor em troca de brindes e presentes, sendo que a taxa sobe para 43%, se forem levadas em conta somente as respostas dos funcionários operacionais.


Usar informações confidenciais em benefício próprio

Os gestores adultos e graduados são a parcela de entrevistados mais propensa a incorrer neste tipo de conduta antiética. Deste grupo, 32% tendem a usar informações secretas em benefício próprio ou de terceiros. Mas, no geral, o índice registrado foi de 28%.


Nesta Pesquisa da ICTS revelou-se que 80% poderiam ter adotado uma conduta antiética no trabalho. O levantamento foi capaz de mostrar que 11% dos entrevistados não agiriam de acordo com o código de ética das empresas. Outros 69% iriam oscilar de acordo com as circunstâncias, podendo atuar de forma ética ou antiética. Ou seja, a pesquisa revelou que a grande maioria, 80%, poderia faltar com a ética no ambiente de trabalho, enquanto apenas 20% seguiriam o código de conduta à risca, em qualquer situação.


Fonte e Sítios Consultados


http://exame.abril.com.br

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