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18 de junho de 2014

Mascotes Corporativos - Origem e o seu Poder



Desde muito tempo atrás, existem relatos de religiões de culturas antigas que faziam uso de imagens de animais como meio de representar conceitos intangíveis, como força e coragem. Estes ‘animais fetishes’ estiveram como marcadores de clãs ou tribo, desde o alvorecer da espécie humana. Mais recentemente, estes totens xamânicas têm sido revisionados. Nos tempos modernos, mascotes corporativas e entretenimento mascotes penetraram em cada canto da sociedade.  


Em práticas culturais tradicionais, o totem é um dispositivo de ritual que funciona por associação. O fato do crocodilo ser um bicho poderoso, faz o seu totem ser poderoso, e muitos afirmam que o totem de crocodilo tem esse poder também. O poder e a graça do mundo natural é capturado no totem.


Com as transformações da cultura humana surgiu a utilização de mascotes como um símbolo para levar para fora a imagem corporativa, como em eventos esportivos. Conta-se que o uso de mascotes veio do inicio do século XIX, quando pela primeira vez foi utilizado um mascote pelas Universidades daquela época. E desde que se tornou um símbolo da Universidade, o mascote assumiu outras características únicas para a cultura moderna.


Até certo ponto, esses ícones e totens compartilham uma função semelhante, mas há detalhes importantes que os separam. Como eles podem ser um logotipo, um totem ou um mascote, como fazer para distingui-los? Talvez, pelo seu envolvimento com coisas como corporativismo ou Ritualismo. Vejamos, o Mickey Mouse significa coisas diferentes para crianças e para o mundo corporativo. O morcego é uma coisa para os fâs de Bruce Wayne e significa algo bem diferente para  a DC comics.


Algo que aconteceu naturalmente foi a relação das empresas com seus mascotes. Vejamos o exemplo dos logotipos de empresas como a Exxon tigre que servem para nos lembrar das coisas boas e positivas que o produto empresarial pode fazer por nós. O tigre assegura-nos que o nosso carro irá executar o melhor. Os Logos são uma ferramenta para desviar a nossa atenção para essas coisas positivas e bem longe de algum dia sombrio passado por esta empresa. O tigre não nos diz nada sobre derramamentos de óleo ou a supressão dos governos.  


Consciente dessa discrepância, saber as diferenças entre como um logotipo representa um grupo, o que realmente constitui o grupo e ser capaz de articular essa discrepância são os componentes básicos de alfabetização da mídia. Mas em certas ocasiões existem empresas que só querem lucrar com seus mascotes escolhidos para certos eventos. Ou, por que será que o Fuleco anda tão sumido dos estádios da Copa do Mundo do Brasil 2014?





          Afinal, o representante da FIFA, Jérôme Valcke, (que algum tempo depois foi denunciado por desvios financeiros) havia anunciado em 2012 que o tatu-bola seria a mascote da Copa do Brasil 2014. E, neste momento ele exaltou o bicho, disse que o tatu-gola era mais que um símbolo, ele representava o legado de "proteger a natureza" e etc. Porém, vários veículos da mídia trazem matérias que explicam que um ano e meio depois, a FIFA não destinou um centavo para preservá-lo. Coincidência ou não, o Fuleco desapareceu dos estádios da Copa e olha que nem mesmo na cerimônia de abertura do Mundial ele deu as caras.


O líder da Associação Caatinga, organização não governamental que propôs o tatu-bola como mascote da Copa, diz que a FIFA tentou um acordo de última hora com grupos que defendem a preservação do animal, mas o valor oferecido era "uma proposta indecorosa", segundo Rodrigo Castro. A bilionária entidade máxima do futebol, que teve um lucro de US$ 2,4 bilhões nos quatro anos de preparação da Copa 2014, encerrou as negociações depois que a ONG não aceitou os US$ 300 mil que ofereceu. E que seriam distribuídos em 10 anos.

Os US$ 300 mil oferecidos pela FIFA são uma quantia menor do que a colaboração de outros patrocinadores da ONG. O valor não teria impacto no programa de preservação de matas de caatinga e no estudo das espécies do sertão nordestino. "Eles ofereceram um trocado, um dinheiro que sobrou do programa de neutralização de emissão de carbono deles. Fizemos uma contraproposta e esperamos uma resposta até o apito final da Copa", afirma Castro.

Porém, o tal legado ecológico que o representante da FIFA, Jérôme Valcke, anunciou em 2012, data em que o tatu-bola foi anunciado como mascote da Copa do Brasil 2014 só veio a se somar com todas as outras frustrações da Copa do Mundo FIFA de Futebol do Brasil de 2014, desde a função de vários estádios até as obras de mobilidade urbana que ficaram no papel. Na imprensa internacional, principalmente a europeia e a brasileira, a promessa ambiental da FIFA repercutiu mal.









Fonte e Sítios Consultados


http://www.knoesis.com/as-origens-dos-mascotes-corporativas-e-entretenimento-mascotes.html

http://www.politicanarede.com/2014/06/por-que-o-fuleco-anda-sumido-dos.html



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