Desde muito tempo atrás, existem relatos de religiões de culturas
antigas que faziam uso de imagens de animais como meio de representar conceitos
intangíveis, como força e coragem. Estes ‘animais
fetishes’ estiveram como marcadores de clãs ou tribo, desde o alvorecer da
espécie humana. Mais recentemente, estes totens xamânicas têm sido
revisionados. Nos tempos modernos, mascotes corporativas e entretenimento
mascotes penetraram em cada canto da sociedade.
Em práticas culturais
tradicionais, o totem é um dispositivo de ritual que funciona por associação. O
fato do crocodilo ser um bicho poderoso, faz o seu totem ser poderoso, e muitos
afirmam que o totem de crocodilo tem esse poder também. O poder e a graça do
mundo natural é capturado no totem.
Com as transformações da cultura humana surgiu a utilização
de mascotes como um símbolo para levar para fora a imagem corporativa, como em
eventos esportivos. Conta-se que o uso de mascotes veio do inicio do século
XIX, quando pela primeira vez foi utilizado um mascote pelas
Universidades daquela época. E desde que se tornou um símbolo da Universidade,
o mascote assumiu outras características únicas para a cultura moderna.
Até certo ponto, esses ícones e totens compartilham uma
função semelhante, mas há detalhes importantes que os separam. Como eles podem
ser um logotipo, um totem ou um mascote, como fazer para distingui-los? Talvez,
pelo seu envolvimento com coisas como corporativismo ou Ritualismo. Vejamos, o Mickey Mouse significa coisas
diferentes para crianças e para o mundo corporativo. O morcego é uma coisa para
os fâs de Bruce Wayne e significa algo
bem diferente para a DC
comics.
Algo que aconteceu naturalmente foi a relação das empresas
com seus mascotes. Vejamos o exemplo dos logotipos de empresas como a Exxon tigre que servem para nos lembrar
das coisas boas e positivas que o produto empresarial pode fazer por nós. O tigre assegura-nos que o nosso carro
irá executar o melhor. Os Logos são uma ferramenta para
desviar a nossa atenção para essas coisas positivas e bem longe de algum dia
sombrio passado por esta empresa. O tigre não nos diz nada sobre derramamentos
de óleo ou a supressão dos governos.
Consciente dessa discrepância, saber as diferenças entre como um logotipo representa um grupo, o que realmente constitui o grupo e ser capaz de articular essa discrepância são os componentes básicos de alfabetização da mídia. Mas em certas ocasiões existem empresas que só querem lucrar com seus mascotes escolhidos para certos eventos. Ou, por que será que o Fuleco anda tão sumido dos estádios da Copa do Mundo do Brasil 2014?
Afinal,
o representante da FIFA, Jérôme Valcke, (que algum tempo depois foi denunciado por desvios financeiros) havia anunciado em 2012 que o tatu-bola
seria a mascote da Copa do Brasil 2014. E, neste momento ele exaltou o bicho,
disse que o tatu-gola era mais que um símbolo, ele representava o legado de
"proteger a natureza" e etc. Porém, vários veículos da
mídia trazem matérias que explicam que um ano e meio depois, a FIFA
não destinou um centavo para preservá-lo. Coincidência ou não, o Fuleco
desapareceu dos estádios da Copa e olha que nem mesmo na cerimônia de abertura
do Mundial ele deu as caras.
O líder da Associação Caatinga, organização não
governamental que propôs o tatu-bola como mascote da Copa, diz que a FIFA
tentou um acordo de última hora com grupos que defendem a preservação do
animal, mas o valor oferecido era "uma
proposta indecorosa", segundo Rodrigo Castro. A bilionária entidade
máxima do futebol, que teve um lucro de US$ 2,4 bilhões nos quatro
anos de preparação da Copa 2014, encerrou as negociações depois que a ONG não
aceitou os US$ 300 mil que ofereceu. E que seriam distribuídos em 10 anos.
Os US$ 300 mil
oferecidos pela FIFA são uma quantia menor do que a colaboração de outros
patrocinadores da ONG. O valor não teria impacto no programa de preservação de
matas de caatinga e no estudo das espécies do sertão nordestino. "Eles
ofereceram um trocado, um dinheiro que sobrou do programa de neutralização de
emissão de carbono deles. Fizemos uma contraproposta e esperamos uma resposta
até o apito final da Copa", afirma Castro.
Porém, o tal legado ecológico que o
representante da FIFA, Jérôme Valcke, anunciou em 2012, data em que o tatu-bola
foi anunciado como mascote da Copa do Brasil 2014 só veio a se somar com todas as outras frustrações da Copa
do Mundo FIFA de Futebol do Brasil de 2014, desde a função de vários
estádios até as obras de mobilidade urbana que ficaram no papel. Na imprensa
internacional, principalmente a europeia e a brasileira, a promessa ambiental
da FIFA repercutiu mal.
Fonte e Sítios Consultados
http://www.knoesis.com/as-origens-dos-mascotes-corporativas-e-entretenimento-mascotes.html
http://www.politicanarede.com/2014/06/por-que-o-fuleco-anda-sumido-dos.html
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