Desde criança os seres humanos têm a capacidade de se empolgar com
alguma coisa a ponto de esquecer as horas - são aqueles momentos em que estamos
totalmente presentes onde as coisas fluem perfeitamente, e esse tipo de sentimento está meio difícil de acontecer ultimamente. Afinal, com todos esses acontecimentos desastrosos deste ano de 2016 é comum nos pegarmos desmotivados.
Nesses dias, é comum travarmos uma luta para conseguir pular da cama e
sair de casa. Os segundos demoram a passar. Podemos até ter alguns momentos
prazerosos, mas, no geral, não sentimos vontade de nada. É que nos falta o
combustível mais importante para seguir em frente: a motivação. Em outras palavras: energia, entusiasmo.
Mas o que é, afinal de contas, a motivação? E onde é que ela se esconde?
O termo, em si, é recente, e vem do latim moveres,
que significa mover. É o impulso que nos move, que nos leva
para frente, para a ação. Antes de qualquer outra coisa, os seres humanos,
assim como os animais, têm uma motivação muito básica: sobreviver. Para isso,
fazem coisas como comer, beber, descansar, proteger-se de perigos.
Em um segundo momento, porém, precisamos de mais do que isso. O que mais
nos move? Se já temos comida, abrigo, companhia? Para viver em sociedade, temos
que reprimir alguns comportamentos e incentivar outros. Entra aí o sistema que
nos orienta por muitos anos: a política das punições e recompensas. Fez algo
produtivo? Ganha recompensa - seja ela uma estrelinha no caderno caprichado, no
colégio, ou um bônus no final de ano, na empresa. Não atingiu os resultados
esperados? Opa, aí vem uma punição: ficar de castigo, não poder ir ao passeio
da escola, trabalhar no feriado, ser demitido.
Essas motivações são extrínsecas, ou seja, externas a nós mesmos, e
ainda são as mais usadas pela maioria das empresas para estimular seus
funcionários. O problema é que elas têm um efeito colateral: podem acabar
diminuindo a criatividade e o entusiasmo, em vez de aumentá-los.
Já, em tarefas mais criativas - que constituem boa parte do que fazemos
hoje - é preciso algo mais. É preciso que a motivação venha de dentro de você.
Motivação intrínseca
Toda a motivação interna,
ou intrínseca, é aquela que parte de dentro. Aquela atividade que você faria,
mesmo que não ganhasse dinheiro para isso. Que acende seu fogo interno, que o
alimenta, que lhe dá vontade de viver. O pesquisador Mihaly Csikszentmihalyi chama essas experiências de "autotélicas", dos radicais
gregos auto (em si mesmo) e telos (finalidade), ou seja,
atividades que são um fim em si mesmas. Nesse tipo de tarefa, o objetivo é a
própria caminhada, não a chegada. É o que leva alguém a escalar uma montanha,
fazendo esforço e enfrentando frio e ventanias, quando poderia facilmente
chegar ao topo a bordo de um helicóptero. Claro que, para ela acontecer,
precisamos estar com as motivações básicas em dia: ter salário justo, descanso,
estabilidade. Senão, estaremos tão preocupados com os problemas que não teremos
motivação nenhuma.
Vamos encerrar este afirmando que para nos motivar é preciso ter um propósito. É preciso sentir que o nosso esforço, as nossas ações servem para algo mais do que simplesmente
pagar as contas. Um exemplo disso são os professores, afinal eles podem sentir que seu trabalho irá fazer a diferença na vida das crianças que eles ensinam; o administrador de uma rede de lojas por exemplo, é fato que o bom desempenho da sua função poderá permitir que mais pessoas sejam empregadas.
Fonte e Sítios Consultados
http://vidasimples.abril.com.br/
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