A primeira coisa que muitas pessoas fazem logo que acordam é pegar o smartphone - muitos se justificam dizendo que isso ajuda no despertar. Atualmente existe uma dependência comportamental, ou seja a relação
das pessoas com o smartphone é tanta que o aparelho virou praticamente uma
extensão do braço. Esse
vício (nomofobia) é tamanho, que fica quase impossível encontrar uma foto sequer destas
pessoas sem que elas não estejam com o celular na mão. Dá só uma olhada: entre
os amigos (as)... na praia... e até no próprio dia do casamento. Detalhe para
as figuras dos noivinhos dos bolos de casamento atualmente... é certo que o
celular também estará lá.
A Nomofobia é uma fobia causada pelo desconforto ou angústia resultante da incapacidade de
comunicação através de aparelhos celulares ou computadores – isso surge quando
alguém se sente impossibilitado de se comunicar ou se vê ‘incontestável’ estando em algum lugar sem seu aparelho de celular ou
qualquer outro ‘tele móvel’ ou computador com internet. Esse é um
termo muito recente, que teve origem nos diminutivos inglês No-Mo, ou No-Mobile, que significa Sem
tele móvel. Daí a expressão "Nomofobia"
ou fobia de ficar sem um aparelho de comunicação móvel, Surgido na Inglaterra,
onde mais de 60% da população possuí
os tele móveis. Essa é a informação de uma pesquisa realizada pelo Instituto YouGov para o Departamento de Telefonia dos Correios
britânicos, com mais de 13 milhões de britânicos.
O fato é que o
número total de linhas celulares no mundo já deve ser superior ao de habitantes no
planeta segundo dados divulgados pela
UIT (União
Internacional de Telecomunicações), órgão ligado à ONU (Organização
das Nações Unidas). Sabe-se que no ano de 2014 eram sete bilhões de linhas celulares – mais da metade delas (3,6
bilhões) estava na região Ásia-Pacífico. Esse
crescimento ocorre, segundo a UIT,
devido ao aumento no número de linhas móveis nos países em desenvolvimento -
cerca de três em cada quatro delas no mundo até o fim do ano estarão nessas
localidades. Nessas nações, a penetração das linhas celulares cresce o dobro,
em média, do que nos desenvolvidos.
Também é verdade que o uso
compulsivo se estende para vários aplicativos dos smartphones – além das
redes sociais, o fazer um “check-in” é a primeira coisa que muitos fazem quando
chegam em qualquer lugar... acreditem, qualquer lugar mesmo. Até no altar: nem
no dia mais importante da sua vida ‘os viciados’ desgrudam do celular.
Em pleno altar, muitos estão quebrando o protoloco para ler os votos para o seu
cônjuge direto na tela do smartphone...
Muitos
dos donos dos smartphones não se
lembram da última vez que ficaram sem bateria. Isso porque eles têm carregadores
espalhados por todos os cantos da casa, no trabalho e no carro. Porque se, por
acaso, acontecer deles ficarem sem bateria a coisa ficará feia - uma
pesquisa revelou que muitas mulheres ficam desesperadas, nervosas e estressadas...
elas ficam furiosas com a vida. “Elas podem até sair de casa com os sapatos
trocados, mas nunca sem celular“.
Acreditamos
que muita gente está se identificando com essas mulheres desta pesquisa, não é
verdade? Apesar de se considerarem viciadas no smartphone, elas acreditam
que isso não chega a atrapalhar as suas vidas; nem no trabalho, nem nas
relações pessoais. Para elas, o smartphone é só uma ferramenta
essencial do dia a dia.
O problema é que o vício no smartphone
já é visto como uma questão de saúde em muitos lugares do mundo – inclusive
aqui no Brasil. O acesso maior ao dispositivo deixa cada vez mais
pessoas dependentes do celular.
"É uma situação crescente por conta de um
descuido em relação à saúde, como lidar com a ferramenta de uma forma que não
seja prejudicial", diz Ana Luiza Mano, psicóloga
do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC de São Paulo.
Segundo a
psicóloga, a facilidade de estar sempre próximo, normalmente no bolso ou na
bolsa, é um fator que contribui bastante para o uso compulsivo e impulsivo do smartphone.
E as pessoas precisam, antes de qualquer coisa, atentar para esse uso
compulsivo se não quiserem adquirir tal vício.
Mas, como
saber se você é um viciado em smartphone? A questão é delicada e
varia de pessoa para pessoa, mas apenas você mesmo pode se dizer dependente ou
não do celular...
"É
considerado vício em internet ou smartphone quando a
pessoa começa a perder questões do cotidiano, do social, quando ela não quer ir
para um lugar onde não há internet, quando a queda da conexão causa muita
raiva. Quando começa a afetar a rotina como comer, tomar banho, ir para o
trabalho ou escola, ou até mesmo dormir, dá para começar a se preocupar ao uso
que você faz", diz
a psicóloga.
Se você
acha que está exagerando – principalmente nas horas de lazer – o primeiro passo
é tentar dosar o uso do smartphone. Ainda assim, reconhecer
a dependência não é fácil. Mas quando uma pessoa se descobre viciada, é muito
importante que ela procure a ajuda de um profissional.
"O psicólogo pode ajudar a refletir o que há por
trás do uso exagerado. Uma pessoa ansiosa que é viciada, ao ter sua ansiedade
tratada, o uso naturalmente vai diminuindo. Este é o resultado que nós temos",
diz Ana Luiza Mano.
O
Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC de São Paulo
oferece orientação psicológica sobre vício em internet e smartphones de
graça via e-mail. O serviço é dirigido às pessoas que apresentam dificuldades
geradas pelos usos compulsivos ou excêntricos dos smartphones. A procura
ainda é baixa: em média, são apenas cinco atendimentos por mês. Mas basta
entrar em contato via e-mail (npp1@pucsp.br) com o Núcleo de Pesquisas da Psicologia em
informática da PUC de São Paulo relatando o seu caso e, em seis semanas, um
psicólogo vai te ajudar a entender o motivo do seu vício e até explicar como se
livrar dele.
Fonte e Sítios Consultados
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