Os Bens não renováveis
As
análises tradicionais dos mecanismos de mercado se concentravam numa
classe particular de bens, os de oferta ou reprodução ilimitada. Antes, se uma caixa
de fósforos fosse vendida a um preço muito elevado, naturalmente este setor
atrairia outros produtores, e a um curto prazo haveria um equilíbrio razoável
entre oferta e procura. Neste caso, a oferta é forçada a se adaptar a um
crescimento indefinido da demanda. No caso dos bens de oferta finita, no
entanto, há limites físicos à expansão da oferta.
Com
as tecnologias modernas, por exemplo, atualmente é possível se manter um nível
de pesca marítima industrial que faz o setor se aproximar mais de um matadouro
do que propriamente do conceito tradicional de pesca. As localizações são
feitas por sonar com apoio dos sistemas de 'geo-posicionamento'
global por satélite e outras técnicas, a simples extensão do mar já não é mais
capaz de proteger os peixes, que desde o ano de 1990 vem sofrendo acelerado
desequilíbrio em termos de capacidade de reposição da biomassa. A verdade é que
com isso o mercado do peixe vai se tornando mais caro, e as empresas aceleram a
sua captura na medida em que preveem a redução dos estoques, agravando de forma
cumulativa essa situação.
Já
no caso da madeira, o seu encarecimento torna cada vez mais difícil proteger os
bosques, pois empresas madeireiras com uma fortuna de mogno à mão dificilmente
irão se preocupar com os efeitos ambientais em geral, e todos nós sabemos que
as temperaturas aqui no Brasil estão está cada vez mais subindo, qual será o
motivo disso?
Este
mesmo mecanismo vale também para a água e tantos outros produtos que com o
avanço das tecnologias e a crescente pressão demográfica se tornam escassos, e
são não renováveis ou renováveis apenas com prazos e custos
muito amplos. Isso por si só já deveria ser motivo suficiente para fazer
com que tomássemos atitudes concretas para a administração desta
situação, afinal, como já citamos existe uma série crescente de produtos essenciais
cuja regulação pelo mercado tem efeitos muito diferentes dos mecanismos
tradicionais de equilíbrio, exigindo um controle social efetivo, o que não vem
acontecendo. Seria importante que os
administradores atuais, independente do mercado em que atuem, pensassem mais sobre
isso e agissem na medida do possível para ajudar a estancar essa depredação aos
bens não renováveis do nosso planeta.
Fonte
e Sítios Consultados
www.dowbor.org
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